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Rodrigoks

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Posts postados por Rodrigoks

  1. Embora eu goste de pacotes maiores, como os gringos de 12oz, eu tinha pra mim que só era possível comercializar café torrado no Brasil nas frações de 250g, 500g ou 1kg. Percebi que os pacotinhos das fotos tem 300g. Mudou algo nesse sentido? Ou não se aplica nessa modalidade de venda?

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  2. Espresso: EK43, às vezes com as coffee burrs originais, outras com as SSP TiCN. Essas permitem trabalhar numa faixa de moagem bem mais ampla pra espresso que as originais, é bem interessante. Às vezes, pra ter um perfil diferente, mas cads vez mais raramente, OE Pharos.

    Filtrados: Kinu M47 e EK43. As mós originais são ótimas pra esse fim. AS SSP tem gente que diz que são melhores, mas estou achando mais difícil achar a moagem correta pra coado. Ainda estou testando e aprendendo o melhor uso dela. O Kinu M47 tem surpreendido, moagem muito regular pra filtrados. A bebida sai bastante definida com facilidade.

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  3. O plano da mó é o de giro, correto? E folga, tem ou não tem. Até poderia se especular que em algum grau qualquer moedor tem, seria questão de ter instrumento com resolução pra medir. Agora se vc percebe a folga com os sentidos, é porque tem e não é pouca.

     

    E não estou fazendo juízo de valor sobre o moedor, não. Só comentando uma caracteristica.

  4. Esses moedores costumam trabalhar com folga nos pontos de apoio. Duvido que faça muita diferença o acabamento das mós, se fundido, polido ou o que for, para a moagem. Existem outros fabricantes nacionais, como a Botini.

    As mós não ficam no plano vertical não?

  5. Lembrando apenas que não são mós cônicas, pelo menos não as mesmas mós cônicas dos moedores mais modernos, cuja alimentação se dá pela gravidade em sentido transversal ao do plano das mós. No caso dos moinhos do tipo Spong, como o Mimoso, o café entra e sai no mesmo sentido do plano dos discos cônicos.

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  6. 6 horas atrás, tencelcal disse:

    Ontem fiz um coffee na V60 e a minha esposa perguntou se eu tava com um grão melhor...

    Não, nenem, tow com um moedor melhor!

    Ohh Bravo Mini dos meus sonhos!!!

     

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    Se eu ganhasse um real pra cada vez que digo isso pras pessoas e me olham com uma cara desconfiada...

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  7. Se considerar o preço e o tamanho, as bombas vibratórias são uma grande sacada. O que me fascina nas rotativas é o funcionamento silencioso.

    A Ulka da Elektra dá umas bobeadas quando a máquina fica muito quente. Porém como dificilmente deixo ela ligada muito tempo e tenho feito pouco espresso, vou levando, tendo em mente que momento ou outro vou ter de trocar. Considerando que a bomba deve ter mais de 20 anos, não dá pra reclamar.

  8. Como disse, não gostaria de comentar com base em mera impressão pra não parecer leviano. Meu Bravo Mini nos últimos tempos estava equipado com as mós do Preciso, as quais, a meu ver, geravam uma moagem mais irregular que o Bravo com as mós originais. Limito-me a dizer que o Kinu não produz finos em excesso pra um moedor cônico desse porte. Um sintoma disso é a transparência da bebida, que é muito boa. Porém um aspecto não menos importante é que - ao menos aparentemente - a quantidade de boulders também parece bem controlada, o que com as mós do Preciso instaladas no Mini - friso que não é a configuração original e que o Gilberto apenas instalou tais mós porque pedi - não era tão bom.

    Não, nunca tive um Lido. 

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  9. Kinu M47 - Primeiras Impressões

     

    Faz tempo que não posto aqui, mas não podia deixar de escrever essa breve resenha porque - pelo menos ao que parece - sou dos únicos que tem um Kinu M47 por essas bandas.

     

    Recentemente havia vendido meu Bravo Mini pra comprar um moedor de característica mais portátil, ou seja, menor e mais leve, pra usar em viagens. Nesse meio tempo surgiu a oportunidade de comprar o Kinu M47, que é mais ou menos do mesmo porte do Mini, e não pude resistir. Idiossincrasias à parte, o fato é gosto muito de testar tantos equipamentos de café quanto possível, em especial moedores, de modo que vou passar minhas primeiras impressões. Ressalto que são primeiras impressões mesmo, pois estou com o moedor há uma semana apenas.

     

    Os moedores Kinu são fabricados na Alemanha pele Graef, embora eles tenham abrido uma empresa na Flórida com o nome Kinu Grinders, possivelmente pra alavancar vendas nos EUA. A princípio, o protótipo foi desenvolvido na Romênia por uma empresa pertencente o grupo Graef que fabrica instrumentos dentais e moedores de especiarias. Por isso, as primeiras vendas se deram para o leste europeu, mas depois a Graef assumiu os negócios.

     

    O moedor tem 20,15cm de altura, 50mm de diâmetro e pesa 1,15kg, sendo praticamente todo construído em aço inoxidável. Não é, portanto, exatamente portátil. Pro meu gosto é um moedor muito bonito, de um design bem limpo e funcional, ao estilo alemão. Parece também muito robusto e resistente.

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    Como o nome do modelo sugere, M47, utiliza mós cônicas de 47mm, de aço 63HRC, com tratamento "black fusion". Não pude confirmar essa informação, mas li por aí que as mós são fabricadas pela Italmill. Não sei se tem a ver com o tratamento das mós, mas eles geram relativamente pouca estática, o que é um aspecto positivo.

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    O Kinu M47 tem uma borda em forma de funil que coleta os grão na seção superior, tendo capacidade de 40g de grãos e de 30g no recipiente coletor de pó, segundo o manual. Não tem tampa como o Bravo Mini. Embora não seja uma necessidade, caso se faça uma moagem com muita energia é possível que um grão escape por ali, como já me aconteceu algumas vezes. Não chega a ser um problema, mas fica a nota.

    O sistema de ajuste se dá por meio de um seletor que fica logo abaixo do apoio da alavanca. São 50 ajustes possíveis por volta, sendo que cada passo altera a distância das mós em 0,01mm. Para fazer o ajuste, é necessário afrouxar um parafuso de ajuste que fica na parte superior e que também faz a fixação da alavanca, colocar o seletor na posição desejada e voltar a apertar o parafuso de fixação. Embora o procedimento todo seja bastante simples e fácil, está longe de ser tão direto e rápido como é o do Bravo Mini, que é dos melhores sistemas que conheço em moedores manuais.

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    Junto ao corpo do moedor, no local onde se dá a pegada, há uma espécie de gatilho que eles batizaram de "anti-rotational knob", que é uma grande sacada. Ele impede ou dificulta que o moedor gire em falso na mão que o segura. Esse dispositivo, juntamente com o diâmetro do corpo de 50mm, que é bastante confortável, faz com que a força exercida pela mão e punho para segurar o moedor durante a moagem seja relativamente pequena, de forma que a moagem se dá muito naturalmente. Também a alavanca é compensada em relação ao plano de apoio do moedor, de forma que torques estranhos ao plano de giro da alavanca são minimizados na mão que segura o moedor. Ergonomia muito bem pensada.

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    Segundo o manual, o moedor leva de 30 a 40s pra moer 18g de café pra espresso. Hoje moí 22g pra espresso em 44s e 22g pra V60 em aproximadamente 30s, o que dá pra ter uma idéia da performance de moagem. Não é rápido quanto um grande cônico, mas ao fim das contas é um bom compromisso entre velocidade e facilidade de moagem.

    O recipiente coletor de pó é fixado por 4 imãs de neodímio que fazem muito bem o papel de fixar o copo ao corpo do moedor. O único porém em relação ao copo coletor é que no ângulo agudo formado entre a face da base e a seção lateral tendem a reter um pouquinho de pó. A quantidade que tende a se depositar ali é mínima, mas como é uma área de acesso difícil sem uma haste ou algo assim, esse é um pequeno aspecto negativo.

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    Quanto a qualidade de moagem, é um aspecto bastante difícil de mensurar objetivamente. E o aspecto subjetivo é, obviamente, subjetivo e sujeito a toda sorte de viés de quem escreve. O que posso dizer é que fiquei muito bem impressionado. O conjunto de moagem é montado em cima de 4 rolamentos, com base, segundo o manual, no "morse cone principle", o que garantiria boa centralização do conjunto. Anuncia o fabricante que a tolerância do alinhamento é da ordem de 0,02mm, o que é um excelente número na hipótese de isso ser verdade para toda a linha de produção. No ajuste 0, com as mós faceadas, as superfícies não se tocam. Nos testes de coado que fiz, os resultados foram bastante positivos. Quantidade moderada de fines e poucos boulders, o que se refletiu em xícaras com sabores bastante definidos.

     

    Por fim, paguei pelo moedor o equivalente a 299 dólares, mais 56 dólares de VAT, pois o produto foi enviado para o interior da Alemanha e um amigo trouxe para mim de lá. Não é um moedor barato, mas o preço está de acordo com produtos de qualidade superior.

    Falando em produtos high-end, sei que muitos devem pensar em uma comparação com o Bravo Mini, que seria o mais óbvio moedor manual a ser inserido nessa categoria aqui no Brasil. Todavia, o Gilberto é um grande amigo, e acredito não ter a isenção necessária pra fazer juízo de mérito entre esses moedores, especialmente quanto à qualidade de moagem. Tenho especial interesse no sucesso do Gil, fui um forte incentivador (e vendedor) do Bravo desde o primeiro protótipo, e hoje fico feliz em constatar que é um sucesso. Vou me limitar a opinar acerca da pegada e facilidade de moagem, em que penso que o Kinu leve vantagem. Por outro lado, o sistema de ajuste do Gilberto é muito mais sofisticado que o do Kinu, ficando na frente nesse aspecto.

     

    Conforme eu lembrar de um outro aspecto do Kinu M47 que mereça destaque, farei atualizações dessa breve resenha. 

     

    RodrigoKS - Terça Expressa

     

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  10. Eu acompanho o projeto do Ray Murakawa desde o início. Cheguei a me inscrever pra ser beta tester, mas já era tarde e não rolou. Eu curto a idéia de pouca agitação na cama de café. Isso faz com o pó atue como também como elemento filtrante, fazendo uma bebida com menos partículas em suspensão, que, ao menos em tese, bloqueia menos as papilas gustativas. Esse pra mim é o aspecto mais interessante da idéia. Não acho que seja um dispositivo que vai vingar como método pela falta de praticidade, mas tenho que ajuda a trazer pra discussão alguns elementos da dinâmica de extração que são muito mal explicados e explorados.

    Dito isto, não tenho conclusões sobre o método porque me falta conhecimento para compreendê-lo melhor.

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  11. Em 12/11/2017 at 22:59, J. Coffee disse:

    primeiramente parabéns pelos textos, bem explicativos e coerentes...

    Muito obrigado, @ronaldom1 :)

    Espero que tenha sido útil para você.

    me lembrou muito dos conceitos disseminados pelo colega @Lisboa Santos aqui do fórum... 

    Vamos dizer que meus textos anteriores e muitas conversas tem uma parcela grande de influência no que o Lisboa dissemina.

    Em métodos que não demandam infusão, como a Hario... como colocar em prática os conceitos?

    Primeiro, os fundamentos que apresentei na sessão "Sweet Spot" se aplicam normalmente. (Tirando o fundamento 2 e a parte da agitação do 7)

    Segundo, tem que ficar claro que os métodos por percolação não geram muita extração, pois a água só passa pelas partículas. Não ficando muito tempo em contato com a água.

    Ou seja, você nunca vai atingir um resultado tão bom quanto em uma infusão.

    Tendo dito isso, a melhor forma de utilizar esses conceitos no bom e velho coado é justamente entender as limitações da percolação e procurar atingir o melhor resultado dentro do possível.

    Como?

    Primeiro entendendo que na percolação você praticamente só está extraindo os fines. 

    Então se é isso que você tem para trabalhar, você precisa tirar o melhor deles.

    Você precisa encontrar o sweet spot dos fines.;)

    A área roxa que marquei no gráfico em anexo. Esse é o ponto onde você extrai todas as boas substâncias deles, sem começar a extrair os amargos.

    E como encontrar esse ponto?

    Se você julgar pelo gráfico, o tempo de extração para chegar nesse ponto seria, mais ou menos, 40 à 50 segundos.

    Só que por percolação demora mais, pois a água só passa pelo café. Então a extração é mais lenta.

    E no caso do coado, é mais lento ainda, pois a granulometria é mais grossa. (No exemplo do gráfico a granulometria é "tipo espresso")

    Falando em granulometria, a mais indicada para "coados no geral" é mais fina do que normalmente é recomendado.

    Eu uso do ajuste "4.0" até o "4.5" no EK-43. (Espresso é ao redor de 3)

    O ajuste varia de acordo com o nível de desenvolvimento da torra. Mais clara, mais fino. Mais escura, mais grosso.

    E só para deixar claro, eu só faço coados para análise de cafés e perfis de torra, já que o "tradicional" cupping não oferece claridade suficiente devido ao excesso de pó que fica no caminho das papilas gustativas, atrapalhando a percepção. 

    Além do resultado de sabor, no geral, ser muito inferior.

    Voltando ao assunto, com a receita que uso (granulometria "4.0" até "4.5", água à 85C e BR de 8%) o tempo para atingir o sweet spot dos fines é ao redor de 2:00.

    Mas claro que isso vai variar, não é uma regra. Vai depender principalmente da água usada. 

    É uma questão de experimentar com as suas variáveis. 

    E como experimentar?

    O ponto mais importante é que só se regula extração em percolados mexendo na variável granulometria.

    Então a idéia é você fazer alguns testes, partindo de algo que se assemelhe ao "4.5" e ir afinando até ficar amargo.

    Aí você volta um pouquinho.

    Igual a encontrar o Sweet Spot. :)

    É isso!

     

    Considerações:

    1 - Despejar toda água de uma vez, bem no centro. (Se você jogar nas laterais parte da água vai passar sem gerar tanta extração)

    2 - Parar a extração logo antes do nível da água chegar ao nível do pó de café. (Que fica nivelado no fundo)

     

    PS:

    E no caso do espresso? Antes que alguém pergunte.

    Devido ao uso da pressão, o fato da percolação ser mais lenta é compensado. 

    O sweet spot dos fines gira entorno de 40s à 60s. (Igual ao gráfico)

    Encontrando a faixa granulométrica que extraia um "Normale" (BR 50%) nesse tempo, o resultado será o espresso mais complexo e mais doce possível.

    A idéia é a mesma, ir afinando a faixa granulométrica até amargar.

    Quando amargar se volta um pouquinho.

    Image.jpg

    Curioso em relação ao gráfico. Os amargos da "moagem ajuste" saem do zero a partir dos 9min se eu entendi bem. A escala do y fala em porcentagem, então presumo que esteja falando do total de compostos amargos solúveis do café. Que compostos são estes? E o formato da curva é assim por que? Foi quantificado por que método? Só pra que eu possa entender do que estamos falando aqui. 

    Obrigado,

    Rodrigo

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  12. Prezados!

    Estou vendendo meu Bravo Mini. Não preciso falar muito do moedor, pois a reputação fala por si. O meu é do primeiro lote que saiu, unidade de número 20. Apesar de possuir o moedor já faz algum tempo, ele está zerado. Como normalmente preservo bem meus equipamentos e o Bravo é praticamente indestrutível, o moedor está em perfeitíssimas condições.

    O diferencial do meu moedor é que nele estão instaladas as mós do Baratza Preciso. Além disso, acompanham o produto as mós originais em perfeito estado, de modo que o proprietário poderá optar por qual perfil de moagem prefere e instalar o que melhor lhe convier.

    Motivo da venda: quero um moedor um pouco mais leve para viagens e também abrir espaço no armário.

    Preço: R$ 950,00 com a mó extra. Frete por conta do comprador. Posso fazer a transação pelo ML sem custo adicional. Não tenho interesse em troca por outro produto nem aceito valor inferior. O preço está bastante bom considerando a mó extra inclusa.

     

    37965654961_6695160142_b.jpg

    Devo viajar no final de semana e talvez fique temporariamente offline, mas priorizarei as propostas de compra na ordem de postagem (desde que sérias, evidentemente).

    Obrigado pela atenção.

    Abraço,

    Rodrigoks

     

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