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Carmo de Minas


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Salve.

 

Após uma atípica semana, abundante de diferentes cafés, alguns excelentes, uns muito bons e outros horríveis, estou surpreso com um café comprado há poucas horas numa padaria em São Lourenço/MG.

No retorno desde Carmo de Minas, ao passar por São Lourenço e quase já saindo da cidade, lembrei-me que não havia pão em casa e resolvi parar na primeira padoca que aparecesse no caminho.

Já com os pães na mão, reparei sobre o balcão, pacotes de café moído da marca Carmo de Minas. Vistoriei o rótulo e constava 12/09 como a data de fabricação.

Vi que também vendiam moído na hora, num antigo moedor comercial Tupy, velho conhecido desde a década de 70 do século passado. Perguntei se venderiam em grãos e a primeira resposta é que não poderiam fazê-lo. Insisti, pois bastaria retirar grãos do reservatório do moinho. Após certa espera e a consulta a uma mulher que me pareceu ser dona do estabelecimento, concordaram em atender-me. Pedi então 250 g. A quantidade suprida na embalagem sem personalização passou do desejado pesando 305 g. Concordei em levar assim mesmo. Emitiram uma papeleta para o pagamento no caixa no valor de R$ 10,00. Isso implica que 1 quilo custa R$ 33 aproximadamente. Surpreendeu-me pois para os pacotes com 250 g de pó pré moído sobre o balcão expunham preço de R$ 22,50.

Ao chegar, fui logo preparar café coado, na verdade 1 litro, pois a abstinência forçada pela viagem já me causava dor de cabeça. Separei os cafés que trouxe e entre eles estava o da padoca. Pronto, não hesitei e pesei 40 g que pus a moer. A torra um pouco, mas muito pouco mesmo, mais escura do que eu julgaria adequada. Pouca fragrância nos grãos, obviamente maior após moídos. Preparei na Electrolux Chef Therma (CM401) e provei. Ótimo café. Corpo, untuosidade, aroma e sabor.

A curiosidade aumentou e decidi testar como espresso. Liguei a máquina e deixei-a aquecer. Já me havia esquecido, quando retornei à cozinha e vi a luz do PID piscando. Lembrei-me do espresso e moí 16 g. Todos os parâmetros respeitados resultaram em uma bela extração dupla. Boa creme e cor. Mas na boca amargou um pouco. Talvez por causa da torra. Demandará algumas alterações de parâmetros de extração. Ou talvez não fique mesmo bom como espresso.

 

Resumo final: Café de padoca pode ser muito bom. Claro, dependedo da padoca e principalmente do café... B)

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Salve Rodrigo.

 

Disse-o bem.

Essa estória impressionou-me por resgatar situações semelhantes relacionadas aos vinhos.

Várias vezes, quando eu era importador de vinhos, em viagens pelo interior da França, ocorreram casos assim. Parávamos para almoçar num restaurantinho qualquer de uma vila qualquer no meio do nada e o vinho servido, do lugar, era ótimo.

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Salve Rodrigo.

Com cafés certamente. Mas na Serra Gaúcha há vinhos muito decentes. Para não citar a possibilidade de comer um assado espetacular, certo?

Digo especulando, pois não conheço a região de Bento, mas imagino que possa acontecer.

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Salve Ana Maria.

 

Carmo é mesmo surpreendente.

Cidade diminuta que se estende por aproximadamente 1 Km margeando os 2 lados da rodovia.

Umas poucas ruas morro abaixo e outras tantas morro acima.

Uma bela e grande igreja na praça principal, como é característico das cidades mineiras.

Dois ou três prédios de 4 andares espalhados pela área urbana.

Os letreiros nas fachadas das lojas ao longo da rodovia mostram "Armarinho da Joana e da Maria", "Toninho - Novos e Usados" (carros e motos), "Açougue do Tião", Farmácia do Lopes", etc.

Pela proximidade de São Lourenço, creio que os mais abastados lá preferem morar e apenas mantém suas atividades profissionais no povoado.

 

A antiga estação de trens transformada em rodoviária.

 

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Da cidade, pouco café se avista. E o que se vê, está longe.

 

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Ainda assim pode orgulhosamente alardear:

 

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Raça híbrida de gado bovino que combina a rusticidade do indiano Gir com a produtividade leiteira do Holandês.

Tipo jabuticaba ou nota fiscal, so há no Brasil...

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Ana, se estou certo, apenas 0,5% dos cafés produzidos em MG é robusta.

E no Sul de Minas neguinho nunca viu um pé de Conillon. Mas infelizmente está presente em pacotes de cafés industrializados por grandes e médias empresas da região. 

 

Rodrigo é só isso aí mesmo. É onde estão os escritórios, a torrefação e a área de processamento final. Eles possuem uma loja de varejo no Centro de São Lourenço.

Também é fácil encontrar em empórios de cidades próximas.

A foto abaixo foi feita em uma lanchonete singela em Caxambu.

 

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Alex, me refiro ao gado híbrido. Ele combina a rusticidade do robusta com as melhores notas do arábica.

 

A cafeteria deles é uma graça. Vi pelas fotos.

 

E na rede Oba aqui em Sampa tem esses mesmos pacotinhos. Sempre com torra velha. :)

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Entendi Ana.

Outra característica do gado Girolando é ter mantido certa agressividade típica do Gir e não a mansidão do gado europeu. Ao ponto de ser mais valiosa uma rês mocha quando comparada a uma chifruda.

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Salve Rodrigo.

 

A tua caixa de mensagens deve estar lotada, então escrevo mesmo aqui.

 

Se achar apropriado, sugiro que cries um novo tópico na área Quando o Assunto é Café! sobre Regões produtoras ou mesmo sobre Carmo de Minas e transfira as mensagens a partir da # 3451.
O papo rendeu e apesar de interessante, é distinto ao desse tópico.
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Salve Guilherme.

 

Projeto para a próxima colheita.

 

Penso em montar um programa que contemple visitas à cooperativa, à lavoura , pátio e benfeitorias de fazenda produtora e também workshop de provas e comparativos de distintos métodos de preparos.

Como mencionei antes, será necessário iniciar na manhã de uma 6ª feira e terminar na tarde de sábado.

 

Na sexta feira visitaríamos a fazenda e a cooperativa e no sábado realizaríamos os workshops.

 

Incluiria também estadia com pensão completa em hotel em São Lourenço.

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