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MarcoC

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Posts postados por MarcoC

  1. Amigos, estou com uma dúvida. De modo geral percebo que vocês utilizam o Vario com mós de cerâmica para café espresso. Li também, em alguma mensagem, que com estas mós de cerâmica a moagem vêm com uma quantidade de finos que não é o ideal para filtrados/prensa.
    A minha pergunta é se o Vario com mós de cerâmica mói de um modo mais ou menos adequado para um café coado/prensa do que um Tramontina Breville. 
    Esta minha dúvida é porque quero adquirir um moedor elétrico que em um primeiro momento precisa me atender apenas para coado/prensa. E ainda não estou convencido de que para esta finalidade o Vario seja melhor que um Tramontina. Reparem que me refiro ao Vario com mós de cerâmica.
    Muito obrigado!

    Olá Erich!
    Va de Vario mesmo com mós de cerâmica. A uniformidade dele vale. E se vc gostar, da pra comprar as mós de aço e vc terá um moinho excelente pro uso domiciliar.
  2. Não acho que a mola original chegue a 8 bar quando pressuriza o bolo (sempre perdemos um pouco do deslocamento no início, por fatores como um pouco de ar preso e a posição do furo por onde vem água da caldeira). Uns 6 é provável, terminando em uns 3-4.

    Na época um colega do HB fez pra mim, acho que alguém com torno faz fácil (o cara fez com fresa e não ficou perfeito). Tem algum italiano que vende no eBay mas é fino, colocaria 2 de repente.

    Sobre o verniz do latonado... Não deixe espirrar café, que é ácido pacas. Se espirrar, limpe em seguida. A parte mais vulnerável é a frontal. Essa máquina que arranjei agora tem uma mancha próxima ao visor de nível, não sei como o cara fez. Sempre limpar com pano macio e úmido e talvez passar algo pra proteger, mas que não ataque o verniz. Pro cromado indicam cera de carnaúba, não sei se pro verniz pode. Infelizmente a latonada e a outra cobreada e latonada são lindas, mas o verniz apesar de ser bom, não é resistente como a cromada (que nem tem verniz).

    Boa Carneiro. Olha, vou seguir um tempo com ela em 1 bar. O cafe esta tão gostoso que nao da vontade de testar mais heheheh. A repetibilidade esta melhor do que eu epserava pra uma classic level. Deixei 14 gramas no filtro original, distribuicao e tamper dinanometrico, faço o ajuste fino do EY com quanto deixo de pre-infusao. Ontem um casal de amigos foi em casa, o amigo pediu mais leve, usei o café do Thiego blend de 14 e 18% de desenvolvimento, e pá: EY 21,5 com 8 segundos de pre-infusao. Minha amiga queria mais intenso, pá, 15 segundos de PI e EY de 25%.

    Hehehe tá divertido esse troço. Daqui uns meses começo a testar pressure profiling com ela, vamos ver....

     

  3. Mais um detalhe, Marco. Estava usando bastante o filtro IMS e hoje usei o filtro da Elektra. Acho que a diferença é realmente de 11-13g pra 14-16g (ou seja, pra mim, menos de 14 no filtro da Elektra é meio subdose) e mesmo nesses volumes o fluxo do filtro original dela me parece maior.
    Lembro de fazer extrações muito interessantes com fluxo bem lento, total de 1 minuto fácil. E depois instalei mola extra pra dar uma forcinha nesses bolos mais restritivos, mas nessa aqui não mexi ainda. Vídeo de 7 anos atrás!
    Outro detalhe sobre a temperatura é que um espaçador de teflon entre grupo e caldeira ajuda a "refrescar" o grupo entre as extrações. Estou sem nessa mas tem uma vedação do tipo antigo que é parecido com um espaçador mas não deve isolar bem termicamente. Outra técnica boa é resfriar o PF e encaixar no grupo novamente. Pode resfriar com água ou água e gelo. Importante é achar sua rotina e treinar bem o paladar!

    Legal o video Carneiro! Muito bom mesmo. Encomendei o IMS, acho que vai ser mais restritivo e diminui a impactação e obstrução de determinados furos do PF. A mola da minha esta bem forte, nao tenho como medir, mas acredito na medida da fabrica (8 bar inicio, 2 de fim)
    Esse teflon para isolar o corpo do grupo, vc mesmo fez, ou comprou?
    Mais uma Carneiro. Existe uma cobertura laminar nas camadas douradas da maquina, que começam a sair bem precoce. Vc sabe de alguma solução para isso? Tks man!!
    Outro fator primordial em máquinas levers, é retirar todo o ar do sistema dando flushs antes de encaixar o PF.
    Se não fizer isso, há grandes chances de dar errado.
    Salve
     

    Fala Fogo! Yes mann, aprendi isso com a pavoni nesses anos com ela, é bem valido mesmo. Mas na elektra, ao que indica, e depois do relato similar do Carneiro no HB, temperatura alta mesmo! Agora ela esta beeeeem legal.
  4. Carneiro, que pena que nao havia lido essa discussão antes! Muito bom seu experimento, e de fato, a temperatura mostra-se mais estável com o lance de desligar a maquina e liga-la imediatamente antes do próximo shot. Meus parabéns! E isso nos ajuda a perceber que máquinas manuais nao são fáceis de domar, o que de certa maneira, deixa mais interessante a obtenção de um bom espresso final. Agora vou correr pro site do filtro e tela!
    Alias, quanto tempo tem deixado de pre-infusao e quanto tempo de extração efetiva?? Nos meus tenho deixado os 15s de PI e a extraçao tem rolado em 20 a 25s. Abraço!

    Alias, lamacchinadelcaffe.com foi onde comprei o PF.

  5. Carneiro, legal essas infos, vou buscar o estudo do HB. De fato, nao da pra extrair mesmo nessa pressao alta ne? Nela nao usarei o vaporizador, entao acho que tudo bem ficar mais baixa.
    Nao tentei ainda amenizar a entrada da agua, vou fazer o teste.
    Por acaso vc conhece uma fonte pra filtro IMS ou competition pra elektra?

  6. E tem mais um detalhe interessante, a Elektra fica em Treviso, Itália, ao nível do mar, onde a ebulicão da agua é a 100 C. Eu moro em sao paulo, minha casa fica a 800 metros do nível do mar, minha agua ferve perto de 97C, temperatura que eu cheguei a medir na saída do PF. Portanto, é provável que na fábrica eles não presenciem o fenômeno.

  7. Também me questiono e parece que muitos tb não gostam disso. No coffeegeek tem um belo debate sobre o asssunto. Minha opinião é que atenda o perfil do espresso italiano. Geralmente mais desenvolvido, pouco mais extraído, e provavelmente atende melhor ao paladar na extração para duas xícaras, ja que obrigatoriamente terá uma relação de BR mais diluída e aí uma maior extração com temperatura maior compensaria a diluição.

  8. Muito esperada, na verdade 11 anos, e ela esta aqui. 120 espressos tirados e… algo está errado.
    IMG_9809.thumb.jpg.b00032da90985893df10c4fb8eec623a.jpg
     
    Desde o primeiro expresso uso um porta filtro naked, modificação de um original, e duas coisas me incomodaram:
    1. Falhas na saída do café ao observar a extração pelo naked;
    2. Principalmente após o segundo expresso, “borbulhamento” do fluxo líquido na extração do café e aumento do fluxo acima do esperado;
    3. Aspecto canalizado na avaliação do bolo extrtaído, com bolo se desmanchando irregular e mesmo utilizando-se do distribuidor e do tamper dinanométrico Bravo (e isso trouxe ao máximo minha estranheza, Gil).
     
    Pois bem, o aumento da temperatura nas extrações subsequentes é algo esperado nas máquinas manuais deste tipo, portanto fiz a mensuração da temperatura com o sensor térmico do meu multímetro, não no cenário ideal, e a temperatura ficava em torno dos 95 a 97 C nos shots subsequentes, e isso com o pressostato ajustado de fábrica deixando a pressão do boiller em 1,3 Bar.
     
    Enquanto tentava corrigir meus erros de extração, cheguei nos pontos ótimos do preparo para porta filtro duplo:
    - Moagem fina, mas nem tanto, na EK43 no ajuste em torno do 2,3 (na spazialle usando 2,5);
    - 13g de café (entre 1 e 2 semanas de torras entre 14 a 18% de desenvolvimento, geralmente blendando-os);
    - Distribuidor e tamponagem dinanométrica metódica com o Bravo (tentei com distribuição e tamper sem pressão de 15kg, mas o convencional foi melhor)
    - Pré-infusão: o suficiente pra molhar todo o bolo e começar a pingar, ou quase isso, nas minhas amostras em torno de 10 a 15s;
    - Sem reacionamento do pistão, portanto 1 ciclo, resultando no final em torno de 28 a 30g de bebida (BR~ 1:2,2)
     
    120 expressos e cheguei a conclusão que não era só erro da minha preparação, pois atingi nos testes todas as variáveis possíveis, exceto uma: a temperatura do boiller.
     
    Passei a crer que minha medida da temperatura estava errada, abri a máquina e regulei o pressostato com ⅔ de volta anti-horário. Religuei a máquina e a pressão foi pra 1 bar.
     
    Tirei três espressos sequenciais na fórmula acima descrita:
    - Foram 3 expressos homogêneos, BRIX de 13,0 a 13,2, em torno de 30 g de bebida, EY ~ 26%.
    - E mais: aspecto homogêneo na saída do café pelo Naked e na avaliação do bolo, super regular.
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    - De fato, a água estava fervendo no momento da saída do porta-filtro.
    - Aproveitei pra desmontar o pistão, limpei, coloquei graxa de silicone nos anéis do pistão e graxa branca alimentícia na mola, que estava raspando na face interna do cilindro do pistão.
     
    O que aprendi nessa história: o erro em 90% das vezes é nosso na preparação da bebida, mas deve haver um momento de desconfiança onde o fator pode ser externo. No caso da Elektra, ela vem mesmo regulada de fábrica com o pressostado a 1,3 Bar, ou seja, o topo da área verde.
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    E isso explica porque na maioria dos vídeos na internet observamos a saída irregular e borbulhante do café pelo bico do porta-filtro. Ao usar o Naked, isso fica muito evidente e desagradável de se olhar.
    Com a fervura da água dentro do porta-filtro, o bolo fica uma confusão, e obviamente, a extração medida no refratômetro, variável.
     
    Grande abraço a todos e quem quiser mais detalhes de como modificar o pressostado, é só chamar.
     

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  9. Salve Galera! Falando do tâmper dinanométrico do Gil, queria deixar registrado uns valores personalizados do diâmetro da base do tâmper:
    La Spazialle S1 Mini Vivaldi: 53,4 mm
    La Pavoni Professional: 51,5 mm

    Nesses valores é possível progredir até pouco mais que a metade na profundidade dos filtros duplos, com a vantagem de deixar uma compactação integral, sem resíduos laterais. Usando junto com o distribuidor, consegui uma consistência ótima nas extrações subsequentes na La Spazialle.

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  10. Salve pessoal!

     

    Ha alguns anos trouxe uma La Pavoni Professional da Italia, e me diverti muito com ela, exceto por um pequeno problema:

    Um vazamento de algumas gotas de agua pela haste do pistão de extração, logo acima do grupo:

    IMG_9340.thumb.jpg.11560d17604701296cde758c1e346794.jpg

     

    Como eram poucas gotas, toquei o barco até que um tempo depois, comprei da orphan o conjunto de buchas de vedação do grupo.

    Outro tempo se passou e eu protelei a abertura da máquina.

    Agora que tenho medido o TDS e calculado extrações, recoloquei a Pavoni no Top One de casa por poder executar nela um “pressure profiling” e obviamente, sabores bem bacanas.

    Resolvi abrir a maquina, retirei a bucha da haste do pistão e assim estava ela:

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    IMG_9342.thumb.jpg.bf72c9195394b88d25c4977d6f7a72cb.jpg

    Ela veio com uma parte esmagada de fabrica, com uma parte dela dobrada e presa incorretamente.

    Pois bem, esse é um dos problemas de se comprar a maquina e ir embora, sem tempo habil pra devolve-la.

    Quis deixar aqui o relato do achado, no final a troca nao era tão complicada assim, mas de fato precisava de duas ferramentas especificas.

    Tudo certo, agora funcionando como nunca.

    Abraços!

     

  11. Marco , antes de tudo parabéns pela iniciativa! Vou deixar para os mais experientes comentarem .

     

    Queria saber por que escolheu um refratômetro óptico para medir a extração. Salvo engano já foi comentado em tópico sobre TDS que esse instrumento não seria confiável. Algo mudou de uns tempos para cá? Um instrumento muito utilizado pelo Lisboa é o condutivímetro.

     

    Já tentou calibrar / fazer um teste de equivalência entre seu refratômetro e um daqueles famosos (tipo VST etc)?

    Salve Helder! Primeiro é grana, paguei 100 reais nele. Mas tem mais informação aí. O refratometro optico usa uma propriedade simples demais, que é a refracão da luz, criando uma linha limite de sombra no leitor, nada demais alem da fisica mesmo, e por isso, nao da pra dar muito errado. O fato é que tem que calibrar o zero dele com agua destilada, de preferencia na faixa ótima de leitura, que é perto dos 20 graus. Nao pode passar de +-5C. (Ele fala que corrige dos 0 aos 30C mas isso não é uma info confiável). Existe muita imprecisao caso nao respeite a temperatura, fora isso, é tranquilo. Uma coisa que atrapalha a leitura é que os solidos nao diluidos, de fato embaçam a linha de visao, mesmo assim, da pra enxergar um ponto medio sem precisar gastar com filtro de seringa. Como nao preciso de uma medida exata, e sim aproximada, ele vai razoavel.

    Na pratica, o Brix que tenho aferido varia dos 6 aos 14 no expresso (a tabela de leitura é de 0-32) No filtrado ja é diferente, pois o Brix varia entre 1,5 e 2,0, uma faixa mais estreita, necessitando talvez de mais precisao.

    Li bastante sobre o condutivímetro, e apesar de muita informaçao desencontrada, a fonte mais precisa e atual falava sobre condutivimetro em solucoes ionicas, no caso para medir a agua usada para a extração, e no caso da bebida, refratometro mesmo, por ter muitos elementos aniônicos na formula, mais ou menos o que o Burny comentou no inicio de um dos topicos de TDS.

    Enfim, os dois medem o TDS, mas um mais voltado para ionicos e outro para aniônicos.

    Se eu tivesse com grana e se fosse mais facil de achar, eu pegaria um digital só pela correçao da temperatura de aferição.

     

    Na foto anexa temos um Brix de 1,7 num filtrado. A foto distorce as extremidades, mas ao vivo da pra enxergar os traços como nos numeros bem focados do meio da foto.

     

    IMG_9209.thumb.jpg.1269a1932036f6743379985f59cceaf4.jpg

     

     

     

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  12. Acho que ficaria assim mesmo. Mas veja que o comportamento da curva como parábola é o que o Burny falou. Canalização. Pode ocorrer tanto em pó muito fino ou muito grosso.
    Então essas curvas representam a limitação do método (espresso). Se fosse feita a mesma metodologia em método por infusão as curvas seriam sempre proporcionais.

    Concordo Sergio. E vejo que realmente nós subestimamos a canalização. Uso todas as ferramentas possiveis para equalizar o método, de distribuidor bravo ao angulo de 90 graus no braço para respeitar o vetor de aplicação do tamper, mesmo assim, extraio com inconsistencia. Passei a olhar o manometro da la Spaziale e consigo ver o momento em que ele sofre uma discreta queda. Parece que há uma estreita faixa de moagem que consigo fugir mais da canalização.
    O pior é que acredito que os 5,5 bar nao mudaram muita coisa. Ja nao sei se tento um teste em 3 bar ou volto logo pra casa dos 8-9 bar...
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  13. Algo mesmo relacionado a canalização. É impossível a extração diminuir. Caso a água passasse a sair 100% limpa do pó, a extração estaria no máximo nivelada, nunca mais baixa que antes.
    (extração no caso é o percentual extraído do pó)
    Vc está fazendo a conta da extração corretamente?
    TDS = massa de pó que foi para xícara / massa da bebida
    %ext = massa de pó que foi para xícara / massa de pó total

    Sergio.m, concordo por definição, é a lógica da coisa. A nao ser que nao esteja sendo extraido adequadamente, dai o fato de a extracao teorica ser uma linear ascendente e da extracao pratica, com o viés da canalização ser uma parábola mais larga ou estreita.
    A formula que eu usei é
    EY=(TDS x BW)/Dose.
    Ey (extraction yield)
    TDS (total dissolved solids)
    BW (brew weight)

    O fator de correcao do refratometro foi:
    TDS = BRIX x 0,85
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  14. Oi Marco, a palavra chave aqui é canalização. Se vc passa do ponto de moagem ideal e usa uma moagem fina demais acontecem canalizações, que as vezes incl. são difíceis para identificar no filtro naked. No filtro naked a cor da bebida tem que ser homogênea e esses fios mais claros (as vezes até bonitos e homogeneamente distribuidos) são locais de canalização e sub extração que causam uma %ex baixa. Certos moinhos, e o EK43 é um deles, e certos filtros (especialmente singles) são meio temperamentais com canalizações e tem que tomar muito cuidado com o grau de moagem e a preparaçao do bolo. Vc provou o shot de 17.5%? Muito provavelmente foi desequilibrado e ácido, ne?
    Abçs, Burny 

    Burny, de fato é o que eu desconfiava. A moagem mais fina pode favorecer a formação de um bolo mais resistente e consequente canalização. O Scott Rao tem mostrado a situação altamente prevalente da canalização, justamente após a era do lançamento do “Decent Espresso Machine” que criou um furduncio no conceito da extração do expresso de terceira onda graças ao ajuste de pressão da maquina de acordo com o aumento do fluxo da agua durante a extração. Na teoria, quando há aumento no fluxo, a máquina reage diminuindo a pressão e dando tempo ao colabamento do bolo.
    Antes de fazer esse experimento ja havia realizado 50 medicoes com o refratômetro e me deparei com uma inconsistencia importante. Por outro lado, quando fazia na La Pavoli de alavanca, sempre um cafe mais doce, extracao ótima e obviamente, uma extracao com pressão controlada pela visualizacao do fluxo de café. Foi a primeira vez que entendi numericamente porque o expresso da La Pavoni é mais gostoso que da La Spaziale.
    Foi entao que eu resolvi baixar a pressão da La Spaziale para 5,5 Bar, que nao é um ajuste nem de perto parecido à açao da Decent Espresso Machine e à La Pavoni, mas com uma perspectiva de pressionar menos o bolo. E ja foi nesse ambiente que fiz o teste.
    O café de extraçao mais baixa ficou um pouco mais ácido sim Burny, mas de longe nada mal.
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  15.  

    Olá a todos,

     

    Fiz um rápido experimento envolvendo a relação de 3 fatores:

    * Extração do expresso (em porcentagem);

    * Desenvolvimento na torra (variando de 13% a 18%);

    * Grau de moagem.

     

    O objetivo da coleta dos dados foi avaliar o ponto ótimo de moagem do grão, usando como critério a extração, de acordo com dois diferentes graus de desenvolvimento na torra (13% e 18%) e comparando com o comportamento do blend do mesmo grão mixando 3 desenvolvimentos diferentes.

     

    Método:

     

    Máquina de expresso: La Spazialle Mini Vivaldi II

    Pressão: 5,5 Bar

    Temperatura na saída do grupo: 94C

    Pré-infusão mecânica à pistão de 6 segundos

    Porta Filtro Single Naked

     

    Moedor: Mahlkonig EK43 na faixa de expresso, entre 2,0 e 3,1 (Intervalo de fino a grosso 0 a 16)

     

    Refratômetro óptico (Lorben), zerado com agua destilada a 22C e com aferições em 22C (+-2C)

     

    GRÃO: Catuaí Vermelho do Thiego

    Dose: 11gramas

    Brew Weight: 26,5g (+-1,5g)

    Tempo de extração: 24s (+-6s)

     

    Amostras:

    * Thiego 13%

    * Thiego 18%

    * Thiego Blend (⅓ da torra 13%, ⅓ da torra 15%, ⅓ da torra 18%)

     

    Gráficos de Torra anexos:

     

    IMG_9260.jpg

    IMG_9261.jpg

    IMG_9262.jpg

     

     

    Foram realizadas três moagens distintas para cada amostra SO (single origin) e três com o blend.

     

     

    RESULTADO:

     

    IMG_9263.jpg

     

    - O grão mais claro, 13%, ficou com sua melhor extração na regulagem mais fina, em 2,0 no moedor, atingindo 21,01% de extração em 30 segundos.

    - O grão mais escuro, 18%, mostrou melhor extração numa moagem mais grossa, em 3,1 no moedor, com 20,48% de extração em 18 segundos.

    * Os SOs isoladamente mostram um padrão mais linear na progressão para o ponto ótimo.

    * O Blend SO com diferentes desenvolvimentos de torra mostram uma parábola mais estreita, onde o ponto ótimo fica num ponto bem específico da moagem.

    * Não preciso explicar que o experimento é um esboço, não tem valor científico.

     

     

    Antes de começar o teste, achava que a extração sempre seria maior de acordo com a moagem mais fina, mas não foi o que observei. O Thiego mais escuro extraiu mais com moagem mais grossa. O Thiego mais claro, com moagem mais fina. Provavelmente todos sejam parábolas, sendo que os SOs de desenvolvimento de torra único provavelmente estão representados só em uma perna da parábola no gráfico. O Blend parece que acentuou o intervalo, exibindo melhor a crista da parábola.

    Enfim, além da possibilidade de baixa amostragem para construir o gráfico, se de fato os dados forem reais, parece que aumentar a extração pela moagem, não é um fator linear.

     

     

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  16. Nossa, de arrepiar não? Olha, ha uns anos eu percebi algo errado com o Boiller de vapor da minha máquina, a serpentina havia estourado e estava vazando corrente eletrica. Mandei e-mail, novamente chriscoffee, concordaram em me mandar um boiller novo. Fiz a troca, tudo ok, e demorou uns 15 dias apenas.

    Mas como o tópico é comparação de moinhos, deixo registrado que meu Baratza Vario ja foi bastante atualizado por mim, sem muita dificuldade, endossando que é bom a gente mesmo mexer nas máquinas. Hopper novo, porta-filtro de metal, ja troquei a placa principal pois tem um resistor de 100 oms que queima com o tempo. Em alguns dias chega uma correia nova e aproveitei e pedi pra trazer um motor novo tb, pra deixar de backup ja que um pouco do pó da correia antiga entrou no motor e nao sei se vai dar problema com o tempo. É certamente um ótimo moinho pra hobbista fazer a manutenção e as peças estao disponiveis na baratza americana.

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  17. Impressionante isso Cabral, há um certo amadorismo nesse mercado por aqui. Na La Spazialle Brasil foi a mesma coisa. Precisava das gaxetas pra minha máquina, provavelmente o item mais banal de manutenção que existe. Foi uma semana e varias ligações pra conseguir montar meu Cadastro, apenas o cadastro. Enquanto isso fiz o pedido na Chriscoffee. Apos 10 dias, no dia em que recebi as gaxetas da Chriscoffee em casa, me ligaram pra saber se eu ainda queria comprar as gaxetas aqui em SP...
    Recentemente, liguei pra eles pra perguntar sobre moedores, perguntaram se eu tinha o famigerado “cadastro”, falei que sim e eles confirmaram. Mas aí, iriam retornar a ligação, virou o ano, e nada.

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