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  1. Tópico criado para debater sugestões e impressões sobre misturas domesticas, assim como a teoria por trás do "blending". Começo dizendo que estou gostando bastante da mistura do Faz. Chapadão (City+) com Unique frutado (FC+/Vienna). Testei algumas proporções e até agora as melhores estão em torno de 80-20 ou 70-30, respectivamente. O Chapadão tem notas varietais bem distintas mas considero enjoativo como café de origem única. Tem também uma acidez alta demais para meu paladar e corpo apenas médio em minha percepção. Por outro lado seria um desperdício torra-lo mais escuro para atenuar a acidez pois isso também enfraqueceria a excelente característica varietal. Preferi misturá-lo com um café que considero "neutro", isto é, sem uma personalidade tão forte quanto o Chapadão, que no caso é o Unique Frutado. Meu plano inicial era usar o Unique em torra City+ ou Full City mas por descuido acabei com um lote que está praticamente em Vienna, pois avançou no segundo estalo e com grãos oleosos. Para não jogar fora essa torra preferi apenas reduzir a participação dele no blend, limitando-o a 20 ou 30%. Surpreendentemente o Unique não contaminou a mistura com gosto de cinza, ao invés disso, adicionou um excelente corpo à bebida e ajudou no equilíbrio controlando a acidez excessiva do Chapadão (o Frutado já é um café de baixa acidez e com torra avançada essa ficou ainda mais atenuada). Resultado final é uma bebida com personalidade, bom equilíbrio, bom corpo e acidez media, com finalização razoavelmente limpa. Gostei. PS: Agora contem suas experiências. Abraços a todos.
  2. Ontem fui olhar o link do Home-barista.com que o Marcio postou sobre o estudo dos filtros e acidentalmente me deparei com esse tópico do Jim Schulman: http://www.home-barista.com/coffees/thoughts-on-italian-espresso-blend-t15360.html#p183826 Foi amor à primeira vista. Sempre pensei como o Jim, mas achei que era sozinho no mundo. Embora não seja um consumidor assíduo de blends no estilo italiano devo confessar que já tomei alguns e são interessantes. Trazem algo diferente de tudo que temos visto no CdC e arredores e chamam a atenção especialmente pela capacidade que tem de entregar sabores de torras mais avançadas sem qualquer traço de queima. Sempre achei que grandes torrefadoras como a Illy e a Lavazza, por exemplo, detém absoluta excelência nas expertises de torra e mistura. Veja que esses blends são na maioria das vezes consumidos velhos, feitos a partir de cafés de qualidade apenas mediana e frequentemente incluindo Robustas. Ainda assim o trabalho de mistura e de torra produz blends interessantíssimos, com perfis de sabor bem diferentes dos que habitam o mundo dos cafés SO. Honestamente, continuo com o pressentimento de que espressos feitos a partir de cafés SOs, por melhores que sejam, são como um cachorro-quente no qual se come o pão e só depois a salsicha. Ademais, após ler o post do Jim, a quem respeito muitíssimo, reforço minha percepção de que um trabalho de torra e mistura competente são capazes de transformar cafés medíocres em bebidas divinas. Em resumo: Em tempos de west-coast espresso, 3rd wave, ristrettos triplos de 21g e demais modismos que habitam o mundo do café, nada como um contraponto para apimentar a discussão e abrir os horizontes. Abraços a todos. Leo
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