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Tudo que José do Café 013 postou
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Mahlkonig x54 vs Eureka Mignon Zero (vs Eureka Oro Single Dose?)
José do Café 013 respondeu ao tópico de thiagod em Moedores
Thiago, pelo que eu li, esse moedor x54 da Mahlkonig retém 2.5g. Não considero uma grande retenção. Considere que o Mignon ao moer espalha pó pra dentro do moedor o que exige uma limpeza periódica pelo menos com aspirador de pó. Já o Mahlkonig, qualquer modelo, sempre será uma referência em moagem. Os moedores top de linha de qualquer marca sempre serão comparados aos Mahlkonig como referência. É uma compra tranquila. Agora se você me perguntar a minha opinião pessoal, eu iria de Fiorenzato última versão que tem cooler pra evitar superaquecimento em decorrência de fricção, mói por peso ou tempo, as partículas caem espalhadas (importante!!!), é um moedor pesado (16 quilogramas) e pra uso comercial (melhor ainda), é um moedor que tolera entre 500 e 1000 doses diárias, ou seja, pra apresentar desgaste significativo das lâminas nesse ritmo de uso (2-3 espressos ao dia) vai demorar literalmente uma década ou mais. É um equipamento robusto de qualidade profissional. Além disso tem um painel eletrônico que dispõe de muitas opções de configuração, inclusive um display com temperatura e umidade. O Mignon apesar de ser aço, não consigo considerar um equipamento robusto principalmente devido ao peso reduzido demais, aliás convenhamos que não tem como considerar nada que de chame "Mignon" robusto. É um bom moedor, mas não se compara em termos de benefícios, apenas de custo. Boa sorte e bons cafés ☕☕ -
Mahlkonig x54 vs Eureka Mignon Zero (vs Eureka Oro Single Dose?)
José do Café 013 respondeu ao tópico de thiagod em Moedores
Não Thiago, o Fiorenzato é um moedor inclinado como o Mignon Oro que você perguntou. Ele tem uma espécie de rampa que faz com que a gravidade aja pra expulsar o máximo possível. Moedores eletrônicos em geral têm baixa retenção porque quase todos têm uma inclinação e a gravidade ajuda a expulsar e mesmo o pouco que fica retido, fica tão aglutinado próximo da lâmina que se você usar no mesmo dia, não faz muita diferença em termos de frescor. Você consegue retenção zero com um bellow e ajuda a não dar diferença na consistência devido a pesos diferentes no hopper porque o bellow vai limitar a quantidade de café que você mói. Isso não se aplica aos moedores com dosador. Por exemplo, há Fiorenzatos com dosador, Macaps, Mazzers e etc. Os moedores com dosador não são inclinados, há uma câmara RETA com X centímetros cúbicos de volume que fica preenchida ANTES de cair no dosador. Algumas pessoas acham que o dosador ocasiona retenção e não é isso. É essa câmara que fica logo na saída da lâmina até a entrada no dosador que ocasiona a retenção. A depender do moedor, essa câmara é grande e retém até 40% do pó moído, bastante mesmo. -
Mahlkonig x54 vs Eureka Mignon Zero (vs Eureka Oro Single Dose?)
José do Café 013 respondeu ao tópico de thiagod em Moedores
João, você deve considerar que os grãos de café exercem um peso X nas lâminas, portanto o melhor jeito de usar ele é pesando sempre a mesma quantidade, ou como eu faço, crio uma linha visual e sempre preencho na mesma linha, no meu caso como quase sempre faço single dosing mesmo com o hopper, eu sempre preencho até o início da curva embaixo do hopper, assim você mantém a consistência. Qualquer moedor elétrico vai ter essa variação. Evite colocar medidas diferentes porque pela física será impossível ter o mesmo resultado uma vez que pesos diferentes nas lâminas vão resultar em diferentes granulometrias, ou seja, se você preencher o hopper com 1 quilo de café, vai ter uma interação diferente de você colocar 20 gramas e moer. E não precisa ser uma discrepância tão grande assim, mesmo com 100g contra 20g você já ter resultados diferentes, por isso se for single dosing, pese antes de colocar no moedor ou crie a linha visual e procure não deixar passar dela. -
Mahlkonig x54 vs Eureka Mignon Zero (vs Eureka Oro Single Dose?)
José do Café 013 respondeu ao tópico de thiagod em Moedores
Infelizmente não sei nada sobre importação, apenas um básico. Mas se a dúvida é um Mignon ou um Fiorenzato nova versão, tenha em mente que o Mignon é um moedor levíssimo. Toda vez que você aciona o gatilho com o portafiltro, se você não colocar pés de borracha ou usar numa superfície aderente, ele anda na bancada porque ele pesa quase o mesmo que uma coca dois litros. Já o Fiorenzato é um moedor que você vai comprar apenas um e usar por 30 anos. Não vai necessitar upgrade nenhum por décadas. Ele é maior, ocupa um pouco mais de espaço principalmente na vertical, mas o custo-benefício não se compara... Estou falando com base na minha experiência, tem gente que tem Mignon e adora, mas eu não consigo imaginar uma dúvida entre um Mignon contra um Mahlkonig ou um Fiorenzato...Ele não está nessa faixa de benefício. Não deviam ser encarados como concorrentes porque são moedores diferentes demais. Se você tem uma bancada muito pequena, um espaço limitado e não tem problema em pagar isso e pensar num upgrade num futuro não tão distante assim, o Mignon pode atendê-lo, mas dificilmente será visto como o equipamento definitivo, aquele moedor pra sempre... Já os outros dois, mesmo o Mahlkonig sendo uma versão, digamos, doméstica, será um equipamento que você jamais vai precisar dar upgrade ou procurar algo que te atenda melhor e isso serve igualmente e eu diria mais ainda pro Fiorenzato que é um top de linha, um moedor fantástico e talvez um pouco mais barato. -
Mahlkonig x54 vs Eureka Mignon Zero (vs Eureka Oro Single Dose?)
José do Café 013 respondeu ao tópico de thiagod em Moedores
Boa noite Danilo. Digamos que seja capaz, mas o mais indicado pra quem quer transitar entre dois métodos ou mais métodos é ter no mínimo dois moedores. Cada café tem sua própria densidade e tamanho do grão, portanto se toda vez que você tiver que voltar pro espresso a cada coado que quiser, vai queimar muito café até encontrar o ponto ideal pra cada método, sendo portanto mais aconselhável você ter um moedor pra métodos diversos e outro especificamente pra espresso. -
Mahlkonig x54 vs Eureka Mignon Zero (vs Eureka Oro Single Dose?)
José do Café 013 respondeu ao tópico de thiagod em Moedores
Sinceramente Thiago, pro meu gosto pessoal não me agrada moedor pequeno e nem acho que retenção de 2g é o fim do mundo. Essa é minha percepção. Eu tenho um Eureka, talvez o melhor deles porque é o top de linha, mas é um moedor comercial. É um modelo fabricado por outras marcas e eu acho que em termos de qualidade dos materiais, eles pouparam mais que a Victoria Arduino e a Nuova Simonelli que são mais robustos. A versão da Eureka é mais bonita e também menos robusta do que das outras marcas. O mignon definitivamente não é meu tipo de moedor, com os parâmetros de comparação que eu tenho no dia a dia fica complicado ter satisfação com ele porque ele parece o filhote recém nascido do meu moedor ou uma miniatura pra colocar na minha estante. É um bom moedor, não me entenda mal, só não acho legal pro meu gosto pessoal. Independentemente da versão do Mignon, o nome diz exatamente o que ele é, Mignon. Faz jus ao nome....Pelo menos essa versão Oro é inclinada, então eu já acho isso um plus. Você já procurou a nova versão do Fiorenzato F64E? Aquilo pra mim é um moedor de café...A nova versão me agrada bastante porque você pode escolher por tempo ou peso, é um moedor que pesa 16 quilos, mói rápido e com extrema consistência, pode ser usado pra single dosing...É algo que dá satisfação de usar. A moagem cai com as partículas espalhadas, as lâminas são grandes...O ajuste poderia ser mais preciso, porém não é algo que vá atrapalhar ninguém...Tremendo equipamento e talvez um pouco mais barato que o Mahlkonig e relativamente fácil de encontrar. -
A quem possa interessar no tópico, também disponho de uma R58 em estado muito próximo de nova. A máquina é uma dual boiler com caldeiras insuladas com bomba rotativa, com PID, controle de pressão e controle de temperatura das duas caldeiras. A máquina tem dois manômetros e vaporizador com parede dupla pra não queimar a mão. Tem reservatório e pode ser ligada direto na rede também. É uma prosumer moderna muito boa pra quem testar perfis de pressão, explorar ao máximo as extrações com pré infusão e tudo mais... Era pra ter citado o post do Vini mas me falta perícia pra manusear o fórum.
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- la marzocco
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Tulio, boa noite. Eu tenho uma máquina, talvez única no hemisfério sul que é extremamente semelhante ao modelo La Marzocco Linea Classic dos anos 80. Montada à mão na Suíça, procedente de uma das melhores oficinas do mundo, a Olympia Express. O meu modelo é o Superclub. A máquina é excelente. Se você for da cidade de São Paulo e tiver interesse, entre em contato e marcamos uma visita.
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Mahlkonig x54 vs Eureka Mignon Zero (vs Eureka Oro Single Dose?)
José do Café 013 respondeu ao tópico de thiagod em Moedores
Boa noite! O Mignon parece um brinquedinho, faz rotações em excesso. Mahlkonig não precisa de referências...Vá de Mahlkonig. É como comparar um dobermann com um pinscher. Bons cafés ☕☕ -
Gaggia Baby Twin não vaporiza
José do Café 013 respondeu ao tópico de Machado em Máquinas de Expresso
Me alegro Machado. Às ordens e bons cafés ☕☕ -
Boa noite Cabra do café. Achei interessante o que você colocou. Não sei se em moedores manuais as rotações chegam a esquentar suficientemente os grãos através da fricção a ponto de alterar as características do café, mas essa é uma das principais variáveis. Perde-se muito tempo e energia com variáveis que alteram muito menos. Um exemplo é fazer um sem número de modificações em máquinas com bomba vibratória que jamais vão entregar na xícara nem perto da qualidade de uma bomba rotativa, por mais que você regule OPV pra não sei quantos bar, dimmer (???) e outras coisas que vejo o pessoal fazendo por aí, principalmente em máquinas com caldeiras de alumínio. Das máquinas extrai-se apenas água quente. As pessoas acabam super valorizando essas modificações e esquecem que o produto é o café e não a água quente. Fazendo alterações simples no moedor e na rotina de uso você já consegue resultados fantásticos. A principal razão do moedor elétrico precisar moer rápido é justamente a menor interação possível dos grãos com as lâminas. Essa interação gera dois efeitos colaterais; Um é o superaquecimento dos grãos durante a moagem, o outro é a energia estática criada pelo excesso de rotações das lâminas. O superaquecimento é perceptível ao toque, basta moer um pouco de café num copo descartável e pegar por baixo, você vai sentir que o pó está quente demais. Já a energia estática, o pó tende a se aglutinar de forma que a olho nu, quando você passa um WDT por exemplo, você tem a impressão de estar soltando a moagem, porém microscópicamente, o pó é tão fino que ele se aglutina em núcleos de partículas maiores e isso gera canalização. Principalmente em torras menos desenvolvidas, normalmente cafés mais caros e refinados, sofrem muito com essa fricção dando um leve sabor de pneu queimado à bebida no final das contas. Daí muito da vontade de fazer mudanças, modificações, alterações e tudo mais vem justamente de resultados ruins da moagem e não das máquinas, como se os engenheiros europeus super capacitados, de empresas com décadas de experiências estivessem errados e os caras do YouTube é que estão consertando tudo por aí. Esse é assunto de alta complexidade porque envolve anos de observação de pó de café de todos os jeitos possíveis e imagináveis até que cada um, através da sua experiência pessoal consiga entender qual é o melhor caminho pro seu gosto, porém as empresas que constroem moedores já estão focadas na solução do problema. Eu não sei até que ponto moedores manuais exercem essas mudanças de temperatura, mas em moedores elétricos é importante que eles tenham lâminas grandes pra moer rápido, ou seja, reduzir a interação das lâminas com o pó. Além disso boa parte dos moedores construidos após 2018-2019 já vem com coolers e outras tecnologias pra reduzir estática e calor excessivo das lâminas. Enfim, vou deixar aqui a leitura do PDG que considero bastante relevante sobre o tema: https://perfectdailygrind.com/2019/03/how-ground-coffee-temperature-causes-uneven-espresso-extraction/ Bons cafés a todos ☕☕
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Gaggia Baby Twin não vaporiza
José do Café 013 respondeu ao tópico de Machado em Máquinas de Expresso
Pedro, o vaporizador tem uma câmara com uma trava dentro. Se o vaporizador ficar girando sem travar, é porque o termobloco não está sendo acionado. A trava aciona o termobloco. Na Twin, quando você gira o vaporizador uma vez e meia, ele trava e o barulho 'tuc tuc" da bomba começa. Acontece que se a trava estiver fora do lugar, o vaporizador gira sem parar e o termobloco não é acionado. Ele precisa levantar a manopla do vaporizador, abrir a máquina e realinhar (conforme esquema que eu enviei acima em PDF com imagens) até que o vaporizador se alinhe com a trava pra acionar o termobloco novamente..Creio que no momento quando ele abre o vaporizador, o mesmo esteja sem trava e esteja rodando sem parar. A trava é o que aciona o termobloco... -
Gaggia Baby Twin não vaporiza
José do Café 013 respondeu ao tópico de Machado em Máquinas de Expresso
Boa noite Machado. Isso pode estar acontecendo por diversas causas diferentes. Pode ser essa razão, a câmara pode estar fora do lugar, desalinhada ou a torneira do vaporizador pode ter trincado e precisa de uma abraçadeira pra juntar a peça no lugar de novo. Pode ser termobloco também, mas talvez seja menos provável. Puxe a peça pra cima, abra a máquina e tente verificar se está alinhado ou se saiu do lugar. https://wiki.wholelattelove.com/index.php?title=File:BABY_CLASS_%26_NEW_%26_TWIN_Cam_Alignment_Instructions.pdf&page=1 -
Obrigado pelo marketing. Leia bem a descrição do meu perfil e quem sabe entenda. Encerro por aqui. Um abraço
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Prezado, a finalidade da minha participação nesse tópico é dividir conhecimento. A discordância não lhe confere aval para descortesia, já repetidas algumas vezes e que não pretendo tolerar. Não estou de modo algum sendo descortês ou usando ironia e outras figuras de linguagem. A discussão acabou lá em cima. Não se trata de cortina de fumaça, tenho mais o que fazer da vida. Qualquer opinião, dissonante ou não, é mais do que bem-vinda e nenhuma é lei ou verdade absoluta. Estou aqui repassando alguns conselhos válidos com outrem, não somente você. A qualquer um que deseje comprar o equipamento que for, me resta desejar sorte e ótimos cafés. Não se trata de rótulo e sim de análises minusciosas não minhas, afinal não fui eu que fabriquei nada disso, meu nome não é Nuova Simonelli e nem Ceado. Qualquer dúvida você pode encaminhar pra eles ou beber da fonte que melhor lhe convier. Estou aqui apenas discorrendo a respeito da minha experiência pessoal, dentro de uma perspectiva de usuário e não comerciante, coisa que não sou. Obrigado por entender e ótimos cafés ☕☕
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Prezado, a regulagem a depender do moedor se dá por tempo ou por peso automaticamente. Você programa e ele vai repetir sempre exatamente a mesma coisa, consistência, granulometria, tudo absolutamente igual. O tipo de regulagem é diferente e o tipo de lâmina idem. Nem todas as cafeterias usam moedores de classe Titã. Tive experiência não só com esses moedores supracitados, bem como praticamente todos os moedores disponíveis no Brasil. Algumas novas levas de comerciais e titãs infelizmente ainda não tive o prazer de conhecer como a nova versão do Fiorenzato ou as novas versões do Mythos e do Ceado também. De resto é mais difícil achar um que eu não tenha tido.
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Sim Felipe. Quanto à durabilidade de um K4, você sabe me dizer como fica? Eu realmente não sei.
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Bom, se foi isso que você inferiu em relação ao longuissimo texto que escrevi, não preciso continuar porque seria a mais pura perda de tempo. Pra resumir da forma mais objetiva, se você tem uma máquina simples e um ótimo moedor, você tem um ótimo espresso, se você tem uma máquina sofisticadíssima e um moedor medíocre, você tem um espresso medíocre. Fazer espresso usando uma máquina caríssima e depois numa máquina barata usando o mesmo moedor, você vai ter um resultado quase igual, a diferença seria principalmente a temperatura. Como este tópico é sobre moedores, não pretendo me alongar neste tema. Novamente, se o tópico é sobre valores similares, você comprar um moedor manual bom que já beira casa dos 3 mil reais, uma boa balança, ferramentas como WDT e outras possíveis tunagens, você pode sim considerar um moedor em torno de 4 mil como o Ceado, que dispensa upgrade e durará décadas com pouquíssima manutenção. Portanto são valores similares e perfeitamente dentro do propósito original do tópico.
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Prezado, dos moedores que citei, as versões eletrônicas sobretudo não apresentem retenção significativa. Retenção é coisa do passado, existe hopper sanfonado e soprador. Moedor com dosador pra uso em casa não dá, porém dos que mencionei as versões atuais nenhum dispõe de dosador. São moedores inclinados e feitos já pensando no quesito retenção. Antes de entender mais sobre qualidade de moagem, tive muitos moedores que retinham muito. Na época não existia essa variedade de equipamentos feitos para home baristas. Nem moedores domésticos estilosos e nem moedores manuais sofisticados. Na minha época de aprendizagem a gente tinha que pegar um MD-50 ou um Gino Rossi e fazer milagre, ninguém nem reclamava da retenção porque não existia outra forma de fazer café. Usei desde moedores ruins domésticos que moíam em copinho até moedores italianos profissionais com alta retenção. A lista se não me falha a memória era de Krups, um pequenino Nemox Lux, passando pelos quadradões da Rancilio, por diferentes versões de Gino Rossi como o RR45 e o CC45, tive também um moedor da Brasilia, um Macap super antigo com dosador dentre outros desse tipo que na época era o que tinha disponível no mercado. Na época eu achava que comprar um moedor como um Ceado por exemplo, seria exagero, afinal um Gino Rossi mói muito bem, apesar da alta retenção. Olhando em perspectiva pra esse enorme curva de aprendizagem, o que eu posso recomendar pra quem está começando é que invista num bom moedor, dentro de suas possibilidades. Que resista à tentação de ficar pulando de equipamentos de baixa qualidade que praticamente não têm diferenças entre si, por isso estamos aqui comparando x moedor com y moedor que são pouquíssimo diferentes entre si. Da mesma maneira que começar com um moedor limitado por segurança com medo de não se dar bem e ter a possibilidade de revender, aposto que teriam muitos interessados num moedor como os que eu disse, tanto que são difíceis de achar, já esses moedores manuais e coisas da China tem aos montes, milhares pra vender, a mesma lógica se aplica, só que você já começa de forma muito mais simplificada logo de cara. Quando comprei meu primeiro moedor no meu caso para trabalho, mas que poderia muito bem ser para um hobby ou para tomar um ótimo espresso em casa porque o equipamento seria o mesmo, notei logo no primeiro uso que perdi tempo, dinheiro e energia tentando subir degraus aos pouquinhos. Além da qualidade geral do equipamento ser incrivelmente satisfatório, a qualidade da moagem é absurda e dispensa uso de ferramentas, o pó cai espalhado, microscópicamente perfeito expondo a maior superfície possível do pó ao contato com a água, moendo da forma mais rápida possível para alterar o mínimo qualquer característica de torras claras por exemplo. Quanto às máquinas, é melhor que seja em outro tópico, mas quem tem essa percepção que máquinas simples não acompanham, normalmente percebe assim porque usa um moedor que não entrega o suficiente. Qualquer máquina de café cria um ambiente pressurizado a determinada pressão e expurga água a uma determinada temperatura. Você pode fazer mil regulagens, tunagens, arrancar o que quiser e adicionar o que quiser, de 500 a 100 mil reais, todas criam um ambiente pressurizado e empurram a água a uma determinada temperatura. O moedor te permite cortar o café da forma mais adequada para a passagem da água através do bolo, basicamente...Por isso se você tem um moedor com finitas opções, com steps grandes ou um espectro de 5-6-7 moagens, você fica limitado. Óbvio que alguém pode ficar plenamente satisfeito com qualquer tipo de equipamento, por isso eles existem. Só que é mais comum que as pessoas subam uma escadinha, comprando equipamentos mais ou menos parelhos e caros, se você compra 3 moedores manuais muito bons, todos eles não vão ter diferença significativa entre si e você terá gasto mais do que um moedor profissional de classe Titã que mói o café em 3 segundos de forma homogênea, espalhada, rápida, igual sempre e limpa, apenas apertando um botão, com regulagem micrométrica infinita sem restrição. O que vejo todos os dias são pessoas querendo máquinas cada vez mais sofisticadas que fazem coisas muito semelhantes apesar dos recursos diferentes e querendo poupar no mais importante que é o moedor, por isso concordo em gênero, número e grau quanto ao fetichismo. Se você não tiver um corte adequado e consistência, você pode pegar qualquer máquina caríssima e vai ter um resultado medíocre, por isso comparar máquinas caríssimas com máquinas simples usando o mesmo moedor vai entregar um resultado praticamente igual, mas comparar usando dois moedores diferentes aí sim você vai conseguir ter uma noção da diferença entre os equipamentos. Agora, que certamente moer café assim é um ótimo exercício físico, ninguém pode discordar. Bons cafés a todos ☕☕
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Regis, como eu nunca tive um DF 64, não posso opinar. Me parece um bom moedor doméstico, não? Um Ceado E37S é um moedor de classe de titã mais barato do que esse moedor. Vou repetindo, comparar moedores domésticos (mesmo caros) com bons moedores manuais, você está comparando 6 com meia dúzia. O fato do moedor ser titã ou comercial não significa que eles são caríssimos. Você tem moedores domésticos que custam 10 mil e continuam sendo moedores domésticos...Lâminas pequenas...em geral serve pra single dosing, mas o Ceado também. Isso dando um exemplo...dessas marcas e outras você encontra opções até mais baratas. Pra quem está começando, vocês sugerem um K6, depois pegar um Bravito e passar pra um Kinu ou algo assim? Nisso a pessoa já gastou o que, uns 5 mil? Moendo no braço, usando parafusadeira...Um Fiorenzato f64e muito comumente sai mais barato, qual é a dificuldade de usar um moedor desse? Nenhuma. Máquinas são outra etapa. Eu uso máquinas simples, sem OPV, sem solenóide, sem modificação, uso apenas tamper na minha rotina. Não tenho balança, não tenho WDT, não tenho nenhum acessório além do tamper. Creio que eu obtenha ótimos resultados com máquinas extremamente simples e quero sinalizar que isso é possível pulverizando menos o investimento na máquina em si ou em acessórios ou tunagens que se fazem necessárias porque o referido moedor exige que você erre o mínimo possível, ao passo que com um moedor desses como citei, você nem precisa acertar de forma totalmente precisa pra ter um excelente resultado. O valor intimida, ninguém gosta não, mas invés de comprar 4-5 moedores em 10 anos, esse tipo de moedor exige muito pouca manutenção em ambiente doméstico e dura décadas, sem esforço, sem sujeira...ah, realmente. Sou da época dos primórdios deste fórum, pode acreditar que li bastante assim como repassei bastante conhecimento também, da época que realmente debatiamos aqui e havia um intuito de aprender e compartilhar conhecimento respeitosamente. Divido a experiência com vocês. Bons cafés a todos ☕☕
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Maravilha, a discordância é o que faz do fórum tão importante. Eu recomendo esse tipo de moedor pra viagens ou pra usar no trabalho ou algo assim. Como hobby, eu pelo menos, prefiro algo com uma qualidade definitiva, uma experiência agradável. A máquina em si pode ser super simples, o moedor não. É meu nível de exigência, o que julgo "ideal". É tudo uma questão de parâmetros. Quando tiver oportunidade, use um desses moedores e veja se seu nível de exigência se mantém. Bons cafés a vocês ☕☕
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Rafael, geralmente o sabor ruim do café na rua é uma mistura de filtro carbonizado de varias extrações com regulagem completamente fora, boa parte das cafeterias que alugam equipamento fazem regulagem apenas mediante visitas técnicas, acredite. São equipamentos que são limpos esporadicamente de forma minusciosa, daí o gosto ruim, fora o portafiltro aguado com resíduos da extração anterior...Infelizmente funciona assim em boa parte dos estabelecimentos. Obviamente uma regulagem fora sempre vai entregar um sabor fora também. Como você disse, está no seu terceiro moedor manual. Mesmo que você tenha revendido, você já poderia certamente estar com um Ceado desde o primeiro uso e ter ficado tão feliz que você ainda nem imagina. Assim como o Regis disse que comprou coisas "apenas pra máquina", que foi justamente o que eu disse, ferramentas ou tunagens. Você acaba fazendo uma série de coisas e gastando um tempo desnecessário nadando contra a corrente. Você poderia ter poupado esse tempo e desgaste da procura e venda desses equipamentos simplesmente tomando excelentes espressos de primeira e já estaria em outro patamar. Os moedores que mencionei não têm retenção significativa, são inclinados pra que não fique café dentro, além disso hoje temos hoppers sanfonados que expulsam o pó. Quis dizer como desperdício todas as moagens irregulares desde o primeiro uso, sujeira, etc. O tipo de lâmina é extremamente importante, assim como o tipo de regulagem, sem que você fique restrito a um determinado espectro entre 4 ou 5 possíveis, você poderia ter um com regulagem micrométrica infinita. Um Bravito/Bravo/Kinu, são moedores caros e parelhos entre si. Não existe uma melhora extremamente notável entre eles. Estou repetindo, repetindo...moedores domésticos não são parâmetro, em geral são moedores ruins, então se comparar moedores manuais ótimos e moedores domésticos (mesmo caros) você vai ter uma qualidade que não justifica ficar pulando de galho em galho, a mudança é muito sutil. Você só vai ter uma quebra de paradigma real com um moedor superior. Reiterando, se você vai a uma cafeteria e está ruim, muito provavelmente que a regulagem esteja errada e o equipamento esteja sujo e a manutenção muito provavelmente não está em dia. Bons cafés pra vocês ☕☕
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Olá Regis. Agora me diga, como você vai ter um parâmetro de comparação com os moedores que estou falando? Pra quem nunca usou moedores assim, pode não fazer sentido, mas já no primeiro uso fica muito claro. De qualquer maneira é apenas minha opinião. Trabalho com café há 13 anos, compreendo que qualidade da moagem é difícil de entender mesmo, é muito comum desprezar a sua importância. Meu parâmetro são moedores definitivos como alguns da Macap, Nuova Simonelli, Ceado, Eureka e Rancilio como o Kryo, de preferência moedores com lâminas de diâmetro grande. Isso em contraste com outros tantos de qualidade inferior que tive ao longo dos anos, praticamente todos que existem no mercado nacional. Moedores domésticos dispõem de lâminas inferiores a 64mm que em geral móem tão lentamente que a fricção das lâminas com o grão vira energia estática que gera bolinhas ou que torram o café no ato da moagem porque a fricção se transforma em calor. Pra chegar no seu moedor manual predileto, normalmente o iniciante passa por outros, como aqueles de lâmina ou outros moedores como os Baratza que são caros e limitados e têm pecinhas de plástico. O parâmetro que eu tenho é de moedores superiores que têm valor inferior do que um conjunto equipamentos até você chegar no ponto que você deseja pra ficar satisfeito. Não estou dizendo que seja impossível fazer café espresso utilizando um moedor manual, estou dizendo que conforme o nível de exigência cresce, normalmente a pessoa vai fazendo vários upgrades que ao longo dos anos se transforma numa experiência muito mais cara. Se você não pretende jamais mudar de um k4 ou da Poemia, poxa que ótimo que esse equipamento atende, o importante é isso mesmo, chegar num ponto ideal que atenda e ser feliz. Há pessoas que têm um nível de exigencia maior e exatamente por isso existem equipamentos para todos os gostos. Agora recomendo a experiência de uso de um moedor com lâminas grandes, alta precisão e controle de peso. Imagine se desde o primeiro café da sua vida em casa você dispusesse desse equipamento, e imagina que ao longo de dez anos você poderia ter tomado café dessa maneira logo desde a primeira a vez. Ou a pessoa pode fazer como eu que comprei uns 8 moedores antes de trabalhar com café até entender o que era um bom moedor...eu gostaria de ter aprendido mais rápido, peguei o caminho das pedras hehe...tem outros tantos aspectos da moagem que vão muito além do que pensamos ser uma boa extração...Enfim, como o criador do tópico perguntou, continuo afirmando que se a dúvida é um determinado moedor manual e um moedor doméstico qualquer, você vai ter uma qualidade muito parelha, somente realmente passando pra um outro patamar é que você vai ter noção de como poderia ter sido tudo mais fácil e pode ser muito mais barato do que se imagina. Bons cafés a vocês ☕☕
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Não é uma necessidade, apenas como o Philip disse, esse é o caminho das pedras. Acho maluquice indicar um moedor desses pra alguém que está começando e vai associar fazer café com fazer esforço. Pra moer café você pode usar até uma pedra...Apenas você encurta muito a linha de aprendizagem, aumenta a curva de erro e adquire algo com excelente qualidade de uma vez, sem gastar 1000 pra começar, fazer gambiarra com parafusadeira, depois 2000, depois outros 2000, depois mais não sei quanto com mil alterações em máquinas, depois comprar todos os acessórios possíveis na ali express pra tentar chegar anos e anos depois no que você teria logo de cara apertando um botão. É justamente pra quem não tem grana que eu dou a dica...quem quiser pulverizar dinheiro em equipamentos de baixa qualidade, tudo bem também...O atalho me parece mais razoável. Digo isso por experiência própria, mas pra quem quiser espalhar dinheiro em um monte de coisa sem nunca dar o salto definitivo e passar anos e anos até aprender o caminho, tudo bem também, é só minha opinião. Agora comparar o uso de um moedor desses tipo K4 com a de um moedor titã também não dá. Aí ultrapassa a opinião e vai pro senso comum. Ao longo de uma década quem vai por esse caminho vai trocar de moedores várias e várias vezes, vai gastar mais e vai ter uma experiência muito mais penosa, do que simplesmente apertar um botão, programar tudo exatamente da forma que você quiser, com regulagem micrométrica infinita em 3-4 segundos apertando um botão, sempre repetindo a mesma operação garantindo consistência. Não é uma questão de valor de determinado moedor contra tal outro determinado moedor... é que somando balança, acessórios, apetrechos, tunagens, desperdício e sujeira, você invariavelmente vai gastar mais porque se fazem necessários por se tratar de um equipamento de baixa qualidade, coisas que um bom moedor dispensa..gosto é gosto, por isso esses equipamentos existem.
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Sim @valacomum é verdade, mas uma coisa que o iniciante costuma desconsiderar é que somando o gasto da troca de equipamentos ao longo dos anos conforme o nível de exigência pessoal cresce, somando o gasto com café ruim (azedo, mal moído, ou moagem inconsistente que faz um espresso ótimo e outro ruim em seguida), somando o desperdício e tudo mais, quase sempre sai mais barato e invariavelmente mais satisfatório escolher logo um moedor definitivo do que ficar pingando de 2 mil em 2 mil em Moedores manuais que móem muito parecido com moedores elétricos domésticos que também são caros e não entregam um primor. Claro que dói no bolso, mas ao contrário de doer em parcelas você já fica logo satisfeito desde o primeiro uso, invés de passar anos tentando aumentar a margem de erro usando outros apetrechos igualmente caros e que seriam inúteis no caso de um bom moedor de verdade. A sugestão pra quem não quer gastar é comprar uma máquina mais simples, gastar menos com acessórios e distribuir menos o gasto e realmente concentrar num moedor bom de verdade. Até porque esses moedores domésticos dessa marca de Taiwan são bem caros pro equipamento de fato, apenas um moedor doméstico e os melhores moedores manuais ficam mais ou menos nessa faixa de satisfação e também são caros. Isso é somente minha opinião, não vale a pena ficar pulando de galho em galho espalhando investimento sem realmente subir de nível de vez.