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Como começou a obsessão por café...


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Pessoal,

 

Comecei há pouco nesse hobby do café, e a brincadeira transformou-se em algo obsessivo e incontrolável, que toma boa parte do meu tempo. Bem verdade é que eu muito mais pesquiso e penso sobre café do que realmente tomo café, mas isso não é necessariamente ruim.

 

Ocorreu-me que todo mundo tem uma história de como entrou nesse mundo do café. Muitos aqui já se conheciam de outras primaveras e já dividiram suas histórias. Entretanto, é um tópico legal para os iniciantes como eu e uma fonte de boas histórias.

 

Minha história com o café não vem exatamente da infância. Minha mãe fazia um café passado concentradaço que ficava num bule, e se tomava diluindo na água ou no leite. Na época eu gostava, principalmente acompanhando uns bolinhos de chuva.

 

Mais tarde, depois que virei funcionário público do estado, comecei a me viciar no famigerado café de empresa. Em uma determinada época tomava tanto daquela porcaria que acho que acabou ajudando a deflagrar uma síndrome do pânico, da qual me tratei e encontro-me livre há muitos anos. Meu psiquiatra disse que eu devia abolir o café, que a cafeína era um "inseticida natural" das plantas. Claro que nunca segui esse conselho, mesmo em tratamento, Apenas diminuí o consumo um pouco.

 

Embora curtisse tomar um espressinho em um lugar decente, permaneci no café de empresa até mais ou menos um mês e meio atrás, quando minha mulher me deu uma Gaggia Dose de aniversário e minha sina começou... :)

 

(PS: ainda tomo o café de empresa de vez em quando pra saber como não se deve fazer um café)

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Alterei o título e coloquei em "Quando o Assunto é Café!".

 

Eu comecei também por acaso, pois nunca fui de tomar café tradicional e achava que café era ruim. Um espresso ou outro foi me cativando, sem açúcar, e quando uma amiga do trabalho também começou a tomar (com o intuito de diminuir a vontade de doce!), ela me arrastou para o curso de barista do SENAC. Desde então, virou obsessão. Realmente tomo pouco para a quantidade de energia que gasto com leituras, preparo, manutenção de máquinas e evangelização de colegas.

 

Fica a dica para a "repartição" :): um moedor e um bom café coado já começa a deixar o dia mais feliz e trazer mais adeptos a um bom café.

 

Márcio.

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kkkkkkkkk, quantas histórias parecidas...

 

Marcio, fui mais ou menos por aí, não gostava de café, mas curtia um espresso bem tirado. Há cerca de uns 7 anos atrás comprei uma máquinas de "espresso" das piores que tinham, não sei se custou 200,00. Usava café tradicional moído e a qualidade era sofrível, tentei usar umas 3 ou 4 vezes e voltou para a caixa, tamanha a decepção.

 

Daí há cerca de 4 anos atrás comprei uma Chef Crema e descobri um site chamado Home-Barista.com. Nunca mais parei.

 

Passei um bom tempo como o Rodrigo, gastava 90% do tempo pesquisando e 10% tomando. Até hoje eu só tomo cerca de dois ou três duplos por dia, mas adoro as notícias do mundo do café, fazer experiências, enfim. Eu costumo dizer que em se tratando de café o processo é tão divertido quanto o produto.

 

Abraços,

 

Leo

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Opa.... parte da minha história já contei... faltou um detalhe ou outro...

 

"Estava lendo os posts de torra manual, e me fez lembrar da época em que torravamos café em casa...

 

Normalmente compravamos os melhores grãos selecionados... selecionava onde era mais barato (kkkk).... era meio dificil de encontrar grão verde...

Acendia o fogão a lenha... pegava o Torrador (bolinha) e naquele ambiente com a temperatura controladissima... “tem fogo ai” colocava 1 ou 2Kg e Rodandoooooo... exatos xxxx minutos... até o momento em que olhava a cor do grãos... “tá marron escuro.... pode tirar???”

Depois disto esperavamos até sair todo o CO2... provavelmente uns 15 minutos (no máximo...) até ele chegar no Mimoso (o nome aprendi aqui), e denovo... Rodandooooo....

Já saia correndo pro coador...

 

Tem algumas histórias bem bacanas... Lembro q certa vez, estavamos passeando por Monte Alegre do Sul e fui atrás de um alambique atras de uma aguardente artesanal que me indicaram, mto boa por sua vez... peguei 3 litros, um de cada tipo (não sou alcoolatra)... porém ao chegarmos ao sitio, nos deparamos com o café exposto ao sol, conversa vai e conversa vem.... compramos 10kg dele...

Café especial... foi cultivado a uma altitude de sei lá qtos mts... sei q olhando de cima... era bem alto o barranco...

 

Depois de tudo isto... como era bom sentar com uma xicara na mão... e saborar aquele delicioso café... até da para lembrar aquele aroma de Café... as notas de Café... e o aftertaste de Café... A ignorância é uma dádiva...

 

Maldita hora em q fui querer saber mais café expresso... antes pagava R$6,00 kg agora vou pagar R$ 60,00."

 

Bom... mas tomar café, não tomava qdo pequeno... a não ser no leite... e isto seguiu até começar a trabalhar, onde normalmente começa a tomar café por causa do network, a hora do cafezinho... começou no bule, mudei de empresa, e parecia q era tirado na meia... mas ainda firme e forte...

na empresa atual, é uma vending machine superautomatica, e ai onde entrou o espresso... todos os dias 5-7 duplos por dia. neste meio tempo, comecei a engordar e resolvi rancar o açucar do café, isto acho q faz um 4 anos já....

até pouco tempo atrás, basicamente, depois de casado (3 anos) comecei a tomar café em casa, de vez enqdo, 1 x por dia e ainda olha lá... porque era coado... e com café de baixa qualidade, de 2 anos para cá venho pesquisando sobre espresso domestico, sem mto afinco, de tempos em tempos, vinha a vontade e começava a procurar denovo, qdo era barado no $$$. da ultima vez q veio a vontade... voltei ao HTforum e dei de cara com a info q havia mudado...

agora... e dai para frente... aqui estamos!

 

abraços

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KKKKKKKKk

 

Nasci tomando café e na adolescência torrando.

 

Ruim ou bom, desde que o provei na infância sempre foi café todos os dias de minha vida!!!!

 

Não passo um dia sem tomar umas duas ou três doses.

 

Essa é minha historinha

 

Abraços

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Salve.

 

Ótima ideia para um tópico.

 

Então vamos lá.

Quando criança eu não gostava. Preferia leite com chocolate enquanto meus irmãos bebiam café com açúcar. A seguir, na adolescência mudei para o café com leite, este sim um companheiro desde o berço. Aí aconteceu um fato que me cobriu de café, literalmente. Aos 15 anos comecei a trabalhar, por meio expediente inicialmente, numa torrefação de café e lá fiquei por 3 anos. Neste período frequentava o extinto IBC - Instituto Brasileiro do Café, o Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do RJ e a ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café que havia sido criada apenas poucos anos antes e dava os primeiros passos para a organização desta classe industrial. Não passava de um rapagote no meio de um monte de empresários adultos que muito me ensinaram.

Na torrefação, estive sempre ligado à produção e ao desenvolvimento de novos produtos. Torrava-se café todas as tardes num antigo e clássico torrador com capacidade para 10 sacas por vez. A fragrância era inebriante e se espalhava por todo o bairro, podendo em função do vento ser percebida a grande distância. O café produzido era, como todos o eram à época, de baixíssima qualidade devido a 2 fatos importantes. O governo, necessitando moedas fortes advindas das exportações, incentivava a venda dos melhores grãos para o mercado externo enquanto no interno, às voltas com a inflação, incluía o café na cesta básica com preço tabelado para a venda ao consumidor final no mercado doméstico. As indústrias mal auferiam receitas que suportassem seus custos, ainda que os grãos fossem tipo 8 com até 360 defeitos em amostras de 300 gramas. Havia muita adulteração do produto com misturas variadas de matérias primas mais baratas como milho torrado. Era uma quebradeira sem fim. A nossa torrefação lutou sempre para somente cobrir seus custos. Lucro era luxo, quase nunca alcançado. Isto durou muitos anos e só no começo dos 90 mudou com a liberação do preço de venda.

Nesta época me envolvi diretamente com o método espresso, pois criei um programa de máquinas em restaurantes.

 

Minha primeira máquina doméstica de espresso foi comprada em 1985 e ainda a tenho funcionando, após a troca da bomba e a substituição do tubo de teflon por um de cobre para a alimentação da caldeira. Chama-se Avanti MiniBar, feita na Itália por encomenda de uma empresa norte americana, com filtro de 54 mm e muito metal embarcado, pouco plástico e nenhum alumínio. Creio que eu a mantenho por respeito e admiração, pois quase não faço espressos em casa atualmente. Pouco antes dela, veio a moka Primula de 3 xícaras e depois a 1ª Bodum de êmbolo de 800 ml. Também ainda ativas hoje, apesar dos mais de 20 anos. Creio que a longevidade deve-se mais aos cuidados dispensados quando do uso e asseio e especialmente ao ciúme que não permitia que fossem usadas por outras pessoas. Hoje já não sou tão ciumento, mas minha esposa obriga que seja eu quem faça o café. Acho que por preguiça dela.

Diversos outros equipamentos e bugingangas foram sendo colecionadas e hoje entulham área maior da cozinha que qualquer um possa achar razoável.

 

Os anos passaram e em 1990 inaugurei uma grande delicatessen onde havia uma sessão de cafés gourmet em grãos torrados com 6 diferentes tipos selecionados por nós e torrados por encomenda pelo Café Bom Dia em Varginha/MG. O espresso, de uma máquina super automática suíça, era gratuito para os clientes. Diversas personalidades da época podiam ser encontradas bebendo o cafezinho, assim chamado porque era servido em pequenas xícaras de 30 ml.

 

Na década seguinte abri a primeira cafeteria Expresso Brasil após muito estudo, visitas e observações. Meses foram dedicados a análise do negócio e do produto principal. Já se passaram 7 anos e não houve desde então um dia sequer que eu tenha considerado o café apenas como parte do desejum ou finalizador de refeições.

 

Para terminar, esclareço que:

1 - Apesar de tentar, não fui capaz de ser sucinto;

2 - Apesar de não ter sido sucinto, suprimi muito da minha história com o café;

3 - Após testar muitos métodos, creio que a extração por gravidade, o velho coado, é a que melhor permite perceber os aromas e sabores dos cafés;

4 - Não considero o café como uma obsessão;

5 - O café, é sim, uma grande paixão minha, em geral correspondida com os prazeres que ele me proporciona.

6 - Se você teve o interesse de ler até este ponto, ou é obsessivo ou apaixonado como eu.

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Salve Alex,

 

Então eu acho que sou mais apaixonado que vc porque eu queria ler todo o resto da sua história não contada. :)

 

Parabéns amigo.

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Parabéns, pessoal, muito interessante as histórias.

A minha é semelhante, no começo praticamente não tomava café, a imagem que ficava era uma bebida amarga e quente, que o pessoal encharcava de açúcar para compensar. A história mostra como o protecionismo ajuda e destruir uma indústria.

Aí o consumo foi aumentando, até por causa de plantões no trabalho e influência de uma namorada.

Daí para descobrir o italiano e logo depois a 1ª cafeteira espresso, acho que uma Chef Crema que não durou muito pela qualidade dos componentes.

E de lá para cá foi tamper, bialetti, aeropress, gaggia, hario, mondial, balança, termômetro...

E uma coisa é fato. Gostar de café no Brasil é dose. Difícil de se achar fornecedores e é tudo caro demais. Mas eu vejo como influenciei várias pessoas, amigos, parentes, a tomar café de qualidade. Até a minha sogra de 75 anos não toma mais café na rua por causo dos espressos lá de casa.

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História sensacional, Alexandre!

 

Ser sucinto pode ser uma qualidade, mas também pode ser sinal que você não tem nada a dizer; este, definitivamente, não é o seu caso! Você escreve bem, é gostoso ler o seu texto. Devia fazê-lo mais!

 

Sua história me fez lembrar que em Cachoeira do Sul-RS, minha cidade natal, havia pelo menos duas torrefações de café. Uma delas, o Café Jacuí (em homenagem ao Rio Jacuí, o mais extenso do RS e que banha a cidade), atendia a cidade e também as redondezas, e era do pai de um amigo meu de infância, o Frederico. Acho que se torrava praticamente todo dia, e o aroma podia ser sentido pelo raio de quase um quilômetro.

 

Às vezes, íamos pra lá à tarde pra tomar uns cafezinhos coados. Tinha um funcionário (cujo nome não lembro mais, perdão!) que era o responsável por fazer o coado, pois era tido como o melhor nisso. Passava já com açucar! Na época eu achava uma delícia. E não só eu, pois ele levava térmicas desse café pronto pra estabelecimentos que compravam o café assim.

 

A primeira informação técnica que tive de café foi de lá. Uma vez o pai do Frederico, o Mauro, um dos donos da torrefação, explicou-me em uma tabela (de vidro, com os grãos de café dentro) os tipos de defeito do café. Gabava-se também que seu café tinha mais arábica que a concorrência, sendo bastante superior. E na região ele vendia bem mais que qualquer outro café, de fato.

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Até a minha sogra de 75 anos não toma mais café na rua por causo dos espressos lá de casa.

 

Pô Paulo, e isso é mesmo bom??? kkkkkkkkkkkkkkkk. :lol: :lol: :lol:

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Pô Paulo, e isso é mesmo bom??? kkkkkkkkkkkkkkkk. :lol: :lol: :lol:

E quando ela cai no erro de aceitar o "ispresso" do restaurante ela toma e diz.

-Café ruim, meu filho, bom é o lá de casa :D

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Bom, não acho que minha história com café seja lá muito interessante, mas lá vai:

 

Desde que eu era criança não tem um dia que não se passa um coado de manhã lá na casa dos velhos. Mas eu nunca gostei. De vez em nunca eu tomava pra me ajudar a ficar acordado, ou então com leite quando não tinha chocolate. Gostava do cheiro do café, mas a bebida mesmo não me atraía.

 

O café só foi virar um hábito no meu primeiro trabalho, ainda como estagiário. De início, pra ajudar a dar aquela energia de manhã. Depois passei a tomar também depois do almoço. E a hora do cafezinho era também a hora da conversa fiada :) .

 

Nessa época, cheguei a tentar fazer café em casa também. Tinhamos um daquelas cafeteiras pseudo-expresso da Cadence, que usa pressão de vapor para empurrar a água pelo bolo. Mas com máquina ruim, café pior, e sem conhecimento nenhum o resultado foi desastroso, tanto que acabei desistindo.

 

Depois que saí desse trampo, fiquei meses sem tomar café. Até que fui fazer um segundo estágio, na Alemanha. Lá tinha uma máquina de expresso igual à Delonghi EC200 (era outra marca, mas a mesma máquina), e o café era normalmente Illy pré-moído para expresso. De início, mesmo esquema de antes, tomava só de manhãzinha pra dar um pique. Como não sabia direito o que estava fazendo, enchia a cestinha de 1 café e deixava passar uns 100 ml de água. Mas o resultado já começou a me agradar mais, principalmente com leite.

 

Voltando pro Brasil, resolvi procurar e ver se aquilo existia por aqui também. Mas como não sabia bem por onde começar, comecei a procurar na internet sobre o assunto. Comecei lendo artigos do coffeegeek e do home-barista, vendo alguns vídeos no youtube, e também um post sobre café em um blog, acho que o nome era qvinho. Comprei uma electrolux Chef Crema. Minha primeira tentativa foi com o Cafeterie do Café do Ponto, que dizia na embalagem que era especial p/ expresso (hoje sei que tá mais p/ moka). O resultado com certeza hoje eu nem tomaria, mas na época eu achava que tava até que bom.

 

Mas com essas primeiras informações, percebi que café expresso tinha essa coisa de busca pela perfeição. E foi aí que me pegou. Comecei a ler e procurar cada vez mais informação sobre o assunto, tentar cafés diferentes, enfim, experimentar. Foi mais ou menos nessa época também (começo de 2009) que descobri o tópico do htforum, que depois iria virar esse fórum aqui.

 

Lá pro meio do ano comprei meu primeiro moinho, um Ariete de mós falsas. Foi nessa época também que comprei uma moka e uma prensa francesa. Com o moinho, ganhei mais liberdade para experimentar cafés diferentes. Comecei com os do Pão de Açucar (Ghini, Astro, etc.), Santo Grão, e finalmente Ateliê.

 

Não fiquei 6 meses com o Ariete e já troquei por um Breville Ikon. 6 meses depois foi a Gaggia que substituiu a Electrolux. Um ano depois o Breville pediu arrego (ao moer p/ expresso as mós pegavam, então elas rapidamente ficaram cegas), e como vi que não ia ter como gastar pouco, resolvi pegar o Vario logo de uma vez. Depois veio Aeropress, disco Able, Tamper, Cestinha da Silvia, enfim, continuo investindo na brincadeira.

 

E hoje apesar de já estar bem satisfeito com os cafés que estou tirando ainda sinto que tenho muito a melhorar, principalmente no expresso. Temo que essa busca nunca tenha fim.

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e também um post sobre café em um blog, acho que o nome era qvinho.

 

hehehehehehehe, o qvinho foi um dos meus principais incentivadores no início da jornada do café. Devo ter assistido aqueles vídeos e lido aqueles artigos pelo menos umas 20 vezes.

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Grande QVinho do nosso amigo Jomar Brustolin

 

Fera no café e no vinho !!!

 

Dono de uma Elektra Microcasa igual a do Márcio se não me engano, mas não vende nem a pau...kkk

 

Muita gente passa por ali e acaba tomando gosto pela coisa.

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Bom,

aqui ta um pouco da nossa historia:

http://forum.clubedocafe.net/index.php?/topic/120-totalmente-dentro-do-foco/

 

e tambem aqui:

 

http://forum.clubedocafe.net/index.php?/topic/137-breve-historico-do-forum/

 

Em novembro de 2012 teremos 1 ano de existencia e muito sucesso, gracas a todos.

abracos

 

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Mas e você, Ruston? Qual a sua história com o café? Como começou? Deve ser interessante.

 

(putz, chamei você de Rudson em meia dúzia de posts... tentei corrigir os que localizei, me desculpe, foi mal)

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Bom a minha historia, acho que vem desde que me conheco por gente. :)

Eu nasci numa regiao que cheira cafe, na minha querida Manhumirim-MG, zona da mata mineira, proximo ao pico da bandeira e serra do Caparaó.

De fato, desde pequeno gostava de cafe, claro, cafe ruim.

Na adolescencia comecei a comprar minhas maquinas. Meu sonho de consumo era uma maquina de cafe decente e a busca foi contínua.

Primeiro comprei a minha moka que fazia com cafe de supermercado, ou seja, era um quebra-galho horrivel, agua suja hehe

Com o tempo fui juntando dinheiro, ate que comprei uma briel com moedor embutido, achando que iria fazer O Cafe, mas ledo engano e olha que era filtro comercial e a maquina era boazinha, porem naquela epoca mal tinha informacao na internet e alem disso nao sabia que tinha que ter o cafe torrado recente e de qualidade, afinal eu continuava a comprar cafe em graos no supermercado.

Tempo depois comprei a minha Ascaso Dream, tambem ledo engano, pois continuava a usar grao velho e meu moedor era tao ruim que quebrei de raiva... hehe Santa ignorancia.

ja depois de formado consegui compra quase minha maquina dos sonhos, a rancilio epoca com um moedor rancilio md 40, ou seja altissimo investimento, que sim valeu a pena, mas ai pude ver que o mais importante era o moinho e um cafe recente de alta qualidade, foi ai que conheci o alexandre velloso, que me orientou e hoje estamos ai com o Clube em pleno vapor.

So um adendo, a ascaso dream que modifiquei com a dica do Marcio Carneiro, faz um cafe hoje em dia tao bom quanto a Epoca, ou seja se eu tivesse apenas comprado um otimo moinho e bons cafes, ja tinha resolvido.

Hoje, esse meu sonho ja se tornou maior. hehe

No momento um otimo torrador domestico e o HG one. Daqui um tempo maior, alguma belissima maquina!

Abracos

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Eu sempre tomei café desde criança. Fazer café foi uma das primeiras coisas que me ensinaram na cozinha.

 

Mas sempre tomei qualquer café, ou o café que tinha, sem me preocupar muito. Na época da faculdade morava em república, e a escolha democrática era sempre o mais barato.

 

Eu percebi que tinha dor de cabeça quando ficava muito tempo sem tomar café. Por outro lado, quando o pessoal tomava café com coca-cola, misturava pó de guaraná nas bebidas pra ficar acordado estudando, eu bebia também mas pra mim não fazia nenhum efeito. Normalmente antes de dormir eu esvazio a garrafa na pia, e acabo tomando uma xícara...

 

Comecei a ter noção de café bom e café ruim por volta de 2002. Eu fui trabalhar de projetista numa empresa, escrevia muito código em C e Assembly trancado numa salinha sem janelas e sem ar condicionado. Eu tive que comprar uma cafeteirinha chinesa de 500mL e passei a fazer café nela 2x por dia. Tomava uma jarra de manhã e uma jarra de tarde. Depois dessa fase passei a comprar só café Melitta e Pilão. Um pouco antes de eu sair dessa empresa o patrão foi passear na Itália e trouxe na mala uma saeco pra colocar na área comercial da empresa. Aí que eu conheci o espresso mais de perto. Passei a preferir café espresso nos restaurantes, padarias e botecos. Quando ia comer em algum lugar, já olhava antes se tinha máquina.

 

Com a invasão das cafeteiras chinesas baratas, tomei a decisão de comprar uma Mondial em 2010, durante as férias. Foi o fato de eu não conseguir tirar um café com espuma nela que me trouxe para o fórum. Recentemente comprei uma Philco e estou mais contente.

 

Mas, conhecer este fórum foi como tomar a pílula vermelha e sair da Matrix. Hoje vejo como é ruim o café espresso que é servido diariamente por aí...

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Adorei o tópico! O café foi meu hobby escolhido para 2012. Ano passado era confeitaria. Me dediquei a comprar favas de baunilhas, chocolate belga, flor de sal e zilhões de outras coisas que nem sabia que existiam. Depois de ver umas receitas de xarope pra café, comecei a pesquisar como fazer outras bebidas com café e comprei uma máquina de expresso baratinha. Foi aí que me deparei com a triste realidade de não encontrar café de qualidade na minha cidade. E o assunto foi me conquistando cada vez mais, pois o tema é vasto e vejo que ainda tenho tanta coisa pra aprender.

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Minha infância foi marcada pelo café com leite com biscoitos doces afundados no copo que eu e meu primo comíamos às colheradas na casa de vovó. Café era bebida diária, de manhã e à tarde.

 

Até que aos meus 11 anos tive a minha primeira crise de enxaqueca, que só foi diagnosticada corretamente aos 14. O Médico disse que as causas variavam muito de pessoa para pessoa, mas a alimentação quase sempre estava envolvida. E que café e chocolate eram possíveis vilões. Como eu não queria nunca mais passar pelo horror de uma nova crise, radicalizei: cortei os dois da minha dieta. Com os anos descobri que o chocolate que era o responsável, e hoje como-o moderadamente.

 

O café? Fiquei sem ele por longos 13 anos. Só o cheiro me dava náuseas! Então minha profissão me levou para o caminho da consultoria, e eu vi que beber café nas empresas era um importante fator de socialização. E que me privar disso era me privar de uma bebida que agregava as pessoas.

 

Voltei aos poucos a beber o cafezinho, e quis me informar mais sobre o assunto. Minha primeira cafeteira foi uma moka de alumínio, sem vergonha que só, coitada! A primeira vez que bebi um espresso foi após um almoço com um cliente, e achei a bebida absurdamente forte. Tinhosa que sou, não desisti - sabia que o meu paladar poderia ser educado. Eu insistia e colocava 2 sachês de açúcar para dar conta! (Hoje bebo sem, e meus amigos ficam bobos com isso).

 

Então veio a vontade de ter uma máquina de espresso em casa, e a comunidade do Orkut onde o Márcio atuava ajudou-me demais na escolha. Daí veio o desejo de comprar o moedor, e novamente esbarrei com o Márcio (grande professor!) no HTFórum. E dele mesmo comprei meu Baratza, e tive a chance de ver pessoalmente o colega que tanto me ajudara virtualmente.

 

De lá para cá foi um pulo. E tem sido um prazer enorme trocar experiências com vocês. Ganhei um monte de amigos viciados e apaixonados em café como eu, e não vejo a hora de dar um abraço em cada um de vocês no Espaço Café Brasil. E tomarmos café juntos, claro, para brindar o encontro.

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  • 3 weeks later...

Olá!

 

Na tenra infância, minha história com os cafés foi similar a de muitos aqui: café ruim, com leite e açúcar etc. Lá pelos 8 anos, foi um livro de xadrez que salvou minha década perdida chamando a atenção para um ambiente: as cafeterias de Paris no século XVIII, onde Philidor e outros mestres jogavam. Depois, já adolescente, tomei contato com o existencialismo francês (la France, toujours la France) e, novamente, as cafeterias estavam lá. Ou seja, fiz o caminho inverso para me aproximar do café, a bebida; uma verdadeira "metonímia local-produto" :P Dessa época, lembro-me de não gostar de beber café... na casa de meus pais. O clique aconteceu andando pelas ruas do Rio, onde nasci e fui criado, quando tive ocasião de passar pelo edifício garagem Menezes Cortes e sentir o cheiro do café vindo de um quiosque e impregnando o corredor com o aroma do café recém moído.

 

E foi assim que bebi o primeiro melhor espresso da minha vida.

 

Depois que alcei voo e vim morar em Curitiba, nos anos 90, comecei a procurar nas prateleiras de mercado por pó de café de uma qualidade um pouquinho melhor. Para fazer na cafeteira elétrica, ainda. Foi uma época em que pipocaram cafeterias pela cidade afora. E inauguraram uma cafeteria próximo à minha faculdade que, até hoje, é a minha cafeteria. Só faltou o Louvre...

 

E foi assim que começou a paixão.

 

Depois disso comecei a comprar os grãos moídos na hora para levar para casa. E a cafeteira elétrica ali, valente. Comecei a me familiarizar com a nomenclatura e a entender porque saborear um bom café, assim como um bom vinho, é algo que vai muuuuito além de simplesmente beber café. Até que eu ganhei de presente minha primeira moka e comprei meu moedor.

 

E foi assim que me interessei um pouco mais a fundo pelo assunto.

 

Tempos depois conheci o clubedocafé. E tive a sensação boa de estar numa cafeteria [virtual] onde encontro colegas que partilham da mesma mania paixão e ampliei meu "maquinário": uma moka menor, cafeteira espresso (presente de minha amada), French Press...

 

E foi assim, graças ao clube, que começou a obsessão.

 

Saudações!

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Eu também não me considero obsessiva, mas apaixonada. Tanto que minha cunhada e eu vimos alguns médicos recomendando a dose máxima de 4 cafés por dia e fico nisto, quando chego a isto. Tem dias que nem tomo nenhum. Quase sempre expressos e curtos, que aprendi a tomar desta forma na Itália (antes era xícara cheia mesmo).

 

O que eu gosto mesmo do café é do ritual, desta capacidade de socializar e agregar as pessoas.

 

De criança nem sei se tomava café, mas minha avó, do lado italiano, coava no coador de pano, um suporte e um coador grandões, que perfumavam a casa toda. Do lado alemão o ritual é outro, no meio da tarde era o tal Kaffee und Kuchen, isto é, o café com bolo, que meu pai faz questão até hoje.

 

Adulta, comprei uma moka, mas sinceramente acho que nunca fui capaz de tirar um bom café na bichinha, uma Bia de 2 doses. Com um design bonitinho, claro!

 

E foi adulta também que comecei a tomar os expressos, na volta das baladas. Tinha que dirigir até em casa de manhãzinha, então era um ritual tomar um expresso nos Fran's da vida tanto para fechar a noite quanto aguentar dirigir até em casa. E quem estivesse comigo tomava também, daí começou a coisa de agregar as pessoas para beber o pretinho básico.

 

Até hoje 'tomar um café' é para mim sinônimo do ritual, de sentar com os amigos a uma mesa de cafeteria para bater papo, mesmo que bebamos apenas um ou dois pretinhos.

 

E também pelo ritual que escolhi o expresso, que reúne duplo rito: em torno da cafeteira, para moer, compactar, tirar e beber, além de juntar as pessoas.

 

Decidida pelo expresso, comecei a pesquisar as máquinas, ainda em 2010. Conhecia a Gaggia de nome e estava seriamente inclinada por uma (a se comprar no futuro), apesar de não saber qual. Lembro que no final daquele ano li um artigo sobre isto na Espresso, que só reforçou minhas convicções pela italianinha.

 

Foi quando soube que iria à Itália em meados de 2011 e comecei a me preparar (leia-se economizar) para trazer uma na mala. Daí fuçando na internet li uma vez um review Silvia (que eu nem conhecia) x Gaggia. Pronto, mudei de time!! A Silvia era a opção, ainda mais que queria uma máquina definitiva. Foram muitos meses de economia para isto. Principalmente depois de descobrir que havia uma Silvia LE vestida de couro vermelho. Daí, foi a gota d´água (já comentei que sou professora de arte e adoro uma estética?).

 

Em algum momento do 1º semestre do ano passado, antes de viajar, conheci o HT e de cara cheguei perguntando se a Silvia podia ser 220 V, já que as 110 são raras. Nem sabia do moinho. Vários colegas já eram de lá, inclusive o Márcio. B)

 

Tomei várias broncas, digo, recebi várias orientações, apontando que não adiantava escolher uma máquina bacana e investir nisto e não acompanhar de um moinho à altura, ainda mais dona Silvia que é manhosa pacas. Optei então por comprar o moinho por aqui com o Paul, quando ele ainda importava e com garantia, trazendo a máquina na mala.

 

Confesso que ainda pouco sei do expresso e quase tudo aprendi aqui (ou no HT). Até hoje sou aprendiz para tirar expressos bons, mas sem dúvida alguma tudo o que sei (que é quase nada) foi aprendido na escola HT/Clube do Café.

 

Só posso agradecer a generosidade das pessoas que se dispõem a ajudar e ensinar gratuitamente, com paciência e simpatia, ainda mais considerando que em outras situações pessoas com o mesmo grau de conhecimento estariam cobrando (e não seria pouco) pela consultoria que recebemos aqui de graça.

 

um abraço

 

Ana

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