Ir para conteúdo

Incêndios põem em risco pesquisas do IAC


Postagens recomendadas

Incêndios põem em risco pesquisas do IAC para melhoramento genético .

 

Essa materia apareceu no Valor Economico de ontem , má noticia .

 

foto29agr-201-cafe-b12.jpg Cafeeiros queimados por incêndios em fazenda do IAC, em Campinas (SP); cerca de 10 hectares foram afetados

 

29/09/2014 às 05h00
Incêndios põem em risco pesquisas do IAC para melhoramento genético

Por Carine Ferreira | De São Paulo

 

Não bastasse o longo período de seca este ano que prejudicou as lavouras de café em algumas das principais regiões produtoras do país, como em Minas Gerais, incêndios nos cafezais da fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), têm causado prejuízos às pesquisas para melhoramento genético do café.
Não se sabe ainda a origem dos incêndios, se foram criminosos ou potencializados pela seca. De acordo com Gerson Silva Giomo, pesquisador e diretor do Centro de Café do IAC, ocorreram ao longo deste ano seis incêndios, sendo o mais recente este mês. A fazenda Santa Elisa, em Campinas (SP), tem uma área total de 60 hectares de cafezais - incluindo o banco de germoplasma e experimentos de melhoramento genético e de manejo do café.
A área afetada pelos incêndios é estimada em 10 hectares, o que representa aproximadamente 30 mil pés de café destinados à pesquisa. A maior parte dos cafeeiros foi queimada quase que totalmente, exigindo uma poda drástica, chamada de recepa.
Giomo explica que algumas plantas não resistem à recepa e outras demoram cerca de três anos para se recuperar. Os incêndios na fazenda do IAC significam um perda difícil de dimensionar já que se trata de um valioso material. Alguns cafeeiros queimados faziam parte do banco de germoplasma (conjunto de plantas nativas de diferentes países), que garante à pesquisa variabilidade genética necessária para se obter as características desejáveis para o café.
O banco de germoplasma do IAC é considerado o maior e mais antigo do país - tem mais de 80 anos. Suas plantas servem de matéria-prima para o melhoramento genético do café. "O risco é perder a população que serviria para o melhoramento genético", diz Giomo. O IAC tenta recuperar as plantas queimadas. Mesmo assim, alguns experimentos devem atrasar de três a quatro anos.
O IAC é responsável por cerca de 90% das cultivares de café plantadas no país. As mais usadas são Catuaí e Mundo Novo. Desde a década de 1930, o instituto começou seu pioneiro programa de melhoramento genético de café e desenvolveu dezenas de variedades, principalmente com foco em maior produtividade e resistência a pragas e doenças. Já foram registradas, até agora, 65 variedades no Ministério da Agricultura, mas muitas outras foram desenvolvidas e não registradas quando não havia obrigatoriedade, diz Giomo.

© 2000 – 2014. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.
Note: Your post will require moderator approval before it will be visible.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Processando...
×
×
  • Criar Novo...