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Máquinas de espresso: influência na qualidade da bebida


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Pessoal,

em praticamente todas as discussões aqui no CdC e em outros fóruns na Internet, vemos que o equipamento mais importante para se preparar cafés com qualidade é o moedor.
Acho que isso é um ponto pacífico e todos concordam com isso.

No entanto, considerando-se que temos em mãos um moedor excelente, qual a influência da máquina de café espresso na qualidade final percebida na xícara?

Para ambientes comerciais, vejo muitos fatores que justificam o preço de máquinas high-end: estabilidade na temperatura da água, estabilidade na pressão, nº de grupos, vaporizador e etc.
Mas me parece que o principal fator é que com essa máquinas conseguimos manter estável a maior parte das variáveis do preparo e, como consequência, conseguimos extrair muitos shots em sequência com um alto grau de repetibilidade.

Mas e do ponto de vista doméstico?
Considerando que já temos o melhor moedor do mundo™, o que justificaria pagar 4, 5 ou 10 mil reais numa máquina se tiramos, por exemplo, não mais do 5 shots por dia?

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@lucasrodcosta, sua pergunta não faz muito sentido do modo como foi formulada, há uma premissa equivocada, daí as respostas do @Carneiro (desejo por café bom, ou por máquina melhor, nunca é racional) e do @Bruno Marinho (custo alto de equipamentos e valor subir entre categorias, sem intermediários) focarem em âmbitos completamente diferentes do seu argumento sem realmente abordar o ponto questionável: a questão da repetibilidade que você menciona não tem relação com a quantidade seguida de extrações, mas com qualquer extração, desde a primeira (mesmo que seja única no dia).

Costumo beber no mínimo 1 cappuccino e 2 espressos ao dia, na média uns 3, mas mesmo que eu bebesse um único espresso por dia, como eu já eduquei meu paladar e gosto muito de café, faço questão que todos os dias, esse momento do espresso, seja bom. Não aceito tomar café ruim depois de saber o que é café bom...

Na minha experiência, a coisa é assim (opiniões, nada cientificamente comprovado):

- Uma máquina de entrada tem uma chance em algumas dezenas de me dar um café bom, e muitas ruins, outras meramente aceitáveis e algumas razoáveis entre elas.

- Uma máquina doméstica intermediária me dá chances melhores, com menos cafés ruins, mais extrações aceitáveis e um intervalo menor entre cafés bons.

 - Uma máquina doméstica boa me dá um café maravilhoso a cada dez ou vinte extrações, dois cafés bons a cada três e um café apenas aceitável a cada três. Se eu não errar, essa máquina não vai fazer café ruim, por ser mais estável.

- Uma máquina Prossumer costuma ser mais leniente com os erros, facilitando conseguir sempre cafés bons, mesmo com pequenos erros. E, sem errar, dá pra conseguir o melhor do grão em todas extrações, sempre um café maravilhoso (se o grão assim o permitir) com resultados muito parecidos ou mesmo iguais de uma para outra.

Claro tudo isso contando com um excelente moedor, pois como se mói antes, o que se perde nessa etapa não tem volta.

Daí é uma questão nada racional, como disse o Carneiro, escolher gastar 10, 20 ou até mais de 80 mil reais (Speedster, Kees Van Der Westen etc.) numa máquina pra ter em casa. Mas é um desejo, um gosto pelo prazer e uma disposição de pagar pela qualidade e previsibilidade da experiência.

E os preços aqui acabam ficando com um gap enorme, como mencionou o Bruno, por conta do nosso mercado depender de importações e não ter "espaço central". Na verdade, as Tramontina-Breville deveriam custar muito menos, mas ficaram caras, deixando de preencher adequadamente o espaço intermediário a que se destinam.

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Muito obrigado pela resposta, @Cabral.
Muito esclarecedora.

De fato, não havia passado pela minha cabeça a questão da repetibilidade em qualquer extração (mesmo que seja única no dia).
Na verdade, é fácil perceber isso em máquinas de entrada (como a minha Chef Crema Silver).
Mas não imaginava que esse mesmo pensamento poderia ser extrapolado para comparar 2 máquinas de 6 e 10 mil reais, por exemplo.

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Sendo bem sincero, acho que a MAIOR vantagem de uma máquina boa em casa é a possibilidade de repetibilidade de café bom. Escrevi possibilidade porque elimina a variável cafeteira da equação. Assim como um bom moedor elimina essa variável, e assim vai. Você terá mais chances de café bom sempre. São os 5 M.

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Maquinas maiores, mais caras e feitas com materiais mais nobres implicam não só em repetibilidade mas em controle mais preciso de ajuste na temperatura, relacionando-se assim diretamente em algum controle no perfil de sabor do café (cítrico/floral<-------->amargo/doce), e claro a durabilidade da maquina em si, uma breville não se espera que durem em uso contínuo muito mais que 5 anos, já as gaggias antigas passam fácil dos 30 anos com alguma manutenção.

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