Reportagem Vejinha SP: sabor renovado

[Guest Anita]

Olás a todos, a reportagem da Vejinha, edição SP desta semana é sobre... café!!

 

Ainda está no ar e disponível para não-assinantes, aqui:

Café: uma paixão paulistana

 

 

A reportagem está interessante, inclusive com pesquisas sobre tipo de máquina, quantidade de café consumido etc. Há um foco no expresso e um ranking de boas cafeterias por aqui em Sampa, sendo que o Coffee Lab aparece em 1º lugar.

 

No final há uma seção de indicações de equipamentos, poderiam ter aproveitado o momento para serem um pouco mais didáticos: há indicação de french press da Bodum, que citam como "cafeteiras manuais". Da mesma forma, indicam 2 ibriks em ágata que nomeiam como "bules de ágata".

 

Mas vale a leitura, já que o cafezinho atualmente aqui em Sampa parece estar emparelhando com a pizza e o pão na chapa nas preferências paulistanas.

 

um abraço

 

Ana Maria

[leonardopm]

Anita,

 

Eu comprei a VEJA só para ler essa matéria. Achei bacana o destaque que deram ao assunto, mas não sei se eu exigi demais...esperava uma cobertura um pouco mais ampla. Tinha expectativa de falarem da Aeropress, dos cafés gourmet que vem fazendo bonito lá fora, etc.

 

Mas como você falou, já é um começo.

 

Abraços,

 

Leo

[Guest Anita]

Oi Leo, também senti falta de aproveitarem mais a oportunidade para desenvolver o assunto. Deu a impressão de que os paulistanos estão aumentando o consumo do expresso (e estão mesmo), mas muita gente ainda curte um coado no pano, na cafeteira caseira etc. E era uma chance de apresentarem outras opções, se a intenção era mesmo ampliar as possibilidades para as pessoas: falar do turco, da aeropress, da prensa. Faltou mesmo falar dos gourmets e dos especiais.

 

Mas já chamou a atenção. Mas o que faltou MESMO foi falar do Clube do Café.

 

um abraço

[Ruston Louback]

Hehe um dia a gente chega lá. Basta divulgacao boca a boca hehe

Abs

[Alexandre Velloso]

Salve.

 

Também li a reportagem, ainda que on line, e percebo-a de maneira diferente de vocês, mesmo achando-a incompleta e até errada em alguns pontos.

 

Não me incomoda o fato de não se aprofundar em métodos de extrações menos conhecidos ou populares. Acho até que deveriam ter focado mais ainda no café coado. Pela enorme capacidade informativa de um veículo como a Veja, uma matéria completa sobre os cafés comuns que são os utilizados no dia a dia das pessoas, nos bares, padarias e parte dos restaurantes além de cantinas, escritórios, consultórios e refeitórios de empresas, analisando e relatando o fato de que o produto consumido é em geral de qualidade sofrível, poderia fazer com que os consumidores tomassem conhecimento deste fato e buscassem pós de melhor qualidade.

Na análise das marcas comerciais, excetuando-se a Illy que está longe de ser popular, apenas a Três Corações e a Pilão receberam comentários favoráveis, ainda que eu discorde da opinião da Cléia Junqueira sobre a Pilão e concorde inteiramente com ela sobre a Melitta, mas mesmo quando o produto é ruim como o da marca Moka, esta aparece entre as supostamente 10 melhores.

 

Já passou da hora de dizer ao público que o café que se bebe diariamente é muito ruim. E que café pode e deve ser muito mais agradável ao paladar do que aquilo que é servido comumente.

O consumo do café brasileiro no mercado interno está nivelado por baixo em termos de qualidade. E tende a piorar, apesar da melhora da qualidade média da produção de café verde em nossas lavouras. Paradoxal mas compreensível, pois com a melhoria da qualidade dos grãos verdes produzidos por nossos cafeicultores, somada às repetidas quebras de safras dos países produtores de cafés finos como os andinos e centro americanos, as cotações de preços de nossos arabicas finos estão subindo no mercado internacional e se distanciando ainda mais dos preços pagos pelas indústrias de torrefação locais, que para praticar os atuais preços de venda ao varejo, não podem adquirir cafés verdes com qualidade mínima para produzir um bom pó. Ou seja, por R$ 15,00 que é o preço médio por quilo pago pelo consumidor final, não dá para pagar por boa matéria prima e mais todos os custos de produção e de distribuição.

Conclusão, café ruim na xícara dos brasileiros em função do baixo valor comercial do produto.

 

E o pior é que o consumidor que tem um Bentley ou um Aston Martin na garagem de sua mansão nos Jardins, bebe estes cafés e acha normal. Pura falta de informação sobre cafés.

Este mesmo consumidor compra carnes especiais na Intermezzo, Wessel, etc para fazer um churrasco, pelo simples fato de que já está informado que as carnes destes locais são melhores que as encontrada nos açougues dos supermercados ou da esquina, e paga um valor muito maior por estas carnes.

Os vinhos adquiridos são de produtores e/ou safras selecionadíssimas, As férias são em resorts exclusivos e com serviços de 6 estrêlas, É grande a lista de possíveis exemplos. Esta busca por qualidade se repete em várias outras formas de consumo, mas não no café, ainda.

E é aí que a Veja e outros veículos poderiam ajudar, informando e conscientizando os consumidores, ajudando muito para mudar este cenário.

 

Por fim, garanto que a melhoria da qualidade do café popular, trará grande benefício para todos, e em especial para nós que amamos cafés.

 

Valeu,

Alexandre

[Guest Anita]

Ótima leitura, Alex. Além da qualidade do café, me espanta mais como as xícaras são mal tiradas, em padarias ou até cafeterias. Os atendentes até recebem treinamento, mas no dia-a-dia você raramente recebe um cafe bacana, a menos que seja numa cafeteria MUITO legal. Se a reportagem já servir para o pessoal tirar uma xícara bonita, com uma crema caramelo como mostra a foto, já avançamos um pouco.

[Bruno Goulart]

Mas que uma xícara bonita, eu peço por uma com um conteúdo gostoso, o que tem sido difícil inclusive em cafeterias.

[Carneiro]

Acho que a matéria sofre de falta de foco. Compara cafés de prateleira mais baratos, mas inclui Illy. Depois pula para cafeterias especiais e não acho que devem ter focado no café em si desses lugares.

 

Ao mesmo tempo, a maior parte dos consumidores de café não vai pagar mais do que o mínimo. A briga entre esses cafés de R$ 15,00 o kg é no marketing e preço na prateleira. Deve ser semelhante no mundo todo. Cafés ruins, muito robusta quando pode e torras bem escuras. O café "forte" para acordar.

 

Entendo o desgosto do Alex com quem se considera um consumidor exigente para outras coisas mas não para o café. Mas ao mesmo tempo, também sei que sou assim em outros setores. Não sou exigente com chocolate, por exemplo, para comparar algo complementar a alimentação. E para falar a verdade, depois que mergulhei no mundo do café, tenho medo de começar a estudar outras coisas e perder prazeres corriqueiros por falta de oferta ou mesmo por falta de opção em conta

 

Márcio.

[lasanchez]

Ótima leitura, Alex. Além da qualidade do café, me espanta mais como as xícaras são mal tiradas, em padarias ou até cafeterias. Os atendentes até recebem treinamento, mas no dia-a-dia você raramente recebe um cafe bacana, a menos que seja numa cafeteria MUITO legal. Se a reportagem já servir para o pessoal tirar uma xícara bonita, com uma crema caramelo como mostra a foto, já avançamos um pouco.

Mas que uma xícara bonita, eu peço por uma com um conteúdo gostoso, o que tem sido difícil inclusive em cafeterias.

 

Aqui em sorocaba eu desisti de tomar cafe nas cafeterias...uma pior que a outra. Atualmente so vou numas 3 que realmente sabem como tirar um espresso de verdade.

 

E pedir um "curto" entao? 90% nem sabe o que é... Um dia pedi numa cafeteria do shopping um curto e, para variar, veio um normal. Geralmente eu nem reclamo, tomo, vou embora e nao volto mais. Mas nesse dia resolvi reclamar:

- Moça, desculpe mas pedi um curto.

- Ah, tudo bem.

E continuou me olhando sem fazer nada.

- Então, eu pedi um curto (apontando para o espresso normal).

- Ah, nao tem problema nao.

Continuou imóvel na minha frente.

- Moça o meu nao veio curto. Veio normal.

Entao com aquela cara de "coitado dele, tão burrinho" ela disse:

- É só você tomar só a metade...

 

Hahahahaha. Parece piada, mas foi real!

 

 

 

[Ronaldo Castro]

Parece piada mesmo!! rsrsrs

Minha mãe mesmo é um exemplo disso. Ela adora vinhos, vai a encontros especificos de vinhos australianos, sei lá e toma melitta e acha ótimo....rsrsrss

[Guest Anita]

Mais café na mídia: nesta quinta 5/4/12 o SBT apresentou uma reportagem sobre cafeteiras elétricas nas quais um único botão, segundo o jornal, garante um café de alta qualidade, aqui:

 

http://www.sbt.com.b...s%20brasileiros

 

Já na sexta (não tem o link na internet) o mesmo canal apresentou outra reportagem mais focada, mostrando cafeterias de alto nível, entrevistando o Suplicy do café de mesmo nome e um público muito sabido no assunto, que sabia reconhecer um bom café e topava pagar mais por isto. Mostrando que o segmento do café tem melhorado de nível, tanto na qualidade do produto quanto no conhecimento do público.

 

um abraço

[Rodrigo Candido da Silva]

O duro é que essa melhora do segmento do cafe ficam mais restritas aos apreciadores de um bom café. Estes, como nós, vamos atrás do café, pesquisamos, nos informamos, debatemos e buscamos um café melhor. O problema está no café popular.

O grande público não tem acesso a essas melhorias. Não que eu ache que alguns cafezinhos mais populares tenham de ser de altíssimo nível, mas dá pra melhorar. Entre um café ruim de prateleira de supermercado e um gourmet bem selecionado e bem torrado existe uma gama de outras possibilidades para serem popularizadas e melhoradas.

[Ronaldo Castro]

Eu gostei do "cafeteira expressa"!! rsrsrs

Eu acho bom que popularize, os precos podem cair, acharemos mais opcoes de maquinas, pecas, acessorios, etc