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Lisboa Santos

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Tudo que Lisboa Santos postou

  1. Não é o estouro do tempo que gera a laminha: é a laminha (inclusive no fundo que vc não vê, e nas paredes) que gera o estouro do tempo, pq a laminha entope os poros do filtro e diminui a vazão do líquido. Em toda extração há uma diminuição da vazão, em razão do entupimento gradual dos poros. Tem gente aqui que costuma reutilizar filtros de papel; além do inconveniente da contaminação do sabor, pode ver que quanto mais vc usa o mesmo filtro, menor é a vazão dele, por conta do entupimento. Não vale a pena. O aspecto de areia molhada depende de algumas coisas: 1) moedor excelente que gere poucos fines em moagens mais grossas. digamos de média pra cima; então não necessariamente é erro de moagem, pode ser (geralmente é) deficiência do moedor (este caras não usam moedor meia boca, só coisa fina); 2) Moer mais grosso para dar o aspecto de areia molhada, não favorece uma melhor extração, nem garante menos fines. Voltamos à questão da qualidade do moedor. Isto foi uma pergunta ou uma afirmação?!
  2. Vc não disse, nem eu quis dizer que vc disse, pq vc não disse! Eu é que disse outra coisa dando seqüência, digo, sequência, ao que vc disse... Pesar os custos é fácil, difícil é pesar os benefícios (às vezes não são perceptíveis pelo comprador, como no exemplo da Gilette e da Mercedes), e muitas vezes o que acaba decidindo é a disponibilidade de recursos. Neste sentido, sim, uma questão financeira, e não tecnológica, de custo x benefício (pras necessidades do comprador).
  3. Desculpe-me, às vezes eu esqueço: a ferramenta de busca não está funcionando, não foi culpa sua não ter achado. Tente, por ora, localizar o tópico pela ferramenta "atividades recentes" até chegar no tópico da Moka (pode demorar). Grande abraço!
  4. Ainda não concordo rsrsrs por várias razões... 1ª) quando vc corta vc perde a BR que está usando, ou o controle da BR, a não ser que vc corte sempre no mesmo ponto (sabendo o peso da água despejada e do café coado). Isto dá uma certa imprecisão para replicar futuramente a receita. 2ª) quando vc corta antes, vc pode estar cortando justamente o café que já foi extraído (mas ainda não filtrado) e que pode ter coisas boas para ir para xícara. Cortando antes é como se a BR fosse maior, e quanto maior esta, menos se extrai do café. 3ª) se vc corta e o café está subextraído, adicionar água não vai melhorar o café (extraiu tá extraído, não adianta ficar arrependido, como dizia o bordão), vc vai apenas diminuir a intensidade (diminuir a concentração) e com isso disfarçar (amenizar) o que não há de bom (ou há de ruim) na xícara. Não é exatamente uma melhora, é, na verdade, uma "despiora". Melhor extrair direitinho, com a BR desejada e supostamente certa, do que cortar. Se o café na xícara não está bom geralmente é problema de preparação, e tb geralmente é problema do grão (principalmente de torra). Não sendo nenhum dos dois, o café deve ficar pelo menos muito bom na xícara! (hj estou malvado rsrsrs)
  5. Tem um tópico sobre Moka, onde a questão foi discutida. O ponto principal envolve segurança: perigo de a cafeteira italiana explodir, daí não recomendo produtos muito baratos (xinglings e outras imitações), se puder vai de Bialetti, apesar de cara, porque esta não tem erro e é bonita.
  6. @sergio.m aí, como sempre, depende. Nem sempre o cliente leva em conta somente o fator preço, às vezes a escolha pode se dar (sem se dar conta ops!) na tecnologia por trás do produto. Lembro que a Gilette investiu US$200milhões para fazer o upgrade do Mach2 pro Mach 3 (olhando assim, rapidamente, vc não nota a diferença), mas ao fazer a barba vc sente a diferança (só uso Mach3 rsrsrs). O preço aumentou, lógico, mas certamente ela já obteve retorno desde então.... Mas concordo com vc que preços são mercadológicos, balanço entre oferta e procura. Nem sempre um preço maior significa produto melhor (tem a questão do valor da marca), mas, como o CaÊ disse, pro mercado aceitar uma diferença de 30 pra 80, o produto tem que ser melhor; muito melhor, eu diria. A questão pode se resumir à disponiblidade de recursos x disponiblidade de equipamento: quem podendo comprar uma Mercedes compraria um Ford Cruise? Não é à toa que o nosso colega Leandro (após um curso com o Ensei Neto) preferiu investir num Probatino 2Kg a num Atilla Gold Plus de 5Kg. Ambos servem... mas qual serve melhor? Aqui tb vai uma questão de preferência, em função da sua técnica, recursos oferecidos disponíveis etc. etc. etc.
  7. BR é questão de gosto e que também, indiretamente, tem a ver com apreciar um café melhor extraído já que quanto menor a BR maior a %Ext, em determinado método (métodos diferentes têm diferentes níveis de extração, esta é a principal diferença entre eles). Eu comecei com BR de 5% (na época, há bem mais de 2 anos, eu lia muito o Matt Perger, e assim ele recomendava iniciar), logo passei para 5,5% por quase dois anos. Estava começando a subir para 6%, quando aprendi a fazer Moka com minha noiva (ela usa um BR baixíssima, nem vou falar pra não chocar vcs, mas que extraí muito bem por conta da pressão), e agora já estou voltando para a BR de 5%, com sua baixa intensidade e maior Extração: dá extraordinários, pra mim, chafezinhos. DEVE mexer, sempre que se despeja água, ou periodicamente depois do último (ou único) despejo. Agitação é uma variável básica que permite uma extração mais homogênea do conjunto do pó. E chaleira bico de ganso nenhuma agita o suficiente, principalmente no primeiro despejo. Quando comecei, vi um vídeo de um barista que era especialista em V60 (era um dos melhores do mundo, dizia o vídeo), com aquele blooming espetacular no V60 cheio de micro bolinhas e macro bolhonas explosivas, lindo de ver! Tempos depois lembrei-me do Nelson Rodrigues, ao concluir que aquele blooming espetacular era bonitinho mas ordinário. Excesso de micro bolhas (de CO2) significa que a torra é muito recente, e isto não é nada bom! Bolhonas (de ar) vêm de pó que estava seco, ou seja, despejo totalmente desuniforme que o bico de ganso não resolveu. Melhor despejar e agitar com uma colherinha até parar de sair bolhonas de ar, pois assim fazendo vc vai ter certeza que todo o seu pó está devida, total e igualmente umidecido. Vc começou mencionando V60 e AP... que crosta tem, que precise ser quebrada, em V60 e AP, cara pálida?! Seria crosta na FP já que o tópico é de FP? se for, quebre a crosta afundando bem sem medo de agitar, e antes de descer o embolo espere 1 ou 2 min para tudo decantar melhor. Como eu já disse antes neste tópico, tirar a crosta leva os óleos juntos e, com isso, parte interessante da riqueza na xícara. Ensinei minha futura sogra a mexer na FP a cada minuto, infusão de 7-8min (com moagem bem fina), nem forma crosta. Radicalizar com variáveis expõe o que há de bom e ruim no café, com todos os seus defeitos e virtudes, daí ser fundamental escolher ou usar cafés não menos que excelentes. Tô num ponto que café bom ou muito bom não agrada mais, tem que ser mais do que isso ou ele simplesmente não aguenta uma bela duma extraída. E não é culpa do fazedor, é culpa do café mesmo.
  8. Entrei, no Third Wave Wichteln 2017! Tirei alguém da Turquia, e vou mandar o 2SL do Leandro @dessidepaula que pra mim (incluindo vários importados da Square Mile, Collona, La Cabra e 49th) e para pelo menos dois colegas aqui do CdC, foi o melhor café de 2017, e um dos melhores que já tomei (tomamos) na vida. Vai dar um turquish coffee de arrepiar pelo de angorá turco!
  9. A diferença entre uma FP barata e uma cara está principalmente na qualidade do filtro (durabilidade, precisão nas bordas, malha mais fina). Algumas famosas têm parede dupla metálica ou de vidro (que retém mais o calor). Minha futura sogra faz um café delicioso numa FP que dei pra ela de R$25; o filtro é muito simples mas é só descer o êmbolo bem devagar que passa muito pouco particulado. Pra começar e ver se gosta do método, uma barata não faz diferença porque, na minha opinião, o modo de preparar influencia muuuuito mais no resultado na xícara do que a qualidade geral (custo e visual) da FP.
  10. Tenho as bombinhas dos potes a vácuo da Consul e do pote que acompanha a seladora Food Save da Oster. Mas aspirador de pó funciona tb, inclusive naqueles sacos a vácuo ziplock.
  11. Além do experimento que o @Gilberto sugeriu (fiz isto muitas vezes), tem uma maneira de fazer, que eu não gosto mas muitas vezes é necessária (quando a classificação do café não é do tipo 1, até 4 defeitos; e/ou houve problemas de torra) que consiste em separar os grãos em 3 grupos: normal, mais claros (pode ter ali café verde, imaturo, mal granado) e mais escuros (pode ter preto, ardido, ou fermentado ruim; ou a torra não estava uniforme), e preparar cada grupo separado, para identificar o que há de bom e ruim e cada um deles.
  12. A questão do "tempo x granulometria x BR" passa também pelo tamanho do filtro, que deve ser proporcional ao volume desejado. A Hario tem 3 tamanhos de PF, a Clever 2 etc., cada um com o volume ideal para fazer café. Tentar fazer 600-700ml (volume do V60 nº 2) num PF nº 1 vai requerer ajustes de variáveis, o que não é o desejável pois muda o resultado na xícara. Mesmo com receitas proporcionais ao tamanho do PF, o resultado já será ligeiramente diferente devido ao fator temperatura da água pois quanto menor o volume de água mais rápida a perda de temperatura.
  13. Parece que esta CC vai passar batida naquele tópico "Correios $%#@*&*".
  14. @ronaldom1 Em tempo: não resisti e vi o vídeo.... rsrs muito boas recomendações. A primeira é um café de excelente qualidade, ele é o dono da Square Mile... BR entre 6% a 7%. A água ele recomenda seja leve, ele fala em água filtrada mas por lá eles não têm acesso a água mineral tão fácil como nós por aqui, e a água britânica é famosa por ser dura (muito cálcio). Ele fala justamente para não usar água dura, pois este tipo de água pode arruinar até um excelente café com infusões longas. Ele quebra a crosta, meio que afundando como no cupping (na segunda fase do cupping), fiz um curso recentemente sobre classificação e degustação. Não menos que 5 min mas, pelo que entendi (vou rever o vídeo com calma à noite), no total (depois ele fala em 7-8 min); ou será depois dos 4min? pela granulometria (média) eu acho que é depois dos 4 min mesmo, como vc disse. Quanto mais longo o tempo, melhor vai ficar o sabor do café, é o que ele explica (dizendo que esta é a parte difícil de entender). Ao final descer devagar e só um pouco o êmbolo, para não agitar os fines. A xícara fica bem limpa ao final, e sem muitos malabarismos. Quanto mais fina a moagem, mais ela demora para decantar; com a média, e seguindo a sugestão dele, penso que 1:30-2:00min sem agitar, antes de descer o êmbolo, deve deixar os fines mansinhos. É uma questão de testar. Paciência, claro! ele recomenda desde o início, várias vezes...
  15. @ronaldom1 aqui tb é a mesma coisa: pras visitas não especializadas, ou pouco iniciadas, a receita é sempre mais ao estilo do freguês.... Não tenho tempo de ver o vídeo agora, não sei se o Jim agita a FP periodicamente, ou se é só o que vc falou. Vc segue à risca, isto é, vc não agita? eu acho que ele não agita de vez em quando, depois confiro.
  16. Eu estava usando farinha de arroz nos Bannetons, li em algum lugar, o que tb ajuda a dar crocância à casca.
  17. Pelo rastreamento recebo amanhã, com 6 ou 7 dias da torra, excelente! Parabéns ao pessoal envolvido!
  18. Não sei fora do Kickstater mas as Kruve, se vc não for taxado, saem mais em conta, pro usuário comum, dos que as granulométricas porque a Kruve tem os filtros intercambiáveis e a granulométrica é uma peneira para cada tamanho de malha. Mas estas de inox de cozinha, com a malha fina, dão pro gasto.
  19. @Bruno Marinho! Boa ideia esta de usar a AP como chuveiro, desde que bem pré-escaldada. Esse melodrip é uma daquelas frescuras perfomáticas tipo show que só complicam o que não é complicado: eles inventam um problema que vc achava que não tinha (e não tinha mesmo), e acabam fazendo vc achar que agora tem! Nada que uma colherinha vagabunda de café, de R$0,50 não resolva muito melhor com um despejo no centro do coador. Tem que agitar, mesmo em percolação, o resto é frufru tais quais: Hario, chaleira bico de cisne ou de ganso etc.... Acompanho esse japonês no Instagram (ray alguma coisa) e ele anda postando extrações usando errado o APP do refratômetro VST (acho) e os resultados dele estão todos errados dando de 1 a 1,5% a mais na %Extração... sem mais!
  20. Eu tenho uma FP bem simples, mas não uso para fazer café, só pra espumar o leite para tomar com café (ou puro, gelado, ou com ovomaltine etc.). Então não posso dizer todos os detalhes práticos. Se o filtro metálico é de alta qualidade (malha bem fina) não vejo problemas em descer o êmbolo bem devagar (em torno de 1 min), que, assim como na AeroPress com filtro metálico, não deixa passar os fines. A questão da moagem mais fina que a tradicional (para FP) é uma variável que melhora a extração em qualquer método, não há razão para ser tão tradicionalmente grossa, principalmente se vc der uma peneirada para tirar as partículas mais finas. Não entendi sobre a temperatura da água, parece que ele fala para ferver e esperar parar de borbulhar para então começar a preparação. Eu sempre uso água fervendo, o que depende da altitude em que vc está (aqui ferve a 97,3ºC), isto tb melhora a extração. O grande problema que vejo na técnica dele, sob o pretexto de evitar os particulados mais finos, é fazer o mesmo do cupping (que tb acho um ponto falho, que empobrece o café): tirar a crosta de partículas grossas que estão boiando, porque isto leva junto os óleos, que é o grande forte da FP (com seu filtro metálico). No cupping até faz algum sentido já que não há filtragem e o excesso de particulados (grossos ou finos) atrapalha a percepção de sabor e corpo. Para quem não se incomoda muito com a borra (acho que quem gosta de FP, não deve se incomodar, pois é inerente ao método), penso que a técnica sem tirar a crosta favorece uma xícara mais rica. Ou então, basta passar para um outro recipiente e esperar a borra decantar antes de servir (bem devagar), já que o tempo usual de extração (de 4 a 5min) permite que o café chegue ainda bem quente à xícara.
  21. Bicarbonato de Sódio é melhor que Bombril! serve pra tudo, tem mais de 1001 utiliidades, combinado, ou não, com limão ou vinagre (pra coador não, claro!): desentupir pia, clarear azulejos e panelas, e também é excelente pra saúde (desde que usado moderadamente). Ah! Mas a malha do Hario é bem diferente, toda trançadinha, coisa muito caprichadinha, bem felpudinha... Tem a questão do reuso com o que fica grudado no pano, mas a contaminação cruzada de sabores é mínima, com os cuidados que tomo, e o pessoal gosta muito de ver (eu tb), é hariamente chic! O problema desta gente, como eu, que mora em cidade pequena e o serviço fica a 3 min de casa, é ter tempo de sobra pra fazer o que tem que ser (bem) feito... E... óleo na xicara é sempre bom, muito bom, mas não compensa subextração. O melhor óleo (fica até visualmente diferente em quantidade e qualidade) é o das boas extrações....
  22. Uhuuuu! era ieu memo! Acabaram de entregar, quando abri a caixinha os aromas dos 3 pacotinhos inundaram o Cartório! Muuuuito obrigado, @Guilherme Torres! Como era de se esperar, as torras estão muito bonitas e uniformes, adorei ver o Natural da Elza com o fio central clarinho, pois sei que isto é difícil de se conseguir! Vão para a AP hoje à noite mesmo!
  23. Calma, pois neste exato momento eles devem estar deixando desesperados os atendentes dos Correios....
  24. êpa, este descritor está batendo... Será? será? será? Costumam entregar depois das 15h.... ta daaaaaa
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