Moedor bom e Máquina de entrada vs. Moedor de Entrada e máquina boa

[Rodrigoks]

Essa é uma discussão que sempre se repete aqui no forum, e que agora fica aqui ilustrada nesse vídeo da SCG. Sim, como sempre esses testes delas não são lá muito científicos, mas acho que nem é essa a intenção. De qualquer forma, vitória do moedor.

 

 

(PS: A loucura dessas duas não é só cafeína, né?)

(PS1: A diferença de crema a favor da Rocket é absurda)

[Lucas Faccioni]

Essa maquina de expresso da krups usa filtro pressurizado?

[Rodrigoks]

Boa pergunta. Fiquei com a mesma dúvida ao ver o vídeo, mas minha curiosidade não foi tanta ao ponto de pesquisar as especificações da Krups. Se for pressurizado, acho que a comparação fica descabida.

[Alexandre Velloso]

Salve

 

É pressurizado sim. Link para o manual.

Aliás, dificilmente máquinas de entrada terão filtros ou porta filtros não pressurizados.

[Rodrigoks]

Bom, com o respeito a possíveis opiniões divergentes, acho que a comparação fica um tanto prejudicada comparando pressurizado com não pressurizado. A meu ver viola um mínimo de coerência exigida em um teste desse tipo.

 

PS: Isso deve explicar a diferença absurda de crema produzida por uma máquina e pela outra.

[Alexandre Velloso]

Salve Rodrigo.

 

Parece haver certa confusão.

Creio que o foco do teste não são as máquinas e sim os moinhos.

Entendo que elas tentam demonstrar que é melhor ter uma máquina de entrada e um bom moinho, em contra partida a ter uma super máquina com um moinho mais ou menos. No que concordo inteiramente.

[Rodrigoks]

Entendo que elas tentam demonstrar que é melhor ter uma máquina de entrada e um bom moinho, em contra partida a ter uma super máquina com um moinho mais ou menos. No que concordo inteiramente.

 

Concordo em parte, Alexandre. Se você faz o teste já com a intenção de demonstrar um determinado resultado, certamente será o resultado que encontrará. Então fica meio ilógico comparar máquinas com filtros pressurizados com despressurizados com dois moedores diferentes (ao menos do jeito que elas fizeram), até porque a tolerância com o padrão de moagem deverá ser muito maior na máquina de filtro pressurizado.

 

Vejo também outro problema aí. Sabidamente (e eu sei por literatura, não por experiência) as máquinas com grupo E61 são mais tolerantes com a compactação do bolo de café. Geralmente as máquinas de entrada com filtro não pressurizado não são, muitas vem adaptadas pra usar também sachês e a pressão é maior, etc. Seria interessante saber se o Capresso conseguiria produzir uma extração legal numa máquina assim, porque ao que parece na Giotto seria mais tranquilo.

 

Posso estar errado, claro!

 

(PS: tem que dar um desconto que elas vendem tudo o que estão testando, lógico!)

(PS1: A SCG é uma loja muito legal. Imaginem se existisse alguma coisa assim por aqui?)

[Alexandre Velloso]

Salve Rodrigo.

Volto a dizer, não são as máquinas que estão sendo comparadas, e sim os moinhos.

O que elas se propuseram a mostrar é que com um bom moinho, mesmo uma máquina simples é capaz de produzir um café aceitável.

 

Este modelo da Krups dispensa compactação, pois é dotado de um sistema chamado Precise Tamp System. É só encher o filtro, encaixar no grupo e travar.

E qualquer máquina com filtro pressurizado, o pó também não deve ser calcado e sim nivelado.

 

Ao contrário da tua observação final, moinhos menos eficientes como o Capresso Infinity, são capazes de atender a granulometria de máquinas com filtro pressurizados, pois esses compensam o pó mais grosso, mas não são capazes de moer fino e consistentemente como exigem máquinas de filtros simples.

[Rodrigoks]

Ao contrário da tua observação final, moinhos menos eficientes como o Capresso Infinity, são capazes de atender a granulometria de máquinas com filtro pressurizados, pois esses compensam o pó mais grosso, mas não são capazes de moer fino e consistentemente como exigem máquinas de filtros simples.

 

Não vamos brigar, mas eu nunca disse nada diferente do que você falou, nem na minha observação final. Só posso concordar!

 

Ainda assim, parece que o shot da Giotto moído na Capresso saiu aceitável, o que dá a entender que é possível que ela moa fino o suficiente pra fazer um shot sair no fluxo adequado (embora talvez não com o melhor sabor). Repetibilidade é outra coisa, pois ela só fizeram um shot desses na Giotto, então consistência não era objeto do teste.

[Alexandre Velloso]

Salve Rodrigo.

 

Certíssimo, não vamos brigar nunca.

 

Já usei o Infinity e o que posso dizer é que não dá para moer adequadamente para uma máquina mais sofisticada. E é decepcionante ter uma dose só mais ou menos de uma boa máquina.

[Rodrigoks]

Perfeito!

 

Com um bom moedor, sempre se poderá extrair o melhor que a máquina pode fazer, seja ela uma Krups ou uma Rocket!

[leonardopm]

Rodrigo,

 

Eu também acho que o grande problema do Capresso será a repetibilidade, pois as tolerâncias internas desses equipamentos não são comparáveis às de moinhos como o Mazzer.

 

Além disso há uma GRANDE diferença entre os moinhos. Existe uma falsa idéia no mundo do espresso de que um moinho capaz de moer fino o suficiente para um shot de 30 segundos é um moinho bom. Há usuários por aí afora que se vangloriam porque o moinho XYZ, que custa somente 50 dólares, é capaz de entupir a máquina. Existe uma diferença abissal entre moer fino e moer adequadamente. Aparentemente o Capresso mói fino o suficiente para conseguir, miseravelmente, um shot na Rocket dentro da janela de tempo dita como aceitável (digamos, algo acimad e 20 segundos). O problema é a qualidade do pó. O moinho aquece demasiadamente os grãos, deteriorando os aromas e sabores do café? O moinho tem moagem homogênea o suficiente para não gerar excesso de partículas finas que trarão sabores indesejados? O moinho tem uma distribuição bimodal ou unimodal adequada para permitir uma extração adequada?

 

Em resumo: aparentemente os dois moinhos moem fino o suficiente para as duas máquinas. Mas certamente a diferença da bebida resultante será grande e esse ponto foi avaliado apenas tangencialmente pelas duas malucas do SCG.

 

Além do mais, como você mesmo disse, é uma grande incógnita se um moinho como o Capresso poderia atender uma máquina como a Gaggia, por exemplo, com seus 11 bar de pressão originais e filtros não pressurizados, sem pré-infusão, etc.

 

Abraços,

 

Leo

[Rodrigoks]

Léo, acho sua observação perfeita. Essa é justamente minha reclamação quanto ao Hario: ele consegue chocar a Gaggia sem dificuldade e fazer uns shots até bonzinhos, mas tenho absoluta certeza que com um moedor bom e consistente minha Gaggia me satisfará muito mais.

[Fogo ruivo]

Com certeza Rodrigo, experiência própria.

[sergio.m]

Essa idéia de dar peso maior ao moinho que a máquina não é tão certa. Ambos são importantes. Ambos tem que ter um nível bom para cima.

 

Um moinho fuleiro é péssimo, mas uma máquina fuleira também é horrível.

 

(considero máquina fuleira qualquer uma onde não seja possível repetir o perfil de temperatura entre extrações)

[Rodrigoks]

Aliás, esse seria um teste legal de fazer: a pessoa ideal pra isso seria o Victor. Alguém leva um Krups e uma máquina de entrada (Mondial, Poemia, Gaggia Color...) pra ele, e daí ela extrai o mesmo café nos combros GS/3-Krups e Mondial/Poemia/Color-HGOne e vê quem se dá melhor.

[sergio.m]

Aliás, esse seria um teste legal de fazer: a pessoa ideal pra isso seria o Victor. Alguém leva um Krups e uma máquina de entrada (Mondial, Poemia, Gaggia Color...) pra ele, e daí ela extrai o mesmo café nos combros GS/3-Krups e Mondial/Poemia/Color-HGOne e vê quem se dá melhor.

Nem precisa ser de entrada a máquina. Pode ser uma Silvia sem PID ou Europiccola sem termometro no grupo. =)

 

Depois de acertar a dose e moagem no Krups, com certeza esse combo seria a melhor opção, dando shots bons um atrás do outro.

[João Borin]

Olha esse teste no Whole Latte Love, (aquele do "hi Gail"). 

Elas testam um moedor top com um máquina barata vc moedor de entrada com uma máquina top.

A gente poderia fazer um teste desse, que tal?

[Miyamoto]

Hi Gail, é da SCG!

[Rodrigoks]

Salvo engano, já temos um tópico sobre isso. Difícil vai ser achar. Isso já está pra lá de off-topic. Tenho que transferir pro local adequado. Mas...

 

Eu não teria tanta certeza de o que é melhor ou pior. Assim como uma máquina adequada deve ser capaz de repetir o perfil de extração, também um moedor adequado tem de ser consistente e permitir uma extração nos parâmetros desejados com a dose que se desejar. Esse é o problema característico do Hario Mini, por exemplo. Apenas um ou dois pontos úteis de moagem pra cada café, sendo que o ajuste deve ser feito na moagem. Isso passa longe de ser adequado. Se quero fazer uma extração com 14, 15, 16, 17 ou 18g de pó, um bom moedor deveria prover pó adequado pra uma extração também adequada em qualquer dosagem.

 

O mesmo vale para as máquinas de entrada, que surfando dá pra se ter certa repetibilidade entre os shots. Entretanto, costuma ser sempre uma extração de compromisso, e dificilmente se pode fazer grandes ajustes em termos de temperatura de extração.

[sergio.m]

Aqui tenho uma máquina ótima (Mini mexida) e um moedor ótimo (meu elétrico). A Pavoni e o Skerton considero meia-bocas. Se eu tivesse que escolher entre:

 

- Mini + skerton

- Pavoni + elétrico

 

Ficaria sem dúvida alguma com a 1a opção.

[Gilberto]

Veja bem, a Mini que é um projeto simples é capaz de ser perfeita.

[Rodrigoks]

Mas você quase só bebe espresso, não, Sérgio?

 

Por outro lado, devo admitir que meu espresso melhorou mais quando mudei da Gaggia para Elektra do que quando mudei do Hario Mini para o Bezzera BB005.

[João Borin]

é Hi Gail, é da SCG!

 

É isso mesmo. Eu confundo tudo. Mas elas fizeram 4 extrações: cafeteira de entrada com moedor de entrada, cafeteira de entrada com moedor top, cafeteira top com moedor de entrada, cafeteira top com moedor top. Então não é só o moedor nem só a máquina que estão em questão. No final, a Gail é questionada sobre qual ficou melhor, a cafeteira de entrada com moedor top, ou cafeteira top com moedor de entrada. Ela fala que é uma questão difícil de responder. A questão fica meio no ar. Acho que podíamos repetir o teste. Daí sim tirar a limpo se o mais importante é a cafeteira ou o moedor.

[carlos eduardo]

Essa dupla me lembra o gordo e o magro , como dizem besteiras , se vc reparar a Gail não tem opinião sobre nada , no final de cada teste ela bebe o espresso e fala : not baaaad ! ! ! , perda de tempo é tudo not bad .

Elas só mostram o que o SCG vende , portanto , jamais vc verá elas dizerem que algo não é bom ou desaconselharem a compra , é sempre "not bad" ou ela dá de ombras insinuando que tanto faz.

 

Abs.

C. Eduardo

[sergio.m]

Isso Rodrigo, como modo de preparo, 95% é espresso. Também faço cappo e por isso ainda uso a pavoni para vaporizar.

 

Gilberto, a Mini original está longe de ser perfeita. Para ficar ótima, tem que ter os 3 mods importantes, mola mais forte, pid e chuveiro de tela fininha.

 

João, no vídeo, o que entendi é que ela achou melhor de sabor foi máquina boa e moinho fuleiro. Mas quando questionada qual comprar primeiro, preferiu o moinho melhor para depois dar upgrade na máquina.

 

Se o cara vai usar outros métodos além do espresso, concordo com o Rodrigo, aí sim é melhor ter o bom moinho antes.

[Gilberto]

Sergio, justamente me referia a sua máquina que mesmo com os mods continua simples.

[Miyamoto]

Os vídeos da SCG nunca se tem conclusão sobre nada mesmo. A resposta fica sempre no ar. Ela dá o parecer sem tender muito para cada lado. Acho que as análises dela são só "not bad"!

[Rodrigoks]

Até porque os métodos deles não são nada científicos. Melhor não opinar mesmo.

[Carneiro]

Melhor combinação sempre minha maquina e meu moinho... :-)