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Socraticcoffee: Falamos do elefante no quarto ? ...


Bernardo B

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E então, falamos sobre o assunto ?

 

Segundo os experimentos da Socratic coffee (figura), poderia se dizer que a melhor distribuição é do novo Breville Pro, a central é até mas "concentrada" que a do EK43, e que até o Comandante (que é em outros fora foi muito criticado) não esta nada mal.

 

Estes resultados, de certa forma, contradizem muitas experiencias precedentes ...  :huh:

 

Bem, o que esta acontecendo ? Os equipamentos são realmente equivalentes ? A distribuição de partículas nada tem a ver com o resultado na xícara ? A Socratic esta testando certo ? Os experts que fizeram avaliações a cegas erraram ou exageraram as diferenças ? Os equipamentos, a partir de um certo nivel,  seriam basicamente equivalentes,   e as diferenças seriam mais um produto do dia, do grão, do dial-in ou de precondicionamento psicológico devido a propaganda, preço, hype ou qualquer outro motivo ? Ou talvez, tudo isso junto ? :blink:

 

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Eu tenho algumas idéias à  respeito, mas estou mais interessado em ouvir o que os outros tem a comentar, para desvendar este enigma  :o

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Os gráficos que eles estão fazendo não representam direito o que acontece na extração. Acho que no mínimo o eixo vertical deveria ser por área de contato do pó (estimada) e não por massa.

 

Essa mudança daria um "zoom" do lado esquerdo. Talvez assim daria para ver diferenças maiores e significantes entre as curvas.

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Pelo que entendi é uma distribuição de frequências em função do tamanho de peneiras, de forma que deveria ser comparável com os produzidos por outras fontes.

No entanto o gráfico e bem diferente dos que tenho visto, produzidos pela Ditting, Mazzer, Ben Kaminski, OE, Burny entre outros ...

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Comparando as curvas deles com medições de outras fontes (incl. da própria Mahlkönig), eles não identificam o pico na faixa abaixo de 75µm (que o EK43 e o Preciso comprovadamente tem para espresso), mas um pequeno pico na faixa > 800µm (que ninguém achou antes para esses moinhos). Alguma coisa deve ser errada no método deles; carga estática que não deixa os fines passar, sei lá. Outra coisa muito estranha é a combinação da normalização do intervalo no eixo x da figura com escala log no eixo x.

 

Na minha opinião as curvas de distribuição de tamanho tem o potencial de mostrar se alguma coisa no moinho é bem errada, mas não são indicadores da qualidade na xícara entre moinhos que funcionam bem. Nos meus testes o Bravo Mini e o MK Vario tem curvas bem parecidas para coado, mas na xícara o Mini entrega muito mais acidez e doçura. A forma exata das partículas e a superfície total deles deve ser tão importante quanto, mas os espectros de tamanho não avaliam esses parametros.

 

Abçs

Burny

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São três PhD, porém ...

As experiências não me parecem bem desenhadas.

A escala, conforme Burny já colocou, e diversas variáveis que , com potencial de influir significativamente, e que ,IMHO , não estão sendo consideradas.

Mas: será que tem algo interessante em tudo isto que possa ser aproveitado?

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Sim, acho que mostra que hoje em dia até os moinhos baratos tem uma homogeneidade da moagem muito boa. Mas não significa que o extraction yield ou o sabor na xícara do Isomac é parecido com o EK43. E com certeza não significa que a caixinha cheia de plástico da Breville vai ter uma vida útil que vai agradar os donos ...

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Na realidade ele faz uma quantificação física da moagem, primeiro ele regula os moedores para que extraiam 20 grs de pó, 50 grs de liquido em 30/32 s.

 

A analise do tamanho do grão, como disse é física, em momento nenhum avaliou-se o café extraído, pois não era o objetivo do teste.

Se fizer o gráfico como o Sergio falou já começaria a se avaliar a extração pois estaríamos avaliando a área de contacto, mas como disse não era o objetivo.

 

O Breville, Comandante ( ele mudou todo, esta era uma nova versão), se deram bem, ? Sim, mas como disseram, tem outras coisas a serem avaliadas como durabilidade, facilidade de regulagem, tempo que o moedor vai permanecer consistente.

 

Na comparação com o EK, serve como referencia quanto a qualidade da moagem, mas um é plano, outro cônico, os resultados no café serão diferentes.

 

Como o Burny falou, serve também para ver se o moedor tem algum grande problema também, razão pela qual acredito que alguns moedores ficaram de fora. 

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Acho foi o HG1 que mostrou uma curva completamente flat, e o Comandante também para coado, ne? Isso sim mostra que tem algum problema grave com o moinho usado. Mas não vamos esquecer que isso é um n=1. Até pode ser que a faxineira deixou o moinho cair no chão.

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O HG acho que não estava amaciado, me referia mais aos que nem tiveram os gráficos colocados.

O Comandante para coado não da para saber se tem problemas, teria que comparar com outro, mas não lembro se ele fez o grafico para coado de outro moedor.

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O Sergio falou em medir a área superficial no eixo y. Concordo com ele que em tese isso tem mais a dizer sobre o que acontece na extração. Por outro lado, considerando que o método escolhido de medição é peneiragem com subsequente pesagem, acho que é algo como tentar medir o IMC de alguém com base na altura e peso. Te situa no mundo, mas em muitos casos não corresponde com o percentual de gordura da pessoa. No caso do café, peneira+balança pode ser o típico caso em que o método de medição não parece tão compatível com o que se quer medir, e fazer outra aproximação pode introduzir outro erro.

 

A difração a laser, por outro lado, também trabalha com aproximação, como o próprio pessoal da SC explica ao esplanar sobre a metodologia do experimento. Mas parece revelar mais diferenças entre os moedores,pelo menos nos dados da Mahlkonig que o Perger já divulgou.

 

Gosto do que eles tem feito. As vezes só se descobre se vc tem alguma coisa fazendo os experimentos. Creio que é questão de tempo pra descobrirmos se esses testes terão aplicação direta ou pelo menos servirão pra modelar um novo experimento.

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Posso estar totalmente enganado, mas provavelmente as tais diferenças na xícara tem a ver com o tipo e qualidade das mós. Gostaria de ver as imagens das partículas aumentadas 1.000 vezes, para analisá-las tridimensionalmente. Mas, imagino e exagerando, que uma mó cônica trabalhe mais para o lado do "esmagamento" (por isso todos dizem que o aroma exalado de um moedor cônico é muito maior e mais complexo do que um de mós planas) do que do "fatiamento". Já num de mós planas imagino que a fatia (olhando de "perfil", espessura) seja mais regular (com menos pontas e arredondamentos) do que num de mós cônicas. Finalmente, num de mós planas com lâminas muito mais precisas (mais para o lado do "fatiamento"), a fatia seria ainda mais "fina". Nos três casos a extração seria diferente, mesmo todas as partículas estando mesma faixa granulométrica. A 3ª opção proporcionaria partículas muito mais uniformes (tridimensionalmente falando), e pensando por ex. num EK43 isto explicaria a observação em um dos comentários de que o EK43 consegue uma boa extração a 23% enquanto que nem todos os outros moinhos conseguem. Pra mim tem a ver com perfil, uniformidade e qualidade das partículas. Tô viajando muito na maionese? :)

 

Entendo que o objetivo dos testes deles é avaliar, indiretamente, a quantidade de fines e coarses que os moinho podem gerar, o que já faz uma diferença considerável na %Ext e sabor na xícara. Pelas experiências que tenho feito com minha peneiras, quanto menor a faixa de partículas maior a repetibilidade (controle sobre a extração) e melhor o resultado na xícara. Um café tirado com um pó como sai do mionho, ou peneirado entre 355 e 600um, ou entre 600 e 850um, dão resultados bem diferentes na %Ext e, principalmente, no sabor na xícara.

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O pessoal tem discutido no HB o que se concluir dos gráficos e ninguém chegou a uma conclusão, eu particularmente acho que serve de indicativo de que o moedor foi construido alinhado ou não, com uma folga aceitavel, ...... E por ai vai.

Agora se pensar no que o Sergio falou que era fazer um grafico pela área de contacto ai já se começa entender sobre o que esperar da extração, pensando no comparativo do MINI com o Vario, onde o Mini teve um maior numero de grãos em uma faixa mais baixa que o Vario, isto no expresso, pode explicar o que o Burny percebeu no cafe, que é mais frutado, citrico, que o Vario, mas isto em café com torra clara, pois como o Burny disse em café com torra escura o Vario ja fica melhor, talvez por conta que aquelas partculas menores no café torra escura vão extrair o amargor.

 

Enfim, pode ser que não seja nada disso, mas o que importa mesmo é o resuktado na xicara, rsrsrsrr

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Percebo um perfil, ou melhor uma "personalidade" de sabor diferente em cada moedor ...

Um bom grão (café ruim não vale) tirado de um a LM com um K30 tem uma acidez e doçura diferente aos outros moedores (que normalmente consigo identificar) ...

O HG (bem amaciado e com bons cafés) possui uma consistência e distribuição muito característica.

O Pharos , em geral, tem equilíbrio e brilho próprio, e assim por diante, mas : qual a relação destas "qualidades" com as características físicas ou químicas mensuráveis (tamanho de partícula, extração, etc) ?

 

Vejo a consistência de moagem (basicamente alinhamento), resultando em extrações bastante homogêneas, como uma característica importante, possível de quantificar com relativa facilidade.

 

Acho que o desenho e fabricação da mó é a que confere o perfil de sabor, que pode ser prejudicado por um moedor inadequado (desalinhado, rápido demais, propenso a retenção e conferir sabor rançoso, que esquente, etc).

Diria que moedores, bem construídos, utilizando as mesmas mós, deveriam dar resultados na xícara bem parecidos.

Agora, pelo que li, o desenho das mós não mira o sabor, procura aumentar a eficiência mecânica do artefato (maior rapidez de moagem, puxar melhor os grão, processar diferentemente as partículas dos diversos tamanhos) não visando a performance sensorial do moedor, o que deveria ser uma resultante natural : a melhor eficiência mecânica seria de esperar melhor resultado sensorial ...

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Comentário : Gosto muito do HG, e o moedor que mais utilizo, sendo o mesmo relato que ouço de 95% dos usuários, no entanto, a distribuição do meu ficou boa somente após uns dois anos de uso diário (antes disso tinha de fazer WDT; e ainda tenho de fazer com alguns grãos) e ouvi de três casos que vieram "bichados", tanto que não dava nem para usar, e onde a fábrica não conseguiu resolver, e as pessoas acabaram se desfazendo destes.

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Fazendo um pequeno OFF... Gilberto, vc. precisa de uma Aeropress. Acho que os seus moedores podem contribuir e muito com este ainda novo método, bastante badalado. Além de ser muito bom para suas vendas, em particular o mini para fazer par com a Aero no lugar do porlex, por exemplo.

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Pensando em voz alta: experimentar moedor é diferente de experimentar mós ...

Para moedores, pegaria máquinas novas, porém as mos viriam de outras máquinas, já com um bom uso, e com as quais o usuário estivesse satisfeito.

Ai sim que daria para comparar os moedores, inclusive resultado na xícara, distribuição, grumos, etc.

Para comparar mos, faria um (ou mais) aparelho(s) de prova, tipo Pharos, Bravo ou HG, com adaptadores que me permitissem utilizar mos de vários tamanhos, intercambiando as mós no mesmo moedor.

Desta forma visualizaria o efeito das mós, sem influência dos atributos ou defeitos dos moedores.

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