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Lisboa Santos

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Tudo que Lisboa Santos postou

  1. Olha só o Gil de peruca ralinha! Acho que ele fica melhor sem....
  2. Se é legal?!?! Ô mai nem! Se não fosse eu não teria acumulado 15 mil horas ao longo de 14 anos de virtualismo ferroviário, uai! A única exceção, na vida real, foi em 2005 com uma maria fumaça do início do Séc. XX, lá em Porto Velho (RO), da mudialmente épica Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Papo vai, papo vem, com o maquinista, falei que era maquinista virtual (na época há 4 anos), ele não botou fé neste negócio de computador e falou "quero ver se você sabe mesmo!". Ele tinha acabado de aquecer a caldeira, peguei a vovozinha, e, apesar de alguns tranquinhos e barranquinhos, fui e voltei no pátio de manobras com 5 vagões, uns 600 metros ida-e-volta, sem ele dar nenhuma dica, e sem nenhum problema como quebrar engate. Ele ficou besta, e eu mais ainda! Agora... maçante não é de jeito nenhum! Se fosse um "joguinho" de trem, pra levar o trem de A pra B, poderia. Mas era um simulador muito bom (visualmente era fraco mas a física era muito realista), chamado Run 8, com muitos maquinistas reais (alguns aposentados mas outros jovens e na ativa), nós simulávamos mesmo operações reais com todo o protocolo oficial americano de sinalização e tráfego, com rádio ao vivo; em uma sessão com um grupo fechado de 20 membros teve até a participação de um observador da FRA - Federal Railroad Administration que ficou admirado com o realismo e "profissionalismo" do grupo! Não era maçante, mas com certeza era estressante, principalmente se você quiser levar o trem perto do limite de velocidade permitido, sem problemas, é muito difícil, tudo tem quer pensado com 1 milha de antecedência, em função da sinalização e topografia. Manter um trem expresso de 8.000 ton, com 2 ou 3 locomotivas, perto do limite a 110mph, ou um super cargueiro com 8 locomotivas e 18.000 ton, no limite permitido de 55mph sem quebrar nenhum engate não é brincadeira! Um cargueiro mais leve em velocidade máxima não pára, com segurança, em menos de 1 milha, um super cargueiro então.... nunca sofri um acidente, mas levei muitos sustos! suava a frio de verdade em certas ocasiões. Normalmente íamos em dois na cabine: o Condutor que é o responsável pelo trem, lá nos EUA é ele quem manda em tudo (inclusive no maquinista que só opera a máquina), acompanha o movimento pelos mapas ferroviários e fala no rádio com o Despachador (na Torre de Controle) e outros trens; e o maquinista, que não pára 1 min de atuar de alguma forma, se ficar 30seg sem nenhuma atividade começa a disparar um Alerta, e se em mais 15seg não houver reação o trem será freado automaticamente! Às vezes era, diria, "boring", mas não enquanto estava em movimento, por ex. quando você ficava preso num sinal, devido ao trafego ou problemas de quebras com outros trens. Uma vez na Serra de Tehachapi, linha única, um trem que vinha em sentido contrário quebrou e ficamos num páteo de cruzamento quase 2 horas esperando. Como é permitido cochilar, nestas circunstâncias, desde que alguém da equipe fique acordado, eu (estava como maquinista) depois de 1 h de espera, pedi permissão para tirar uma pestana pois já rodávamos havia 6 horas e ainda tinham mais 3 horas pela frente (2h de descida de serra), o Condutor permitiu, eu desliguei o rádio e acordei 1 hora depois com a buzina do outro trem, e a luz cegante na cara (era de madrugada), passando por nós! Às vezes era também cansativo, imagine uma sessão de 10-12 horas seguidas, com toda seriedade e atenção! eu terminava deliciosamente exausto e literalmente acabado em muitas delas! Mas esse "realismo" é que era a graça do negócio.
  3. Gato preto cafeinado! Guenta coração.... Os bichos já são elétricos de madrugada (eu durmo tarde) imagina com café!
  4. Não costumo ter muitos hobbies ao mesmo tempo porque sou de mergulhar (já mergulhei tb) de cabeça nos que invento de nadar. Hobby seria aquela atividade não profissional, que não faz parte de suas obrigações, né ou num né? Paulistano da Garoa, morava em Sampa. Quando jovem fui violonista clássico (14-17) neste mesmo período fui escoteiro. Depois (já menos jovem) regente coral e assistente de orquestra (17-27). Fotógrafo amador (27-33) com laboratório B&P (era adepto e estudioso do Zone System do Ansel Adams) em casa, tb gostava de diapositivos, daí minha filha nasceu e o photolab virou quartinho de nenê! Bonsai 40-45, daí mudei para o Interior de Rondônia e tive que deixar minhas árvores com bons e cuidadosos amigos, uma delas já está com seus 20 anos, tive oportunidade de vê-la há 4 anos atrás, emocionante. Em Rondônia virei jogador virtual. Em 2002, ao longo do campeonato mundial de F-1, fiz meu campeonato virtual (carros de 2001) paralelamente às corridas: eu treinava, ajustava o carro, treinava, classificava e corria. Tudo real e pra valer, modo expert (esqueci o nome do jogo), no dia da corrida era pra valer, eu morria pro mundo não podia ser interrompido por nada. Acabei naquele ano em 6º lugar principalmente graças ao Nakajima que me tirou de uma 3 corridas... Lá também me apaixonei e virei um maquinista virtual, com controlador próprio, parei há dois anos, quando participava de longas sessões em tempo real (online) com rádio e protocolo americano, tinha quase 15.000 horas de cabine, e fiz muitos mods para os jogos que usava. Fui também ferreomodelista e construiu um boa maquete (não completei todo o acabamento), quando morava em Rondônia. Ainda tenho meus trenzinhos alemães e italianos, de vez em quando rodo com eles. Depois que voltei para o Estado de São Paulo (2007) fiquei praticamente só com a simulação ferroviária. Mas fiz Filosofia (faltou um semestre para concluir), uma paixão de juventude. Virei massagista de Shiatsu Expresso, e Mestre em Reiki. E desde maio de 2015: coffee. Gosto muito de cozinhar, desde sempre, e tenho uns pratinhos gourmet, mas não considero um hobby, apenas algo que sou "obrigado" a fazer, então faço com muito esmero. Comprei recentemente uma pedra para assar pizza, e pretendo começar a fazer pães, ainda este ano. Iniciei a fabricação de licores há uns 6 meses, acabou de maturar um de café Kenya Gichitaini PB que ficou maravilhoso! Gostaria de entrar na cerveja, e aprender a fazer uma sem lúpulo (responsável pelo amargor, já que não gosto de amargor), se é que isso é possível e não é uma heresia. Tem gente que acha estranho eu demorar 20 minutos para preparar uma AP, mas vejam o histórico.... No violão eram horas por dia de malhação básica. Na fotografia, uma hora para tirar um foto que me agradasse e mais duas de laboratório para trazê-la ao papel. Como maquinista chegava a rodar sessões online (com mais de 20 trens simultaneamente) de 12-14 horas sem parar. No Bonsai anos (décadas) para ver o resultado do que vc tinha idealizado. Capricho, dedicação, aprofundamento, evolução, superação de desafios... e criar, seja lá o que for, preciso estar sempre criando, é isso que espero de um hobby, senão não tem graça! Ah, e claro, nem precisa dizer, muita, mas muita paciência mesmo.
  5. O pior é que agora deu tilt no meu gatinho preto. Desde então toda a vez que vou moer (tenho usado o Bravo Mini direto) meu gatinho senta ao lado e fica acompanhando o movimento da manivela com a cabeça (pra quem não tem um, gato não mexe os olhos, eles mexem a cabeça para direcionar a visão), achei que era por causa da manivelação. Mas daí o bichinho senta no chão ao meu lado (qualquer hora ainda vou pisar nele) e fica olhando eu preparar o café. Depois quando sento na mesa pra degustar ele pula na cadeira ao lado e fica miando pra mim! Acho que ele gostou de café, que nem os cabritinhos do pastor etíope! Não sei se vicio ele no negócio, ou não! Migalha de pão ou de biscoito de polvilho eu dou, pq ele adora, mas pó de café só quando cair acidentalmente mesmo, é melhor.....
  6. Lisboa Santos

    Bravo Mini

    É porque vc não tem um MD40, CaÊ! A borra resistente que fica grudada é nas quinas internas da mó (onde passa grão é autolimpante, naturalmente), e na rosca interna que fica exposta (aí acumula bastante). Aquela escova de grupo não funciona mesmo (é muito dura), no fim acabo usando uma escova de dente bem dura, cotonete (dá pra fazer pressão sem machucar os dedos), pano etc. Normalmente limpo a cada 15 dias, salvo se estou fazendo pouco café ou esqueço daí limpo uma vez por mês. Passo aspirador todo dia, às vezes esqueço. Realmente eu não uso café com torra acima de média, mas môo somente o mais fino possível (a 1 ponto do 0) para qualquer método, vai ver que vem daí a formação da borroleosidade. Moer café ainda congelado (i.e., direto do freezer pro moedor, o que não faço mais há uns 6 meses, prefiro esquentá-lo a la sous vide antes de usar) também parece contribuir para o indesejável efeito. Da próximas vez que limpar eu tiro umas fotinhas e te mando via MP. Tudo acima foi off-topicamente sobre o MD40. Agora aproveitando pra falar do Mini... uma vez discutiram sobre remoer (moer grosso e depois mais fino) em geral. Esta semana um colega disse que estava moendo no Mini mais grosso (2+40) e depois mais fino (0+40), pois isto facilitava a tarefa na moagem mais fina. Fiz vários testes e não vi vantagem: houve perda em tempo (2 passadas) e pouco ganho (menos esforço) trabalhando com o Mini na mão. Como estou prendendo o Mini na morsa (a pressão para segurar e não rodar é bem pouca) moendo direto em 0+30 (no meu, menos que isso quase não passa pó) está funcionando muito bem (pouco mais de 2min para 11g de pó), embora seja um pouquinho cansativo (mas tô precisando fazer exercício). E realmente não recomendo remoer, pois outro dia (quando testei) moí grosso e depois remoí fino, fiz isso várias vezes (quase uma hora, tive que tomar um relaxante muscular depois). No dia seguinte, mesmo batendo e chacoalhando bem meu Iron Man antes de usá-lo, pus 11,4g de pó e saiu 12,3g! Acho que no uso normal a retenção deve ser mínima, mas, por precaução, após o uso estou afastando as mós do Mini (2 ou 3 voltas) e passando meu velho aspirador cansado de guerra.
  7. Lisboa Santos

    Bravo Mini

    Eu tenho até aquele pincel (bem duro) angulado para limpar chuveiro de máquina de espresso, mas ele ou pincel comum ou escova de dente não tiram aquele grude de café que forma. .
  8. Lisboa Santos

    Bravo Mini

    Obrigado, Marcia! Eu já havia perguntado antes sobre o isopropílico pois usei uma vez no MD40, mas não sabia se ele faria mal à saúde. No ano passado na Semana do Café de Lorena eu vi um produto branco em flocos especial para limpar moedores mas era caro, não lembro o nome. Até arroz recomendam pra limpar o Mimoso (já fiz isso nele), ou outros moedores.
  9. Lisboa Santos

    Bravo Mini

    Gil, Valeu! Obrigado. Ainda não abri meu Iron Man, estava esperando seu vídeo, mas no MD-40 um pano seco não é o suficiente para limpar toda aquela massa grudenta oleosa que foi acumulando ao longo do tempo (limpo a cada 15 dias, em média). No MD já usei álcool 70%, o mesmo usado na farmácia para esterilizar recipientes (então não faz mal para a saúde) mas não sei se seria prejudicial às mós do Mini. O que você acha?
  10. Arthur, suas torras estão muito bonitas pelas fotos, mesmo que as imagens não estejam muito fiéis à realidade, o que é sempre um problema por conta daa variações na temperatura de cor em fotos, em celulares ou pcs, Quando estive hospedado em GYN na casa do meu Mestre de Torras (em que pese Domésticas) favorito (Mr. Rafa Rocks), uma coisa de que não me arrependo (ainda) foi de não ter provado os tais "pit dogs", não deu tempo, infelizmente, ou não, ainda não sei, um dia saberei. Da próxima vez que eu for pra essas plagas pequianas eu saberei, pois o Rafa já me ameaçou (e vai cumprir a ameaça) de me fazer comer um (pelo menos) "pit dog". Sei que estou fadado a não escapar desta experiência. Agora, uma coisa que me frustrou vou ter viajado tanto e não ter provado nenhuma de suas maravilhosas criações culinárias. Eu achava até que você tinha restaurante, mas que sem sem dúvida você é um verdadeiro Master Chef, disto não tenho dúvidas por tudo que vejo e pelas elogiosas referências que outros fazem sobre esse seu enorme talento culinário. Se em suas torras você conseguir realizar (tornar real) 10% do que você apronta nas suas aventuras culinárias, logo teremos um verdadeiro Home Master Roaster aqui no CdC, I bet, you bet!
  11. Novidade! deve proceder (parece razoável) quanto ao perfil da curva, eu que tomo geralmente entre Cinnamon e City em coados, mas já experimentei entre Half City e Italian, confirmo o pico de complexidade. Quanto ao resto... parece que os tempos estão subestimados e as temperaturas um pouco altas, mas tudo vai depender do torrador, do tamanho do batch, qualidade do café etc. Mas grau de torra, por si só, não quer dizer muita coisa, né ou num né?
  12. Foi pá pum mesmo.... mas num Atila de 5Kg, o bicho é poderoso. Certamente vamos alongar na próxima. Mas a torra está bem uniforme no geral e de fora pra dentro dos grãos. O grão inteiro (costumo provar de cafés novos) dos dois cafés não está amargo, tá bem saboroso. Estão no 5º dia da torra. O Brejetuba ainda está com CO2 um pouco acima da média (avalio isto pela espumação durante a infusão e pela aeração depois de pronto), na 1ª tentativa fiquei meio longe do ponto ideal de extração. mas ficou bem doce e o aftertaste prolongado (lá pelos 10min depois do último gole) não desagradou. Já o Ouro Verde, apesar de estar com mais CO2, mas talvez porque extraí um pouco mais estava super aromático (moagem, infusão e na xícara), muito doce, zero amargor e uma complexidade de acidez e notas de cair o queixo! Sensacional mesmo! Imagine este café daqui a uns dias, extraído no sweet spot! vai ser um delírio! De ambos extraí uma quantidade muito acima da média de óleo, o que é um excelente sinal, principalmente porque a infusão ainda não chegou no ponto ideal. Mais óleo à vista, no futuro! No ano passado só vi estes níveis de oleosidade (com filtro metálico) em cafés torrados pela Square Mile e pelo Rafa Rocks (ele torra sempre um pouco mais claro pra mim, em relação ao padrão dele).
  13. Preparando um café há uns 20 minutos, deixei cair um pouquinho do pó no chão. Logo depois vejo meus dois gatinhos (4 meses cada) lambendo avidamente o chão, mas como tinha sido feita faxina hoje (tenho certeza que aquele pedacinho de chão estava bem limpinho), e eu estava no meio de uma receita na AP, deixei.... Num deu nem 15 minutos os dois saíram pulando que nem cabritos (ou pulgas, gatos novinhos fazem isto mesmo), brincando de querer pegar um ao outro, correndo feito doidos pelo corredor, e depois pegaram um pregador de roupa (que eles adoram brincar) e estão "batendo" no brinquedo feito loucos pela casa toda até agora. Acho que já vi esta história em algum lugar....
  14. Muito legal Arthur! gostei da maior facilidade de confeccionar as aletas como vc fez. Dá pra postar o molde, com dimensões? Que chapa é aquela, de que material? Dá pra postar como ficou, como vc fixou? Meu Ouro Verde da 2ª CC (embora, num Atila) teve 11,9% de perda, hoje provei (5ª dia da torra) e está ficando espetacular! deu uma baita evolução desde o dia da torra! Ps.: talvez... já que existe um novo tópico Torra doméstica - Modificações na fritadeira Kitchen Art da Philco consolidando (e resumindo) as modificações para a Air Fry, e para não dispersar muito as informações, talvez fosse melhor postar no novo tópico próprio (quem sabe a moderação pode mover pra lá). O mesmo para as receitas (experiências) de torra com os cafés da 2º CC que tem tópico próprio: Torrando os cafés da 2ª Compra Coletiva de 2016.
  15. Na AP, até umas 13g de pó, e se a granulometria for bem fina, uma agitação forte de 2-3 seg a cada 30seg é o suficiente, antes que a decantação comece a prejudicar a distribuição e a uniformidade da extração. Com mais pó ou granulometria mais grossa precisa agitar mais (a cada 20seg ou 15seg). Quanto menos agitar menos temperatura vc perde, mas se começar com uma boa pré-escaldação, e usar sempre água fervendo, vc vai reduzir os malefícios da queda de temperatura. Como já disse no post anterior, e com tudo que faço, minha temperatura de infusão nunca fica abaixo de 85ºC (antes da virada), normalmente fica entre 86ºC-87ºC mesmo em infusões longas com tempo total (com êmbolo) de uns 10min. Um detalhe importante, que me parece óbvio por tudo que estamos conversando sobre queda de temperatura, mas é bom lembrar: eu só faço receita na AP com no mínimo 200ml de água, receita ideal com até 245ml de água (quase no limite dependendo da BR), pois quanto menor a massa de água, mais rápida é a queda de temperatura.
  16. Na AP (e qualquer outro método) eu pré-escaldo 2 vezes todo o equipamento, e a pitcher de aço onde extraio, até a espátula da AP em mantenho em uma pitcher em que pus água quente (aproveito a da escaldação), tudo para minimizar a queda de temperatura. Ainda na AP eu bolei uma luva (parede dupla com isopor dentro) para minimizar a queda de temperatura, mantenho a AP tampada (quando não estou agitando) com uma tampa de silicone dela mesma (kit Traveller) mas pode ser qualquer material que a mantenha tampada. Despejo a água (sempre fervendo) em 2 momentos: o primeiro com uns 140ml; e o segundo até completar 210ml ou 245ml (depende da BR) lá pelos 4:00min. Com tudo isto, mesmo em infusões longas de 9min ou mais (fora a descida do êmbolo) eu ponho o café preparado na xícara a 70º-71ºC (uns 10ºC a 12ºC a mais em relação ao modo convencional de usar a AP). Na AP consigo manter a temperatura de infusão acima de 90ºC uns 70% do tempo, e no restante nunca abaixo de 86ºC, o que é fundamental para uma maior extração quantitativa (o TDS aumenta) e qualitativa (extrai-se mais óleos e outras substâncias mais sutis, como florais e herbais). Uso sempre água fervendo, o tempo todo, em qualquer despejo em qualquer método, durante toda preparação. E a moagem é a mais fina que meu moedor me dá (algo entre espresso e turco), em qualquer método também. Faz 7 meses que não sei o que é tomar café amargo, a doçura é sempre muita alta, a acidez intensa e complexa, e rica em herbal e floral (como uso pouco, só tomo café muito bom ou excepcional, de pelo menos uns 88 SCAA, mas a grande maioria acima de 90, torra entre clara, moderadamente clara e clara-média). Ainda sobre a agitação, existem 3 tipos: 1) de mistura: a que tem por finalidade básica só misturar, leve e rápida, para coados por infusão com filtro de papel; 2) forte: a de AP (ou por infusão com filtro metálico) que é mais enérgica e que, por isso mesmo, subsidiariamente provoca aeração durante a infusão, o que ajuda a liberar CO2 e assim extrair mais, tanto quantitativa quanto qualitativamente; e 3) intermediária: na Clever, em que agito um pouco mais forte que a de mistura mas com cuidado senão pode rasgar o filtro. Minhas BRs ficam entre 5,5% e 6,7%, com isso se consegue maior Extração. O que vc disse é verdade: quanto maior a Extração maior a qualidade, riqueza e complexidade na xícara, mas daí corre-se também o risco de ressaltar alguns defeitos do café. Por isso mesmo que em extrações mais radicais assim, em que você chega no Sweet Spot e toma o café como ele é (com suas virtudes e defeitos, prefiro assim a ficar corrigindo defeito do café) é que é fundamental usar cafés de no mínimo excelente qualidade. Café meia boca, ou mesmo menos que excelente, não aguenta o tranco. Pelo menos no meu caso, quando o resultado não fica tão bom na xícara, não é problema de extração, geralmente é problema do café (numa de suas 11 variáveis, pra mim). E já que estamos na chuva.... quanto mais o café envelhece (vai ficando mais denso, pela perda de óleos e outros voláteis), mais vc tem que ir aumentando as variáveis de extração para continuar extraindo dele o que ele ainda tem de bom para oferecer. Eu diria que aumento o tempo (já que minhas outras variáveis já estão todas, digamos, no limite) uns 30seg a cada 3 dias de "envelhecimento". Cafés mais claros, mais naturalmente densos (geralmente os de grande altitude), os densos por torras mais avançadas etc. são mais difíceis de extrair, eles também pedem uma preparação diferenciada (mais radical). Não se extrai um café brasileiro de baixa altitude como um africano ou centroamericano de alta altitude, e vice-versa. Cada café é um café, e, em consequência, pra cada um vc tem que buscar uma fórmula de extração personalizada. Antes eu falava em receita básica, hoje já não penso mais assim, a não ser em termos de padrão mínimo de tempo. Os meus por percolação (que faço pouco) ficam na casa dos 5-6min (até a água começar a mostrar o bolo); na Clever uns 8-9min (5-6min de infusão, mais uns 3min depois que abre para escoar); e na AP (meu método de paixão) também uns 8-9 min (já contando 1:00-1:30min de descida do êmbolo). Isso no mínimo!
  17. No coado, que voltei a treinar novamente para estudo ou preparar garrafas térmicas para o serviço, agito rapidamente (2 seg revolvendo do fundo) toda vez que adiciono água a +- cada 30 seg, mantenho a água +- um dedo acima do nível do pó (no tamanho nº 2). Não gosto de método por percolação (V60, Melitta etc.) pois tendem a extração desuniforme (salvo se você é um superbarista muito bem treinado ou com um braço do tipo robótico de indústria automotiva). Raramente extraio por percolação. Prefiro a infusão em uma Clever nº 2, excepcionalmente (quando com pressa ou preguiça) extraio por infusão num Caféor (Hario com filtro metálico de dose única, menor que o V60 nº 1), pois o filtro dele favorece a passagem de óleos para a xícara (= a mais doçura, menos amargor, maior complexidade de notas). Agitação tem a finalidade principal de uniformizar a extração (manter todo o pó totalmente distribuído por toda a água), então em tese ela nunca é demais, é só uma questão de não exagerar, ou seja, de acertar o quanto é o suficiente agitar pois a agitação faz cair a temperatura da infusão. É exatamente o que o barista (a que vc se referiu) quis dizer: agitação suficiente (que é necessária, e normalmente negligenciada) mas sem provocar queda de calor (que precisa ser mantido alto). Amargor vem de extração insuficiente e desuniforme; café com extração alta e uniforme não tem amargor nenhum se o grão for de pelo menos ótima qualidade (como são os do Coffee Lab, por ex.) e adequadamente torrado para coados (eles andaram dando uma pisada na bola há uns meses).
  18. Aurélio... are you talking to me?! Ainda não caiu sua ficha que eu não entendo nada de torra e que, na parte prática, vc já tem até mais experiência do que eu? Seria interessante que a turma que já tem nosso frita-torrador postasse a respeito de perfis do aparelhinho. Digo isto porque imagino que quanto "menor" o torrador, e os respectivos lotes de torra, supostamente será menor (em tempo e temperatura, mas não só) o perfil de torra. Vou repostar aqui duas tabelinhas de torra por nome (não gosto delas, porque não é o padrão SCAA e nem costume no Brasil), mas relativize porque ela deve ter sido concebida para torradores profissionais de médio porte pra cima. Num exemplo radical, o Ikawa tem um padrão médio de torra de 50g em 3 min, chega a atingir até 212ºC com certeza (tá no site), não sei se chega nos 235º mas acredito que vc consiga uma Vienna, se quiser. No meu exemplo, embora estivesse usando um Atila de 5Kg (mas com lote de somente 10% da carga nominal) consegui uma Moderadamente Clara (acho que entre Cinnamon e City), mesmo após o 1C, a somente 179ºC em vez dos +-205ºC sugeridos na tabelinha. Então acho que vc não precisa chegar nos 220º-225º para conseguir uma Full City, lembrando que um Natural vai tender a ficar mais escuro (e talvez manchado) por fora do que um Lavado, por causa da maior quantidade de sucrose envolvendo os grãos daquele do que deste último. Eu acho que vc deve tirar no ponto definido (visualmente um pouco além, veja próximo parágrafo), e esfriar bem o mais rápido possível (seu exaustor-resfriador deve ser bem eficiente pra isto), e, assim, você conseguirá o seu Full City (qualquer que seja a temperatura de finalização da torra). Ah! e lembre-se também que o grau (cor) de torra é avaliado com os grãos moídos, que geralmente chega a ser uma degrau daqueles mais clara (por ex., grãos cor Full City por fora, para serem City moídos). Por aí.... Por exemplo (as cores na foto não batem muito com as reais), mas dá para ter uma ideia do contraste do grão inteiro e moído (Bourbon Amarelo natural, torrado no Bolinha), torra clara (~cinnamon) #82 Agtron:
  19. Aêêê Kizner! Mandando bem.... tá poderoso, hein? Semana passada um Atago, esta um Le Nez! Quando vai chegar seu EG-1? Sempre tive vontade de conhecer o Vale do Itajaí....
  20. Meio off-topic, mas vamos lá. Existe uma certa controvérsia, nos fóruns lá fora, sobre a descrição do que seria uma torra "baked". Há uns meses atrás eu e um amigo importamos dois cafés da Has Bean que vieram comprovadamente "baked". Esse meu amigo é um experiente degustador, conhecido lá fora, ele reclamou com um relatório técnico detalhado, e o próprio Christopher (acho que é assim que se escreve) o dono da Has Bean (o ruivo do WBC) fez novas torras supervisionadas por ele mesmo e enviou os cafés novamente de graça. As novas remessas vieram bem melhores, mas tinham uma certa característica de café "baked", que pode ser também devido a problemas de transporte aéreo que de alguma forma podem afetar a qualidade do café (estão estudando isso, em conjunto com a Square Mile, para criar novas embalagens que minimizem o problema). Até para aprender e entender o que é um café "baked", porque aqueles comprovadamente estavam, tomei muito deles e acho que adquiri uma certa experiência (uma semana só de cafés "baked"). Em poucas palavras é um café que chegou no ponto desejado, mas demorou muito (pode ser até uns 30 ou 40 seg a mais geralmente no desenvolvimento, mas pode ser antes também) para chegar naquele ponto, então ele fica meio ressecado porque perdeu os óleos, e em consequência fica meio flat na acidez, quase sem florais ou herbais, e menos doce, e mesmo no Sweet Spot (por mais que vc aumente a extração o resultado não melhora proporcionalmente) ele ainda tem um resquício de amargor, de nota amadeirada ou de papel, leve, mas que tira um pouco (ou muito) a graça da xícara. Dependendo do grau do defeito, se não for muito grave (era o caso daqueles da Has Bean) dá até para tomar, se bem extraído para compensar a perda de óleo, mas não fica nenhuma Brastemp. É como um bife na chapa que chegou "ao ponto", mas o fogo estava muito baixo e ele demorou digamos 3 min (em vez de 1 min) de cada lado para ficar no ponto desejado, então o bife fica mais ressecado, pouco suculento, pouco saboroso e menos aromático, embora esteja no ponto "esperado". Algo por aí....
  21. Aurélio, obrigado pela suas respostas, os 120ºC aos 2:00min imaginei que fossem a partir do momento em que começou a subir, senão a taxa (RoR) estaria altíssima. Como o Luís Paulo disse, se não tirar do forno assim que interromper a geração de calor (carga elétrica) a temperatura vai dar o tal do "Stall" (parar de crescer ou crescer muito pouco) o que não é bom; no seu caso a temperatura até caiu o que parece ser ainda pior. O Scott Rao recentemente retratou-se, na verdade esclareceu ou redefiniu (circunstancialmente, cada caso é um caso) o que ele queria dizer com a faixa dele de desenvolvimento (tempo após o FC, em relação ao tempo total) em torno de 20%. Não é bem assim, vai depender de outros fatores. Ele também fala(va) numa RoR (razão de aumento de temperatura) em torno de 17ºC/min (nas fases iniciais), mas tb deixa claro (atualmente) que isto é muito relativo pois depende do perfil do café e do perfil de torra desejado para o método a ser utilizado. Como postei acima, a torra que minha amiga fez foi em 5min, ela mesma nunca tinha torrado tão pouco (500g) no Atila dela de 5Kg, ela ficou surpresa com a rapidez! mas pelo aroma, cor, e visual geral a torra ficou muito boa (até provamos e gostamos muito), os cafés ficaram relativamente bons (para uma torra tão recente, 20 minutos antes), agora vamos esperar uns 5 dias para ver como ficou mesmo. Apesar do tempo tão anormalmente curto, os índices Rao ficaram bons: 22,0% e 20,6%. E a perda de massa está compatível com a torra que o Superlatives (BH) fez do Juliette (gesha panamenho) que lá deu 11,2%, as minhas foram 11,7% e 11,9% que são compatíveis com torras mais claras de cafés mais exóticos para proporcionar brilho (acidez), realçar notas herbais e florais, sem perder a doçura, já que as torras estão desenvolvidas (encerraram após o fim do FC). Sei lá... vamos aguardar.... Mas que esta nova brincadeira está ficando empolgante, está! e mal começou....
  22. Também fiz muitos testes, alguns acidentais. Congelamento só funcionou em dose individual, melhor ainda a vácuo. Como eu já havia mencionado antes neste post acima, quando se congela mais que uma dose, ao abrir o pacote (mesmo dentro do freezer) ocorre alguma condensação: no café é pouco visível, mas veja o que acontece com um copo de vidro tirado para fora do freezer, ou mesmo deixado dentro da gaveta com a porta aberta uns 15seg. E é essa condensação que vai deteriorar o café rapidinho depois de tirado do freezer (ou mesmo mantido dentro dele). Teve vários pacotes que guardei com 100g, tirava uma dose (inicialmente fora, depois dentro do freezer) e voltava (ou deixava) no freezer, em 5 ou 6 vezes... bye bye coffee! Daí em diante passei a congelar a vácuo em doses individuais. O que acidentalmente não deu tão errado, uma vez, foi eu ter tirado um pacote (zip-lock) a vácuo para fora da geladeira, guardado no armário (pois fui atender a um telefonema longo) e esquecido lá. Uns 5 dias depois quando vi (e lembrei) pensei "danou-se!", mas não... ainda estava bom e não degradou tão rapidamente quanto o tirado do freezer que tinha sofrido condensação. Acho que o que salvou do desastre total foi o fato de que estava a vácuo e ao ser colocado em temperatura ambiente não houve a tal condensação (ou ela foi mínima), sei lá.... Estou com vários pacotes em doses não individuais, o próximo que eu for usar vou testar (agora conscientemente) este truque de deixar chegar em temperatura ambiente naturalmente (ou com sous vide) antes de abrir o pacote.
  23. Aurélio não entendi direito, e como tb comprei a Kitchen Art, por favor esclareça: 120º : 2:00 esse tempo foi contado do momento inicial quando vc jogou os grãos a 185ºC? ou depois que os grãos chegaram a 90ºC e a temperatura começou a subir? 11:30 END O FC a 195ºC começou aqui em 11:30min? o que você fez aqui? só desligou o forninho? e daí deixou desligado por mais 3:30min sendo que a temperatura subiu até 207ºC e depois caiu só 4ºC durante este tempo todo? ou seja, ficou torrando (dentro do forno) até 15:00min? Avaliar torra por fotos é meio difícil, as minhas fotos no celular nunca ficam nem perto da realidade, por isso nem tento postar fotos das torras...
  24. Rogerio, obrigado pelas gentis palavras... mas eu sou assim mesmo, desde minha longuínqua adolescência, em qualquer hobby (ou atividade, profissional ou pessoal) em que me aventuro eu mergulho de cabeça, nunca gostei de fazer (ou viver) mais ou menos, então.... Meus planos originais neste mundo cafeinado especializado era o de avançar em degustação e pôr extração no bolso, até Maio de 2017 (comecei em Maio de 2015). Em degustação tive progressos enormes (principalmente com os intercâmbios do meu amigo J. Coffee, e especialmente depois que parei de fumar em Outubro passado ) e em Extração ainda tem muito o que fazer e descobrir, mas acho que a curva evolutiva já está estabilizando (crescendo mais lentamente), tenho chegado no Sweet Spot com consistência e facilidade, mas sempre tem algo novo e surpreendente surgindo, como (já há alguns meses) extração a vácuo. Por isso mesmo, não estava em meus planos iniciar em torrefação antes do corrente segundo semestre, para que uma coisa não atrapalhasse as outras, mas já comecei.... fazer o quê!? Mas vou devagar e sempre. Aliás, um dos meus gurus atuais, é você! tem muita coisa boa, bem estudada e explicada sua nos tópicos sobre torrefação, que só agora estou começando a ler, vou tentar pôr em bom uso suas experiências. Agora.... "volume" (quantidade) não é minha praia, tudo o que eu faço é meio artesanal, ritualístico, intimista, sem pressa (com a idade estou ficando cada vez mais budista, dando um passo de cada vez mas prestando muita atenção em todos os detalhes da passada).... acho que jamais seria um barista, numa cafeteria. Quando não estou sozinho, o que é raro, gosto de fazer café pra 2 ou 3 pessoas, do meu jeito (que é muito diferente) conversando sobre café, bem tranquilo. Se gostarem.... tudo bem. Se não gostarem... Qui Si! Por isso mesmo não me vejo torrando mais que 250g de café de cada vez, e voltado para a minha técnica de extração, pois já percebi faz muito tempo que as variáveis de Extração e do Café (pra mim 11 de cada) estão extremamente interligadas. Mas como diz o ditado, adaptado, não dá pra dizer que deste café nunca beberei....
  25. Gil, estão muito bons pra uso, que é o que interessa! Trimonte, atualizei com novos links acima, veja se agora funcionam (pra mim estavam funcionando antes, também). Não se consegue "visualizar" os arquivos, mas aparece o botão para download, e os endereços ficam respectivamente: https://drive.google.com/file/d/0B2pF1Qb1PLrBWFVxVWo4blFYcDA/view (para o STL) https://drive.google.com/file/d/0B2pF1Qb1PLrBNWcyS2JmcU8wMjA/view (para o STLPRINT) Copiando e colando estes endereços acima, ou clicando neles, também funciona, pelo menos para mim mesmo quando estou no celular, e não estou logado no Google Drive. Já passei para outras pessoas e funcionaram. Dê um retorno, por favor.
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