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Torrando o Fazenda do Condado


Lucas Faccioni

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Guilherme,

 

Como você está alimentando as curvas no Roastmaster durante a torra?

 

Insiro na minijanela temperatura (você tem que criar um nod antes de iniciar a torra, ou ele pedira para que você o faça quando clicar na primeira vez na citada janela). Veja as duas ultimas fotos que postei no flickr. O link é: http://www.flickr.com/x/t/0092009/photos/85044844@N05/8456332872/

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Ah ok, você está usando o sistema "na mão grande", do mesmo jeito que eu fazia na pipoqueira. Lia a temperatura a cada X tempo e digitava no software.

 

Caso interesse o pessoal do Roastmaster criou um módulo de Data Logging compatível com uma interface chamada Phidget. É uma placa que transforma sinal de termopar em USB e através de um driver Windows pode-se ler o sinal e jogar via wifi para o Roastmaster. Dei uma olhada no Google e a placa é baratinha, acho que uns 10 ou 20 dólares.

 

Abraços.

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Não sei se teria espaço para um notebook na bancada onde realizo as torras. Mas é muito interessante. Que bom que eles estão evoluindo o programa.

 

Um notebook talvez não mas quem sabe um netbook...:)

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Dei uma pesquisada e até existe um phidget com saída de rede que pode, adicionado de um adaptador wireless, ser usado para passar as temperaturas direto para o roastmaster. Mas o preço é Salgado: U$160,00 pelo phidget; U$30,00 para o adaptador. Aí, é melhor partir para o OSPID, que além de medir, controla a temperatura, que é mais barato - U$95.00 com frete, mas sem II.

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O OSPID é USB. A ligação é a mesma de um PID comum. A diferença é que você pode controlar múltiplas rampas pelo computador, usando até um programa de PC gratuito muito difundido entre torradores (não me lembro o nome, mas ja falei sobre ele no tópico Philco Rotisserie).

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Essa temperatura do Gene é medida onde, Bernardo? No ar quente antes de entrar no tambor?

 

Tinha visto um esquema que parecia mostrar o cabo do sensor da saída entrando no medidor de temperatura, mas agora vi um outro esquema, onde os sensores vão para uma placa "mãe", e de outro lugar da placa sai o chicote para os medidores e controle.

Agora não tenho mais certeza de qual dos sensores tira a medida ...

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Tenho a impressão que o meu forno mede para baixo e o gene para cima da temperatura real do grão. Digo isso porque, segundo sua descrição, a torra foi encerrada com o gene a 235°C, muito acima da temperatura que ocorre o primeiro crack, sendo que, pela descrição da cor do grão, a torra não chegou a ficar muito escura e nem entrou no segundo crack.

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De toda forma, ainda que a medição não seja idêntica daquela temperatura que se passa no grão durante a torra (até porque isso é muito difícil de se implementar,senão impossível), dispondo de um critério preciso e estável, podermos repetir uma torra boa. Portanto, sendo a medição constante, como ocorre com o gene e, posso atestar, também com o Philco, isso é suficiente.

 

Temos que combinar um dia para fazermos uma degustação comparada, preferencialmente na estrega kkkkkk

 

Abraços

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Antes de começar a ler, leve em conta que meu forno mostra temperatura 10•C menos do que deve estar a massa de grãos.

 

Hoje, inspirado nos artigos da roast magazine, tentei fazer um perfil de torra que começa com 180•, depois de um minuto passa a 164• e estabiliza em 170• aos 3min, seguindo nessa temperatura até os 6min, quando começo uma rampa que perdura mais ou menos uns 3min até alcançar 195•. Depois deixo nessa temperatura até alcançar o primeiro crack, quando volto a reduzir lentamente para 180• (demora mais ou menos 3min para reduzir a tal temperatura). Com isso, prolonguei o primeiro crack por volta de uns 2min30s, sem que se iniciasse o segundo crack. Encerrei a torra aos 11min. O café ficou city+/full city. Depois vou fazer uma degustação e posto minha impressão.

 

http://www.flickr.com/x/t/0093009/photos/85044844@N05/8476098386/

 

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Bernardo,

Realmente, a iluminação atrapalha um pouco. Diria que está mais para city+, embora não pareça pela foto. Adicionei mais duas fotos, uma com close up e outra do grão cortado ao meio.

A última permite aferir o que o márcio estava dizendo no tópico do behmor. Nos fornos a tambor, há uma tendência do grão ficar mais torrado por dentro do que por fora, embora eu arrisque dizer que, no Philco, essa diferença é bem pequena, embora exista.

 

Fiz duas degustações do café. Uma em casa e outra aqui no trabalho. A daqui ficou melhor (talvez porque moído no kyocera, com maior uniformidade e menos particulados). Não ficou com nada de gosto de cinzas, mas também não foi a melhor torra que já realizei, ao menos para meu gosto pessoal (estou começando a curtir mais a acidez). O gosto residual está muito bom (aliás, nesse aspecto, o fazenda do condado se destaca: deixa um gosto suave, saboroso, com caramelo, mas sem amargor, que persiste por vários minutos). Mas não senti tanto as notas de origem e senti falta da acidez (o capim limão não estava lá, quando tomei), que ficaram um pouco atenuadas pelo maior grau de torra.

 

Acho que ficou uma torra muito boa para espresso, principalmente para um ristreto, mas não tão boa para um coado, aeropress ou french press. Amanhã farei um coado com ele e assim tiro a prova. Depois digo o que achei.

 

Bom, vamos às fotos:

 

CLOSE UP DOS GRÃOS

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Guilherme,

 

Para mim essa torra tá com jeitão de City+, com expansão moderada, alguma textura ainda na superfície do grão e salvo engano tem algum óleo querendo sair...

 

Meus grãos torrados no Behmor apresentam esse exato padrão que você mostrou com relação à diferença interna e externa.

 

Uma coisa curiosa que notei e que parece que há na sua torra: Torras que fiz no Behmor e visualmente se apresentam como City ou City+ desenvolveram óleo na superfície, característica bem típica de torras Full City em diante. Parece contraditório a princípio mas pode ter lógica na medida em que o grão torrou mais por dentro que por fora, isto é, externamente parece estar em um estágio menos avançado mas como internamente pode estar mais além (ex: Full City) os óleos migram para a superfície.

 

Abraços.

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Leonardo,

 

Não notei a existência de óleo na superfície. A foto pode enganar, pois foi tirada em ambiente com luz insuficiente e usei o led do iphone para conferir maior iluminação (às vezes, pode ser reflexo de luz, às vezes, óleo). Acabei de checar uma amostra do café que trouxe para tomar no trabalho e não consegui identificar óleo nos grãos, mesmo com uso de uma lupa. Já fiz uma torra que passou do ponto. Nessa, não havia dúvida sobre a existência de óleo kkkk.

 

Mas, de fato, olhando mais uma vez as fotos, dá para perceber uma diferença entre a cor interna e externa dos grãos. Como poderíamos remediar isso? Diminuir o tempo de desidratação, mantendo o calor alto na fase inicial da torra (o condado, afinal, não é grão dos mais densos)? Diminuir o calor em todas as fases da torra? Diminuir o calor na fase de desidratação e aumentar na fase de finalização?

 

O que você sugere? Carneiro, alguma luz?

 

Abraços

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O f$$$&&&***! é que, cada torra que eu faço, uso 230g de café crú. Se, ao final, não fica boa, dá um sentimento de perda (de bom café desperdiçado).

Essa torra, até que não ficou tão ruim, mas, perto das que vinha realizando antes com o condado, deixa muito a desejar. Dá até uma súbita e passageira vontade de parar de experimentar novas possibilidades e voltar ao que é seguro. Mas, por outro lado, se consigo acertar ainda mais, aprimorando a técnica anterior ..... :D

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Guilherme, minha próxima torra pretendo usar um perfil P2 alongado para que a temperatura já comece a cair uns 45s antes do inicio do primeiro estalo. Isso para grãos de alta densidade.

 

Quero testar também um perfil mais frio, porém de temperatura crescente. Vamos ver no que dá.

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Ok, depois poste suas conclusões.

Ps: hoje fui examinar novamente os grãos. Você tinha razão, embora a torra não estivesse tão avançada, chegaram a expelir óleo. Em varios deles havia gotas de óleo. O café ficou sem graça, com leve amargor e nada de acidez. Não repetirei a torra

 

http://www.flickr.com/x/t/0093009/photos/85044844@N05/8478487931/

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