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Histórias com café


Gilberto

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Cara direção, caso não possa ter este tópico, peço a gentileza de deletarem o mesmo.

 

Esclareço que a história contada a seguir é real, e que o protagonista é vivo e árduo frequentador do CDC.

 

O assalto.

 

Meu nome é Gilberto, faz muito tempo, acho que em 1980, na época eu estava com 20 anos.

 

Morava em um sobrado geminado, sendo que, olhando de frente, eram 5 sobrados geminados com portão na calçada,  entre o sobrado e o portão tinha uma laje que cobria a garagem em todos os sobrados, 2 janelas na frente no andar superior, eu morava da direita para a esquerda, para quem olha de frente, no primeiro sobrado.

 

Estava eu, sózinho em casa,  em uma das janelas com vista para a rua , no andar superior, a janela inteira aberta, eu debruçado na mesma, apreciando a paisagem, digo, algumas meninas que passavam de hora em hora, som alto, quase último volume, não lembro o que ouvia, mas pela idade devia ser algum rock.

Bem certa hora, due vontade de ir ao banheiro, deixei o som como estava e fui. Tudo tranquilo como de costume, mas derepente o som é desligado. Chamo pelo nome de meu irmão, achando ser ele, mas nada, agora já grito novamente pelo seu nome, mas nada. Já com o coração batendo mais forte, terminei o que estava fazendo, quando ouço o barulho de uma pulseira e corrente de ouro que usava, e em seguida 2 vozes cochichando. Pensei , ladrão, lá se vão  minhas pulseiras. Já de pé, recomposto, comecei pensar como fugir, coração agora saindo pela boca. O banheiro ficava no meio da casa, para conseguir ter uma janela no banheiro foi necessário subir o pé direito e mesmo assim conseguiram colocar uma janelinha muito estreita e lá em cima, impossível passar por ela. Ainda ouvia as vozes, pensei em abaixar para olhar os pés, mas recuei, pois de repente era um pé numero 44, e o tipo do calçado, tudo poderia me deixar mais nervoso ainda. Procurei nas gavetas algum tipo de " arma" , mas claro, nada além de uma escova.

Já se passavam uns 10 minutos, já não conseguia mais ouvir as vozes, quando derepente, toca o telefone, 1,2, ... 10 vezes e claro, ninguém atendeu. Passaram mais 2 minutos e começa a tocar a campainha, pensei, vou agora, pelo menos se for atingido terá quem me leve para o hospital, mas não sairia sem nada, lembrando do Magaiver, peguei uma lata de talco, arranquei a parte de cima, tirei o chinelo para ter mais agilidade, resei um pai nosso e coragem, teria que abrir a porta passar pela porta do quarto a direita, e descer a escada que ficava logo em frente a porta do banheiro, abri a porta pronto para jogar o talco nos olhos do ladrão, mas não o vi,  desci a escada correndo, abri a porta da sala, olhei para o portão e ví, meu primo e um amigo meu chamado Ricardo, gritei correndo: meu vocês não acreditam o que aconteceu, quando derepente olhei novamente para eles, e disse só uma coisa : seus filhos da p___ .

 

O que aconteceu segundo Sherlock Holms:

 

O Ricardo foi a casa de meu primo que morava 2 sobrados depois do meu, vieram até minha casa e tocaram a campainha, como o som estava alto eu não ouvi, atravessaram a rua e viram que a janela estava aberta mas eu não estava nela, foram até a casa de meu primo, pularam a janela dele, vieram pela laje e entraram pela minha janela, isto tudo  bem na hora que eu havia ido ao banheiro, resolveram me pregar uma peça, abaixaram o som, mecheram em minhas pulseiras, cochicharam e voltaram para a casa de meu primo pela laje. Chegando lá  minha tia falou, e se ele desmaiou no banheiro, voltem lá.  Mas como eu andava armado na época, eles pensaram, se voltarmos  e ele pegou a pistola ?, então liga, ligaram mas não atendi , aí bateu o desespero neles também, foi quando resolveram tocar a campaínha.

 

Bem,   ......   Agora só me restou tomar um café.

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Apesar do link com café ser meio forçado, a história é engraçadíssima. Já que Stand Up comedy tá na moda, Gilberto, você podia tentar carreira. O Brasil é fraco pra caramba em Stand Up, mas isso porque vc ainda não decidiu pelas artes, Gilberto.

 

:lol: :lol: :lol:

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E o Gilberto tem um estilo próprio de escrever, meio confuso, que passa uma idéia de atabalhoamento, e encaixa que é uma luva nessas histórias psicodélicas, kkk.

 

Kkkkkkk, eu sou fã dos textos do Gilberto! Ele escreve de um jeito que é como se fosse a legenda dos pensamentos dele. Sem filtro, nem adaptações, ele praticamente pensa por escrito! Vem direto da mente para o papel (no caso tela).

 

Gilberto, você já percebeu que é uma figura queridíssima aqui né? Somos seus fãs. Abraços!

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Gil, o gaúcho Marcelo Soriano é engenheiro e um grande poeta. Ele escreve particularmente micro-contos ou poesias curtinhas. É fácil localizá-lo na internet.

 

Nunca sei se ele é poeta e engenheiro nas horas vagas ou vice-versa.

 

Todo mundo tem um lado sensível que precisa vir à tona de alguma forma. Para alguns isto pode vir inclusive na latte art.

 

Beijinho e

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  • 2 months later...

Só para distrair um pouco.

 

História sem café, a muito tempo atrás.

 

A vida não estava fácil, dinheiro curto, ainda por cima roubaram o som de meu carro.

 

Mas neste dia tinha um aniversário do filho de um grande amigo meu, que aliás quando este meu amigo  casou-se, na festa acontecera dois eventos comigo: primeiro minha namorada na época, esposa hoje, pegou o buket da noiva, depois na hora de cortar a gravata, puts eu tinha esquecido desta história de gravata, já tinha dado um bom presente, olhei no bolso tinha uma única nota de R$ 100,00 que devido a época valeria hoje uns R$ 300,00 , pensei, não posso dar meus R$ 100,00, vou pegar troco, até aí ia tudo bem, mas acontece que na filmagem no casamento  só apareceu eu tirando o dinheiro, que me..... Até hoje eu ouço que peguei dinheiro do noivo.

 

Bem voltando a festa, tinha que comprar o presente, então resolvi ir comprar numa loja bacana que ficava no Pacaembu, pois mesmo que comprasse algo mais simples, a sacola já daria um charme especial, como dito, loja legal, manobrista, e eu chegando, deixei com o manobrista pedindo para deixar meio na descida pois as vezes a bateria falhava, estava quase entrando na loja quando lembrei do som ligado, toca voltar para falar com o manobrista que já estava dentro do carro para posiciona-lo na vaga, abri a porta e colocando a mão na lateral da porta encontrei o radinho de pilha, que logo desliguei e com aquele sorriso opaco, justifiquei ter esquecido o "som" ligado.

 

Bem pelo menos o carro pegou na saída da loja. A noite festa em um buffet, parei do outro lado da rua em posição estratégica, e logo na entrada já encontro meu amigo indagando onde havia parado, já que tinha serviço de manobrista, manobrista falei eu, não obrigado, rsrsrs.

 

Bem no dia seguinte, indiguinado com a situação, resolvi trocar pelo menos a bateria já que o som roubado anteriormente ainda não dava. Bateria instalada, eletricista na frente do capo nos testes finais, e pede para que eu ligue o ar, digo ar nào tem, liga o som, fala o eletricista,  já nem falo mais nada, só levanto a mão e digo, posso tocar a buzina ?

 

Bem a vida é boa por isto, não existe momento ruim que dure a vida inteira, e como minha mãe sempre disse, " você ainda vi rir disto".

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