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Torra com a pipoqueira inclinada


Rodrigoks

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Prezados,

 

Ontem à noite resolvi testar a técnica de torra com pipoqueira inclinada com a finalidade de estender o tempo de torra. Utilizei menos café que de costume, pois não sabia do resultado e nem se com tal inclinação a pipoqueira não "cuspiria" café pra fora, e não queria desperdiçar meus grãos Unique. Sei que não é o melhor método mudar duas variáveis ao mesmo tempo para avaliar o resultado (usava antes pouco menos de duas tampas rasas), mas me dei essa liberdade.

 

As torras foram todas feitas com a dosagem de +/- 1,25 chapéu da Pop Fun. Pipoqueira inclinada entre 30 e 45º. Temperatura ambiente de 22º C. Entre as torras deixei esfriar a pipoqueira, com a exceção da última, que estava ainda um pouco quente.

 

A primeira observação é que a agitação do café nos estágios iniciais melhora muito com a inclinação da pipoqueira, resultando em geral em mais homogeneidade na torra. De vez em quando algum grão era arremessado pra fora da pipoqueira, mas perdi no máximo uns 15 grãos no total das três torras que testei. Penso que se for torrada uma massa maior, talvez seja necessário um prolongamento da câmara com uma lata ou algo assim, mas não testei essa hipótese.

 

Ressalto que após o primeiro estalo às vezes eu colocava a pipoqueira na posição normal por alguns instantes, para os grãos absorverem um pouco mais de calor nos momentos que eu julgava necessário. Isso que é o legal dessa técnica. Permite alterações on the fly no andamento da torra sem precisar de nenhum mod.

 

Agora os resultados. Os valores em parênteses singinificam o tempo que ocorreu o estalo do primeiro grão, mais adiantado. Quando o intervalo entre os estalos ficou menor que uns 2 segundos anotei o tempo.

 

Reparem na homegeneidade das torras, que achei incrivelmente uniformes.

 

 

Torra 1. Unique Frutado. Primeiro estalo, (3:50) 4:15. Final da torra, 7:15.

 

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Torra 2. Unique Cítrico. Primeiro estalo (4:00) 4:35. Final da torra, 7:10.

 

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Torra 3. Unique Frutado. Primeiro estalo (3:20) 3:50. Final da torra, 5:35. (queria aqui uma torra deliberadamente um pouco mais clara)

 

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Por hora era isso. Sugiro aos pipoqueiros de plantão inclinarem suas pipoqueiras pra ver o que acontece, pra depois podermos trocar mais informações.

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Muito bom Rodrigo.

 

As torras parecem sim, uniformes.

 

Você vem aprendendo bastante coisa sobre o uso da Pop Fun, talvez seja hora de fazer uns cuppings para avaliar os resultados de forma mais sistemática. Eu confesso que há semanas venho planejando fazer uma sessão dessas usando pelo menos três diferentes torras e grãos, mas nunca consigo tempo.

 

Se puder é bacana também um blend de diferentes pontos de torra. A sua primeira e terceira torras do frutado misturadas, por exemplo, com 30% da clara + 70% da escura. Me diga o que achou dessa mistura no espresso. Às vezes faço isso, pois gosto de uma acidez mais viva no espresso...

 

Abraços,

 

Leo

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Vou tentar, Leo, obrigado pela dica.

 

Se tiver vontade, testa aí o método da pipoqueira inclinada. É muito legal. Você pode acelerar ou retardar a torra só mexendo na inclinação da pipoqueira. Esqueci de postar uma foto com a pipoqueira inclinada pra ficar mais ilustrativo.

 

A melhor parte é que o café não ficou muito escuro imdediatamente após o primeiro estalo. Não sei da velocidade com que a temperatura foi aumentando, porém, porque não utilizei termômetro, o que tenho que corrigir pra documentar melhor o procedimento.

 

Em cupping ainda não me arrisco, embora deva ser interessante. Por hora, estou obcecado em conseguir acertar a temperatura ideal de extração da minha máquina, que acho que só vou conseguir mesmo quando colocar um termômetro na saída de água do grupo e outro na caldeira, o que devo fazer em breve.

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Rodrigo,

 

Considerando que você quer "acertar a temperatura de extração" da sua máquina, considerando ainda que você tem uma Gaggia Dose, máquina com ampla literatura técnica disponível e considerando ainda seu nível de curiosidade e interesse pela causa, pergunto:

 

Porque não instalas um kit PID nela? Eu comprei um para a minha Twin e até hoje não tive tempo para instalar, mas pesquise bastante e até onde vi não é algo difícil. O custo também não é alto se comprares o controlador e SSR no eBay.

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Considero a hipótese do PID, Leonardo. Mas quero descobrir o que acontece durante a extração antes de investir mais. Alguns termômetros baratos e um pouco de método deverão resolver a parte da pesquisa. Se eu julgar que a máquina consegue fazer o que eu acho que ela pode fazer, posso investir num PID. Mas se eu achar que mesmo assim extrações boas são difíceis, prefiro juntar dinheiro e comprar uma máquina com mais recursos mais tarde. Também preciso de um bom moedor, mas já que tenho o Hario vou empurrando com a barriga até comprar um moedor mais definitivo.

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Opa! É pra já.

 

Aqui está mais ou menos a inclinação que eu usei. É importante não usar café demais, ou os furos de ventilação ficarão tapados e o calor não vai conseguir escapar como é o objetivo. Acho que 80g é muito. Eu usei um chapéu raso e mais 1/4, aproximadamente. Ficará claro como deve ser com as fotos a seguir.

 

A inclinação. Nas primeiras vezes que testei fiquei segurando a pipoqueira na mão. Ela quase não esquenta, e se vocë estiver em um lugar ventilado não terá problemas. Inclusive poderá testar várias inclinações durante a torra. Quanto mais a pipoqueira estiver na vertical, mais os grãos absorvem calor. Essa correção de ângulo é particularmente útil após o primeiro estalo, quando pode surgir a necessidade de tempos em tempos colocar a pipoqueira na vertical um pouquinho pra garantir que a temperatura continue subindo. Na foto, coloquei em uma panela pesada, que se presta bem se quiser deixá-la mais fixa.

 

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A quantidade. Detalhe interno. Pipoqueira de pé. Na próxima foto, fica claro que 1,25 chapéu de grãos fica mais ou menos no nível superior dos rasgos de ventilação com a pipoqueira de pé. É a quantidade que tenho usado.

 

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Pipoqueira inclinada. Detalhe interno com os grãos. Repare que com a inclinação uma parte dos rasgos fica totalmente livre, o que faz com que uma fração do ar escape pro ambiente com muito pouco contato com os grãos, não transferindo tanto calor. É isso que faz com que o incremento da temperatura seja mais lento. Você vai observar que os grãos vão se agitar muito mais com essa inclinação desde o início da torra, o que eu acho que ajuda na homogeneidade do resultado final, juntamente com o prolongamento do tempo de torra.

 

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É mais ou menos isso, não tem segredo. Boa sorte na tentativa e , se possível, poste aqui o teu resultado.

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Geralmente a melhor inclinação é entre 30 e 45 graus em relação à vertical. Hoje fiz uma torra mais escura que levou ao todo uns nove, nove minutos e meio, bem no meio do segundo estalo. A partir do sétimo minuto coloquei a pipoqueira na vertical.

 

Torra Vienna. Esse deve ser o ponto que cheguei. Parei com o segundo crack no auge. Grãos de aparência uniforme, marrom-escuro, bem estufados do lado plano. Aparência sedosa, com alguns pontos de óleo, que deverão ser mais visíveis dentro de 24-72h.

 

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Valeu, Paulo. Sempre tentando acertar e melhorar.

 

Nem tudo é perfeito, porém. Estou fazendo as torras na minha área de serviço, e o chaff voa por tudo, não tem jeito. Mas nada que 1 ou 2 min de aspirador de pó não resolva perfeitamente. É uma sujeira limpa por assim dizer, já que não gruda em nada, fica fácil de limpar. Passo o aspirador e ninguém sabe o que aconteceu ali (exceto pelo aroma, hehe). Minha mulher nem reclama. :lol:

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Salve Paulo e Rodrigo.

 

Se instalar na saída do tubo um saco de coleta de pó dos aspiradores de pó domésticos, ficará semelhante a soluções usadas por equipamentos profissionais.

O mais "profissa" seria ter um tubo reto na saída da pipoqueira conectado a um Y. Na outra boca do Y instalar um micro ventilador usado em computadores insuflando o tubo (soprando para dentro). Na saída do Y o saco coletor que pode também ser um saco de algodão, do tipo usado para pano de chão.

O fluxo de ar forçado criado pelo ventilador "puxa" o pergaminho da pipoqueira e o leva para o saco de coleta. Absolutamente sem sujeira. E o pergaminho recolhido, apesar de pobre em nutrientes, pode ser usado misturado com a terra para adubar plantas ornamentais, pois retém umidade.

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Paulo e Alexandre,

 

Com certeza são boas dicas, mas por enquanto eu prefiro manter a pipoqueira destampada por várias razões:

 

1-Visualização: posso ver com facilidade o que acontece, já que estou sem termômetro; mesmo que já tivesse um, não acho que apenas a temperatura seja indicativo perfeito do ponto de torra, já que sua medição depende de n fatores, etc;

2-Temperatura: Como quero prolongar minhas torras um pouco, não acho interessante nada que possa funcionar como abafador no sistema;

3-Preguiça: passar o aspirador parece mais fácil que providenciar adaptações, e eu sou bem preguiçoso.

4-Funciona como está. Se um dia minha mulher brigar comigo, posso reconsiderar! :)

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Que tal fazer um coletor mais ou menos assim.

Posso estar enganado, mas acho que essa pipoqueira é muito mais potente que a Pop Fun. A ventoinha é turbinada, hahaha!

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Opa Rodrigo continue colaborando,

agora a noite fiz a tecnica que vc postou.

Realmente houve melhoras na homogeneidade da torra, diria em torno de 30% melhor. Outro ponto foi este aumento do tempo da torra, pois se antes ficava em media 4 min, agora fica em torno de 7 min, pois termino logo apos o 1 crack, tentando evitar a caramelizacao e ficar mais rico o aroma.

So um cuidado que é preciso ter é que com a movimentacao fica mais lenta e o contato do grao fica mais tempo com o aluminio, eu percebi que se ficar muito parado o grao tende a queimar uma parte dele desde o começo da torra. Talvez mexendo mais no começo ja corrija.

abracos

 

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Na verdade, Ruston, isso já acontece com a torra na vertical, quando os grãos ficam só rodando em contato com alumínio do fundo da pipoqueira, que é a parte mais quente, sem circulação vertical. Esse fenômeno é facilmente observável, pois na torra "convencional" os grãos rodam e de vez em quando emerge um grão já corado, que perdeu massa, e que sobe pelo "empuxo", por assim dizer.

 

Eu acho que na na pipoqueira inclinada isso acontece até menos, pois apesar da área de contato com o alumínio ser maior, a parte realmente quente do alumínio é sá a inferior, próxima a resistência em círculo. De qualquer forma, como você falou, mexer de vez em quando com uma colher de pau no início da torra pra ajudar a misturar não pode fazer mal. Eu já fazia sempre isso com a torra na vertical.

 

Outra coisa é testar a angulação. Na minha foto aparece a pipoqueira a uns 45 graus, só pra ilustrar, mas não é exatamente assim que tenho usado. Talvez seja mais próximo dos 30 graus, que movimenta melhor os grãos.

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É isto mesmo Rodrigo,

so que na vertical. a gente tem mais facilidade em ficar mexendo os graos e ate em mais tempo. ja na inclinada, se ficar mexendo muito comeca a perder muito grao, pois como voce percebeu se perde alguns graos e isto eu tambem percebi no metodo inclinado.

De qualquer forma eu fiquei muito satisfeito com o resultado estetico, ja que falta ainda provar. :)

abracos e muito obrigado

 

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Opa, que é isso!

 

Quanto a perder os grãos, estou pensando em improvisar um prolongamento. Talvez uma lata de refrigerante cortata ou uma lata de tomate sirvam, mas ainda não testei se servem. Acho que uns 10 a 15cm a mais de comprimento e nenhum grão cairá. Se eu testar, conto aqui.

 

E, Ruston, você torrou que quantidade?

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Meninos,

 

Eu tentei torrar com a pipoqueira inclinada no fim de semana, mas o negócio não deu muito certo... Os grãos praticamente não se moviam e eu tinha que ficar voltando a pipoqueira para a posição vertical com frequência. Usei 80g de café verde e, pelo que li aqui, acho que é muita coisa. Vou tentar de novo esse finde com uma quantidade menor e ver que bicho dá!

 

P.S.: Rodrigo, tem pouco mais de mês que você está no fórum e já tem 261 posts? Menino, você está frenético, hein? Fan boy mesmo! Esse pique todo é cafeína, é? :)

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P.S.: Rodrigo, tem pouco mais de mês que você está no fórum e já tem 261 posts? Menino, você está frenético, hein? Fan boy mesmo! Esse pique todo é cafeína, é? :)

 

KKKKKKK! Pior que nem é cafeína. Quando eu me interesso por alguma coisa eu sou assim, obsessivo. Daqui a pouco vão me banir do forum, kkkkk! Ou me inserir em uma política de cotas de participação.

 

Quanto a quantidade, Simone, pra mim funcionou com 1,25 tampas rasas (precisão, hein?). A pipoqueira funciona melhor perto de 30 graus da vertical, e não a 45, conforme ficou na foto que postei. Estou pensando em substituir aquela foto, acho que está dando uma idéia errada de como deve ser. Não se esqueça de dar uma ajudinha com a colher de pau no início se for tentar com mais quantidade. Conforme os grãos vão perdendo massa, tudo se movimenta sozinho.

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Rodrigo,

 

Sugiro fazer um vídeo, se é que já não fez.

 

Não to acompanhando esse tópico muito de perto, por isso pode ser que você já tenha feito e eu não tenha visto...

 

Abraços.

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Pretendo fazer, Leo. Só preciso arranjar um tempinho. Esse final de semana vai ser casca. Mexendo com a inclinação da pipoqueira durante a torra dá pra fazer uns truques legais com o incremento da temperatura. Tem artigos no Sweet Marias que falam sobre a influência do perfil de torra no sabor do café, especialmente quanto a duração do primeiro crack e o intervalo entre o primeiro e o segundo.

 

http://www.sweetmari...brary/node/2934

http://www.sweetmari...brary/node/2945

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Fiz mais duas torras nesse final de semana. Coloquei quase duas tampas de café, e as torras foram um pouco mais rápidas. Continuei usando a inclinação, algo como 30 graus, por alguns momentos até menos. Com a pipoqueira mais cheia tende a se perder mais grãos, e daí tem que inclinar menos. Terminaram em 6 ou 7 minutos. Curiosamente, foram as torras que mais gostei do sabor, melhores que as de 4-5 minutos e que as de 9-10. Talvez seja o tempo ótimo pra esse método, mas não dá pra afirmar ainda. Tenho que testar mais.

 

Uma peculiaridade na torra da pipoqueira é que uma mínima inclinação (5 graus talvez) faz os grãos girarem ordenadamente nas fases mais avançadas da torra, bem melhor que na vertical, em que os grão ficam pulando dentro da câmara quente. Bem interessante o que acontece, forma uma espécie de redemoinho.

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Ruston,

 

Chegou a experimentar o resultado da tua torra de 7 minutos? Por enquanto, a faixa de tempo de 6-7 minutos foi a que me rendeu os melhores resultados na pipoqueira. Não sei muito bem explicar o porquê, mas não gostei do sabor das minhas torras de 9 minutos. Não estavam estragadas, mas tampouco boas.

 

Esta minha última torra gostei tanto que me distraí e deixei acabar meus grãos torrados. Meus pais passaram esse final de semana na minha casa e meu estoque de café torrado baixou mais rápido que o esperado. Só me dei por conta hoje de manhã, quando só tinha café torrado o suficiente para um duplo. Agora vou ter que usar o café Kopenhagen que tenho estocado até eu ter café torrado no ponto de novo. Vai ser um aprendizado interessante, já que agora já tenho pelo menos um parâmetro de comparação.

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Rodrigo,

 

Engraçado, fazia quase dois meses que eu não torrava, pois comprei vários cafés já torrados para testar.

 

Ontem fiz duas torras que finalizaram em torno dos 6 minutos e meio, isso SEM inclinar a pipoqueira. Tô achando que a voltagem aqui em casa é menor, o clima está mais frio (22 º C) ou então minha Mondial está começando a cansar. Outra possibilidade é o tamanho do lote (80g crus).

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É 110V na sua casa, Léo? A corrente oscila mais nessa voltagem. E o clima influencia também, com certeza, além do peso do lote. Mas se eu fosse chutar qual é o principal fator desses três, diria que é a massa de grãos utilizada.

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