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Discussão sobre misturas (blends) domésticas


leonardopm

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Já fiz torras do chapadão que pareciam limonada no espresso. Certamente uma deficiência minha (e da pipoqueira).

 

Minhas ultimas experiências com o Chapadão me levam a supor que esse café pede torras um pouco mais escuras (city+/full city) para atenuar um pouco a acidez e, ao mesmo tempo, ressaltar o que ele tem de melhor no expresso. Algo muito difícil de se fazer mediante uso da pipoqueira sem queimar o café.

 

Minha ultima torra dele ficou mais clara, tornando um café impossível de se tomar no espresso. Acho que talvez possa ter cometido algum outro erro, talvez diminuição muito rápida do calor após o inicio do primeiro crack. Mas, não ficou bom não. Já a anterior, que teve perda de 15% de massa, estava uma delicia. Até a patroa, minha maior critica quando se trata de café (tem um paladar invejável; queria ter um igual ao dela) elogiou bastante.

 

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Pois é, as últimas torras que estou fazendo do chapadão são com 160g na pipoqueira, daí consigo uma progressão um pouco mais lenta da torra (considerando que é um apipoqueira, lógico), e consigo progredir um pouquinho mais sem queimar. Claro que no coado é outra história, bebidas com a acidez correta dá vontade de beber mais e mais. Brabo é quando vem aquela acidez no espresso que você sente pinicando lá perto das glândulas submandibulares.

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O ultimo Chapadão 911 que fiz, com uns 15 minutos ficou um City+ para Full City, bem bonito mas perdeu demasiada acidez ...

Não é fácil achar o perfil certo. De fato não sei se é a rampa do inicio que foi mais forte, ou se foi que baixei pouco após o 1 Crack ou se simplesmente deixei 30 segundos mais do que deveria.

Estou achando que é foi a rampa, que poderia ter feito mais lenta, e talvez fazendo a deshidratação a 200 em vez de 210C, como nas anteriores.

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O ultimo Chapadão 911 que fiz, com uns 15 minutos ficou um City+ para Full City, bem bonito mas perdeu demasiada acidez ...

Não é fácil achar o perfil certo. De fato não sei se é a rampa do inicio que foi mais forte, ou se foi que baixei pouco após o 1 Crack ou se simplesmente deixei 30 segundos mais do que deveria.

Estou achando que é foi a rampa, que poderia ter feito mais lenta, e talvez fazendo a deshidratação a 200 em vez de 210C, como nas anteriores.

Mas a rampa mais lenta não diminuiria a acidez a invés de aumentar? Minha experiência é que, quanto mais inclinada a rampa (Artisan), mais ácido o resultado.
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Já fiz torras do chapadão que pareciam limonada no espresso. Certamente uma deficiência minha (e da pipoqueira).

Chapadão novo, com torra clara, parece limonada mesmo.

 

A boa notícia é que eu adoro limão. :lol: :lol: :lol: :lol:

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Minhas ultimas experiências com o Chapadão me levam a supor que esse café pede torras um pouco mais escuras (city+/full city) para atenuar um pouco a acidez e, ao mesmo tempo, ressaltar o que ele tem de melhor no expresso. Algo muito difícil de se fazer mediante uso da pipoqueira sem queimar o café.

 

Minha ultima torra dele ficou mais clara, tornando um café impossível de se tomar no espresso. Acho que talvez possa ter cometido algum outro erro, talvez diminuição muito rápida do calor após o inicio do primeiro crack. Mas, não ficou bom não. Já a anterior, que teve perda de 15% de massa, estava uma delicia. Até a patroa, minha maior critica quando se trata de café (tem um paladar invejável; queria ter um igual ao dela) elogiou bastante.

 

Guilherme,

 

Quando puder experimente misturá-lo a um café de baixa acidez ao invés de simplesmente torra-lo mais escuro. A vantagem é obter um perfil sensorial mais elaborado, mantendo a presença da acidez tão característica do Chapadão sem desequilibrar a bebida.

 

Abraço.

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E minha impressão inicial vem se confirmando, o Chapadão leva um tempo maior para "maturar". Hoje, 4 dias após a torra, a mistura começa a querer chegar no equilíbrio. 50-50 com o Unique Frutado, que estava azeda há dois dias, hoje ficou bem melhor. Anda espero evoluções nos próximos dias...

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Oi Victor,

Você esta certo, nada a ver com a rampa inicial.

Dei uma olhada nas minhas curvas e entendi o que aconteceu nesta última.

Como não ouvi o inicio do 1 Crack deixei rolando, sem abaixar a temperatura na fase exotermica.

Analisando a curva dá para ver que o crack deve ter iniciado uns dois ou três minutos antes do que eu sinalizei.

 

14105905qb.jpg

 

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Guilherme,

 

Quando puder experimente misturá-lo a um café de baixa acidez ao invés de simplesmente torra-lo mais escuro. A vantagem é obter um perfil sensorial mais elaborado, mantendo a presença da acidez tão característica do Chapadão sem desequilibrar a bebida.

 

Abraço.

 

Fiz isso. Depois desse post, dei mais uma chance ao chapadao.

 

O problema era que estava muito recente antes. Agora, esta muito bom. Até para tomar sozinho. Mas com o condado fica show também.

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  • 2 weeks later...

E minha impressão inicial vem se confirmando, o Chapadão leva um tempo maior para "maturar". Hoje, 4 dias após a torra, a mistura começa a querer chegar no equilíbrio. 50-50 com o Unique Frutado, que estava azeda há dois dias, hoje ficou bem melhor. Anda espero evoluções nos próximos dias...

 

Dito e confirmado. A mistura ainda evoluiu bastante depois do dia 13/04 e os aromas e sabores bastante definidos. Ainda está um excelente café, passados 17 dias da torra.

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Fiz uma torra hoje com 80% de arábica e 20% de robusta ( Grãos selecionados - Patrocínio/MG ).

 

Finalizei em 13 minutos e meio.

 

Torra Full

 

Extração por gravidade no Hario

 

Não é que ficou bom e viciante!

 

O teor mais alto de cafeína, para quem gosta, as vezes nos deixa com ares de prazer.

 

Valeu

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Guilherme,

 

Só dou dica quente!! :P :P

 

Arrogâncias à parte, quando testei essa mistura da primeira vez percebi que tinha potencial. Fico feliz que também tenha gostado. Já que é tão dificil e caro comprar cafés de outras partes do mundo ao menos temos o universo das misturas para explorar domesticamente...

 

Abraço.

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Fiz uma torra hoje com 80% de arábica e 20% de robusta ( Grãos selecionados - Patrocínio/MG ).

 

Finalizei em 13 minutos e meio.

 

Torra Full

 

Extração por gravidade no Hario

 

Não é que ficou bom e viciante!

 

O teor mais alto de cafeína, para quem gosta, as vezes nos deixa com ares de prazer.

 

Valeu

 

Fogo,

 

Nos deve um "pornô" da extração que com Robusta deve ficar ainda mais pornográfico...

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Fiz uma torra hoje com 80% de arábica e 20% de robusta ( Grãos selecionados - Patrocínio/MG ).

 

Finalizei em 13 minutos e meio.

 

Torra Full

 

Extração por gravidade no Hario

 

Não é que ficou bom e viciante!

 

O teor mais alto de cafeína, para quem gosta, as vezes nos deixa com ares de prazer.

 

Valeu

Eita...

 

O vício da cafeína é danado. Assim como o do ópio... Gostoso demais...

 

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.

 

"Fô", pelo que entendi você torrou os dois grãos no mesmo momento, certo? CDC roaster? ou foi separado?

 

Valeu!

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Longe de entrar no mérito profundo de vocês... mas lendo aqui as misturas de vocês, quer dizer que sem querer eu quebrei a acidez do Frutado2 misturando com o Café da Moça, certo? Hoje fiz uma mistura mais consciente, colocando 60% frutado2 e 40% da Moça... achei que ficou bom também. Meu paladar não é bom com nuances e tal, mas tenho a impressão que o café ficou menos ácido, menos doce e bem mais leve e fácil de tomar. Na próxima vou fazer o inverso pra ver como fica =)

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Eita...

 

O vício da cafeína é danado. Assim como o do ópio... Gostoso demais...

 

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.

 

"Fô", pelo que entendi você torrou os dois grãos no mesmo momento, certo? CDC roaster? ou foi separado?

 

Valeu!

 

Titi,

 

Torrei os dois no CDC Roaster, porém um de cada vez.

 

1º lote - 500 gramas de arábica

2º lote - 300 gramas de conillon

 

Abraços

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Não tanto.... porém demora um pouco mais.

 

Parece ser mais denso e pede mais potência de temperatura.

 

As situações de primeiro e segundo estalos também parecem ser diferentes, pois acredito que, se mais denso, menor a intensidade dos estalos.

 

No mais foi tranquilo.

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  • 4 weeks later...

Amanhã estarei aniversariando :D . Em razão disso, marquei com a família um almoço no sábado. Estou torrando vários cafés diferentes para degustação após o rango. Quem sabe não pinta um blend.... São eles: Chapadão Natural (171g torrados), Unique Frutado (ainda não torrei), Fazenda do Condado (ainda não torrei), Burundi (113,6g torrados), Yirgacheffe (ainda não torrei), Café da Moça (ainda não torrei) e Paraíso da Nascente (ainda não torrei). Estou pensando em algo como usar o café da moça como base (por ser redondo e licoroso) (50%), 20% do Frutado, 20% do Yirgacheffe e 10% do Burundi (acidez elevada). Sugestões em relação aos citados cafés?

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Vai fazer tudo no espresso? A Gaggia vai fumar, kkkk.

 

Sim, vai mesmo kkkk. Estou contando com o PID para o café não esfriar ou esquentar além da conta. Tentarei enrolar um pouquinho entre uma extração e outra para deixar a maquina se recuperar.

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Que beleza hein Guilherme?

 

Eu andei brincando muito com os blends Chapadão-Unique Frutado e os resultados foram muito bons. O Frutado tem baixa acidez e um comportamento neutro, como café de base casa bem com vários outros. O Chapadão eu acho perfeito como "tempero", com acidez elevada e diferenciada, vai bem se misturado a um café como o Frutado.

 

Você certamente conhece bem os cafés que irá torrar então eu te daria a dica do Ensei Neto: A estrutura básica de um blend é essa:

 

1) Um café de base - comportamento neutro, muito corpo e doçura. Eu elegi o Unique Frutado na maior parte dos que fiz porque ele também tem baixa acidez e com isso não "briga" com os outros cafés do blend;

 

2) Um café para "temperar" - um café de personalidade. O Chapadão é ótimo para tal. Os demais não conheço, só o Yirgacheffe mas esse é tão bom que eu tomaria puro;

 

3) Um café modulador de acidez - O Ensei fala sobre o uso desse grão para ajuste da acidez do blend mas eu não tenho neurônios suficientes para lidar com um blend de três cafés. Pretendo em breve conseguir a façanha.

 

As proporções o seu paladar irá dizer mas eu tenho usado o café de base entre 50% e 80% do blend, conforme o café que faz par com ele.

 

Abraços e nos conte como foi!

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O pessoal da Has Bean dá diretrizes parecidas, recomendando a fórmula da tríade:

 

-um café encorpado

-um café doce

-um café ácido

 

A acidez seria o contraponto da doçura, e o corpo é a liga que "ata" todo o conjunto. Eventualmente, alguns cafés doces são também encorpados, de modo que o elemento de corpo pode ser modulado conforme a necessidade.

 

A sugestão da HB é começar com três partes iguais dos 3 elementos acima e depois mudar a receita a partir da prova.

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  • 2 weeks later...

Amanhã estarei aniversariando :D . Em razão disso, marquei com a família um almoço no sábado. Estou torrando vários cafés diferentes para degustação após o rango. Quem sabe não pinta um blend.... São eles: Chapadão Natural (171g torrados), Unique Frutado (ainda não torrei), Fazenda do Condado (ainda não torrei), Burundi (113,6g torrados), Yirgacheffe (ainda não torrei), Café da Moça (ainda não torrei) e Paraíso da Nascente (ainda não torrei). Estou pensando em algo como usar o café da moça como base (por ser redondo e licoroso) (50%), 20% do Frutado, 20% do Yirgacheffe e 10% do Burundi (acidez elevada). Sugestões em relação aos citados cafés?

 

E aí, como foi o evento?

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Foi bem legal, até para testar qual é a preferência quanto ao perfil de sabor. O preferido foi o café da moça. O Yirgacheffe agradou alguns e foi detestado por outros. Os que tomaram o Chapadão reclamaram do sabor de ferro. Meu blend (50% moça, 20% Yirgacheffe, 10% Burundi, 20% frutado) ficou muito saboroso. Ainda exótico, mas, ao mesmo tempo, bem adocicado e redondo. No aftertaste, o Yirgacheffe prevaleceu, o que achei legal, pois gosto muito do sabor que ele deixa na boca. Recomendo.

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