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Conteúdo Popular

Mostrando conteúdo com maior reputação em 13-05-2018 em todas as áreas

  1. Ele esteve aqui em Recife na última sexta-feira e participou de uma degustação com o Barista George Gepp no Borsoi Café do qual estive presente e provei-o na V60 e no Espresso. Gostei bastante nos dois métodos e resolvi levar um pacotinho para casa. @Rafael Wagner, essa foi uma discussão no nosso CdC local, será que vale o preço cobrado? Difícil de se chegar a alguma conclusão a respeito, cada um tem suas próprias experiências sensoriais e relação de custo X benefício. No meu caso particular não o considerei o café do ano nem minha melhor experiência sensorial, mas o Gesha é um café bom, difícil de se encontrar e muito valorizado também nos Estados Unidos, como disse nosso amigo @RogerioD. Acho que tem determinados cafés que vale a pena você experimentá-lo pelo menos uma vez na vida e quis degustá-lo com calma em casa para tirar minhas próprias conclusões. Porém, como no grupo local, a quem me perguntou afirmei que o café é muito bom e vale a pena conhecê-lo, mas não vale a pena entrar para sua lista de compras rotineiras, até porque abalaria qualquer orçamento doméstico. Temos ótimos cafés disponíveis no mercado, inclusive cafés brasileiros, a preços bem mais próximos de nossa realidade.
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  2. Torrando hoje na cafeteria do amigo Erick da café MUMU, com seu novo torrador vindo de Taiwan. Belíssima máquina, muito fácil de torrar. Café do seu Dorvanil D'Agostine Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
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  3. Guilherme, já pensou em colocar o knob é os cabos dos porta-filtros na mesma madeira do cabo do Bravo Tamper? Acho que iria ficar um show. Enviado de meu SM-A520F usando o Tapatalk
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  4. Grande café, caro mas prazeroso.
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  5. Impressionante a diferença no padrão de "tigrancia" do tópico heheh
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  6. Fala pessoal! Estamos devendo esse post pra vocês faz um tempo, né? O Igor e eu gostaríamos de informar que a loja virtual da ROAST Cafés já está no ar! https://roastcafes.com Além das informações que já estão no site, pensamos em trazer nesse post detalhes a mais sobre a proposta e a história do nosso negócio, num tom mais informal. E mais que isso: sabemos o quanto o CdC tem a oferecer… são muitos aqui que sabem pra caramba, não só de café, mas de assuntos técnicos relacionados ao negócio. Então contamos com o feedback de vocês pra evoluirmos cada vez mais nesse projeto. A CRIAÇÃO DA ROAST Bem, como a maioria deve saber, o Igor já administra a Compra Coletiva de cafés verdes do CdC faz uns anos. Eu ajudava de vez em quando e ano passado as CCs ficaram maiores e eu entrei pra valer pra dividir o trabalho. De lá pra cá foram muitas viagens, vínculos criados com produtores, contatos com fornecedores de serviços e insumos. Começamos a levar a sério a vontade de criar um negócio no mundo de cafés especiais, complementar às nossas profissões. Queríamos pensar em algo que não interferisse no andamento e no propósito das CCs, mas que pudesse aproveitar todos esses recursos técnicos e humanos que a gente estava adquirindo. É muito know-how para ser aplicado só duas vezes por ano! O resultado disso é a ROAST, torrefação de cafés especiais que atende o consumidor final pelo e-commerce e também cafeterias, empórios e restaurantes. Outros aspectos que consideramos para moldar o negócio foram: Falta de opções ao longo do ano pra quem torra em casa e precisa de café verde de alta qualidade e informações que ajudem na realização das torras; Potencial do mercado de café especiais, onde o consumidor busca cada vez mais saber detalhes da origem do que está comprando e que busca cafés torrados com excelência; Potencial do mercado local de Belo Horizonte. TRANSPARÊNCIA E PEQUENOS PRODUTORES Comprar café de grandes fazendas ou de propriedades, ainda que pequenas, que possuem nome e reputação estabelecidos no mercado é muito fácil e conveniente. Na ROAST Cafés damos preferência para pequenos produtores que não estão tão articulados no mercado de café especial. O café do Eliéser, por exemplo, foi o primeiro lote que a Fazenda Carmelito negociou diretamente com uma torrefação. Pagamos R$1.500,00 na saca do café e caso não tivéssemos comprado o lote, muito provavelmente, o destino do café teria sido parar no armazém de alguma cooperativa ou empresa de corretagem por um valor bem inferior. Ainda há no Brasil uma grande parcela de pequenos produtores que produzem cafés extraordinários e que não são articulados para que seus lotes consigam chegar diretamente na mão de quem paga bem. Cada vez que um produtor produz um lote de café especial e não consegue vender seu café por um preço justo, isso o desestimula a continuar fazendo esse trabalho. Nosso maior desafio hoje é chegar nesse produtor. Para isso, precisamos fazer o verdadeiro serviço de Coffee Hunter. Viajamos sempre que possível e tentamos chegar cada vez mais nessas propriedades! Desta forma, vai ser comum encontrar produtores desconhecidos no nosso site, não estranhem. Além disso, na proposta da ROAST incorporamos a ideia da CC de sermos o mais transparentes possível com o consumidor ou cliente comercial. Isso significa compartilhar uma série de informações: História do produtor. Consideramos o produtor o personagem mais importante na cadeia de produção de um café excepcional. Por isso queremos contar a história do produtor, sua família, sua relação com o café especial, como conhecemos ele e a evolução dessa parceria. Valor da saca. Apesar de ser o que mais impacta no valor final do produto, queremos ter certeza que o produtor está recebendo um valor justo pelo café que entrega. É muito trabalho por trás dos grãos até chegarem em nossas mãos. E achamos que o consumidor final tem que ser consciente disso, passando a exigir a devida valorização do produtor. Buscando essa remuneração justa, fazemos o possível para negociar direto com o produtor ou buscar associações e cooperativas que sejam transparentes quanto ao valor recebido por ele. Custo dos processos e insumos. Em breve vamos compartilhar no site um gráfico que fornece para o consumidor uma ideia dos custos e valores agregados no produto final. Frete da saca, impostos, torra, embalagem, custos fixos, etc. Detalhes dos processos. São diversos os processos que interferem no resultado final da bebida na xícara, tanto na fazenda quanto na torrefação. Tipo de manejo, como é colhido e secado, beneficiamento, armazenamento, avaliação, torra. É interessante pro consumidor ter informações sobre esses processos para entender como eles influenciam na bebida e poderem escolher o que mais lhes agrada. TORRA DOMÉSTICA Apesar de ser uma parcela pequena do mercado, eu e o Igor como hobbistas fazemos parte dessa galera que torra em casa e damos super valor a esse envolvimento a mais no processo. Queremos apoiar e incentivar essa prática. Isso significa não só fornecer o café verde num valor legal, mas oferecer uma série de informações que ajudem vocês a tomarem as decisões na hora de torrar. Podendo assim chegar num bom resultado sem precisar recorrer a tentativa e erro até o fim do estoque. Além das informações gerais do grão, como altitude e processamento, vamos compartilhar também os logs das torras que fazemos de cada um dos nossos cafés e uns dados mais específicos como a densidade do grão. Podemos criar depois um tópico pra discutir as torras que fazemos de forma mais aprofundada. Andamos também pensando em alguns serviços inéditos para oferecer para os home roasters, futuramente traremos mais detalhes! LOGÍSTICA DE TORRAS E ENVIOS Data de validade? Que nada… o que interessa é data de torra. A gente, como hobbista, sabe bem disso. Num mundo perfeito o café é teletransportado do resfriador do torrador direto para a nossa casa, hehe. Como ROAST é nossa segunda profissão, não podemos dedicar todos os dias para torrar. Decidimos então torrar somente um dia na semana. A melhor estratégia que encontramos foi a seguinte: os pedidos acumulam até sábado; na segunda torramos sob demanda o que acumulou; na terça enviamos os pacotes pra fora de BH; e na quarta despachamos por motoboy os pedidos para BH e região. Nossos batches de torra são de tamanho fixo para garantir a consistência. Normalmente a soma dos pedidos de um café não dá um múltiplo exato do batch, isso gera um excedente. Então, pedidos de domingo até a data de envio podem eventualmente ser enviados na mesma semana, a depender desse excedente. Para os destinos fora de BH estamos trabalhando com a Jadlog e Correios. Isso garante uma diversidade de serviços de entrega em todo o Brasil e também benefícios como remessas para o nordeste por transportadora. Além disso, conseguimos valores diferenciados para os serviços (o desconto nos preços normais varia de uma localidade para a outra). CAPACITAÇÃO Para fazer nosso café em casa já somos entusiastas e estudiosos, pesquisando sobre os equipamentos e como tirar o melhor deles, testando técnicas de extração, estudando termodinâmica para fazer modificação em máquina de espresso… Essa preocupação também está presente no negócio, pensando sempre em como entregar o melhor que um café tem pra oferecer. Só que agora o campo de estudo se ampliou um pouco. A torra comercial é de uma complexidade bem maior, por conta das variáveis monitoradas e controladas que um equipamento profissional oferece e por conta da escala da operação. Sabemos que o desafio é grande e estamos buscando evoluir sempre. Já fizemos alguns cursos de torras e continuamos estudando constantemente, analisando nossas curvas de torra e provando os cafés toda semana, já que a prova é a referência para a constante evolução na técnica. Além disso, temos estudado também os inúmeros processos da cadeia do plantio, colheita e pós colheita do café. Nossa intenção é acumular conhecimento num nível suficiente para avaliar as práticas dos produtores quando visitamos uma fazenda. Assim, poderemos sugerir melhorias para os produtores que estão iniciando na produção de café especial, além de feedbacks mais precisos sobre alguns defeitos que encontramos nas xícaras. É isso aí por enquanto, galera! Lembrando que o site está recém inaugurado, ainda devemos completar com algumas coisas que falei aqui. Por exemplo, vamos populando aos poucos o blog com as histórias dos produtores, falando sobre sobre as torras, nossas últimas viagens etc. Feedbacks da parte técnica podem mandar pra gente por mensagem privada aqui no fórum ou no email de contato do site. E qualquer dúvida sobre o projeto, só perguntar. Vai ser legal ter esse tópico movimentado, podendo contar com o envolvimento de vocês! E sigam a gente nas redes sociais! Geralmente as novidades são postadas primeiro lá. Instagram / Facebook: @roastcafes
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  7. Mandei mensagem para a suave (Daniel). Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
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  8. Grande @Fogo ruivo, as xícaras chegaram hoje e todas intactas. Muito obrigado amigo por ter nos proporcionado mais esta alegria. Essas xícaras estavam faltando no meu cantinho. Agora é hora de estudar onde vou guardá-las, mas essa é uma preocupação das boas.
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  9. Valeu Luan, depois que terminar com a seleção do Mario vou entrar em contato. Pois gostei bastante do café do Jequitibá, lá na Toca tem V60 também esqueci de mencionar. Mas lá já tomei outras bebidas lá a base de café que são muito boas. E eles tem lattes veganos para quem interessar é uma boa opção. Agora acho que só estou devendo uma visita na Flux, que já ouvi ser muito boa fora do fórum também. Vitor te entendo to sofrendo para terminar o meu mestrado também.
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  10. Chegaram novas peças para a Fiamma. Falta apenas fazer a nova carenagem da frente, aí ela fica da forma como eu estou almejando para concluir a máquina.
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  11. Hoje minha ARAM voltou do segundo conserto! Aí, Maycon! ArrumARAM minha cafeteira! Dessa vez as mudanças foram perceptíveis: O eixo foi trocado (o original era todo serrilhado, esse novo está bem liso) A peça de latão onde o eixo é rosqueado foi trocada pela nova peça de inox e bronze. Aliás, é bronze, @Aram? Pode dar mais detalhes, por favor? O conjunto do pistão também foi trocado Hoje fiz meu primeiro espresso, assim que ela chegou. É notável a melhora no funcionamento. De cara, percebi que o fluxo de água aumentou bastante. Agora, quando estou aquecendo a máquina, a água sai bem rápido durante o espurgo. Ponto positivo, já que é menos tempo perdendo calor durante cada sessão de aquecimento. Quanto a famosa ARAMalha, fiz apenas uma extração, mas acredito que agora estamos livre desse problema. Dá pra sentir muita diferença ao manivelar. Está super suave, rosqueando sem o atrito que tinha originalmente. Ao fim da extração, busquei por limalha e não encontrei nada. Resta agora aguardar para ver se a máquina se mantém funcionando corretamente ao longo do tempo. Sinceramente, agora acho que está num nível de qualidade bem legal. Tirando as questões de comunicação e atrasos, eu recomendo a ARAM! Aliás, a comunicação por email foi muito boa, apesar da economia de detalhes nas respostas. Hehe...
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  12. Prezados amigos, estarei sem frequentar o fórum até 01/09/2018. Estou com uns problemas pessoais e vou desacelerar um pouco, para quem está esperando os alinhadores de 53mm e as bases informo que estão quase prontas, acredito que 15 dias no máximo. Ainda tenho , tampers, alinhadores , Minis, Debut em estoque. Qualquer solicitação pode ser feita pelo meu email, bodnariuc@msn.com. Obrigado
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  13. Hoje fiz minha última torra do Rosângela CD, até agora o café que mais gostei no espresso (mas acho que virá um que o superará) Exatamente como planejei. Vai ficar show para uma boa e deliciosa despedida. E, para esperar, fiz afogatto com sorvete de creme e café do Paulo. Meus filhos adoraram o contraste entre o amargo do café e o doce do sorvete. Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
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  14. Caros amigos, Alguém conhece algum produtor de café no Vale do Paraiba Paulista? Como a região historicamente foi tida como grande produtora, será que sobrou ao menos 1 produtor que ainda produz bom café na região?
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  15. Chaleira Bonavita Eletrônica 220V Longa viagem da Hasbean na Inglaterra até a Áustria e de lá na mala até o Brasil.
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  16. Enfim, depois de algum tempo apenas admirando as discussões e quebrando o galho com uma máquina da Nespresso e um porta-filtro Melitta adaptado, finalmente poderei me atrever a participar mais do fórum (eu acho...) [emoji38] Enviado de meu Moto G (5) Plus usando o Tapatalk
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  17. Então Guilherme, meu projeto tá meio devagar aqui, muita correria. Uma sugestão para colocar o manômetro que encontrei foi na parte frontal. Chato foi cortar a chapa de inox. Coloquei duas chaves, uma liga o arduino e a outra liga a serpentina por meio de um relé de estado sólido,assim posso deixar o arduino e tela ligado e desligar somente o aquecimento. Adaptei uma cafeteira de cápsulas ( douce gusto picollo) com e caldeira dela própria. Coloquei uma alavanca com cabo de inox para abaixar o sistema de trava da cápsula. Outra hora eu posto mais detalhado, pois ainda está meio incompleto. Ma acha que o medidor do aliexpress serve? A foto ficou meio ruim pois tive que reduzir a resolução para caber.
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  18. @Solano, as respostas parecem fáceis mas o buraco é bem mais embaixo, vou tentar não escrever uma monografia... Primeiro... toda experiência degustativa na área de alimentos (inclusive café) é sempre uma experiência única e pessoal, ponto! Só vc tem as suas papilas (na minha idade, metade das minhas já foram pro espaço), e a percepção dos sinais (objetivos?!) que ela transmite para o seu cérebro serão sempre interpretados de acordo com sua experiência pessoal (psicológica, social, costumeira etc.). Conheci uma experiente e fabulosa analista sensorial de alimentos (que havia se especializado em café) que conta que certa vez uma nota sensorial (nada a ver com café) que 3 colegas dela (avaliação subjetiva) e um espectômetro de massa (avaliação objetiva) diziam ser "x", não tinha jeito de ela sentir como "x", para ela lembrava "y" que tinha a ver com uma experiência de infância dela. Então... como dizer se vc está no caminho, se, radicalizando, cada um tem o seu caminho? Um café pode ter amargor por defeito na seleção (ou secagem) dos grãos, ou defeito de torra (mais comum), ou ainda por ser inerente a ele. Não tive tempo de degustar com a calma e atenção necessárias os cafés da última CC (tive até que congelar) mas todos me pareceram pelo menos excelentes (ainda tenho dois graus acima disto); se senti algum amargor nas primeiras extrações, depois sumiram (ou quase) quando melhorei a extração. Para mim, tirar amargor de um café é sinal de melhora na extração, mas tem gente que declaradamente gosta de café com amargor (sem isso, dizem, não é café!). Quando vejo baristas dizendo que estão extraindo deste ou daquele jeito, privilegiando doçura ou acidez, para mim eles estão no mundo da subextração, tentando (suponho) equilibrar um café que estão considerando desequilibrado. Eu, já gosto de tomar "o café como ele é" (ou, mais exatamente, "o café como ele está"), em determinadas condições em que ele se encontra num determinado momento (pra mim, são 12 variáveis do grão). Se o café está naturalmente muito ácido (quando extraído no sweet spot), então tá: é um café ácido, zé fini! O mesmo se for muito doce com baixa acidez (tem gente que não gosta) etc. etc. etc. Aprecio como ele está, ou é, e acabou! Eu prefiro tomar um café como ele é: se gostar repito até acabar; se não gostar dôo, uso para fazer aquele café rápido sem maiores pretensões, tomo com leite ou harmonizo com outros alimentos. Raramente repito a compra de um café, até porque há muitos para provar, e quero explorar esse infinito universo de possibilidades cafeinadas. Não sou obrigado a tomar ou a servir um mesmo café, não tenho uma cafeteria com estoques limitados, não tenho fornecedor obrigatório (muitas cafeterias vendem principalmente o café que produzem), então não tenho que ficar equilibrando café desequilibrado, ainda que esta noção de equilíbrio seja subjetiva (sempre é, não tem como não ser). Mais uma vez aqui, cada um tem suas próprias experiências e referências pessoais, busque a sua: a que agrade ao seu paladar. Quanto mais quente o café mais você privilegia aromas (o que não persigo muito, sempre fui meio deficiente do nariz rsrsrs), e mais vc mascara os sabores. À medida em que o café vai esfriando, vão aparecendo as coisas boas e ruins que estão na xícara: se tiver amargor vai aumentar, se a acidez não for boa vai piorar ou aumentar etc. Um ponto que tenho gostado de degustar ultimamente é em torno de uns 50ºC (entre 45ºC e 55ºC) mas tomo tranquilamente até em temperatura ambiente depois que ele esfriou. Eu costumo dizer, e muitos colegas com quem troco informações dizem o mesmo, que quando o café é realmente excelente ele vai melhorando à medida em que esfria, ou, pelo menos, não piora quando esfria; é um critério (certo ou errado) que uso para avaliar a qualidade de um café, pois esta tem sido minha experiência prática e pessoal nos últimos dois anos: café que se mantém maravilhoso (ou até mesmo vai melhorando) enquanto vai esfriando é café top! Tem gente que diz que tem uns poucos cafés que atingem seu auge sensorial assim que entra na 3ª semana da torra (15 ou 16 dias da torra). Parece ser verdade para espressos, que não tomo nunca (então não sei dizer), mas para coados ainda não topei com um café desses. A maioria ficou entre 7 e 10 dias da torra, mas isto depende de conservação, grau de torra, nível de extração e por aí vai. Uma sugestão que lhe dou, funcionou para mim, é tomar um café de cada vez (eu costumava tomar apenas um por semana, fiz isto por quase dois anos). Isto fará com que vc perceba as sutis nuances de mudanças de sabor ao longo do tempo, e dará a vc uma excelente auto referência de o quanto sua extração está melhorando ou piorando, para o seu paladar.
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  19. Além do que o @LUW falou (das 3h30min) [emoji38] é um assunto muito complexo. Vou pincelar... Existe uma medição técnica e objetiva (implementada pela SCAA há muito anos) a chamada caixa de apreciação de Extração: entre 18% e 22%, com média em 20%; acima de 22% o café está sobreextraído, abaixo de 18% está subextraído. Isto, por si só, não quer dizer muita coisa, pois para um determinado grão em determinado método vc pode ter a melhor extração dele (o sweet spot) a, digamos, 20,5%, e passando disto (por ex. a 21%) o café estragar. E também porque nestas medições está-se falando da Extração média do conjunto do pó, então mesmo com um índice não tão alto vc já pode ter sobre-extraído dos grãos mais finos, enquanto que dos mais grossos vc somente subextraiu, o que desequilibra (às vezes estraga) o resultado na xícara. Daí a importância de uma granulometria o mais estreita e uniforme possível. Existe tb o lado de apreciação degustativa, que independe de medição por aparelho, em que se nota (com a prática) que o café pode até não estar ruim (pode até não estar amargoso, se o grão é excelente e está bem torrado), mas falta doçura, notas exóticas marcantes (quando o grão as tem) e complexidade (brilho) na acidez. Num subextraído vc pode dizer que ele tem uma acidez cítrica; à medida em que vai aumentando a extração esta acidez passa a ser percebida como de limão, avançando mais vc a define como sendo de limão siciliano; ou então aquela progressão de um genérico frutas vermelhas para de morango, ou cereja ou cranberry. E quando se chega no sweet spot (lembro bem de um Kenya assim) ao pôr o café na boca vc sente uma nota de nectarina (não é damasco nem pêssego, que são parecidas) mas a finalização (após engolir) é de um suco de morango. Quanto mais vc extrai do café, mais vc sente estas sutilezas todas, e, aqui vem o interessante: isto vc só percebe, no começo (depois com o tempo e experiência isso fica mais fácil), comparativamente: vc pode tomar um café e achar ele bom, mas quando se extrai mais vc percebe nitidamente que aquela extração anterior não era a melhor, ou mesmo que ela não estava boa (como vc percebera antes). Como dificilmente repito um mesmo café, prefiro levá-lo ao sweet spot e sentir tudo que ele tem a me oferecer naquele momento, de bom e, eventualmente, de não tão bom assim. Prefiro sempre um café bem extraído para degustar um café como ele está, como costumo dizer. Sim, isto é verdade, na prática, pois o que está em jogo neste caso são os diferentes níveis de extração (inclusive quanto à uniformidade de extração do conjunto do pó) que cada método proporciona. Métodos por percolação têm extração menos uniforme do pó como um todo (acho até um desperdício de grana), já os por infusão expõem mais o que o café tem a oferecer, de bom ou de ruim. Métodos diferentes têm manutenção de temperatura diferentes, limitações de granulometria ou de agitação diferentes, e tudo isto influencia no resultado final. Mas o mais decisivo, é o tipo de filtro utilizado: papel ou metálico, já que aquele deixa passar muito menos óleos, os quais trazem muito mais doçura e complexidade à xícara (se o grão for excelente). Em tese, e isto já testei bastante, quanto mais perto vc chega do sweet spot de um determinado grão (com variáveis semelhantes, como por ex. granulometria) menos diferença haverá entre os métodos, desde que usado um mesmo tipo de filtro. E isto tem certa lógica, pois se vc extraiu o máximo dos melhores solúveis e o mínimo dos piores, vc está pondo na xícara o que de melhor aquele grão tem a oferecer naquele momento, independentemente do método específico (mas desde que seja de um mesmo grupo: percolação ou infusão). Sou suspeito pra falar, mas é o método mais versátil em termos de manejo de variáveis, principalmente com filtro metálico, e as chances de um resultado que agrade o gosto de cada usuário são maiores mesmo.
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  20. "Variações do mesmo tema". Os princípios sempre serão os mesmos, mas de acordo com o grão você precisa ajustar uma ou outra variável. Se me permite um conselho, vá experimentando com esse mesmo café até chegar num ponto que ache que ficou bom e está conseguindo consistência. Aí passe para um outro grão usando exatamente os mesmos parâmetros e veja como fica. A partir do momento que vc chegou na sua fórmula básica, quando mudar de grão vc apenas precisa adapatar uma ou outra variável, e não começar do zero. Quando vc tiver experiência suficiemte vai ver que já quando toma o café pela primeira vez vai saber o que precisa ajustar para acertá-lo melhor na próxima, sem precisar muita experimentação. Mas um detalhe importante: equipamento é uma variável que faz MUITA diferença. Use sempre o mesmo filtro, PF, balança, moedor e chaleira. Agora no começo não adianta querer ficar tentando métodos diferentes que vc só vai se confundir. Acertou o V60? Está tirando café BOM e sempre igual? Beleza, aí passe para AP, FP, Moka, Clever, Chemex, Sowden, etc.
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  21. Recebi meu forno do grande Roberto beto-o. Quero deixar aqui o registro de que ele é um cara muito bacana, sempre disposto a tirar todas as minhas milhares de dúvidas. Agora estou esperando ansioso por uns cafés verdes para testar essa máquina. Enquanto isso, estou lendo tudo que posso sobre torra.
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