Exatamente pessoal. O café torrado que receberam do Coador Dourado é da variedade Obatã Amarelo, cultivado a 950m. Foi colhido de maneira seletiva e a secagem foi por via seca, em terreiro de concreto.
Um café que, no perfil elaborado, acentua a doçura e o corpo da bebida. Porém, as notas sensoriais não são tão complexas: chocolates, leve cítrico (puxando para a laranja lima, bem suave) e ameixa preta. Finalização intensa e prolongada. Um café especial bem equilibrado. Safra: 2012.
Porém, em 2013, outro lote se destacou. Variedade: Mundo Novo vermelho. Produzido na mesma fazenda, mesma altitude, latitude, clima.. lavoura de primeira safra alta, chamou-nos a atenção. Grãos com maturação uniforme, provenientes de uma ou duas floradas, facilitando a colheita seletiva. Natural de chão (terreiro de concreto), estes grãos descansaram 3 meses após de secos, antes do beneficiamento. Quando provamos, wow! Claro que a doçura deste lote foi menor se comparado ao Obatã, porém, o sabor trouxe-nos notas excepcionais, tais como uma acidez mais viva/provocante (*), chocolate, frutas secas/cristalizadas e especiarias. Entre as especiarias, uma em específico nos deixou mais satisfeitos: ânis! Claro que só percebemos o ânis em um perfil de torra muito específico, no qual perde-se um pouco de corpo. Aí vai de cada um preferir sabores mais complexos à corpo mais intenso!
(*) lembrando que a acidez viva/provocante citada é relativa à região Alta Mogiana Paulista. Não se pode comparar à acidez do cerrado ou até mesmo da Alta Mogiana Mineira.