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Torrando hoje ...


Bernardo B

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O Bernardo vai explicar, mas consiste basicamente em duas torras separadas. Na primeira torra só "desidrata" o grão. Essa se não me engano ele faz num forno. E depois você torra o grao ja desidratado numa torra convencional, normal.

 

Interessante... achei que era tudo no torrador mesmo. E vocês tem alguma ideia de quanto tempo desidratar (e temperatura)? Só como uma média, pq deve variar de grão para grão.

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Rafa explicou bem, faço as duas no torrador.

E da escola alemã, uma proposta de Claus Fricke, torrador e comerciante em café verde de Berlim.

O objetivo da primeira "torra" é evaporar água - sem iniciar a torra - para chegar a uma umidade uniformemente distribuída no grão.

Exatamente o que acontece dentro do grão são conjecturas, não tenho como saber ao certo, porém gosto do resultado.

A segunda é uma torra normal, com fase de desidratação, carregamento de calor, crack e desenvolvimento.

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Acerca a torra do dia 18 passado. O sabor/ aroma vegetal dos primeiros dias esta dissipando lentamente, já me aconteceu anteriormente e o café acabou ficando bom.

Um comentário no HB talvez seja a explicação.

Também fala de um "funky flavour" que se dissiparia em alguns dias, e que teria eliminado fazendo torras mais lentas ...

Já fiz torras mais lentas e de fato não aparecia o sabor vegetal, porém também perdia complexidade e acidez ... é frequentemente eram torras mais escuras.

Vou ter de experimentar novamente, pena que para comparar o Yrgacheffe Wota acabou, mas ainda tenho um bocado de outros grãos.

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Hoje torrei o restinho que tinha do Mundo Novo do Sítio Serra da Boa Esperança (Café Creme / Patrick).

 

Fiz um perfil no iRoast2, quando torro nele não consigo medir com o termômetro externo, tenho de acreditar no sensor embutido que indica a temperatura do ar quente logo antes de chegar nos grãos (o sensor fica logo abaixo da base do compartimento de grãos, bem no meio do fluxo de ar quente).

 

160oC por 5m30s (ver abaixo)*

174oC por 2m

190oC por 1m30s

210oC por 1m15s

227oC por 45s

 

* (o mostrador do painel indica que a temperatura mínima que o iRoast consegue entregar fica flutuando entre 167oC e 172oC, a despeito de eu programar 160oC pra começar. As demais temperaturas flutuam uns 2oC acima ou abaixo da programada, sem problemas... deve ser problema de projeto)

 

110,6g iniciais, 94,7g finais, perda de 14,38% em 11 minutos de torra (1o crack dos 8m40s até uns 10m)  e 4m de resfriamento forçado.

 

Sobre o "resfriamento forçado" - o iRoast2 desliga o elemento aquecedor e começa a soprar no máximo por 4 minutos, mas demora entre 25 e 40s pra "cortar" mesmo a torra, o sistema tem certa "inércia" térmica, então tenho de levar isso em consideração na criação do perfil.

 

Até o momento, foi o 1o crack mais "concentrado" e a melhor aparência de torra desse grão. E o aroma ficou gostoso, não chegou a cheirar queimado, algo que é fácil de acontecer com o iRoast.

 

Agora é esperar "maturar" pra provar...

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me animei agora pra torrar um lote de cada um dos 3 cafés da compra coletiva (peguei hoje com o Alexandre os cafés).

O negócio é que a Pop Fun colapsou com 5 minutos de torra. Já tinha notado que ela volta e meia dava uma rateada durante a torra, mas nunca tinha chegado a afetar. A potência caia um pouco e eu só aumentava no dimmer.

Dessa vez foi definitivo. Bem, durou quase 2 anos e meio (até tive a oportunidade de verificar há quanto tempo eu torro em casa).

Se eu achara alguma à venda aqui perto eu compro. Senão vai ser pela internet de novo.

O pior é que ainda perdi 117g do café de Brejetuba, ES.

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tentei fazer duas torras (80g cada) do single origin do café creme agora. ambas

terminaram por volta dos 16 min.. achei q ficou longo demais. e não

sei se é o grão mas não ouvi muito o primeiro crack então fiquei meio

perdido. deu 15.5% de perda.

 

Vou ver se presta em alguns dias.

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Cal, vc sabe a que temperatura chegou?? Não da pra salvar não??

O Bernardo B usa uma tecnica de double roasting q as vezs salve esse batch seu.

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Lipe, na sua tentativa de ajudar os colegas, muitas vezes você posta alguns comentários num contexto que pode confundir os colegas, tipo esse do double roasting. Double roasting não é pra salvar torra malsucedida não e pode ser usado normalmente pra torrar cafés. Segundo informações do proprio Bernardo, em uma conversa que tivemos em Brasilia,o double roasting é uma torra dividida em duas partes ou duas torras separadas, que é utilizado por um vendedor de graos de Berlin. A primeira parte pode ser num forno ou no próprio torrador se tiver controle exato da temperatura. Vc fica desidratando o café numa temperatura constante. Com o café desidratado vc faz uma torra normal depois. O objetivo do double roasting é tentar uniformizar a umidade dos grãos antes de torrar, e com isso evitar problemas de torra causados por grãos com umidades diferentes ou por fase de desidratação insuficiente. O único jeito que ele poderia salvar uma torra mal sucedida seria se a torra tivesse dado errado na sua fase inicial.

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Por isso perguntei em qual temp chegou, pq se fosse abaixo da utilizada na fase 1 do double eu ia indicar que fizesse a parte 1 do double em forno pra tentar uniformizar e depois fizesse a parte 2. Já que ele deu o café como perdido que q q custa tentar?!?

Foi mau ae se confundi alguem. =D

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eu joguei o café fora no ato. Acho que fundiu o motor. Saiu fumaça e um cheiro ruim.

Eu tinha visto uma pop fun aqui perto de casa. Vou lá conferir se a loja ainda tem...

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Que pena, eu ia propor uma experiencia. Como o Rafa disse o double roasting não é pra corrigir torra errada mas sim pra igualar a umidade dos grãos antes da torra completa.

Como vc ja tinha começado e talvez começado a desidratar diferentemente eu ia propor que vc colocasse no forno por uns 15min a 130ºC e depois voltasse a torrar pra ver se daria certo.

Perdido por perdido a gente faz experiancias... =D

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Torra do 18 passado, torra "fria" que tinha um resto de sabor vegetal, finalmente hoje o Forquilha ficou bom, desapareceu o vegetal e foi um prazer de beber.

Complicado este assunto, né ?

O que fazer : torrar claro e aguardar 8 diasaté ficar bom ou desenvolver mais (a custa de parte da complexidade) para poder utilizar logo ?

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Hum, posso considerar o Brejetuba um café forte (matou a PopF do Cal... rs).

Eu fiz 2 torras, uma da Mantissa e outro da Brejetuba (grãos que o Igor tão generosamente conseguiu me arrumar - talvez a custo do proprio estoque). O Eufrásio ainda não testei (parece que é mais dificil de acertar a torra então vou esperar as dicas).

 

Fiz as torras usando uma tecnica que li por aqui, no caso deixei 7 minutos a 150-160 graus no forno (pré-aquecido), ficou mais ou menos no estagio 5 (light brown stage), depois joguei na PopFun. Caiu para 80 graus C (estava pré aquecido a pipoqueira, mas pelo visto n muito), em torno de 4 minutos ocorreu o 1C, deixei correr mais 1 minuto e 40 segundos e desliguei (n ouvi 2C).

 

Cada amostra tinha 100g iniciais, o Mantissa perdeu 13% e o Brejetuba perdeu 15% (a sensação que deu é que o Brejetuba aguenta mais calor, pelo menos no forno, no mesmo tempo, ele ficou ligeiramente mais claro que o Mantissa).

 

O cheiro do Brejetuba se desenvolveu muito mais rápido (no dia da torra já cheirava muito bem, o Mantissa começou a exalar bem depois de 24h). Experimentei o Brejetuba após 24h, na FrenchP, usando um pouco dos conselhos do Lisboa (peneira de cozinha). Incrível como o café soltou bolhas (pequenas e micros) provavelmente devido ao CO2. Sabor complexo, quase nada de amargor, acidez média pra alta.

Conforme eu torrar mais e experimentar eu atualizo neste tópico.

 

@Bernado, eu experimentei esse sabor meio verde em varias torras que fiz, mas acabei "retorrando" e depois joguei fora (devia ter guardado para testar como evoluia os aromas). Mas pelo menos nas retorras, o sabor verde sumia junto com os outros aromas, ficava um café encorpado mas totalmente sem graça!

No meu caso creio ser problema com o torrador... ( não a PopFun, que fique claro rsrsrs)

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Hoje estou brincando de torrar novamente, fiquei meio encafifado. Torrei um blend da unique, mas a torra saiu muito irregular (é a quarta torra de hj, os outros grãos n eram blends e sairam muito mais homogêneos). Grãos diferentes torram de forma diferente visualmente?

Eu considero que seja a tecnica, talvez blend seja mais complicado torrar ( o unique blend torrado deles vem com torra bem mais uniforme que minha torra). Até separei os grãos irregulares dessa torra (10% em media) mas achei que n valia a fadiga de separar e pesar das outras levas (se meu processo de torra fosse mais regular valeria a pena).

 

Kkkkkk, estou escrevendo isso entre as torras, fui passar o aspirador, que esta na mesma extensão do ventilador (que estava em cima do escorredor de macarrão esfriando a última torra de 100gramas. Nessa de querer aproveitar e aspirar o resto da casa, puxei demais e o ventilador voou da mesa (um silent arno que paguei mais de 100 temers), na hora que ouvi o barulho e vi o ventilador voando eu pensei "o café não....!!!).

Final feliz, o café por incrivel que pareça n caiu e o ventilador saiu intacto da brincadeira.

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Aqui estão as últimas torras que fiz:
 
1) Luke, Campo Místico:
 
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2) Mantissa, torra finalizada em 216ºC:
 

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3) Mantissa, torra finalizada em 209ºC:

 

VniqAM3.jpg

 

SQt7kGz.jpg

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Legal, Weiler.

Tô tomando coragem pra encarar as mods na air fryer Philco. Hoje eu só tenho o dimmer pras resistências. Sinto falta de brincar com perfis mais controlados...

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Acabei de fazer duas torras na sequência. Uma rápida e a outra lenta.

Impressionante como o torrador se comporta melhor depois de estabilizar.

 

Não dá para comparar porque os cafés são muito diferentes e a abordagem foi distinta nas duas torras.

 

 

Brejetuba

 

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Unique descafeinado

 

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Ambos estão muito cheirosos, inclusive, o que surpreendeu, o Unique. Nunca cheirou tão bem antes. Nem está com aquele cheiro de café decaf

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Também estou trabalhando a torra lenta, e gostando.

De fato demoro mais uns 4-5' na fase de desidratação, porém a temperatura mais baixa, desta forma uma torra que levaria 12, nesta modalidade leva 16-17'.

Ao meio dia torrei um Boa Sorte e um Ouro Verde.

Este último levou 17' e achei que poderia ter ficado subdesenvolvida (deu %13,04), pelo qual não resisti e testei num coado as 17:00hs.

Desenvolveu muito bem, sem resquício de vegetal nem defeito.

Dá para perceber que vai descansar em pouco tempo, já está bom, e promete ficar ainda melhor.

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Acho que ainda não comentei. No Kaffeenetz tinha recentemente um tópico sobre como fazer uma torra de espresso italiana e o que eles fazem é mais ou menos o que vcs estão sugerindo aqui, só mais lento ainda. Vou repostar as fotos das curvas de torra (de uma torrefação italiana bem conhecida).

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Obrigado Burny !

Diria que uma diferença é que eles saem de uma temperatura mais baixa, o que é bem mais prático para torradores com cilindro metálico, que tem muita inércia.

O Gene, sendo híbrido, tem uma resposta rápida, perde e ganha temperatura facilmente.

Assim que tenho desidratado a uma ET constante de 200°, é provável que resulte em alguma diferença de sabor.

Nas primeiras torras que fiz, começava com o torrador frio aumentando gradualmente a temperatura, o resultado não foi bom, porém tinha muitos outros fatores envolvidos (tamanho do batch, densidade, umidade, origem dos grãos, fases, desenvolvimento, etc) que eu desconhecia e que podem ter afetado muito mais aquelas torras.

Vou ter de testar a "tua" curva e comparar.

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Concordo Bernardo. Só para lembrar, os italianos (do norte) procuram no espresso docura, sabor achocolatado, baixa acidez, corpo alto e textura bem cremosa. Espero que esse vai ser o resultado dessas curvas. E eles deixam o grão maturar uns 3 semanas pos torra.

Abçs

Burny

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Estou seguindo esta mesma linha, sendo que a descrição que o Burny colocou bate direitinho com o meu gosto para café, porém não espero maturar tanto assim não, geralmente com uma semana já coloco o café no congelador para não "perder o ponto".

 

Com relação a desidratação, o único a+ que acrescento é que tenho procurado uma abordagem mais sensorial, então não fico medindo tanto o tempo da desidratação, mas numa temperatura baixa deixo o café desidratando enquanto o aroma é o de "grama molhada". Quando este cheiro se transforma, entendo que a água que deveria evaporar já se foi e parto para a torra em si. Os resultados não poderiam estar me agradando mais, minha última torra do Eufrásio ficou excelente.

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Concordo Bernardo. Só para lembrar, os italianos (do norte) procuram no espresso docura, sabor achocolatado, baixa acidez, corpo alto e textura bem cremosa. Espero que esse vai ser o resultado dessas curvas. E eles deixam o grão maturar uns 3 semanas pos torra.

Abçs

Burny

Acrescentaria mais um elemento que eles procuram: amargor médio. Isso alcançam ou no grau de torra ou com um percentual de robusta (até 20% normalmente). Fora que normalmente os blends contém ao menos 5 origens distintas de grãos (para não ficar na dependência do mercado externo).

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Sim, ebora existem alguns blends italianos que tem um amargor bem suave e podem ser tomados sem açúcar na boa.

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