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[ENCERRADA] Consulta para a primeira Compra Coletiva de 2018


Igor

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Dando continuidade: 

Café do Eduardo - Entrando no lugar do Café do Cleverson (amostra YHS)

Desde que começamos a organizar as Compras Coletivas um dos nossos sonhos é conseguir um café da região de Cristina. Os cafés de lá são reconhecidos mundialmente, tendo dominado por vários anos seguidos as primeiras colocações do Cup of Excellence (um dos campeonatos de qualidade café mais importante). 

Acontece que entrar nessa região sempre se mostrou muito complicado. Provavelmente por conta da fama internacional que a região tem, muito dos cafés de lá vão direto para o exterior. Para conseguir um microlote pra gente foi necessário ir até lá buscar umas amostras. Fizemos isso no final de agosto e na época conhecemos o Cleverson e o Eduardo, jovens irmãos de 22 anos e 19 anos respectivamente, que são produtores do Sítio Vargem Alegre.  

A história do Sítio Vargem Alegre começa os pais dos jovens produtores, Sebastião Daniel e a sua esposa Hilda Cândida da Silva. Antes de trabalhar com o café eles faziam o cultivo do arroz na região. Entretanto, com a queda nos preços da cultura e com a escassez da água, surgiu em 1988 a necessidade de partir para uma nova cultura, o café. No início começaram com o café convencional, mas o custo da produção era muito alto devido a topografia da região e a falta de mão de obra. Desta forma, em 2012, passaram para a cultura de café especial como prioridade na propriedade, sendo ela a responsável por boa parte da renda da família na atualidade.

Mas nem sempre foi assim, eles contam a história que em 2015 o Sr. Sebatião Daniel da Silva, quis vender um pedaço de terra com café para levantar um dinheiro para pagar umas contas. Na época, com 19 anos, o Cleverson pediu para o pai para assumir essas terras que ele ia vender e tocar o café desse talhão, o pai aceitou. No primeiro ano que ele assumiu a lavoura choveu bastante na época da pós colheita e isso acabou complicando um pouco a qualidade dos cafés. Já no ano seguinte, em 2016, tudo ocorreu bem e a colheita e secagem dos cafés aconteceu conforme planejado pelo Cleverson. Nesse ano o café colhido por ele nesse talhão ficou com o segundo lugar no Cup of Excellence com 90,34 pts e a saca do café foi leiloada a 14mil reais. O valor do lote todo desse café superou o que o pai estava pedindo em 2015 pelas mesmas terras que produziram o café premiado. Desde então eles colecionam premiações!

Agora sobre o café que pegamos para a nossa Compra Coletiva. Inicialmente havíamos provado um Bourbon Vermelho, que foi a amostra que buscamos no final de agosto. Esse foi o café que mandamos para a Seleção Coletiva, era a amostra YHS. Entretanto, antes de posicionarmos sobre o nosso interesse nesse café, Eduardo o colocou em um concurso de qualidade da região, o BestCup organizado pela CarmoCoffees. Acontece que esse lote ficou em segundo lugar na competição com mais de 90pts e foi leiloado a 6,5mil reais a saca. A gente havia oferecido 1,8mil na saca, então nem preciso dizer que a negociação desse café melou, né? 

Para não ficarmos sem um café do Sítio Vargem Alegre, provamos de última hora três amostras que enviaram para a gente de um outro café, um Catuaí Amarelo. Acabamos selecionando uma dessas amostras, o lote 03. Desse lote só foi produzido 3 sacas e tudo foi inteiramente reservado para a gente. Como é um café com um a pontuação um pouco inferior ao que provamos inicialmente, acabamos por oferecer um valor inferior também, de R$1.500,00 na saca. Segue o resumo do café que pegamos: 


Sítio Vargem Alegre
Cristina - MG
Altitude: 1320m
Variedade: Catuaí Amarelo 
Processo: Natural
Produtor: Eduardo Daniel da Silva
Valor Pago ao Produtor: R$ 1.500,00 a saca

Café muito aromático, tanto o cheiro do grão verde quanto do torrado. O aroma desse café torrado remete a frutas amarelas. Na xícara notas de chocolate e damasco. A sua acidez é citrica, seu corpo é alto e cremoso e sua finalização limpa e agradável. Este é o que chamamos de um café natural correto, ou seja, que não passou por nenhum processo de fermentação induzida ou espontânea exagerada. 

 

  • Valor do kg do café VERDE: R$38,10
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Amostra YWO - Café do Caio 

O Caio faz parte da quinta geração da família a produzir cafés na Fazenda do Serrado, em Carmo de Minas. Agrônomo por formação, ele é responsável por boa parte de toda evolução e inovação no manejo do solo e das lavouras que a Fazenda do Serrado vem fazendo nos últimos anos. Possui também experiência como trader na área de café e já morou nos Estados Unidos.  

Sobre a propriedade, do total de 59 hectares, 34 são dedicados ao cultivo do café de diferentes tipos e o beneficiamento é feito na própria fazenda. A variedade que se destaca é o Bourbon Amarelo, que encontra na localidade condições ideais para crescer e apresentar o seu melhor potencial.

A fazenda do Caio é uma das participantes do Programa de Qualidade Sustentável Nespresso, desenvolvido pela CarmoCoffees com os produtores parceiros da região de Carmo de Minas desde 2011. Através dessa parceria, eles perceberam a importância de utilizar adubação orgânica e diminuir a geração de resíduos, melhorando a condição ambiental da propriedade.

Já tivemos a honra de visitar a Fazenda do Serrado e ver o trabalho que fazem por lá. É perceptível todo cuidado com a lavoura e com o café tanto na colheita quanto no pós colheita.

Sobre o café que o Caio reservou pra gente, segue um resumo: 

 
Fazenda do Serrado
Carmo de Minas - MG
Altitude: 1200m
Variedade: Bourbon Amarelo
Processo: CD
Produtor: Caio
Valor Pago ao Produtor: R$ 1.100,00 a saca

No aroma mel e frutas amarelas. Na xícara uma bebida delicada, com doçura limpa, notas de mel e um leve frutado na finalização. 

O corpo desse café é alto e em combinação com sua doçura e traços frutados acreditamos que pode ser um excelente café para um espresso origem única. 

Valor do kg do café VERDE: R$31,00

 
 

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Pra finalizar trazemos as informações sobre os dóis últimos cafés. Amanhã abriremos os pedidos em um site a ser divulgado. Aguardem... 

Amosta HJM - Café do Rinaldo

Rinaldo de Castro Junqueira vem de uma família com um vasto histórico de produção de café que relembra os tempos de seu bisavô, que trabalhava como empregado de uma fazenda. Seu filho, avô de Rinaldo, foi o primeiro da família a possuir uma propriedade, que foi dividida entre seus filhos depois que ele faleceu.

O pai de Rinaldo recebeu um bom pedaço de terra no município de Jesuânia, vizinho ao Carmo de Minas onde moravam. Aquela terra foi sua principal fonte de renda durante décadas, mas quando ele descobriu sobre cafés especiais começou a ter aspirações mais altas que sua fazenda não era capaz de acomodar. Veio então a oportunidade de comprar outro imóvel, localizado em Pedralva. Esta terra era uma fazenda centenária produtora de café chamada Fazenda Furnas. Rinaldo e seu pai decidiram vender a parte que tinham na antiga fazenda e investir nesta, uma decisão que mudou a vida deles.

Em seus primeiros anos, Rinaldo não se sentia à vontade com a ideia de seguir os passos de seus ancestrais. Seu sonho era se tornar um engenheiro e ele fez isso se tornar realidade em 1986. Mas depois de quase 5 anos trabalhando nessa área, seu pai ficou muito doente e pediu sua ajuda. Rinaldo então voltou para Carmo e entrou no mundo do café no início dos anos 90. Logo sua reputação entre os produtores da região cresceu e ele foi eleito presidente da cooperativa local de cafeicultores. Foi durante seu período na instituição que o método despolpado natural passou a ser utilizado em algumas fazendas da região, sendo a gênese de um novo momento no negócio cafeeiro local.

Como a Fazenda Furnas era uma propriedade do presidente da Associação de Cafeicultores local, era natural que ela fosse uma das primeiras propriedades a começar a realizar experimentos com o método Pulped Natural na época. E foi visto como uma ideia maluca, um desperdício de dinheiro, pela maioria dos agricultores da região. Isso se mostrou um grande erro, já que a adoção desse novo método marcou o início de uma nova rodada para o negócio de café na região, fazendo do Carmo de Minas e região o berço dos melhores cafés do Brasil há vários anos, reconhecida mundialmente como uma das principais áreas produtoras do país para cafés especiais desde então.

Sobre o café que pegamos com o Rinaldo, é um natural colhido manualmente e seco em terreiro suspenso tipo African Bed.

Fazenda Furnas
Pedralva - MG
Altitude: 1300m
Variedade: Bourbon Amarelo
Processo: Natural
Produtor: Rinaldo de Castro Junqueira

Valor Pago ao Produtor: R$ 900,00 a saca

No aroma uma primeira indicação que se trata de um café natural típico da região de Pedralva, ou seja, com um forte traço frutado. Na xícara muitas frutas, doçura média alta, corpo médio, acidez baixa (mas presente) e uma finalização agradável. Este é um café simples, mas que vai agradar gregos e troianos, iniciantes e iniciados.

  • Valor do kg do café VERDE: R$27,50

 

 

Amostra ZLF - Café do Thiego

Conhecemos o Sítio Alto da Serra por intermédio da dupla Felipe e Thiego. Ambos são sócio proprietários das marca de café Fruto Mineiro, que comercializa café verde produzido no sítio e café torrado deles e de alguns produtores parceiros na região.  

A propriedade fica na cidade de Natércia na região da Mantiqueira, atualmente produzem 3 varietais, catuaí vermelho, catuaí amarelo e obatã. A colheita é 100% manual, podendo ser feita com o auxílio da derriça ou seletiva. O café é colhido a mais de 1200m de altitude. Alguns lotes selecionados secam no alto da propriedade, já outros lotes descem todos os dias até a residência do Thiego, um sítio na entrada da cidade. Os lotes que descem secam em grandes terreiros suspensos tipo African Bed sob o olhar cuidadoso da dupla.  Eles também ajudam os produtores da região, emprestando a estrutura da empresa para descascar, medir umidade, torrar e avaliar os cafés dos produtores parceiros.

Nosso contato com eles é antigo. Chegamos a provar excelentes lotes da safra passada e por isso já conhecíamos o potencial dos cafés. Para este ano eles mandaram 5 amostras e no fim acabamos ficando um lote bem pequeno e exclusivo, somente 2 sacas e meia foram produzidas e cedidas inteiramente para a gente. Esse lote que pegamos, em especial, foi um dos que secou na casa do Thiego. Segue um resumo:

Sítio Alto da Serra
Natercia - MG
Altitude: 1200m
Variedade: Catuaí Vermelho
Processo: Natural
Produtor: Thiego
Valor Pago ao Produtor: R$ 1.200,00 a saca

 

No aroma notas de caramelo e mel. Na xícara encontramos notas frutadas, puxando para frutas escuras e secas, ameixas e mirtilo, um corpo alto e licoroso, acidez alta, doçura marcante e uma finalização prolongada com notas de caramelo.  

  • Valor do kg do café VERDE: R$32,80

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@eumemo, fica ligado que mais tarde vamos disponibilizar o link para os pedidos. Vai ser no formato de um e-commerce.

@Solano, como deve ter visto, desta vez a ideia é regionalizar as torras. E sim, a Roast vai disponibilizar alguns dos cafés. Provavelmente será criado um tópico com a lista das torrefações envolvidas e meios de contato.

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