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  1. Na reunião do CDC Rio , teria alguns microlotes para prova , mas eu não esperava nada muito especial , tanto é que nós levamos nossos cafés para incrementar o evento. Mas para minha surpresa os microlotes eram dois cafés excepcionais , muito difíceis de aparecer aqui no Rio , que é meio periferia no mundo do cafe , não só excepcionais como raros . 20170819_225201 by Carlos Eduardo, no Flickr O Primeiro é o Laurina Maceração Carbônica , torra de 11/8/17 , quando o Leo me mostrou o café, eu disse que não tinha a mínima idéia do que era , ele me mostrou o texto que o Moço tinha enviado e entendi que Laurina era uma variedade de Arábica e Maceração Carbônica era uma fermentação, mas que era usada para vinho . http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Cafe/noticia/2017/05/cafe-mais-caro-do-brasil-sera-oferecido-em-bar-de-curitiba-neste-final-de-semana.html Chegando em casa fui dar uma estudada para entender o que ia beber , nesse texto da pro cafe tem uma explicação simples. http://fundacaoprocafe.com.br/faq/variedades/gostaria-de-saber-sobre-variedade-laurina Não existe plantação comercial dessa variedade no Brasil , a planta é pequena tem grãos pequenos e baixa produtividade, enquanto um pé de Laurina produz 3 litros de frutas , o mundo novo/acaia produz de 8 a 10 litros. Então qual o interesse nesse café? O café é doce e de alta qualidade , mas a principal característica é o baixo teor de cafeína (0,6%) , em textos estrangeiros vc descobre que existe uma corrida para produzir café "natural" sem cafeína a partir dessa variedade . Essa variedade desenvolvida pela Daterra tem 0,3% de cafeína, enquanto um Arábica tem em média 1,2% e o conilon 2,3%. Para começar o grão é realmente pequeno , na foto a esquerda o Laurina do Moço, no centro o Moka da compra coletiva , que se não me engano era peneira 9 e na direita um FAF orgânico com peneira 16 . 20170820_205152 by Carlos Eduardo, no Flickr No espresso foi uma surpresa a torra ótima para espresso , mesmo ponto de torra que o espresso 22 da6 isso é café, muuuuita crema o que não é comum nas torras do Moço (quem se lembra do frutado ao quadrado) com medo da acidez eu preparei uma BR de 39% , deu um espresso muito doce , cremoso , com acidez média e frutado , muito exótico. Deu uma leve tigrada. 20170821_042353 by Carlos Eduardo, no Flickr Agora no coado esse café arrebenta , na reunião nos preparamos ele, mas ficou fraco , em casa eu preparei ele em uma FP Hario de 300 ml , moído no Forté em 8M , 1/10 , 1 min de pré e 4 de infusão mexendo sempre. Deu o melhor coado que eu bebo faz tempo , muito doce (realmente doce) , acidez muito discreta , minha mulher falou que o café não tinha aquela travada do cafe comum traduzindo , o café não tem adistringencia nenhuma , é frutado e tem aromas herbaceos , outra tirada de minha mulher foi que não parece café , apesar de ter gosto de café.
  2. Aí galera, Esse post no Ensei Neto fala de uma tal régua que a ABIC criou e que reproduz as cores dos discos Agtron da SCAA. Para quem não conhece o sistema Agtron, este é uma forma padronizada de mensurar (aproximadamente) o nível de torra do café, com base na cor do pó, comparando-se este com o respectivo disco. Pelo que o Ensei falou dá para pedir (ou comprar, não sei) na ABIC. Considerando que o kit original de discos da SCAA custa mais de 500 Reais, possivelmente essa régua da ABIC deve ser bem baratinha, se não for de graça, mas acredito que somente um torrefador/produtor terá condições de conseguir com eles, dificilmente forneceriam para usuário final. De todo modo, se conseguíssemos ao menos uma régua dessas poderíamos reproduzir cópias coloridas. Os software e equipamentos atuais tem funcionalidades de correção de cor que permitem a reprodução sem distorcer as cores originais. Dessa forma teríamos uma ferramenta para trocar informações sobre pontos de torra, de maneira padronizada. Coloquei abaixo o link da tal régua. E então...alguém se interessa / se habilita?
  3. Revogação da norma que regulamentava a qualidade mínima do café é comemorada pela ABIC Fonte: Cafeicultura A decisão atende ao pleito do setor e traz mais responsabilidade para a Abic que possui o programa Selo de Pureza, que “coíbe possíveis fraudes e o uso de impurezas, trazendo confiança e tranquilidade ao consumidor Brasília (11/09/2010) - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, foi cumprimentado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Takamitsu Sato, pela revogação da Instrução Normativa (IN) nº 16 (24.05. 2010) que regulamentava o café torrado e/ou moído. O Diário Oficial da União (DOU) publicou Instrução Normativa de nº 7, datada de 25 de fevereiro, nesse sentido. De acordo com Sato, a decisão atende ao pleito do setor e traz mais responsabilidade para a Abic que possui o programa Selo de Pureza – coíbe possíveis fraudes e o uso de impurezas, trazendo confiança e tranquilidade ao consumidor. A anulação da IN 16, que foi baseada em detalhada avaliação dos efeitos para o segmento, elimina o caráter subjetivo da análise sensorial que existia como parâmetro da norma. De acordo com o presidente da Abic, a análise sensorial exigiria elevados investimentos em formação de laboratórios e técnicos treinados sem que se assegurassem resultados confiáveis. --- Mais: Governo derruba a Instrução Normativa nº 16 e elimina avaliação sensorial do café 26/02/2013 MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br O Ministério da Agricultura revogou a Instrução Normativa nº 16, de 2010. Com essa instrução, o governo passaria a fiscalizar a qualidade do café colocado à disposição do consumidor. Para se enquadrar à IN 16, as indústrias deveriam produzir café com menos de 1% de impurezas e com 5% de umidade, no máximo. A instrução, que deveria ter entrado em vigor em fevereiro de 2011, na verdade nunca foi colocada em prática. Isso porque a cadeia de café concordava com as duas exigências anteriores do ministério sobre a qualidade do café, mas discordava de uma terceira: avaliação sensorial. A proposta do governo era boa, uma vez que deveria retirar do mercadocafés que são de baixíssima qualidade. Estima-se que dos 20 milhões de sacas de café consumidos no país, 400 mil venham de palhas, paus, sementes de açaí e milheto. Na avaliação da indústria, a degustação sensorial exige muito treino e é um sistema subjetivo para determinar a qualidade do produto. Após muitas contestações e interrogações, a instrução foi revogada. Agora, o mercado vai repensar esse trabalho, desenvolvendo uma autorregulamentação que envolva toda a cadeia: produtores, exportadores, indústria e até o varejo. Uma regulamentação do setor é importante para todos, segundo Nathan Herskowicz, diretor-executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café). Os produtores vendem mais grãos, as indústrias não têm uma concorrência desleal e os consumidores terão um produto de melhor qualidade, afirma ele. A posição do Ministério da Agricultura também vai nesse sentido. Consultado pela Folha, o governo diz que a revogação, além de contar com o apoio dos produtores, aponta para abertura de espaço para que, num futuro próximo, seja elaborada uma proposta de autorregulação. É função do Ministério da Agricultura proteger o produtor e garantir a qualidade e segurança dos produtos "in-natura", segundo o órgão. A Abic já tem um programa de qualidade com grau de exigência ainda maior do que aquele que o governo queria implantar na instrução normativa, mas, às vezes, esbarra em dificuldades para punir infratores.
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