Disparada no preço do grão

[Fernando Martins]

SAIU NO ESTADÃO HOJE .....

 

Seca faz preço do café disparar em Minas Gerais

Grão se valorizou 64% somente no primeiro trimestre, puxando para cima os preços dos produtos agropecuários

 

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Rene Moreira/Estadão

"Planta com quantidade reduzida de grãos em Capetinga (MG)"

FRANCA - Com a seca, o preço do café, principal produto do agronegócio de Minas Gerais, disparou. Levantamento da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado aponta que o grão se valorizou 63,94% somente nos três primeiros meses deste ano, puxando para cima os preços dos produtos agropecuários, que no geral subiram 18,27%.

Para a coordenadora da assessoria técnica da federação, Aline Veloso, o impacto nos próximos meses pode ser ainda maior. "Para alguns produtos ainda não sabemos o tamanho da perda, que só será conhecida no momento da colheita."

Pelo que foi apurado até agora, a previsão é de que o efeito da seca supere as estimativas do IBGE e da Conab. No caso do café, são as muitas incertezas sobre a produção que têm feito o grão se valorizar cada vez mais. A colheita começa em maio e se vai até setembro, e em algumas regiões produtores já falam em quebra de até 70% da safra.

É o caso de Três Pontas, onde foi decretada situação de emergência porque no primeiro trimestre choveu apenas 59 milímetros, quatro vezes menos que o esperado para o período. Com a medida, os agricultores ganham o direito de renegociar dívidas e outros benefícios.

De acordo com o levantamento, a agropecuária mineira deve ter o VBP (Valor Bruto da Produção) 9,3% maior em 2014, alcançando R$ 51,5 bilhões. O café é a principal mercadoria agrícola do Estado e o calor em excesso prejudicou principalmente as novas plantações no sul, região conhecida por ter um produto fino e tipo exportação.

Outro problema preocupa os produtores de regiões montanhosas é a impossibilidade da colheita mecanizada em áreas de aclive. Com a colheita manual, o gasto sobe e muitos agricultores já estão deixando o cultivo na região e migrando para áreas com topografia plana.

Para a consultoria Informa Economics FNP, dentro de 10 a 20 anos a produção nas regiões montanhosas deve cair a quase zero. No lugar do café, devem entrar a pecuária leiteira e a criação de aves e suínos. Isso porque o custo para colher representa 60% do total, e sem as máquinas o lucro despenca.

 

 

 

 

 

 

 

Este assunto já foi abordado anteriormente, mas como procurei e não achei, resolví publicar esta notícia que vaí ser importante para todos nós .... Planejem seus estoques para 2015 !!!

 

Abçs !

 

[Miyamoto]

Xiiiiiii.. A crise começou... 

[Fernando Martins]

Hora de começar a comprar "verde" pra tomar maduro ....

[Guest Anita]

Mas e os sem-torra? 

 

Ninguém pensa em nós! 

[Fernando Martins]

Compra verde com o Jonathan que ele guarda e vaí torrando "On Demand" .... Na crise, ter estoque do Late Harvest é um privilégio !

[Burny]

 

Outro problema preocupa os produtores de regiões montanhosas é a impossibilidade da colheita mecanizada em áreas de aclive. Com a colheita manual, o gasto sobe e muitos agricultores já estão deixando o cultivo na região e migrando para áreas com topografia plana.

 

 

Acho a parte sobre regiões montanhosas estranha ... parece papo da agro lobby, muito parecido com o papo deles sobre o código florestal. Milho desvalorizou muito e com leite os produtores também não podem fazer muito lucro e agora eles vão deixar o cultivo do café (com preços bons, aumentando!) porque tem que continuar com a colheita manual? Meio absurdo. Também temos que considerar que são na maioria dos casos pequemos produtores, que não simplesmente podem migrar para áreas planas. Eles tem x hectares nas áreas montanhosas e é isso ai. Outra coisa é que isso não se aplica nos cafés especiais, colheita manual até é critério de qualidade.

[Fernando Martins]

O problema no Brasil, Burny, é que tudo vira desculpa pra uma especuladinha aquí, uma majoraçãozinha acolá ... Como diz o Miyamoto: Vaí que cola ?

 

Abçs !

[Miyamoto]

Fernando.. O problema é que o brasileiro acredita em qualquer especulaçãozinha e faz um tsunami danado.

 

É a política interferindo na economia.

 

"Alguém" tá achando que o valor de um produto está baixo e merecia estar em outro patamar. É muito simples. O governo solta uma notinha dizendo que alguma coisa aconteceu e o valor do produto aumentou..

 

Pronto! Problema resolvido e o grande empresário ficou satisfeito.

 

E no final das contas, o que aconteceu com o produto? Nada!

[Fernando Martins]

Rapaz,

 

Só peço à Deus que no setor dos grãos Top de Linha nada ocorra de mais grave. Caso contrário, onde vão parar os preços da raposinha e do quadradão ? Háháháhá !!! 

[Rodrigoks]

Não acho que no setor de cafés especiais vai mudar muita coisa em termos de preço. Não sei se o mercado comportaria.

[carlos eduardo]

Para nós que pagamos em media 30/40 reais (sem frete) por meio quilo de café especial , as coisas não vão mudar muito , na pior das hipoteses o café poderá perder um pouco de qualidade , mas , isso faz parte da realidade não só do café como do vinho , azeite e etc. sempre haverá safras boas e ruins , agora o coitado que paga 8 ou 9 reais por meio quilo de café ordinario , esse esta ferrado.

[LUW]

Fernando.. O problema é que o brasileiro acredita em qualquer especulaçãozinha e faz um tsunami danado.

Há um mês atrás estava conversando com o Leo Moço e ele me disse que não iria mais comprar grãos de alguns produtores do Espírito Santo (ou era Minas?) por causa disso. Pagava R$ 500,00 a saca um dia e na semana seguinte o produtor subiu para 550 porque "subiu o preço do café na bolsa". O cara não teve um centavo de aumento em custos, mas mesmo assim repassa um aumento exclusivamente especulativo para o intermediário.

 

PS: O interessante é que se o preço cai na bolsa o produtor não reduz o preço - o Leo perguntou e o cara teve a pachorra de confirmar .

[Miyamoto]

Foi o que eu disse...

 

Não importa se o valor de produção aumenta.. O que importa é que o mercado (leia-se governo) disse que o produto vale mais...

[Victor D.]

Os produtores com quem falei disseram para eu ficar tranquilo que não vai faltar café bom nem o preço vai variar tanto assim. Acredito que, como já falado aqui, o mercado de cafés especiais é bem diferente do de commodity e não é tão afetado por variações de cotação na bolsa.

 

Podem ficar tranquilos.

[Jose Alexandre]

Ufa!