O jogo de azar não tem esse nome em português à toa, nem foi proibido durante tanto tempo no país à toa também. Ele é um negócio lucrativo pra quem faz, com baixo risco, quase não precisa de capital e investimento pra se manter e pra abrir, mas isso tudo não é nada perto do que ele faz de pior: toma dinheiro da população de baixa renda e pobre. E ele não faz isso como só mais uma loja na rua onde entra quem quer: tem propaganda massiva, patrocínio de coisas enormes, aplicativos pré-instalados em celulares, influenciadores sem um pingo de humanidade que defendem esses aplicativos e sites como se fossem fonte de dinheiro mensal, 24h por dia. Propagandas na tevê, patrocínios de canais no youtube, patrocínio de veículos de comunicação. Agora até o mercado municipal de BH tem nome de site de apostas.
É essa liberdade que a gente quer? A liberdade pra, por causa de propaganda em tudo que é lugar, ir até uma fonte de dinheiro falsa e chegando lá perder tudo o que tem? Não era melhor ter impedimentos? Ou voltar a ser proibido? Qual é o medo da proibição, esse medo genérico de que tem uma coisa que é proibida e não devia ter, tudo devia ser livre? Pra mim parece uma discussão intelectual que diante do problema social que temos agora é vazia.