Ontem fui olhar o link do Home-barista.com que o Marcio postou sobre o estudo dos filtros e acidentalmente me deparei com esse tópico do Jim Schulman:
http://www.home-barista.com/coffees/thoughts-on-italian-espresso-blend-t15360.html#p183826
Foi amor à primeira vista.
Sempre pensei como o Jim, mas achei que era sozinho no mundo. Embora não seja um consumidor assíduo de blends no estilo italiano devo confessar que já tomei alguns e são interessantes. Trazem algo diferente de tudo que temos visto no CdC e arredores e chamam a atenção especialmente pela capacidade que tem de entregar sabores de torras mais avançadas sem qualquer traço de queima.
Sempre achei que grandes torrefadoras como a Illy e a Lavazza, por exemplo, detém absoluta excelência nas expertises de torra e mistura. Veja que esses blends são na maioria das vezes consumidos velhos, feitos a partir de cafés de qualidade apenas mediana e frequentemente incluindo Robustas. Ainda assim o trabalho de mistura e de torra produz blends interessantíssimos, com perfis de sabor bem diferentes dos que habitam o mundo dos cafés SO.
Honestamente, continuo com o pressentimento de que espressos feitos a partir de cafés SOs, por melhores que sejam, são como um cachorro-quente no qual se come o pão e só depois a salsicha. Ademais, após ler o post do Jim, a quem respeito muitíssimo, reforço minha percepção de que um trabalho de torra e mistura competente são capazes de transformar cafés medíocres em bebidas divinas.
Em resumo: Em tempos de west-coast espresso, 3rd wave, ristrettos triplos de 21g e demais modismos que habitam o mundo do café, nada como um contraponto para apimentar a discussão e abrir os horizontes.
Abraços a todos.
Leo