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"Desde que você tenha certeza"


Alexandre Velloso

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Salve.

 

Acabo de ler um artigo de hoje (31/10/12) do James Hoffmann em seu blog JimSeven chamado "As long as you're sure". O link abaixo leva ao texto original em inglês.

 

Pensei em postar na seção Quando O Assunto É Café, porém escolhi esta seção Cafeterias por achar mais adequada.

 

http://www.jimseven.com/2012/10/31/as-long-as-youre-sure/

 

Fala diretamente aos profissionais com atividades ligadas aos cafés especiais. Mas creio que qualquer membro deste nosso Clube do Café deva lê-lo e refletir sobre qual é a própria atitude.

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É muito pertinente. Quero ver quem aqui não faz isso.

 

Faz parte do jogo, porém. Qualquer atividade que se exerça com um pouco mais de domínio e a exigência quando outros fizerem por você será muito maior. É o outro lado da moeda...

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Isso é bem verdade, normalmente fazemos isto não apenas na questão do café, mas em qualquer assunto no qual tenhamos uma qualificação. E realmente, fico pensando naquele antigo ditado "se quer que se faça certo, faça você mesmo", que a meu ver, fala mais sobre a dificuldade das pessõas em transmitir o que realmente querem e com o fato de estarmos constantemente competindo uns com os outros. Isto acaba deturpando nosso senso de auto-critica. Pode ser que o individuo que estou observando e notando tantos defeitos, esteja fazendo o mesmo que eu, mas acabo medindo em termos desiguais, por que para mim, em meu momento, faço da forma correta a meus olhos. Por isso considero tão importante o que este forum realiza, este conflito, esta troca constante, as discussões sobre os mais variados termos do nosso amado café. Passamos horas vendo o que os outros fazem mas quase nunca nos vemos fazendo. E aqui neste ambiente saudavel, recebemos de bom grado, criticas, elogios, sugestões, ideias e desta forma aprendemos mais sobre nós mesmos. Lembro o quanto foi impressionante para mim, ver minha primeira apresentação em um jogral da escolinha de musica que havia sido filmada por meu pai (20 anos atras). No dia, eu tinha certeza absoluta de minha habilidade, de que havia feito uma apresentação impecavel. Apos assistir o video, dois dias após, tive certeza de pelo menos 5 erros, que não seriam percebidos pelo publico geral, mas que para mim foram grotescos. Hoje quando vejo a mesma apresentação, percebo o quanto melhorei, apos tantos anos,de pratica, de estudo, tocando com amigos e discutindo sobre tecnicas. Mas ainda guardo uma certeza daquela primeira impressão, o foto de que certamente não sou nem de perto o musico que queria ser e que certamente ainda erro muito, apesar de achar que não.

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Entendo o que ele quis dizer mas, se não existissem pessoas críticas, extremamente perfeccionistas, não teríamos cafés nos níveis que temos hoje, não teríamos vinhos nos níveis que temos hoje etc. Mas isso seria apenas para quem é da indústria? Acredito que não pois, se o público não ligasse para esses "detalhes", não haveria motivo para a indústria se aperfeiçoar a esse nível, ninguém pagaria R$80 em um kg de café e estaríamos tomando "Café Pelé" até hoje.

Tudo o que criamos até hoje foi fruto da insatisfação humana, não fosse ela ainda estaríamos vivendo em ocas, agora, se isso é bom ou ruim, é assunto para outra conversa.

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Salve Vitor.

 

Endosso tuas observações.

Mas, pareceu-me mais como uma auto arguição. Como, se quando ele está na posição de barista, observa e perfaz tudo perfeitamente. Ou, por vezes negligencia a execução de uma atividade qualquer envolvida na tarefa.

 

É fácil criticarmos alguém por não fazer da forma como entendemos seja perfeita. Mas, quando nós estamos fazendo, aplicamos a perfeição que exigimos dos outros?

Foi esta a mensagem que compreendi do texto.

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Salve Vitor.

 

Endosso tuas observações.

Mas, pareceu-me mais como uma auto arguição. Como, se quando ele está na posição de barista, observa e perfaz tudo perfeitamente. Ou, por vezes negligencia a execução de uma atividade qualquer envolvida na tarefa.

 

É fácil criticarmos alguém por não fazer da forma como entendemos seja perfeita. Mas, quando nós estamos fazendo, aplicamos a perfeição que exigimos dos outros?

Foi esta a mensagem que compreendi do texto.

 

Para meu pessimo ingles de google, pareceu algo assim. Ha também o aspecto relativo da perfeição, em que o considerado como ação perfeita, por mim, pode ser diferênte do que para um outro alguém...... confuso isso né :(

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Já eu junto com o amigo google (também) entendi o seguinte.

 

Você Alexandre tem uma cafeteria , sabe e põe em prática todos os detalhes descrito que todos conhecemos, agora lhe pergunto, dos clientes que frequentam sua cafeteria, qual porcentagem você acha que conhece estes procedimentos ?

 

Eu te diria que 100 % deles soubessem, com certeza não iriam em outro local como descrito no texto.

Mas com certeza os que não conhecem, vão escolher onde tomar o café muitas vezes pela decoração.

 

Então entendi que para que o sucesso dos que fazem direito seja maior, poderia ser informado ao cliente via folhetinhos, tipo:

 

O café que você tomou é:

 

Grão X

Foi torrado a X dias, tempo ideal para se extrair um expresso.

Foi moído corretamente.

Foi compactado.

É tirado no tempo ideal...

 

Se o seu próximo expresso não tomaram este cuidado,...

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Salve Gilberto..

 

Também concordo com o que dizes.

 

Mas ainda, não creio que a motivação do autor seja a percepção alheia, e sim o próprio comportamento.

Eu posso, por ser profissional da área, afirmar que nem sempre acerto 100%. Motivos diversos levam a pequenos erros que, se não prejudicam a bebida final, também não permitem classificá-la como perfeita.

Por certo, se me parecer impróprio para ser servido, não servirei conscientemente um café erradamente feito. Mas mesmo no momento de tal avaliação, poderei falhar e não avaliar corretamente aquela xícara.

Agora, vai que justamente esta xícara foi preparada para alguém que tem conceitos avançados sobre a preparação do café? O mínimo que ocorrerá será tal cliente acreditar que meus conhecimentos estão aquém do que deveriam ser. E ter, baseado nesta única xícara, um conceito formado sobre mim. Sem saber que eu estava com a cabeça em outro lugar porque havia falecido a prima da vizinha do meu cunhado separado há mais de 15 anos de minha irmã que gostava muito da vizinha e nunca conheceu sua prima...Ou outro motivo qualquer que fez com que um ser humano, falho por natureza, agisse incorretamente naquele momento.

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Claro, esse é o ponto. O viés do artigo é o do barista. E o paradoxal é que quem é muito exigente com o café (os entusiastas, ou seja, nós) e sabe que o espresso é muito sensível a qualquer falha no procedimento (e que mesmo que tudo esteja certo, ainda assim às vezes dá errado), é quem menos perdoa tais erros na xícara.

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Salve Gilberto..

Sem saber que eu estava com a cabeça em outro lugar porque havia falecido a prima da vizinha do meu cunhado separado há mais de 15 anos de minha irmã que gostava muito da vizinha e nunca conheceu sua prima...Ou outro motivo qualquer que fez com que um ser humano, falho por natureza, agisse incorretamente naquele momento.

 

E eu achando que minhas reflexoes eram confusas! :lol:

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Salve Rodrigo.

 

Acho que definistes corretamente.

Nós sabemos como deve ser feito. Também sabemos que é muito fácil incorrer em erros. E ainda assim, mesmo sendo os mais aptos a compreender tais incorreções, esquecemos da 2ª parte ao julgar os procedimentos alheios.

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Mas Alexandre,

 

Outro dia tomei café em uma cafeteria aqui perto de casa, e os procedimentos visíveis foram quase corretos, o café saiu ruim, mas voltaria para tentar de novo. Agora muitos lugares o procedimento é desleixado mesmo, ai não tem perdão.

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Gilberto.

 

Na vida há sempre uma razão para qualquer coisa.

O cara está fazendo tudo certo, mas o café está velho... O filtro de água da máquina está saturado... Não se consegue enxergar estas e outras variáveis.

 

Mas se entras em um local onde todos os procedimentos são desleixados, o banheiro está sujo, a operadora da máquina está conversando no celular e a moça do caixa está lixando as unhas, corra para casa e sacie tua necessidade de café com um feito por ti. Ou penitencie-se com o gosto de havaianas genéricas usadas por sabes lá quem... Mas neste caso a culpa será apenas tua.

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Lí o texto novamente, mas troquei de amigo (tradutor), e fiquei com outra impressão, tipo o relator refletindo:

 

Há se meus clientes valorizassem meus procedimentos, por conhecimento do processo, o meu negócio seria melhor,

mas ai ele pensou como ele que conhece, avalia os cafés que toma e chegou a conclusão que é melhor deixar do jeito que esta.

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É isso aí Gilberto.

 

Impressão semelhante a que fiquei ao ler o texto esta madrugada.

 

O grande barato é que foi escrito por um dos mais famosos e merecidamente respeitado barista/empresário ligado ao ramo de cafés especiais,

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Mais simples pra mim: o especialista, se quer educar seus clientes, tem que estar bem preparado para corresponder à exigência que receberá... E que isso não é a solução para o mercado de café e cafés especiais.

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Mais simples pra mim: o especialista, se quer educar seus clientes, tem que estar bem preparado para corresponder à exigência que receberá... E que isso não é a solução para o mercado de café e cafés especiais.

Acho isso natural, aconteceu com os vinhos, tem acontecido com a alimentação em geral e vai se espalhando por todas as áreas. A informação está disponível para todos na internet e não temos como segurá-la. Em 1h navegando no YouTube qualquer um tem mais informação sobre café do que algumas pessoas da própria indústria tinham até pouco tempo atrás. Mas, isso volta ao normal. Em algum tempo teremos desde os nazistas do café até aqueles que não estão nem aí, assim como, na gastronomia, temos desde o Heston Blumenthal até a Palmirinha e ambos têm seu valor.
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