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Torrando o Fazenda do Condado


Lucas Faccioni

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Salve pessoal,

 

Fiz minha primeira torra do Condado hoje, na pipoqueira. 100g de verde.

Desta vez me armei com um termômetro para acompanhar melhor a torra, além do cronômetro que já vinha utilizando. Tentei fazer as medidas de temperatura no centro do tambor e no meio da massa de grãos.

Outra coisa que fiz que gostei muito foi baixar um gravador de voz para Android e gravar a torra. Facilitou muito o registro das temperaturas x tempos e observações, além do 1º crack ser gravado naturalmente.

 

Iniciei a torra, porém os grãos não se movimentaram. Tive que ajudar com a haste do termômetro até após o 1º crack. Da próxima vez vou checar a tensão da rede, devia estar abaixo dos 127 V que a pipoqueira pede.

Após 1:55 os grãos atingiram 170ºC. Resolvi fazer um patamar de homogeneização. Até 3:00, desligava a pipoqueira quando atingia 170ºC e re-ligava com 160 ºC. Desliguei a pipoqueira no total 3 vezes. Mas mantive a agitação com a haste do termômetro.

Aos 3:40 os grão começaram a mudança de coloração (bronzeamento)

Aos 3:50 a temperatura era de 195 ºC. Os grãos começaram a querer se movimentar sozinhos, mas ainda não o suficiente.

Aos 4:13 Iniciou o 1º crack

Aos 4:34 A quantidade de chaff liberada aumentou absurdamente, denunciando a expansão dos grãos.

Aos 5:19 a temperatura atingiu 206 ºC

Aos 5:37 a temperatura chegou aos 220 ºC, onde tinha inicialmente pensado em parar. Mas não gostei da cor, e ainda podia ouvir alguns estalos. Decidi prosseguir até 230 ºC

Com 5:46, os grãos já tinham boa movimentação por si.

Com 5:58, a temperatura era 225 ºC

Com 6:12, ainda ouvi um estalo. Mas depois de desligar a pipoqueira vi que um grão ficou preso na saída de ar e carbonizou. Pode ter sido o 2 crack dele.

Com 6:32, a temperatura atingiu os 230 ºC, e encerrei a torra, despejando rapidamente os grãos numa peneira de metal, cobrindo com outra peneira idêntica, e dá-lhe agitação para resfriar.

 

Como não podeira faltar, a foto da torra está em anexo. Como referência no pires pequeno Blend CdC do Leo Moço. Achei que a uniformidade podia ser melhor, mas acho que vou ter um bom resultado. Depois de amanhã vamos conferir ...

 

[EDIT] 7v3d.jpg

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Aqui minha agitação natural começa muito mais cedo. Acho que realmente uma queda de tensão tenha causado esse efeito. Tenho feito as últimas torras com pipoqueira com 120g, com sucesso. Em vez de agitar os grãos no início com uma haste, seguro a pipoqueira e dou uma chacoalhada, semelhante a que se faz em uma frigideira pra misturar os ingredientes. Funciona bem, pois o ar ajuda no movimento, e tudo se mistura fácil. Pra não cair nada fora, abri uma lata de tomate pelado nas duas extremidades e fiz um corte longitudinal de fora a fora. Encaixa bem no furo da pipoqueira, e a outra extremidade encaixa no buraco da cúpula, ficando com uma boa fixação. Ach oque faz mais de vinte torras que nem desconecto a lata da pipoqueira.

 

O problema da pipoqueira é que a rampa ascendente de temperatura é rápida. Então fica difícil parar uma torra clara cedo já que o primeiro crack demora a terminar em relação ao aumento da temperatura, que cresce rapidamente. Uma solução conservadora seria desligar a pipoqueira durante alguns instantes diversas vezes durante o primeiro crack, pra administrar o incremento de temperatura, aproveitando a inércia dos grãos, que com uma massa maior, como 120g, não é desprezível.

 

Quando paro perto de 230C, invariavelmente alguns pontos de óleo aparecem em alguns grãos, ainda que muitas vezes não na hora que termino a torra, mas somente nos próximos dias. Na sua, como terminou em 230C, considerando diferenças de rede/pipoqueira/termômetro, e também pela cor, apostaria que amanhã ou depois alguns pontinhos de óleo aparecerão.

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É chatinho, sim. A primeira torra não acertei, isso que foi mais clara que a acima. Já o chapadão achei mais tolerante, permite uma torra em graus mais avançados e ainda fica legal.

 

Aliás, li em algum lugar que grãos mais densos admitem um incremento de temperatura mais violento, pois conduziriam o calor mais facilmente de fora para dentro do café. Já grãos como o Condado, menos densos, necessitariam maior monitoração da temperatura da torra para que essa se dê por inteiro.

 

Falando nisso, alguém pode indicar uma bibliografia legal que enfatize a torra?

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Ainda não torrei o Condado, mas em se tratando de colheita recente e grão pouco denso, pretendo fazer uma boa desidratação a baixa temperatura (por volta dos 160C) por uns 8 minutos, conforme recomenda Fricke (em alemão, não esta traduzido) no seu livro.

Este "degrau" não envolve torra, é uma otimização do grau de umidade para facilitar a torra, por tanto pode ser interrompido sem prejuízo.

Alias, ele recomenda resfriar o grau até temperatura ambiente.

Não dá para exagerar já que, secando demais, não haverá água suficiente para as reações químicas da própria torra ...

Mas com 160C em 8 minutos já tive bons resultados. Se for mais quente precisa diminuir o tempo ...

Depois disso pretendo fazer o segundo "degrau" começando com o forno bem aquecido e indo para 235C de temperatura de forno, uma rampa bem suave, e mais uns 3,5 minutos após o 1 crack, se o cheiro e a cor permitirem ...

Parecemos estar trocando receitas de cozinha :-)

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Bernardo,

 

Eu não deixaria desidratar tanto tempo, ao menos, não em temperatura superior a 140ºC. No meu equipamento, aos oito minutos em 150ºC, o grão já estava bronzeado. Mas, cada equipamento tem um comportamento diferente, de forma que ressalto que a experimentação é indispensável no caso desse grão. No meu, o termopar está instalado mais a frente do tambor (mais próximo ao vidro do forno), em uma área centralizada e aproximadamente equidistante de todas as resistências, o que, de certa forma, prejudica um pouco uma leitura mais acurada da temperatura dos grãos (minha impressão é que há uma diferença em torno de dez a quinze graus entre a temperatura do termopar e a dos grãos, sendo que, os grãos ficam mais quentes).

 

Voltando ao tema, da experiência de torra:

 

Fiz duas torras dele ontem a noite, ressaltando que meu equipamento é forno a tambor e, portanto, não se equipara a torra realizada em pipoqueira.

 

A primeira delas queimou. Realmente, o café tem baixa densidade. Por isso, dependendo da temperatura, o segundo crack se inicia logo após o primeiro crack (foi o tempo que demorei para pegar as luvas, desligar a rotisseria e retirar o tambor, o café carbonizou, ficando uma torra french, com óleo nos grãos e cor bem escura. Foi direto para o lixo. Nem experimentei.

Já a segunda, encerrei ainda no curso do primeiro crack (mais para o final). Estou utilizando o programa roastmaster, portanto, descreverei ambas as torras abaixo:

 

Primeira torra:

 

Forno preaquecido a 150ºC. Introdução do tambor com 100g do café Fazenda do Condado. Desidratação por 6min na citada temperatura (com variação de 5 graus para mais e para menos). Iniciada a rampa (aumento de temperatura), com 160ºC aos 6min27s, 170ºC aos 7min12s, 180ºC aos 7min47s, 190ºC aos 8min19s, 200ºC aos 8min47s, 210ºC aos 9min25s, 225ºC aos 11min47s. Primeiro crack aos 8min37s, com duração de 58s. Segundo crack logo em seguida (não anotei a duração, porque, nesse momento, estava em desespero kkkkk). Torra finalizada aos 11min47s. Resultado, French Roast.

 

Segunda torra:

 

Forno preaquecido a 150ºC. Introdução do tambor com 150g do café Fazenda do Condado. Desidratação por 6min30s na citada temperatura (com variação de 5 graus para mais e para menos). Iniciada a rampa (aumento de calor). 161ºC aos 7min47s, 170ºC aos 8min15s, 180ºC aos 8min48s, 190ºC aos 9min22s, 200ºC aos 9min52s, 210ºC aos 10min27s. Primeiro crack aos 9min35s, rolando forte aos 10min. Encerramento da torra (retirada do tambor aos 10min47s, com resfriamento dos grãos em seguida). A tonalidade do café torrado aproxima-se, na minha rudimentar impressão, do grau city roast/city roast+ da seguinte escala (http://www.sweetmarias.com/roasted.pict-guide.php). Observo que a quantidade de café introduzido no tambor foi maior do que o da torra anterior (nas próximas, aumentarei ainda mais - fiz pouco nessa, porque ainda estou na fase de experimentação desse café).

 

Ps: Já provei o café (não aguentei esperar descansar dois dias). Café muito bom, com acidez mediana, corpo equilibrado e aveludado. Senti notas de caramelo e de capim cidreira. Márcio, como você descreveria o Fazenda do Condado?

 

Posto as fotos dos grãos e do café moído resultantes dessa torra.

 

http://www.flickr.co...N05/8407418716/

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Boa pergunta, não estudei muito o café... :) Fiz duas torras e uma que avançou um pouco mais ficou doce com aquele açúcar queimado, já passando caramelo, mas sem amargor. Realmente a acidez é presente mas não é super cítrica, também não é frutado. Uma torra menos avançada trouxe um sabor que não senti em outros cafés e que não sei descrever. Até conversando com o Pedro Chaib não conseguimos nomear.

 

Talvez essa sua descrição de capim cidreira seja boa, o sabor que sinto é algo mais pro vegetal mas com personalidade, não é gosto de cru ou de cereal.

 

Márcio.

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Realmente, hoje antes de vedar o pote, dei uma conferida, e tinha alguns grãos (poucos) com ponto de óleo na superfície.

Amanhã de manhã vou fazer um expresso e posto aqui as impressões, já sem muitas expectativas. Mas sendo um café com acidez baixa, mesmo se passou um pouco do ponto, vou deixar p/ fazer com leite, não vou jogar fora não. A não ser que tenha uma surpresa muito desagradável...

Com leite gosto do café sem acidez, e com notas de torra, tipo com um "dedinho do pé" no 2º crack, em um café "normal".

 

Não parei nos 220 porque achei a cor muito clara. Quando torrei o chapadão neste ponto de coloração ficou absurdamente ácido, eclipsando todos os outros sabores. Não levei em conta que cada café tem suas características, que algo que serve pra um não necessariamente serve pra outro. Mas também seria muita pretensão minha como iniciante acertar na primeira :) .

 

Da próxima vez, vou seguir a dica do pessoal, e dar um tempo maior de desidratação.

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Hoje de manhã fiz um expresso com a 1ª torra.

 

Primeiro, fiquei impressionado como o café é aromático, tanto antes como depois de preparar. Muito bom.

 

O chute inicial do nível de moagem não foi muito bom, e acabou ficando um pouco fino, Levou uns 40s p/ uns 50 mL de bebida e 15g de café.

Mesmo assim, o café e a a crema ficaram com um aspecto ótimo.

 

O amargor de torra com cinza realmente apareceu, mas bem pouco. Notei muito mais no retrogosto que ao beber. Não era nem quetão de por açúcar p/ corrigir. O açúcar, aliás, dá um "tapinha" no amargor, mas não faz nada com o gosto de cinza.

 

A acidez que apareceu mais do que eu esperava. Creio que pela torra não ter sido bem uniforme os grãos mais claros contribuiram um pouco nesse aspecto.

 

Outra coisa que percebo, em todas torra que fotografei, é que as fotos das torras parecem mais homogêneas que "ao vivo". Não sei se vocês também têm essa impressão ?

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As diferenças entre o claro e o escuro são melhor percebidas pelo olho humano que pelo dispositivo de captação da máquina. Por isso que fotos com luz boa não são tão fáceis. O fotógrafo precisa aprender a olhar com os olhos da máquina.

 

Isso pode explicar a diferença entre a foto e o que você enxerga ao vivo. Talvez a Anita possa falar um pouco sobre isso, explicando melhor que eu.

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2a tentativa

 

Pessoal, sábado fiz uma 2a tentativa de torrar o Condado. Mantive os 100g de verde. De início, resolvi dar 3 minutos de desidratação (da última vez foi +- 1 min.), e encerrar a torra em 220 ºC.

 

Com 52s, a temperatura já era de 165ºC. Iniciei o ciclo de ligar / desligar a pipoqueira.

De início ia pela temperatura, ligando em 160 e desligando em 165. Mas devido a inércia térmica sempre acabava passando. No meio do processo descobri que deixando a pipoqueira uns 4s ligada a temperatura aumentava os 5ºC que queria, então passei a religar com 160 ºC e desligar depois de 4s.

Após 3:58 mantive ligada até o fim.

Com 5:04, a temperatura era 187ºC no meio da massa de grãos

Com 5:11, comecou o 1o crack

Com 6:05 teve a expansão. Só a partir daí tive uma movimentação decente.

Com 6:34, a temperatura chegou a 220ºC. Mas o 1º crack ainda estava forte, resolvi esticar até 225

Com 6:51, a temperatura no centro chegou aos 225, e encerrei a torra.

 

Foto em anexo, com Blend CdC do Leo Moço como referência. Por ser torra clara, e em pipoqueira, até gostei da uniformidade.

 

Como usei um pote idêntico ao da 1ª torra, pude notar que a expansão dos grãos foi maior, mesmo a temperatura final sendo menor.

 

Medi também a tensão da rede, deu 118 V. Creio que 9V de diferença p/ tensão nominal não seja suficiente p/ gerar os problemas de movimentação que estou tendo.

 

Hoje de manhã preparei no expresso. Outra vez não acertei o chute inicial, mas desta vez moí mais grosso que devia. Extraiu em uns 20s.

Em relação à primeira torra, a acidez aumentou um pouco, mas o gosto de cinza também foi embora. A complexidade de aroma do café também aumentou bastante. Muito rico.

 

[EDIT]mpxb.jpg

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Segunda torra do Condado no Gene, fiz novamente Double roasting.

O primeiro degrau fiz igual, 8:30min a 160C, no segundo desta vez mais quente 235 em vez de 230, e o grão agradeceu.

Dois minutos apos inicio do 1C abaixei para 220, mas após 2 minutos estava muito claro e subi para 225, finalizei com 15 minutos, deu um City, ainda duro mais já viável de moer no Lido.

De fato pretendia um City + , mas a luz não estava boa e fiquei receoso de queimar, mesmo assim parece ter ficado bom.

Apesar da cor ser praticamente igual que o American, anterior, este desenvolveu melhor, aparecendo um aroma gostoso, frutado e de especiarias.

Ainda não deu para fazer um cupping bom, mas com leite foi suave e gostoso.

Minha duvida é se na próxima torra, para chegar a City +, faço uma rampa mais quente, de 240 em vez de 235, ou se deixo os 235 e aumento após o 1C para 227 ou ainda para 230 até finalizar ...

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Acertei uma torra do Fazenda do Condado primorosa, e na pipoqueira. Eu não faço um log de dados como os colegas, pois o jeito que torro na pipoqueira não se presta muito pra isso.

 

Como diretivas gerais, fiz um patamar de 140C durante uns 3 ou 4 minutos para desidradatá-lo, e a partir daí fui fazendo a temperatura subir gradativamente até próximo do primeiro estalo. Quando o primeiro estalo começou a ficar forte (uns 7-8 minutos de torra), desliguei a pipoqueira e fiquei fazendo mistura manual dos grãos, chacoalhando a pipoqueira, durante uns 20s. Liguei a pipoqueira de novo por mais alguns segundos e tornei a desligar, aproveitando a inércia e estendendo a torra mais alguns segundos, sempre chacoalhando a pipoqueira para evitar pontos de queima pelo contato com o metal.

 

Não fotografei, mas a torra deve ter ficado um Citu ou City+, difícil precisar. Visualmente, o aspecto dos grãos ficou bem parecido com o Frutado ao quadrado do Leo Moço, ainda que este último tenha grãos menores.

 

Usei só para coado no Hario por enquanto, mas ficou excelente, um dos melhores coados que já fiz. Realmente é difícil definir o sabor e os aromas, mas é um café com uma boa doçura, e um toque vegetal difícil de definir. Por alguns instantes na xícara consegui sentir o aroma de capim-cidreira que o Guilherme descreveu, mas depois não tornei a encontrá-lo.

 

E meu grande prêmio veio no decorrer do dia. Durante o expediente, recebi email da minha esposa dizendo que passou o dia todo lembrando do sabor do coado que fiz pela manhã!

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Tenho torrado o Condado até o nível city. Fica muito bom no coado, café sedoso, de doçura alta, quase nada de adstringência na boca. Mas, no expresso, pede uma concentração maior para mostrar a que veio. Não arrisquei uma torra mais escura para não correr o risco de queimá-lo. Mas, acho que vou fazê-lo em breve. Depois posto impressões.

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Ainda duro de moer no Lido.

 

Bernardo, talvez você deva aquecer mais na fase de desidratação, e não na segunda torra. Minhas torras do condado, embora city, estão fáceis de moer no kyocera, que é bem menos robusto do que o lido.

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Acertei uma torra do Fazenda do Condado primorosa, e na pipoqueira. Eu não faço um log de dados como os colegas, pois o jeito que torro na pipoqueira não se presta muito pra isso.

 

 

Rodrigo,qual quantidade de grãos crus que vc utilizou?

 

uma abraço,

Bruno

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Segunda torra do Condado no Gene, fiz novamente Double roasting.

O primeiro degrau fiz igual, 8:30min a 160C, no segundo desta vez mais quente 235 em vez de 230, e o grão agradeceu.

Dois minutos apos inicio do 1C abaixei para 220, mas após 2 minutos estava muito claro e subi para 225, finalizei com 15 minutos, deu um City, ainda duro mais já viável de moer no Lido.

De fato pretendia um City + , mas a luz não estava boa e fiquei receoso de queimar, mesmo assim parece ter ficado bom.

Apesar da cor ser praticamente igual que o American, anterior, este desenvolveu melhor, aparecendo um aroma gostoso, frutado e de especiarias.

Ainda não deu para fazer um cupping bom, mas com leite foi suave e gostoso.

Minha duvida é se na próxima torra, para chegar a City +, faço uma rampa mais quente, de 240 em vez de 235, ou se deixo os 235 e aumento após o 1C para 227 ou ainda para 230 até finalizar ...

 

Bernardão, acho que vc pode desidratar entre 170 e 180 graus.... acho que assim resolve a questão.

 

Abraços

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Rodrigo,qual quantidade de grãos crus que vc utilizou?

 

uma abraço,

Bruno

 

Bruno, tenho me adaptado bem com torras de 120g. Mas tem que promever agitação no início, só a ventoinha não dá conta. O resultado, porém, compensa.

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Obrigado Fogo e Guilherme !

Como faço Double roasting a fase de desidratação e só para baixar o conteúdo de água: são 08:30' a 160C e dai resfriar até temperatura ambiente antes de iniciar a segunda fase.

A indicação do Claus (um torrador bem conhecido na Alemanha, que representa o Gene e é o autor do livro e "inventor" do método) é que nesta fase não deve iniciar a torra, o grao deve ficar menos do que amarelo.

Este método é especialmente indicado para safras recentes, ainda com bastante umidade nos grãos,

Na segunda fase é que se dá a torra realmente.

Tem uma primeira, para "carregar" o grão de calor, uso 5' a 200C, que corresponderiam a desidratação convencional.

É nessa que poderia seguir a dica de vocês dois e levantar de 200 para 220C.

Dai vem a segunda, até o 1C, que era na que pensava aumentar a temperatura ...

Acho que vou fazer como vocês sugerem, deixando as outras temperatura iguais, e vamos ver no que dá.

Abraços,

Bernardo

 

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Não Marcio, e do sensor de saída.

Parece que o de entrada é utilizado para ligar e desligar o aquecedor.

Tentei fazer um paralelo entre a Temperatura de Saída e a da massa de grãos mas cheguei a nada utilizável.

Pelo que dizem o 1C aconteceria entre os 190 e 215C, mas aí o termômetro já esta mostrando 235C há mais de 3 minutos ...

O termômetro "laser" sofre interferências do vidro.

Até que estou achando que já esta marcando algo mais certo (quando apoio no vidro no momento que a masa de grãos esta passando) mas ainda bem abaixo do que de deveria ser a temperatura real dos grãos.

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Bruno, tenho me adaptado bem com torras de 120g. Mas tem que promever agitação no início, só a ventoinha não dá conta. O resultado, porém, compensa.

 

Rodrigo, obrigado pela resposta. Promover agitação quer dizer sacudir a pipoqueira?? Nunca torrei com quantidade tao alta, como vc controla pra não sobre-aquecer muito rapidamente, principalmente antes do primeiro estalo?

 

Abraços,

Bruno

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Rodrigo, obrigado pela resposta. Promover agitação quer dizer sacudir a pipoqueira?? Nunca torrei com quantidade tao alta, como vc controla pra não sobre-aquecer muito rapidamente, principalmente antes do primeiro estalo?

 

Abraços,

Bruno

 

Sim, sacudir a pipoqueira. Você cozinha? O mesmo movimento que se faz na frigideira pra misturar ingredientes. É importante usar algum prolongador na pipoqueira ao utilizar esta quantidade de grãos e este método. Já falei outras vezes (e postei foto até) que uma lata de tomate pelado com um corte longitudinal cai que é uma luva pra isso.

 

O que eu faço pra torra se prolongar um pouco mais com 120g na pipoqueira (está original, sem mod algum) é desligá-la por um tempo ao atingir determinadas temperaturas. Ao redor de 140-150 graus (medidos no meio da massa de grãos), gosto de fazer umas paradinhas. O primeiro estalo na minha Mondial costuma acontecer invariavelmente ao redor de 200C no termômetro.

 

Quando o primeiro estalo começa a embalar, tenho feito umas paradinhas também. Daí vai um pouco do feeling que você pega do equipamento com a prática. Pretendo furá-la e colocar o termômetro fixo na diagonal, deixando a ponta de medição perto do centro, mas sem tocar o fundo de metal. Daí posso ter parâmetros de leitura com melhor reprodutibilidade, além de liberar a mão que segura o termômetro.

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Outra pergunta pro interrogatório: Quando vc faz estas paradinhas, vc continua a agitação?

Sim, um pouco. Digamos que uma chacoalhada a cada 5-10s, mais ou menos.

 

O aspecto dos grãos torrados fica bastante expandido ou ficam torrados com pouca variação de volume?

Isso varia. O grão influencia, bem como a quantidade de energia fornecida na faixa de temperatura do 1o. crack. Não tenho um megaembasamento teórico sobre isso, mas é o que o Márcio sempre repisa aqui no CDC.

 

Em tese, essa pausa causa uma diminuição no fornecimento de calor para o grão, proporcionando uma expansão menor do que com uma torra com a pipoqueira ligada direto. Não posso afirmar categoricamente porque não tenho duas amostras do mesmo grão, torrados um de cada maneira, para poder fazer uma comparação direta.

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Por acaso eu também quis verificar e medi nestes dias.

Dia 26, com 150 gr de Condado, torra mais clara, o volume (aproximado, medido com jarra medidora) passou de 225 a 260ml, hoje uma torra mais quente das mesmas 150gr de Condado, passou de 225 para 300ml.

O peso da primeira deu 131,2 (13%) e a segunda deu 128,9 (14%).

Isto indica, comforme já foi bastante debatido no homeroasters, que o volume indicaria melhor o estagio de torra do que o peso.

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