Empresa aposta na produção de café comestível e pretende vender 500 toneladas do novo produto
A forma como as pessoas consomem café pode mudar muito em breve. Ao menos é para isso que Flávio Abaurre, sócio da indústria SPA, especializada na fabricação de chocolates dietéticos há vinte anos, está se esforçando. Engenheiro de formação e especialista em café e cacau, o empresário decidiu lançar um produto inédito no mercado mundial: o café para comer. A novidade chega ao mercado brasileiro neste mês em duas linhas: o Coffee Beans, um pequeno confeito comestível e o Coffee Coins, uma moeda para uso culinário.
"O café não passou pelo mesmo processo do cacau, que também era consumido como bebida até virar comestível. Hoje, se a venda do café para comer alcançar 0,5% do que o o mercado de chocalates movimenta já será um grande passo para a empresa", diz Flavio, que planeja produzir 500 toneladas dos produtos no primeiro ano de atuação.
Produto
Os produtos desenvolvidos são feitos a partir do processamento de um café específico em processo que foi patenteado pela empresa. O resultado é uma massa de café integral na qual estão preservadas as características de aroma e sabor, além da oferta nutricional do produto. Com essa massa, são fabricados as guloseimas comestíveis nos sabores “espresso”, “cappuccino” e “café com leite”.
"Existem produtos de café, mas eles são feitos com aromatizante. Até a gente desenvolver o nosso produto não existia no mercado nada parecido que conservasse todas as propriedades do grão, inclusive as nutricionais", explica o empresário.
O café para comer se asemelha ao chocolate na aparência. No entanto, o sabor, diz seu inventor, é diferente, o que provoca uma surpreendente reação nos consumidores. "É como o frio da barriga que dá ao subir no elevador que não obedece o que você espera", diverte-se Flavio. Além disso, a novidade conserva o estímulo propiciado pela cafeína — uma moeda de Coffee Coins possui a mesma quantidade que uma xícara de café expresso.
Em um primeiro momento, os produtos serão comercializados em cafeterias e pequenos empórios do País. "Com o tempo pretendemos expandir. Acreditamos que o produto terá um grande impacto na gastronômia, para o uso culinário", projeta.
Fonte: http://pme.estadao.c...uto,2412,0.htm?