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Qual moedor manual serio comprar? [+ Historia dramatica]


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Fala galera. Depois de meses enchendo o saco do @fogo ruivo no zap (esse cara é um fenomeno, sempre com toda paciencia do mundo), venho trazer minhas duvidas ao resto do forum rsrs

Estou no mundo do café tem pouco tempo, acho que 3 anos, e nesse periodo acho que posso dizer que fiquei só no expresso até alguns meses atras. Um rapido resumo: pelos ultimos anos, estive com dois moedores industriais, um criollo e um uganda, e uma saeco poemia. Fiquei um pouco desanimado pela retenção dos grãos no moedor, sempre misturar grão "velho" com novo pela retenção (por serem mt grandes, sempre sobrava algo) e tb pelo dispensador, nao podia mudar o metodo pq gastava uns 50g de cafe so pra "lavar" o moedor hueheuhe, enfim, tudo isso tirava um pouco a vontade do cafe. Eis que alguns meses atras, perdi um pouco o preconceito com outro metodo, v60, de achar que não ia ser tão bom quanto o espresso, e comecei a me aprofundar nessa modalidade. Depois de um tempo, passando numa cafeteria terceira onda, me atrevi (até então nunca tinha nem pensado na possibilidade) de pedir um coado, pensava: pagar por um coado? que não exige as maquinas carissimas do expresso? Que eu mesmo faço em casa? Pff. Jamais.

Rapaz do céu.

Na hora que tomei o primeiro gole de um coado etiopia, moido num EK46 num v60 igualzinho ao que tenho em casa, quase caio pra tras. Quase choro de emoção. Minha namorada ficou assustada com a cara de espanto que fiz na hora. Pensei: Fudeu. Nunca mais vou poder tomar um coado em casa. Nada que preparei nunca chegou perto.

Comecei a me perguntar, por que?  Cheguei rapidamente a conclusão: tenho depois desses anos uma teoria muito, muito boa, tanto em expresso quanto filtrado, então obvio que não foi dificil saber onde pecava: grão e moinho. Confesso, sempre comprava por kilo de uma torra fresca, porem não da melhor terceira onda. Resolvido, dois lotes de torra clara da bolivia torradas semana passada. Mais cheiroso que perfume polo.

Agora vem o problema.

Me dei conta que meu moinho industrial é simplesmente um trombolho, retem muito, não permite a troca entre espresso/coado com facilidade, e no momento estou condicionado a viagens entre meu ap e cidade onde trabalho, enfim, resulta muito trabalhoso sempre ficar com leva e trás com esse moinho. Tenho dois harios slim (um do ali express e outro original). O original modificado com fita scotch serve perfeitamente pra torras escuras, porem tive o desprazer de descobrir que simplesmente não dá pra usar pra torras medias e medias-claras. Cascalho misturado com talco, granulometria sem padrão nenhum. Resultado: grão caro que comprei de torrador de resposa de nada serve, subestraido, fico com a "poça" na V60 q demora 6 minutos pra descer, não tem ajuste de moagem que sirva justamente pelo grão ser mt duro e o moinho, coitado, quase um brinquedo.

Tendo em conta a historia, já estava decidido a investir pesado num moinho, porém agora estou seriamente pensando em ir pra um manual. Vejo, pelo que pesquisei nos ultimos dias, que minhas opção seriam 2, ou melhor, 3: Bravo debut, bravo mini e comandante. Basicamente na mesma faixa de preço, com o diferença de ter que esperar o mini ou o modelo novo para meados do ano que vem, segundo o gilberto.. Qual a recomendação do pessoal? A diferença de preço entre esses modelos do bravo reflete na qualidade? Vejo q é unanime a opinião dos usuarios sobre a marca ser de excelencia, o debut esta um pouco longe do meu orçamento, mas acho que poderia me esticar se valesse mesmo. 

Aproveitando o post, o que dizem da ARAM? Já pensando tb em ver algo pra quebrar o galho mais que minha poemia heheh

Abraço a todos.

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@Heitor Medeiros, só pra evitar ruídos, os moedores que você menciona são "comerciais" ou "profissionais", não são "industriais".

Isso aqui é um moedor industrial pequeno:

Industrial-coffee-grinding-machine.jpg

 

Mas, voltando ao foco, se estiver com a mira na melhor qualidade de moagem em termos de moedor manual, acho que o Debut é uma das melhores opções no mercado mundial. Pra nós, brasileiros, talvez a melhor por ser o mais acessível. O nível da qualidade da moagem do Debut é tão acima da média dos moedores elétricos na mesma faixa de preço que é até desconcertante. Embora seja supostamente focado no "espresso", tenho tido resultados fantásticos nos coados e outros métodos também.

Mas em termos da relação custo-benefício, acho que o Bravo Mini tá numa situação privilegiada. A moagem fica muito melhor do que parece razoável pra um equipamento em sua faixa de preço. Com o suporte de mesa, fica ótimo pra uso "de bancada", reduzindo o esforço da moagem manual.

Eu não descartaria um bom elétrico. Algo que não requeira esforço físico salva a pátria quando é pra fazer café pra mais pessoas. Um usado em bom estado pode ser sua solução em termos de custo acessível. O @Burny tá vendendo um Vario Home alemão (da Mahlkönig, mesmo fabricante do EK43 e do K30) aqui nos classificados, com um monte de upgrades já instalados. Acho que compensa muito mais do que o Comandante, com um valor parecido no Brasil.

Depois, mais pra frente, você pode pegar um Bravo Mini ou o novo Bravo "menor que o Mini" pra ter um excelente portátil...

Sobre o Cunill que vc tem agora, imagino que já tenha pesquisado e não seja seu estilo modificar equipamentos, mas essa "retenção" é fácil de resolver com uma modificação simples, retirando o dosador e instalando um "bico" ou um "funil" no lugar. Tem vários tutoriais espalhados na web, inclusive mais de um aqui mesmo no CdC. Eu mesmo uso um modelo comercial da Quamar pros espressos, um T48 Auto modificado pra ficar "doserless" com um funil de inox. Recomendo a modificação, mas nesse caso o moedor continua sendo recomendado para espresso, mesmo sem o dosador... não sei se o sistema de ajuste desse modelo alcança satisfatoriamente a granulometria pra coados. Mós planas de 59mm são bem comuns, se as suas estiverem gastas (caso tenha comprado usado) sai barato trocar.

Sobre a Aram, recomendo ler o tópico próprio, lá tem prós e contras, bem como elogios dos fãs e críticas dos que tiveram e continuam tendo problemas.

Caveat Emptor!

Bom, apenas opiniões pra pensar a respeito...

Boa caçada!

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Olá Heitor,

Eu comecei com espressos e depois migrei para os coados, história parecida com a sua.

Hoje curto muito a clever, parece um Hario/melitta misturado com prensa rs. A diferença para o melitta é que você consegue controlar o tempo de infusão (como na prensa ou AP invertida). O bacana que existem diversas técnicas, todas oferecem resultados finais diferentes (o mesmo grão parece um café diferente), e os aparelhos custam muito mais barato que uma máquina de espresso.

Se fosse hoje, e fosse para escolher apenas um moedor, compraria o Debut. Fiz comparações com outros moedores e preferi o resultado do Debut para coados (Vario x Breville x Astro x Mini x Debut), no final vendi o Vario e o Breville e peguei um Debut. 

Se não me engano, o Gil tem apenas mais 1 Debut (tinha uma pessoa interessada, não sei se reservou), se existe a possibilidade de pegar um, corre rs.

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Eu também, a mesma coisa, coincidentemente comecei até com uma Poemia.

Tenho todos os moedores citados, Bravo Mini e Debut, Comandante e um comercial (no meu caso, Mazzer SuperJolly, com o mod doserless citado pelo Cabral, que considero imprescindível para viabilizar o uso doméstico). Para espresso, acabo utilizando praticamente só Debut, não o uso para coados apenas por falta de hábito, irei testá-lo para esse fim nas férias. Porém, pelo que entendi, a portabilidade seria importante para você, o que não é o caso dele.

O Comandante é leve e compacto, sendo  particularmente muito bom para filtrados, até rola para espresso, mas acaba faltando passos para uma sintonia fina (você conseguirá acertar só num ponto, no anterior quase engasgará a máquina e no subsequente será muito grosso), o que não ocorrerá com o Bravo Mini e com o futuro Bravo, que são stepless.

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Tenho o Comandante e o Bravo Debut, e cada um na sua: Comandante para coados e Debut para espressos. Adquirindo o Red Clix (uma mod do Comandante), dobra-se os clicks e fica massa para espresso (eu fiz isso), embora o sabor do Espresso no Debut seja superior, mais complexo, mais encorpado. O Debut faz um coado muito bem, mas prefiro o Comandante para esse perfil de bebida. 

 

Eu, pegaria o Debut. 

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Meu conhecimento é rudimentar, meu equipamento modesto. Estou tentando aprender e evoluir. O Bravo Debut ainda está fora das minhas pretensões, pela faixa de preço.

Eu estava interessado no Bravo Mini, porém me afobei e não aguentei esperar até o próximo lançamento do Gilberto, em fevereiro. Por recomendação do Ramão Machado, do Café com Queijo, além de leituras aqui no forum, encomendei um Mimoso nº 2, que ainda não chegou. Penso que será o meu primeiro moedor sério, pois em menos de 30 dias destruí um moedor manual de lâminas cônicas cerâmicas da Imaginarium (ganhei de presente) e o atual, de facas, é insatisfatório.

Lendo agora sobre o Bravo Debut, imagino se aterrar o moedor seria eficiente para combater a eletricidade estática e, consequentemente, não acumular resíduos de café no moedor.

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@ivoesazevedo, o Debut não dá quase problema de estática aqui em casa... mas tem lotes de café que acumulam um pouco por conta da umidade...

Acho que, em alguns casos, o pessoal possa confundir aglutinação por umidade/oleosidade com retenção eletrostática.

Na verdade, no Pharos eu uso um borrifador de água pequeno (daqueles de borrifar garganta com remédio) e dou um borrifo por dose de 20g pra evitar a carga eletrostática (como sugerido pelo @Carneiro aí em cima), mas se eu der mais de duas borrifadas começa a grudar na saída por conta da umidade. O Pharos é bem mais chato nisso do que o Debut, talvez por conta dos materiais de construção...

Entenda que o CdC é composto em grande parte por um bando de chatos (eu incluso). Nós todos implicamos com tudo. Se for levar todo mundo muito a sérios, você vai morrer de inanição por inação, ou pelo menos sofrer por privação de cafeína... :D

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  • 2 weeks later...

@Cabral, Chegou o Mimoso. Primeiro uso, e tive um bocado de eletricidade estática. O pó grudava no copinho de plástico. Além disso, bastante retenção. Espero que ele acomode-se com o uso frequente. Na verdade, tirei da caixa (estava todo enrolado em jornal), prendi na bancada e comecei a moer os grãos mais antigos que tinha em casa.

Sem desmontá-lo, consegui observar que partes da lâmina interna não estão pintadas. Serviço descuidado, parece.

Testarei puxar um fio para aterrar o moedor. 

Pelo menos a moagem é mais consistente que com o moedor elétrico Cadence, e não vai quebrar como o Imaginarium da China. Só falta aprender a moer sem sujar tudo em volta, hahaha.

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As mós não são pintadas, é pra ser assim mesmo, a não ser que você quisesse tomar café com tinta. [emoji16]

Estática eu nunca percebi algo significativo. Meu Hario gera muito mais, a ponto de eu precisar usar um pincel pra não perder café de vez em quando.

Enviado de meu Moto E (4) Plus usando Tapatalk

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@ivoesazevedo, é isso que o @Luke S falou, mós com tinta iriam apenas contaminar o café! Ainda bem que não foram pintados.

Sobre estática, o policarbonato do Hario Slim deveria ser supostamente anti-estática, mas os dois que tive sempre grudaram pó no copinho...

a solução mais simples é aquela que o @Carneiro mencionou aí em cima: umedecer a dose que se vai moer. Costumo manter um borrifador pequeno no meio das tralhas de café, pra quando vou usar o Pharos ou o Crushgrind, que costumam dar problemas nesse sentido. Acho mais fácil dar um borrifo e umedecer tudo do que tentar distribuir gotas pelos grãos da dose...

Aterrar o moedor deve ajudar, mas tenha em mente que a tinta dos novos produtos MIMOSO e Botini costuma ser epoxi eletrostática, o que complica bem pra resolver a retenção por meio de aterramento... mas se tá fácil testar, conte depois pra gente se deu certo!

Boas moagens.

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