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José do Café 013

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Tudo que José do Café 013 postou

  1. Não é uma necessidade, apenas como o Philip disse, esse é o caminho das pedras. Acho maluquice indicar um moedor desses pra alguém que está começando e vai associar fazer café com fazer esforço. Pra moer café você pode usar até uma pedra...Apenas você encurta muito a linha de aprendizagem, aumenta a curva de erro e adquire algo com excelente qualidade de uma vez, sem gastar 1000 pra começar, fazer gambiarra com parafusadeira, depois 2000, depois outros 2000, depois mais não sei quanto com mil alterações em máquinas, depois comprar todos os acessórios possíveis na ali express pra tentar chegar anos e anos depois no que você teria logo de cara apertando um botão. É justamente pra quem não tem grana que eu dou a dica...quem quiser pulverizar dinheiro em equipamentos de baixa qualidade, tudo bem também...O atalho me parece mais razoável. Digo isso por experiência própria, mas pra quem quiser espalhar dinheiro em um monte de coisa sem nunca dar o salto definitivo e passar anos e anos até aprender o caminho, tudo bem também, é só minha opinião. Agora comparar o uso de um moedor desses tipo K4 com a de um moedor titã também não dá. Aí ultrapassa a opinião e vai pro senso comum. Ao longo de uma década quem vai por esse caminho vai trocar de moedores várias e várias vezes, vai gastar mais e vai ter uma experiência muito mais penosa, do que simplesmente apertar um botão, programar tudo exatamente da forma que você quiser, com regulagem micrométrica infinita em 3-4 segundos apertando um botão, sempre repetindo a mesma operação garantindo consistência. Não é uma questão de valor de determinado moedor contra tal outro determinado moedor... é que somando balança, acessórios, apetrechos, tunagens, desperdício e sujeira, você invariavelmente vai gastar mais porque se fazem necessários por se tratar de um equipamento de baixa qualidade, coisas que um bom moedor dispensa..gosto é gosto, por isso esses equipamentos existem.
  2. Sim @valacomum é verdade, mas uma coisa que o iniciante costuma desconsiderar é que somando o gasto da troca de equipamentos ao longo dos anos conforme o nível de exigência pessoal cresce, somando o gasto com café ruim (azedo, mal moído, ou moagem inconsistente que faz um espresso ótimo e outro ruim em seguida), somando o desperdício e tudo mais, quase sempre sai mais barato e invariavelmente mais satisfatório escolher logo um moedor definitivo do que ficar pingando de 2 mil em 2 mil em Moedores manuais que móem muito parecido com moedores elétricos domésticos que também são caros e não entregam um primor. Claro que dói no bolso, mas ao contrário de doer em parcelas você já fica logo satisfeito desde o primeiro uso, invés de passar anos tentando aumentar a margem de erro usando outros apetrechos igualmente caros e que seriam inúteis no caso de um bom moedor de verdade. A sugestão pra quem não quer gastar é comprar uma máquina mais simples, gastar menos com acessórios e distribuir menos o gasto e realmente concentrar num moedor bom de verdade. Até porque esses moedores domésticos dessa marca de Taiwan são bem caros pro equipamento de fato, apenas um moedor doméstico e os melhores moedores manuais ficam mais ou menos nessa faixa de satisfação e também são caros. Isso é somente minha opinião, não vale a pena ficar pulando de galho em galho espalhando investimento sem realmente subir de nível de vez.
  3. Pessoal, moedor é importante, é a parte mais importante de todas da rotina. A pessoa que compra moedor corretamente, vai comprar um único por décadas. Normalmente quem está começando quer investir em tudo menos moedor, e aí começa a brincadeira de comprar um monte de ferramentas inúteis, fazer mil alterações nas máquinas, uma coisa totalmente sem sentido a não ser que seja um hobby. Quer um espresso de qualidade de cafeteria? Compra um bom moedor elétrico e paga por isso. É melhor do que comprar um monte de moedores ao longo dos anos, tomar muitos cafés ruins, ter bastante trabalho, fazer força de forma desconfortável e desperdiçar café à toa e depois de uns 5 ou 10 anos entender que você podia ter tomado ótimos espressos apenas apertando um botão, sem desperdício, sem sujeira, sem esforço e sem gastar milhares de reais a mais com uma experiência pior. Não digo que não seja possível, só é infinitamente mais trabalhoso e de modo geral uma experiência muito pior ter que fazer tudo dessa forma. O alívio de quem sai dos manuais é imediato. Acaba sendo melhor gastar logo e ficar satisfeito desde a primeira vez do que evitar esse custo por anos e anos tomando café ruim e ainda fazendo esforço, principalmente gastando com acessórios e modificações que você não precisaria se tivesse um moedor bom. Ah, e com moedor bom, não me refiro aos que são tidos como bons moedores domésticos...se o parâmetro for outros moedores domésticos e moedores manuais, eu diria que a maioria fica mais ou menos parelho e aí sim, a depender do moedor manual existe a possibilidade de ser melhor do que moedores domésticos caros. Enfim, deixo minha opinião, invistam num moedor de classe comercial ou titã e sejam felizes, não comprem moedores domésticos com lâminas pequenas que em geral não são bons moedores. Bons cafés a todos.
  4. Eu tenho uma Classic em perfeito estado, versão Classic Coffee, a melhor de todas, com todos os detalhes e corpo + portafiltro banhados em ouro 24k (até o caninho da solenóide). Se alguém tiver interesse, é só entrar em contato. A máquina está perfeita, envio pra qualquer lugar do Brasil. Posso incluir portafiltro bottomless.
  5. @GuZZ, eu tenho uma bialetti Super Cappuccino da classe pseudo máquina de espresso. Foi fabricada nos anos 80 pela Faema para a bialetti. Ela é muito parecida com algumas mokas elétricas e com a bellman stovetop. Ela faz um espresso semelhante ao da bellman através da liberação da água quente pelo acionamento de uma alavanca e depois permite uma vaporização bastante surpreendente, claro que requer certa prática mas realmente faz Lattes e Cappuccinos de verdade...se vc tiver interesse nesse tipo de cafeteira entre em contato que eu dou mais detalhes
  6. Eu tenho uma Olympia Superclub. A construção em si é toda feita a mão, muito parecida com a Marzocco Linea Classic. As peças e componentes quase todos, com exceção da bomba rotatória e uma ou outra coisinha são fabricados na Itália..a caldeira é muito grande, com cerca de 4 litros. Não tem nenhum ponto de solda em nenhuma parte da máquina...os componentes todos se mantiveram os originais, nenhum tipo de troca foi realizado, mesmo depois de 31 anos de uso. A placa eletrônica funciona como nova. O design é muito sóbrio, linhas retas e elegantes, cores sempre pastéis, no caso da minha um Marrom escuro parecido com o das Creminas, pelo menos boa parte delas... É uma máquina com motor e mesmo assim muito silenciosa. A empresa tem uma história muito interessante e uma das razões de ter passado por algumas trocas de donos e dificuldades nos anos 90, é que as máquinas eram de tão boa qualidade que dificilmente um cliente precisava de outra ou qualquer peça..Outra coisa bem interessante é que até hoje é possível achar peças para qualquer máquina da marca, é possível inclusive entrar em contato com representantes indicados por eles e solicitar algumas sob medida, a ideia é que todas as máquinas pudessem ser facilmente consertadas pelo maior número de gerações possível. As máquinas eram (e ainda são) produzidas em pequenas quantidades, apenas algumas por ano, com foco total na qualidade, todo o trabalho feito a mão!
  7. Achou mais uma brecha pra fazer refutações ilógicas ou dar a última palavra. Legal, se apegou ao detalhe dessa vez pelo menos, invés de falar que eu que não estou atento à interpretação de texto...Basicamente qualquer um com acesso à internet pode fazer comparativos e chegar a interessantes conclusões sobre dois moedores excelentes. Eu os comparei em performance aos mahlkonig peak, ek43 e k30. A única comparação pertinente de ser fazer com o ceado é que é um moedor tido como "kitchen friendly" porque presumidamente parece muito menor do que o Mythos, mas não é...Por isso, ao ler, como consigo estabelecer facilmente comparações por ter diversos heavy duties em minha oficina, vim apenas contribuir com uma informação relevante ao tema Mythos - tamanho - qualidade da moagem - engenharia em comparação com outro excelente moedor que é o CeadoE37S, minha experiência é diária com os mesmos, de forma que não preciso de especulações ou coisas do gênero, basta tomar um café mesmo, de forma mais direta. O CeadoE37S é um sonho, sorte de quem tiver um desses, como nós temos, mas toda distorção de lógica e jogo de palavras tem limite também né...convenhamos. Desculpe se for muito importante pra você dar a última palavra nas discussões que você ingressa, pra mim não é e não tenho intenção de tirar-lhe esse prazer, muito pelo contrário... Convicções eu respeito, afinal você tem direito às suas e eu tenho direito às minhas, mas se quiser continuar e falar alguma frase de efeito tudo bem. Pra isso serve o fórum. Além disso, o Google tá aí pra quem quiser outras fontes e se estender nesse assunto maravilhoso.
  8. Primeiro você disse que eu estava equivocado, depois disse que o moedor "mais incrível" é o Ceado, depois disse que o Ceado tem um desempenho melhor, depois disse que o Mythos ocupa uma área maior na bancada, depois disse que era muito mais prático de limpar (sendo que o Mythos tem mós em 45 graus que além de ajudarem a moer porque aproveitam as leis da física e não só a força centrífuga como em moedores convencionais de mós planas não inclinadas, o pó cai pra baixo), depois disse que o Mythos é só "mais potente", depois disse que não é um moedor prático, depois me disse que o objetivo do fórum é criar conteúdo fidedigno, depois deu a sua opinião que são mínimas as diferenças em desempenho, depois disse que o Mythos tem INÚMERAS (que eu saiba sinônimo da palavra INFINITAMENTE) vantagens em relação ao Ceado, depois disse haver um consenso mundial que não tenho certeza em que se baseia, depois pediu pra não ter delongas de nossa parte (o que eu achei bastante curioso, já que estamos num fórum público e eu estou num tópico que me diz respeito sem ofender a ninguém). Estou apenas buscando informações fidedignas e como eu tenho 11 anos de experiência com todos os tipos de equipamentos para café e por ter os dois e outros como Mahlkonigs, achei que eu tivesse gabarito pra dar minha contribuição, na humildade, já que o receio por parte dos foristas é que o Mythos seja um moedor muito maior que o Ceado, informação que achei que eu pudesse corrigir( uma vez que o Mythos é menos largo e apenas alguns 2 ou 3 cm mais alto que o Ceado) sem imaginar que alguém viesse colocar ponto final em frases minhas. No mais, se você já sabia de tudo que falei como você disse ao encerrar, porque veio querer refutar informações corretas? Se a função principal é informar e você já tem essas informações, nem precisava complementar. O Mythos é um moedor completo, multifuncional, um dos melhores do mundo mesmo diante dos que estão saindo agora no mercado. Como eu disse, é infinitamente melhor em termos de moagem e ENGENHARIA, mas se você já sabia de tudo isso, nem precisava ter vindo aqui tentar refutar informações tão óbvias assim..Vamos imaginar que a Nuova Simonelli tenha sido escolhida como marca oficial dos campeonatos mundiais de barismo em nome da camaradagem e não por causa de óbvios resultados superiores, testados por milhares de especialistas...hehehe
  9. https://ibb.co/M5zY6hX Como eu possuo os dois, talvez minha opinião seja fidedigna o suficiente? Também tenho outros heavy duties Como base de comparação. O Ceado moi no modo automático, o Mythos mói até onde você tira do gatilho, tem 3 dosagens ajustáveis e não somente 2 como Ceado, o Ceado mói mais devagar, tem lâminas grandes de aço inox, o Mythos tem lâminas grande de titânio inclinadas, ajuste micrométrico de alta precisão, além de te dizer exatamente quanto tempo sobrou no ajuste da moagem, coisa que o Ceado não faz, ele mói até o final do tempo e pronto. O Mythos mói até o ponto que você quiser e diz com precisão o tempo que sobrou pra você não repetir o erro ou tentar de cabeça. Tem tamper dinamométrico. A tecnologia anti-clumping do Ceado é uma borracha colocada na saída do pó, a tecnologia do Mythos é um controle térmico durante a moagem através de coolers (sim, além de tudo tem coolers). Como possuo os dois e outros heavy duties, consigo comparar com facilidade. O Ceado é um moedor maravilhoso, foi só uma referência porque estou vendendo meus moedores e estava procurando nesse tópico informações, e como o objetivo aqui é trazer informação fidedigna, assim imaginei ter feito, uma vez que o Ceado não é tão menor assim, e nem ocupa uma área tão menor na bancada (é até mais largo) e muito menos é mais avançado tecnologicamente do que o Mythos, pois não foi feito com este propósito. Ainda pode comparar à vontade as opiniões do whole latte love e Seattle coffee gear a respeito das comparações do Mythos com os mahlkonig k30, ek43 e Peak, todos superiores ao CeadoE37S, ele não é comparado com esse tipo de moedor, apenas dei uma informação de fato fidedigna, porque com o hopper a diferença é de poucos centímetros. A quantidade de opções nem se compara, portanto comparando moedor comercial com moedor comercial, ele tá no patamar desses. Campeonato mundial de barismo também creio que seja um bom parâmetro de qualidade.
  10. Poxa, se não for prático moer pra espresso em 1 segundo com consistência perfeita e com a mesma gramatura sem retenção e sem desperdício eu não sei o que é, além dos diversos modos que o Ceado não tem, como por exemplo o modo barista, lâminas de titânio, tamper dinamométrico...custa quase o dobro, oficial de campeonatos mundiais de barismo..heheh
  11. O Mythos não é tão grande não. A mesma altura do CeadoE37S só que com a qualidade infinitamente maior, tanto de moagem quanto de engenharia
  12. José do Café 013

    Mythos

    Agora eu estou vendendo dois Mythos. Caso alguém tenha interesse nesse baita moedor, basta entrar em contato. Tenho um 110V e outro 220V
  13. Esses moinhos da baratza são só desilusão...Só vejo o pessoal reclamando do anel, não mói praticamente nada e já tem que trocar a lâmina. Não é melhor comprar um que não quebre nada? Assim, só uma ideia né...haha
  14. O Kryo é um moedor de alta qualidade, está em outro patamar... Café sai homogêneo e sem bolinhas. O MD 40 usado por tantos em casa é uma rosca com lâminas de 25 anos ou mais de idade
  15. Tenho dois moedores Rancilio Kryo 65 à venda. Os moedores estão praticamente novos. É a melhor linha da Rancilio... tenho uma Silvia V3 disponível também.
  16. Todo mundo conhece aquele sentimento de ir à uma cafeteria esperando uma coisa por conta da fachada e ao entrar deparar-se com outra realidade... Uma vez em Santa Catarina entrei num café todo arrumadinho, sentei, pedi o espresso e fiquei caçando a máquina com o olho e não vi nada...eis que o garçom me traz um café feito por uma Gaggia automática, o que estranhei bastante por tratar-se de uma cafeteria e não um escritório. Preço do espresso =R$ 8,90. Quando vi 3 pessoas paradas fora do balcão, pensei que fosse clientela, mas eram os sócios. Oras, como abrir uma cafeteria investindo em arquitetura e decoração, fazendo café numa Gaggia automática cobrando 8,90 numa xícara (claro, pois cada um vai ter que repartir o valor em 3, uma gambiarra econômica) e ainda esperar que o cliente saia satisfeito da vida? Fui até os proprietários e reclamei pois não acreditei que eles me serviram um café de uma automática..Acabei ouvindo: "é uma máquina italiana top e o café é muito bom"...Se o proprietário não está disposto a ouvir o que o cliente pensa, está fadado a fechar mesmo... Também acho que tem espaço pra todo mundo e é importante essa variação de nichos...As pessoas não deixam de comer hambúrguer em pequenas hamburguerias e nem o McDonald's fica vazio..tem espaço pra todo mundo. Imagino que o pessoal que entre no fórum seja mais exigente, afinal veio até esse espaço justamente procurando afinidade com outras pessoas que fizeram essa imersão no mundo do café...Mas o cliente do dia a dia é aquele que pede cappuccino às 18h com bastante chocolate e por mais linda que saia sua latte art, ele vai botar açúcar e balançar bastante a colher até virar um Nescau...tá errado? Não.. Como cervejas, tem pessoas que preferem as genéricas, outras preferem intermediárias e outras preferem as gourmetizadas..tem espaço pra todo mundo! Nós que entramos no fórum por sermos de hobbistas a cafeólogos, temos esse senso mais apurado, mas somos uma parcela ínfima da população consumidora de café. Estritamente em relação às cafeterias, não basta ter café sabor de sei la o quê... Realmente é importante trazer variedade, mas há de se analisar primeiramente seu público alvo e quanto você pretende investir para atrai-lo. Como eu trabalho com máquinas de café, procuro sempre ouvir os baristas e os proprietários a respeito do equipamento deles e também trocar ideia sobre o assunto..Já vi cafeterias com 3 mesas e o proprietário falando em comprar uma Marzocco...Em Brasília, por exemplo, o café Cristina tem uma Synesso que é uma das máquinas mais caras do Brasil, é uma cafeteria de 3 mesas (que dificilmente encontram-se as 3 ocupadas simultaneamente), sem espaço no balcão e nos fundos do comércio...Tem certas coisas que a gente não consegue entender por mais que tente. Você tem que trazer a clientela que se identifica com seu espaço e tomar cuidado pro café não ficar em segundo plano. É importantíssimo regulamentar a profissão do barista também...Apesar de haver uma regulação rudimentar, não dá pra reclamar quando seu café vem cheio de pó, com a xícara suja de café por fora com uma pessoa que está ali fazendo bico, e essa é uma parcela enorme de empregados no ramo...O sabor que a gente sente na xícara é o sabor da precarização de diversos trabalhadores, desde o campo até a sua mesa. E quanto mais precariza, mais sobra espaço pra esses oligopólios cafeeiros que tomavam conta do Brasil antes da década de 10 que voltaram a exportar o melhor e a vender fermentado aqui. Vocês já repararam que está cada vez mais difícil ver microtorrefacoes e cafés variados com torra fresca? De repente eles foram sendo suprimidos por essas empresas enormes que precarizam a mão de obra (como 3 corações, L'or, Melitta, quase tudo com o selo ABIC) que passam pelas torrefacoes como se fosse um rolo compressor, com seu café de média-baixa qualidade com preço """competitivo"""...O sabor da precarização da mão de obra de muitos seres humanos na sua xícara.
  17. https://ibb.co/tCSb2km só alguns exemplos... O problema é que você carregar um carrinho de pipoca e picolé é uma coisa, outra é carregar equipamentos de cafeteria e ainda assim o Brasil não é para principiantes...Quem já trabalhou na rua, sabe como é..
  18. A pauta não é nem gourmetização...uma prova de adaptação inclusive do consumidor, foi começar a provar novos métodos por achar um espresso caro... Tenho muitas dúvidas sobre a viabilidade de um carrinho de café. Quem proverá segurança, por exemplo? Você com um equipamento de 15 mil reais numa rua qualquer...Em Brasília roubavam esses trailers em plena luz do dia em lugares movimentados...Qual seria a viabilidade de puxar um negócio desses de bicicleta? Em balneário Camboriú tem um pessoal que apostou num coffee bike e trabalha com coados e pão de queijo...deu certo aparentemente, mas qual a viabilidade de um negócio desse se sustentar por décadas? São questionamentos genuínos.. não tenho ideia. As pessoas não deixaram de frequentar festas lotadas e vão esvaziar as cafeterias por medo de contágio ou algo do gênero? Sinceramente creio que não seja tanto isso, e sim a questão do tal do "custo" acima do "valor"... Afinal, as pessoas pagam em festas 300-400-500 reais, mas acham um espresso de 5 reais caro. O que está sendo vendido nesses estabelecimentos é um café que remete aquele pensamento: "café eu tomo em casa"...Ou seja, o cliente te abandona porque acha que em casa toma um café semelhante e até melhor. O que o empresário pode fazer de diferenciado? Pq o cliente tem que entrar na sua cafeteria e não em qualquer outra ou até mesmo tomar um café em casa no melittao? A resposta não está somente nas marzoccos e cafés com sabor de maracujá e damasco ou maçã verde...
  19. É o modelo de negócio que precisa ser revisto. As cafeterias existem há 400 anos e resistiram a guerras, pandemias, fome em massa e até ao próprio tempo. As pessoas querem ir à cafeteria. O que o empresário precisa entender é que ele ao abrir um café, não está vendendo CAFÉ. Como uma senhora me disse uma vez; "pra fazer café você só precisa de um pano". As pessoas vão atrás de bons momentos, esquecer um pouco a realidade num ambiente que te traz prazeres sensoriais. O empresário deve entender que apesar do produto que sai do moinho ser o café, não é ele que está sendo vendido ao cliente quando chega à mesa, e sim o trabalho de toda uma cadeia produtiva e hierárquica complexa, de uma planta que da semente de transforma em sensações... O fato é que poucos brasileiros conhecem o produto "café". Não somos como franceses que dão nomes de origem para manteigas, óleos, vinhos, licores, conhaques e aguardentes...O brasileiro quer pagar pouco porque tem pouco a pagar, e isso também está na cultura de muitos proprietários. Aqui no meu trabalho eu lido diariamente com pessoas que me perguntam sobre 'CUSTO' e raramente ouço a palavra 'VALOR', e eu acho que isso explica muito da nossa conduta como consumidores... nós perguntamos quanto custa e não quanto vale, logo se você acha que seu momento de ócio tem um custo e não um valor, fica muito complicado de trabalhar com esse público e muito restrito a uma determinada classe social. Nesses países europeus, os produtos de denominação de origem costumam ser simples e de preço acessível à população, mas aqui a gente sabe que não é bem assim, acaba que o melhor produto sai do país porque não temos interesse (acima de condições) em mantê-lo aqui. Vejo muitos neófitos no negócio correndo pra comprar uma Marzocco em estabelecimentos que contam com 4-5 mesas...Com qual finalidade??? Não dá pra entender...falta conhecimento dos dois lados e isso afeta o negócio como um todo..
  20. Mas como treinar alguém interessado oferecendo um salário mínimo com descontos? Muitos estabelecimentos vão à falência porque sequer uma regulagem de moinho fazem. Quantas vezes já vi leite mal acondicionado, restos grossos de leite no vaporizador, pedaços de borra indo direto pro grupo queimando a guarnição dentre outras tantas e tantas bizarrices de gente que parece não ligar mesmo pra nada. Por outro lado, a maioria dos clientes só analisa preço. O que cria um ciclo vicioso de certo modo. Se você não tem bons produtos para oferecer, logo a qualidade não será tão boa, logo as pessoas desaparecerão e o negócio entrará no vermelho. É fundamental ter baristas profissionais, com treinamento e anos de experiência. Mas se você não tem para oferecer mais de um salário mínimo com descontos, creio que o funcionário também não vai de matar de trabalhar pra entregar a melhor xícara de café do mundo, que hoje é algo essencial para alguém que está lidando com cafés que custam centenas de reais o quilo. É um negócio direcionado ao ócio, ou seja, à usufruição de bons momentos, prazeres sensoriais...E raramente você encontra proprietários interessados em conversar sobre o que é possível melhorar também. Muita gente se lança nesse negócio sem entender direito do equipamento, dos métodos, xícaras, harmonização, tipos de extração e diferenças de acidez como o sabor fosfórico e o lácteo ou licoroso... Raramente você vê pessoas presentes na administração desse tipo de negócio. Acaba que uma coisa vai puxando a outra. Acredito que não sejam as cafeterias que estejam em declínio, apenas o modelo de negócio. É importante usar a criatividade. Na minha época de barista, tive um chefe italiano que era proprietário de uma respeitável casa, conhecida no Brasil...Ao chegar pela manhã, ele que era sempre o primeiro a chegar, ligava a máquina é tirava 20 espressos ruins pra esquentar a máquina e fazia tiramisús, várias e várias unidades que rendiam boa parte do faturamento da manhã. Muita gente joga esse café fora! Sempre fazia promoções, como 1 hora por dia o espresso a 1 real. Pq? Pq às 16h ele sentia uma diminuição do fluxo de clientela, então das 16h as 17h o espresso era 1 real. Ele mantinha a casa cheia, o que acabava atraindo outros clientes pelo movimento, ele acabava lucrando alguns centavos, mas o network compensava, uma vez que diversas pessoas estavam ali sempre pela primeira vez e sempre consumiam algo a mais. Se a cafeteria mantivesse o preço naquele horário, dificilmente manteria o fluxo de clientes, o que ocasionaria em perda de receita e por aí vai...Outra coisa era dar um caffè sospeso aos clientes que se anunciavam como clientes novos, já ganhavam um espresso grátis dele...resultado: voltavam. São pequenos detalhes, mas aí vai depender de como cada um administra seu negócio..
  21. Uai, podemos resolver isso. Eu tô vendendo a minha, 1985 versão 2.3. Cromo zerado...
  22. José do Café 013

    Mythos

    Achei bem interessante Bernardo! Fácil, tranquilo de fazer e uma boa solução pro Hopper! Estou vendendo um Mythos Plus, caso alguém tenha interesse. Tenho um ceado E37S também à venda.
  23. Uma outra coisa, sobre a descontinuação...é que a empresa foi comprada pela Delonghi e talvez tirada do mercado de propósito, pra eliminar concorrência mesmo, uma vez que a Delonghi já atuava no segmento de máquinas domésticas. Se não me engano a Delonghi continuou a Simac mas como sorveteira exclusivamente...a linha antiga tinha a júnior, a simac 1 e 2 e um moedor parecido com aqueles da gaggia domésticos...
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