Ir para conteúdo

Gui Marques

Senior Members
  • Total de itens

    48
  • Registro em

  • Última visita

Tudo que Gui Marques postou

  1. Eu vejo o tamping como uma forma de homogeneizar o bolo, e não necessariamente de criar uma compactação para restringir o fluxo da água. O controle do fluxo da água vem da distribuição do tamanho das partículas gerada pelo moedor. Basta prestar atenção. Quando você compacta muito forte, pode até segurar um fluxo menor no início da extração...mas logo em seguida, se o bolo não estiver homogêneo ou a distribuição do tamanho das partículas estiver fora, vai ser aquele show pirotécnico... Assim, acredito que mais importante do que a força em si (se é 30 ou 40 ou qualquer coisa) é atenção para que o bolo fique o mais homogêneo possível (nivelado e sem pontos com maior ou menor compactação). Gui Marques ps. por algum motivo oculto, a intensidade da pirotecnia é diretamente proporcional à brancura da camisa que o barista está usando, multiplicada pela importância da reunião que vem logo a seguir...
  2. Um detalhe sobre a dureza da água. Sendo um país do tamanho que é, com grande diversidade geológica, temos águas das mais variadas naturezas e características. Apenas para dar um exemplo, em algumas cidades de Minas Gerais (Sete Lagoas no sul, Montes Claros no norte) águas com dureza acima dos 200 mg/L de CaCO3 são muito comuns. São águas consideradas "duras". Alguns vendedores (ex: Expressotec) recomendam descalcificação a cada 2 meses se voce circula esse tipo de água pela máquina Na dúvida, vale checar com a Cia de Saneamento local como é a água que eles distribuem. Gui Marques ps. Isso valeria para águas brandas ou moderadamente duras...Eu penso que qualquer entusiasta do café morando em uma região de água dura certamente já sabe disso e não vai estar circulando essa água na máquina dele
  3. Apenas por curiosidade. Meu número "ideal" são 2 ristrettos duplos (16g/20g ou 80%). Em algumas (raras) ocasiões chego a 4, mas dá uma sensação de "saturação", e depois do 3o, confesso que a bebida já não dá o mesmo prazer. O curioso é que, se tomar 3 por dia por vários dias, no fim do dia começa dar aquela vontade de tomar cerveja...vai ver é o sistema nervoso pedindo um neurodepressor para equilibrar o estimulante, rsrsrsrs Gui Marques
  4. Imagino que sim (eu tb. faço isso, além de rotinas de expurgo para ajuste de temperatura, no caso da Silvia) mas é que ainda assim me pareceu alto... Gui Marques
  5. "Evoluções" das proximas máquinas acima da Silvia: 1. Estabilidade de temperatura 2. Vaporizacao do leite independente do café 3. Pré-infusão (maior tolerância contra canalização) Na Silvia, o item 1 voce resolve com controle de temperatura (o "surfe") ou de forma mais completa com o PID. O item 2 não é lá relevante para todos, mas, se voce faz mais de 1 bebida com leite toda vez que usa a máquina, é uma grande comodidade. O item 3 é o único que não tem como fugir. A Silvia tem uma rampa de pressão bem acentuada e vai estar mais suscetível à canalização do que uma máquina com pré-infusão, onde o bolo já vai estar melhor acomodado quando receber a plena carga. Gui Marques
  6. Esse não pode faltar na biblioteca de ninguém, o clássico do Andrea Illy/Rinantonio Viani: http://books.google.com.br/books?id=AJdlfSFCmVIC&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false Gui Marques
  7. Não, é justamente o oposto. Se a resistência ligar durante a extração voce está tirando o expresso com a 'agua no limite inferior da amplitude da variação da máquina. Afinal, a resistência é acionada quando a temperatura chega no mínimo. Quando voce tira o espresso logo após a luz se apagar, aí sim, vai estar próximo ao limite superior (mesmo após apagar, a resistencia ainda está bem quente e continua a transferir calor para a água por alguns segundos). Gui Marques
  8. Tem uma questão interessante. Alguns desses grupos usados em máquinas prosumer vieram direto da linha de montagem das suas irmãs comerciais. Não raro, são grupos projetados para tirar um café a cada 90 segundos durante horas a fio... É claro que esses grupos trazem todas as vantagens da estabilidade de temperatura, durabilidade/robsutez, tolerância durante o uso, etc. Porém, em um ambiente doméstico, onde a máquina fica parada a maior parte do tempo, eu me pergunto o quanto seu desempenho se desvia do seu verdadeiro potencial. As rotinas de expurgo e sessões de "dança da água" são um sintoma disso. Gui Marques
  9. Ponto para a capacidade de síntese das moças... São DOIS grãos apenas: Catuaí 81 e Catuaí vermelho Gui Marques
  10. Pô Anita...agora voce me pegou. Vou ter que contar todos os graozinhos ali no pacote ? Gui Marques
  11. Recebi hoje do Coffee Lab, e estou criando o tópico para discutirmos as impressões. De início, gostei muito da atenção deles ao detalhe: grãos embalados a vácuo e descrição completa da procedência do café. Até me mandaram um latinha com amostra de Catuaí Vermelho, Faz. Portal da Serra. Gui Marques
  12. Eu também tenho tido problemas de consistência com meu Vario. Às vezes, do nada, a regulagem muda bastante. Em que pese alguma influência da umidade, ainda assim varia muito mais do que eu gostaria. Me lembro que li a um tempo atrás sobre algumas limpezas retirando a mó de vez em quando para melhorar. Estou comprando uma ferramenta para isso... Gui Marques
  13. "Estação de trabalho"... Essa aqui não brinca em serviço Gui Marques
  14. Imagino que você está usando o Krups F203 ? Quando você diz que tentou moer mais fino, foi aumentando o tempo de funcionamento do moedor ? Olha, acertar a extração usando um moedor de lâmina é praticamente impossível. O moedor de lâmina pulveriza o grão, produzindo uma quantidade grande de partículas muito grandes, outra de particulas muito finas. Ambos os tamanhos fora da faixa ideal para o espresso. As partículas muito grandes vão sub-extrair, e as muito finas vão terminar na tua chícara. Essa falta de consistência vai resultar em canalização e extração muito rápida. Ao moer o grão do café, temos uma distribuição do tamanho das partículas. Essa distribuição é particular para o espresso, pois possibilita a formação de uma estrutura um pouco mais grossa no bolo, responsável por controlar o fluxo da água, e também de algumas particulas mais finas (maior superfície específica) que vão liberar os compostos solúveis na água. Como você pode ver, a distribuição do tamanho das partículas é responsável por um efeito duplo (controle do fluxo e solubilização dos compostos). Se o moído ficar fora dessa distribuição, tudo entra em colapso: o fluxo da água fica errático e incerto, e podem não haver partículas em tamanho e quantidade certa para a solubilização dos compostos que vão dar ao espresso seu melhor paladar. Enfim, para conseguir essa distribuição, você precisa de um moedor de mó. Na seção de moedores aqui do fórum você vai achar várias recomendações. Se um moedor elétrico está fora do orçamento, existem opções manuais que dão bons resultados, com um pouco mais de trabalho. Gui Marques
  15. Mais um "surfista da Silvia" aqui... Depois de várias tentativas, consegui bons e consistentes resultados na Silvia fazendo o surfe invertido. - Começo com uns 3 a 4 toques curtos no botão de brew, para tirar água da caldeira e ativar a resistência (luz acender). Esses toques têm que ser curtos, caso contrário entra muita água fria na caldeira, a temperatura cai muito e a resistência vai demorar mais para desligar, tornando o processo mais demorado. - Quando a luz acende, eu vou pesar, moer e preparar o bolo. - Assim que a luz apaga, marco entre 8 e 11 segundos. - Dou um flush curto, de uns 3 segundos. - Travo o porta-filtro e tiro o espresso Tanto o tempo de espera quanto a duração do flush dependem do grão: mais curtos para torras mais claras e cafés que gostam de temperaturas maiores, e mais longos para torras mais escuras e cafés que vão melhor em temperaturas menores. A Silvia têm uma característica interessante. Ela realmente demanda disciplina e dedicação do barista, e não tolera relaxos (daí sua fama de finiquenta...rs) Porém, se você se esforça e põe a dedicação no preparo, ela é capaz de te recompensar com um espresso formidável ! Já tirei espressos nela dos quais me lembro até hoje. Gui Marques
  16. Anita e Gilberto, Isso tem um pouco de estória... Quando comprei a miss Silvia, fiquei em um dilema. Eu aprecio tanto o café quanto o aspecto “social”, que é fazer uma pausa no trabalho com um ou dois colegas para tomar espresso. Devido a esse ultimo, a Silvia foi direto para a minha sala lá na universidade. Porém , o ritmo corrido do trabalho não permite muitos rituais e experimentações...então eu trazia a maquina para casa nos fins de semana para “brincar” à vontade. Foi ficando um pouco cansativo. Uma Nespresso ou similar não seria a mesma coisa, pois curto o ritual de preparar o café manualmente, e ter mais opções para escolher e experimentar novos grãos. Então, quando tive a oportunidade, comprei outra máquina para casa, a Strega. Como bônus, ficou mais fácil de preparar os capuccinos da esposa de manha em casa. A Miss Silvia continua no cantinho dela lá no trabalho, em meio a livros e papers. Não é tão organizado quanto aqui em casa (depois posto uma foto), mas ela não se incomoda, pois é o centro das atenções, rs. Como diria Balzac: "Dès lors, tout s'agite : les idées s'ébranlent comme les bataillons de la grande armée sur le terrain d'une bataille" Gui Marques
  17. O meu é literalmente um cantinho... Dei sorte de achar um móvel que coubesse a máquina e o moedor, com uma pequena gaveta para as tranqueiras (balança, escovas, cestas, et al...) sem tomar muito espaço. Gui Marques
  18. Sobre os italianos comentados aí, eu adicionaria o Miscela D'oro, de Messina (IT). Blend de Arabica e Robusta (não descobri a proporção). Cheguei a tomar umas 3 latinhas do "Grand Aroma" e o resultado é interessante. A torra é escura. Tirado na Strega, na chícara é BEM encorpado, acidez ausente e com retrogosto puxado para o tabaco, porém equilibrado e sem sem cinza/amargo. Embora não seja meu tipo preferido, eu gostei. Foi bom tê-lo para variar um pouco dos frutados. Bem estilão italiano. Gui Marques
  19. http://www.ebay.com/itm/Bezzera-Eagle-/130927540396?pt=BI_Hot_Beverage_Brewers&hash=item1e7be3b8ac Alguem tem 8k dando sopa por aí ? Gui Marques
  20. Me lembro que comprei um pacote do Suplicy torra escura a algumas semanas atrás. A oleosidade dos graos de fato me chamou a atenção. Embora não seja um parametro definitivo, minha experiencia com graos excessivamente oleosos não é boa. Na Silvia, fiz duas extrações e não gostei de nenhuma. Amargo excessivo com retrogosto de cinza. Não animei a ficar "brincando" com a dose (peso as doses individualmente em uma balança de 0.1g) nem com o ajuste do moedor para melhorar, guardei o resto para fazer na French press. Nessa última, resultado foi melhor. Fiz com 8.9g/150mL e 3 minutos de infusão. Nada espetacular, mas razoável. Com o tempo de infusão em 4 min o amargo/cinza começa a se destacar. Gui Marques
  21. Obrigado, e parabéns pelo fórum. É bom saber que tem um grupo ativo por aqui para trocar idéias e experiências sobre os blends disponíveis no Brasil, além de outros assuntos relacionados com o café e seu preparo. Gui Marques
  22. A propósito, alguém já experimentou o blend da Regina Machado para comentar ? Encomendei 2 pacotes ontem para tirar na Strega, estou curioso para saber o que esperar... Gui Marques
×
×
  • Criar Novo...