O gosto do café especial que tomamos depende de fatores objetivos, que vão desde a muda até os métodos de extração, passando pela secagem e a torra. Mas, depende também de fatores subjetivos. O próprio gosto é algo subjetivo, pois se trata de um conjunto de sensações que o degustador tem ao prová-lo. O gosto sentido, portanto, depende das substâncias que estão no café e, ao mesmo tempo, dos neurônios, digamos assim, de quem o toma.
Se um café contém determinados ésteres, aldeídos e ácidos orgânicos, ele provoca um sabor semelhante ao das frutas e se diz que é frutado. Esses são os meus preferidos. Só aceito comprar um café caro, como são os especiais, se algum gosto exótico, como esse de frutas, nele se revela nesse produto.
Ocorre que, muitas vezes, compro um café dito frutado, mas, ao prová-lo algumas vezes, não sinto um tal sabor ou o sinto de maneira muito fraca. Mas, ocorre também, que, dias depois, passo a sentir e sentir bem o sabor de frutas, mesmo que o método de extração continue o mesmo.
É aí que eu lhes pergunto, isso é comum? Ocorre com vocês?
Teria isso a ver com o próprio café, que revela o seu gosto ao passar dos dias, ou com a minha subjetividade, com variáveis ligadas a mim e não ao café em si?