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Refratômetro / Condutivímetro


Gilberto

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Sim, mas um refratometro é um aparelho ótico porque mede refração. Contutividade tem nada a ver com isso no caso do café, porque ele tem

principalmente compostos organicos com condutividade elétrica baixa a zero.

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Ops! cheguei agora aqui no tópico, e vocês me deixaram confuso quanto à utlidade do aparelho.

 

Vi referência a ele em um fórum britânico sobre café, dois usuários tinham (um terceiro comprou e agradeceu a compra), eles destacavam que não era o ideal para café, por causa da baixa resolução, mas que quebrava um galho por causa do (ou apesar do) bom custo benefício (10% do valor do refratômetro pra café da VST).

 

No site do fabricante HM digital http://www.tdsmeter.com/products/com100.html ele é definido como um aparelho combinado de multimedição:

COM-100: Waterproof EC / TDS / Temp Combo Meter.

Measures electrical conductivity (EC), total dissolved solids (TDS), salinity and temperature

Measurement Range: 0-9990 µS; 0-8560 ppm; 0-9.99 mS; 0-8.56 ppt

 

No site brasileiro da Hidrogood (http://hidrogood.com.br/loja/acessorios/aparelho-condutivimetro-com-100-hm) ele é chamado de "condutivímetro", mas é exatamente o mesmo aparelho e mede, não só EC (Condutividade Elétrica) como também TDS (Total de Sólidos Dissolvidos) em ppm e ppt. Na pior hipótese ele faz conversão automática de EC para TDS:

Factor de Conversão de CE para TSD: Pré-programado, conversões não-lineares para soluções KCl, 442TM ou NaCl, selecionadas pelo usuário.

O COM-100 tem é um condutivímetro confiável com um preço atrativo, ideal para aplicações como hidroponia, jardinagem, piscinas,  aquários, ionizadores, água potável, etc.

 

Ainda não despacharam o "tal", mas não estou vendo razão para cancelar o pedido.... salvo melhor juízo, ou pior falta de juízo. rsrs

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Pois é... este último artigo está bem melhor fundamentado. Anyway, obrigado Sergio! ;) E como o autor diz, e esse sempre foi meu pensamento: "If, like me, the TDS meter can get people into the ball-park of desirable extraction, then it is mission accomplished." Alea iacta est.

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Parece que tem mesmo uma relação entre condutividade e TDS em café, mas como eu escrevi essa fonte fala:

 

"For measuring water purity a TDS meter is roughly accurate, where the dissolved solids are mostly charged. In coffee though, there are many organic solids that do not conduct electricity."

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Secar e pesar... o Rodrigo já se aventurou por estas sendas, tem um tópico dele por aí, demora horas para um resultado relativamente incerto, na na ni na na. Meu próximo grande investimento será um Vario, esperava poder comprar a semana que vem, mas parece que os planos se escoaram pelo ralo da pia.... Na seqüência, não gostaria de investir num refratômetro VST antes de uma CC1 ou, quem sabe, uma ECM Classika PID, mas o futuro ninguém sabe. Se nada der certo, vou de "sabor na minha xícara", com base nos artigos do Matt Perger em The Barista Hustle; o primeiro deles fala justamente de como avaliar sua extração sem TDSmeter: http://www.baristahustle.com/coffee-extraction-and-how-to-taste-it/.

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Aqui quando chegar os filtros secarei uns 5 cafés extraídos (não o bolo) pegando a faixa de extração de uso. Quero "ver para crer" esse fator 0.85 de brix para TDS.

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Bem, vamos às preliminares.... Por causa dos posts acima, eu estava em dúvida se o aparelho serviria para medições de café. Hoje pela manhã, antes mesmo de eu ligar para a Hidrogood para tentar esclarecer esta questão, e talvez cancelar o pedido, o aparelho chegou! Então bola pra frente....

 

O aparelho parece muito bem feito e robusto (é tb à prova d'água) tem várias certificações, entre elas ISO-9001, CE etc. O Manual (Inglês e Português) é bem explicativo. Aqui vão alguns excertos (em inglês mesmo, acho melhor que a tradução para o Português), podem dar um desconto para o que pode ser "propaganda", mas as explicações são bastante razoáveis e verossímeis (sublinhados meus):

 

Electrical Conductivity (EC) and Total Dissolved Solids (TDS) Overview:

While EC and TDS are often used synonymously, there are some important differences to note. EC, when applied to water, refers to the electrical charge of a given water sample. TDS refers to the total amount of substances in the water other than the pure H2O. The only true way of measuring TDS is to evaporate the water and weigh what’s left. Since this is near impossible to do for the average person, it is possible to estimate the TDS level by measuring the EC of the water. Every digital TDS meter in the world is actually an EC meter.

All elements have some electrical charge. Therefore, it is possible to closely estimate the quantity of TDS by determining the EC of the water. However, since different elements have different charges, it is necessary to convert the EC to TDS using a scale that mimics the charge of that water type. The following are the most common water samples, and for the COM-100, each has its own conversion factor:

KCl: Potassium Chloride is the international standard to calibrate instruments that measure conductivity. The COM-100 is factory calibrated with a 1413 microsiemens solution is the default mode is EC-KCl.  The KCl conversion factor is 0.5-0.57.
442: Developed by the Myron L Company, 442TM simulates the properties of natural water (rivers, lakes, wells, drinking water, etc.) with a combination of 40% Sodium Bicarbonate, 40% Sodium Sulfate and 20% Chloride.  The 442 conversion factor is 0.65 to 0.85.
NaCl: Sodium Chloride is used in water where the predominate ions are NaCl, or whose properties are similar to NaCl, such as seawater and brackish water.  The NaCl conversion factor is 0.47 to 0.5.

 

Estas informações batem em parte com a do 1º link que o Sergio postou acima, em que resumidamente o autor fala que nenhum TDSmeter (não necessariamente um refratômetro, ou um condutivímetro) serve para medir café, porque os solutos de café não têm carga, e, portanto, não são eletricamente mensuráveis. Mas, por outro lado, o segundo link diz que apesar da majoritária presença de partículas não carregadas (na verdade pouco carregadas) é possivel estabelecer uma razão de conversão (vezes 10) para detectar todos os solúveis do café. O aparelho, como consta acima, tem três fatores de conversão preprogramados, e o Manual sugere usar dois deles para café, o que bate com as informações de usuários do fórum britânico de café que tinham o aparelho:

Coffee: ppm-442 or ppm-NaCl.

 

Ou seja, pelo menos em tese, com as conhecidas limitações de resolução, ele serve (porque foi testado para tanto) para café. Espero que sim, inclusive com baixa %TDS típica de cafés mais "fracos" (coador e AP). Quando chegar em casa à noite, vou testar e dar um retorno pra vocês. Eu não tenho o tal filtro para refratômetro, mas como o aparelho mede condutividade não é necessário filtrar o café (nem mesmo espresso), eles só recomendam que a amostra esteja homogênea para que os eletrodos estejam submersos numa porção representativa de toda a amostra.

 

Dedos cruzados.

Abraços,

Lisboa.

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Ótimo Lisboa!

 

E sobre temperatura? Recomendam esperar esfriar a amostra? Depois vc pode testar medindo quente e frio. O valor deveria bater se a compensação da temperatura for boa.

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O aparelho tem ATC (Automatic Temperature Control) para compensação de temperatura de 0,1 a 80ºC, com precisão de 0,1ºC. Por isso, eles advertem para não usar em água muito quente por longos períodos de tempo, fora isso não há recomendação de temperatura para medição. O padrão internacional para medição de EC e TDS é de 25ºC. As funções de conversão preprogramadas têm seus próprios coeficientes de temperatura. No começo a medição pode demorar até 2 minutos até se estabilizar, mas à medida que se fazem mais medições o aparelho vai se auto-ajustando até chegar num padrão de 30seg. Quando eu estiver lá vou medir o café quente (eu tomo entre 60 a 62ºC), morno (40 a 45ºC) e mais frio, xá comigo! ;)

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Bem aqui vão os resultados do primeiro teste, que considero grosseiro e de pouca técnica (a la SCG, a Gail que me desculpe rsrsrs) pois ainda vai chegar meu termômetro RW de maior precisão para medir a água quente (o pirômetro tem boa precisão mas com a água com café), minha chaleira Bonavita elétrica (ao passar a água a 97°C de uma panela inox para um pitcher inox, mesmo escaldado, não estou conseguindo mais do que 90°C). Quanto ao condutivímetro não estou limpando com água destilada etc. Ou seja, teste grosseiro mesmo!

 

Considerações e conclusões:

1) Com um aparelho barato e de baixa resolução jamais conseguirei uma medição em padrão internacional que um refratômetro Mojo VST pode oferecer. Mas para quê preciso desta precisão toda? pra nada... Não sou barista (nem amador ainda), não preciso comparar ou compartilhar resultados técnicos pra saber se o meu café me agrada, não vou participar de concursos etc...

2) Se café bom é o "meu café na minha xícara", então tudo que necessito é que o meu aparelho me dê resultados confiáveis e estabilidade (ou seja, repetibilidade confiável), isso é mais do que o suficiente para ajustar minhas extrações para conseguir um café bem extraído, equilibrado e que me agrade. Meu objetivo, no momento, é alcançar %Ext de 19,0% medida com o meu equipamento; se em teste grosseiro já fui de 15% para 18%, então logo logo chego nos 19%, talvez mais. Pra isso comprei o aparelho, e ele está cumprindo sua parte.

3) Se o meu aparelho me diz que alcancei uma %Ext de 19,0%, mas na verdade (num equipamento de ponta) isto é 18% ou 20%, para mim é irrelevante, o que importa mesmo é ele me ajudar a chegar com repetibilidade num resultado que me agrade.

 

O resto vocês podem deduzir desta planilha do teste.

 

Abraços,

Lisboa.

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Lisboa, pq vc coloca "compativel" "não serve"?

 

O TDS do café está calculando como? Em modo NaCl vc lê o TDS e multiplica por 10? Pq usar em outros modos além do NaCl que já tem uma correlação mais ou menos definida?

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Estou lendo direto em ppt (parts per thousand).

 

Segundo o fabricante, existem dois modos (algoritmos) preprogramados compatívels com café: 442 e NaCl. Como se vê na tabela, estimo que para BR <25% o modo mais compatível (com um suposto resultado real) é o NaCl, porque ele mede uma TDS convertida mais baixa, mais verossímel. De outro lado, já para BR altas, tenho pra mim que o modo 442 fará uma conversão de medição mais realista.

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Entendo.

 

Ao invés de confiar nesses fatores o legal mesmo seria criar a função de conversão secando várias amostras. Mas como vc disse o aparelho vai servir para vc comparar entre suas extrações. Não é necessário a medida estar igual a realidade (acurácia).

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Secar e pesar... o Rodrigo já se aventurou por estas sendas, tem um tópico dele por aí, demora horas para um resultado relativamente incerto, na na ni na na. Meu próximo grande investimento será um Vario, esperava poder comprar a semana que vem, mas parece que os planos se escoaram pelo ralo da pia.... Na seqüência, não gostaria de investir num refratômetro VST antes de uma CC1 ou, quem sabe, uma ECM Classika PID, mas o futuro ninguém sabe. Se nada der certo, vou de "sabor na minha xícara", com base nos artigos do Matt Perger em The Barista Hustle; o primeiro deles fala justamente de como avaliar sua extração sem TDSmeter: http://www.baristahustle.com/coffee-extraction-and-how-to-taste-it/.

 

Resultado incerto o carai! :P

 

Secagem do bolo de café é o método padrão pra medir extração. Medida por refração é indireta, com a vantagem de ser mais prática e rápida, mas se feita com um aparelho meia-boca, ou um com resolução insuficiente, o erro pode ser grande.

 

Já a secagem tem a desvantagem de ser demorada e exigir uma balança com pouco erro. Mas é barato de se fazer.

 

Opinião: não acho que o refratômetro sirva pra indicar se o café está bom. Por outro lado, ajuda a indicar o %ext que vc mais gosta para um determinado café e, pra mim a principal utilidade, medir os efeitos de pequenas mudanças no método de preparo no resultado final da extração. Lembro do final do vídeo de Aeropress do Tim Wendelboe que ele comentava que o número de mexidas com a colher antes de baixar o êmbolo fazia diferença na extração final. Agitação é sempre subestimada. E como ele descobriu? Só provando? Nada, mediu tudo.

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Lisboa, uma coisa fácil de fazer é confirmar se os não solúveis alteram a medição da condutividade.

 

Podia fazer um espresso com BR baixa para entrar na escala do aparelho (tipo 7 g de pó para 50 g de café). Espera esfriar e mede. Depois passa ele no melitta, algumas vezes sem trocar o filtro, e mede de novo para comparar.

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Taí, Sergio. É um saco filtrar no V60 nº 1 com o café frio (25ºC): a coisa fica gotejando, demora uma eternidade. Eu tinha extraído amostras com preparações mais altas tb, até 30% de BR, mas desisti. Pela minha mesma lógica anterior, ter um padrão com repetibilidade e confiabilidade (ainda que sem acurácia) é o que importa, o resto não interessa. Até porque já estarei usando filtro (V60 ou AP), uma vez que não pretendo tirar espresso (e se o fizer, não vou medir). Ou seja, para os meus fins, os eventuais não solúveis não irão pesar na balança.

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Opa, valeu Lisboa!

 

Parece promissor o método para espresso já que não houve variação tão significativa com ou sem não solúveis.

 

Única dúvida é se a filtragem no coador realmente retirou os não solúveis.

 

Quando meus filtrinhos para seringa chegarem vou te enviar um. Daí vc repete o teste para nós se possível.

 

Fazer um pf/spout com medidor de condutividade integrada não parece impossível. E integrando no sistema uma balança daria para cortar a estração via TDS automaticamente :)

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