No ramo de cafeterias acredito que começar os estudos pelo Starbucks pode ser bacana, eles fazem um trabalho bem interessante, no limite tirando pessoas do crack e dando uma nova vida. A operação parece bem meritocrática e sem perder em qualidade do atendimento nem deixar os funcionários (que se destacam) tanto tempo ganhando um salário baixo. A grande diferença também é que jamais uma loja Starbucks aceitará ficar muito tempo sem lucro de verdade. Eles fecham e acabou. Um empreendedor (ruim) pode ficar anos tocando uma cafeteria de baixa performance, por consequência fica sem tempo nem dinheiro pra ajudar a todos que estão abaixo dele. Aí vira uma bola de neve porque o baixo salário gera alta rotatividade, alta rotatividade faz você começar do zero o aperfeiçoamento do funcionário que entrou, a excelência técnica dificilmente é alcançada nesse cenário caótico e aí vira um ciclo dos horrores que pra sair só contratando uma consultoria e/ou inserindo um sócio que entende de business e/ou injetando mais capital, operando no negativo e subindo ainda mais o risco do negócio. É importante sempre se questionar se somos empreendedores ou se só gostamos muito de café. A maioria das empresas naturalmente quebra muito rápido e o ramo de cafeterias cujo o próprio dono já ganha um salário baixíssimo é bem, bem alto, imagine então o coitado do barista... Resumindo: Pro barista ganhar bem o dono tem que ganhar muito bem, pro dono ganhar muito bem ele precisa ser um empreendedor de alta performance. Enviado do meu iPhone usando Tapatalk