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  1. Eu entendo que "o quanto mais fresco melhor" e até um mês de torra, por tudo que pesquisei, é considerado o ideal. Mas na prática, para quem mora em uma cidade que não tem muitas torrefações, as vezes é difícil conseguir um café tão fresco, e para comprar na internet, o frete as vezes não compensa ou simplesmente demora muito. Entendo também que principalmente para espresso, se o café tiver alguns meses, vai diminuindo a chance dele produzir crema. Mas e para outros métodos (moka, coados, aeropress, etc)? Acham que é aceitável um café de 3 ou 4 meses (em grãos, naturalmente)? Eu me vejo várias vezes tendo que apelar para o supermercado, e em alguns supermercados maiores, está cada vez mais comum encontrar alguns cafés especiais (aqui em Floripa acho frequentemente Café do Mercado, Coffee Mais, Moka Clube e outras torrefações locais menores) mas é difícil achar com menos de um mês de torra (às vezes até acha). O mais comum é entre 2 a 4 meses. Vocês acham que realmente com essa idade, o café já está tão flat que mais vale comprar um gourmet qualquer e pagar menos?
  2. Usado muito pouco, umas 20 torra se tanto, dou preferêmcia para quem vier buscar. Não sei a versão exata, deve ter gente no clube que sabe melhor que eu, não é o primeiro mas tb não é o mais novo, funciona por Wi-Fi mas não com cabo. Está em Judiaí - SP R$ 14.500,00 Victor victoralencardelgado@gmail.com
  3. Sou novo nesse mundo dos cafés. Sei que torras claras são mais recomendadas para a Aeropress, mas da pra tirar o melhor de torras médias com uma Aeropress, ou só com o V60? Até porque a maioria dos cafés que vejo e mais quero experimentar tem torra média
  4. Passando para divulgar meu Livro, o primeiro livro do mundo sobre torra de café em português, tenho certeza que pode ajudar quem esta querendo começar nesta area, é um livro super completo, vou deixar o review do que vocês vão encontrar nele aqui e o link . Introdução O livro "Manual da Torra do Café" de Elvio dos Santos Junior é uma obra essencial para todos os apaixonados por café que desejam mergulhar na arte da torrefação. Elvio, fundador da escola Mestre Cafeeiro, compartilha décadas de conhecimento e experiência de uma forma acessível e prática, tornando esta leitura indispensável tanto para iniciantes quanto para profissionais experientes no ramo. Conteúdo O livro é dividido em duas partes principais: a introdução ao mundo da torra de café e a abordagem técnica aprofundada sobre o processo de torrefação. Primeira Parte: A Fascinação pela Torra Na primeira parte, Elvio explica por que torrar café é uma arte que vai além do simples aquecimento dos grãos. Ele destaca a importância de conhecer o cliente e entender suas preferências, abordando casos reais que ilustram os desafios e soluções no mercado de cafés especiais. Elvio compartilha insights valiosos sobre a escolha da matéria-prima e a necessidade de adaptar-se às expectativas dos consumidores para alcançar o sucesso na torrefação. Segunda Parte: Técnicas e Práticas de Torra A segunda parte do livro é dedicada à técnica da torra. Elvio detalha aspectos como a química e a física do processo, a formação do perfil de torra e os métodos práticos para obter resultados consistentes e de alta qualidade. Ele discute a importância da densidade do café, a influência do processamento e as variações no tamanho das peneiras, oferecendo um guia completo para dominar a arte da torra. Pontos Fortes Acessibilidade e Didática: A linguagem utilizada por Elvio é simples e direta, tornando o conteúdo acessível a todos os níveis de conhecimento. Casos Reais: O uso de exemplos reais enriquece a leitura, proporcionando uma compreensão prática dos desafios e soluções no mercado de café. Conhecimento Abrangente: O livro cobre desde os aspectos básicos até os detalhes técnicos mais avançados, oferecendo uma visão completa do processo de torra. Foco no Cliente: A ênfase na importância de entender o cliente e adaptar-se às suas preferências é um diferencial que destaca a abordagem prática e orientada para o sucesso comercial. Conclusão "Manual da Torra do Café" é uma obra-prima para qualquer pessoa interessada na arte da torra de café. Elvio dos Santos Junior oferece um guia detalhado e prático que combina teoria e prática de forma magistral. Este livro não apenas ensina técnicas de torra, mas também inspira os leitores a perseguirem a excelência e a inovação na criação de cafés excepcionais. Para aqueles que desejam elevar sua habilidade na torra de café e conquistar o paladar dos clientes, este livro é uma leitura obrigatória. O que você vai encontrar neste livro : O fator número um para as pessoas se apaixonarem pelos seus cafés Como deixar seu café super frutado, técnica simplificada O mito que derruba qualquer marca de café ( não caia nessa furada) A decisão que vai fazer sua torrefação atingir maiores lucros e a que vai fazer você ser descoberto rapidamente Método de bolt O truque sorrateiro para nunca perder cafés, mesmo que você erre na torra Um erro muito iniciante que mesmo os profissionais mais experientes caem A escolha certa não é a escolha bem sucedida nestas situações O conceito chave que vai virar jogo da sua torrefação e ainda vai fazer você ganhar dinheiro Técnica dos 3 set points que potencializa o sabor dos cafés E muito mais para saber mais ou encomendar com frete gratis acesse o link abaixo. https://www.mestrecafeeiro.com.br/nossos-cursos/livro-manual-da-torra-de-café
  5. Pessoal: Com a chegada do Stratto estou colocando o Behmor à venda. Ele foi adquirido na Amazon em outubro de 2016 é trazido por um amigo na bagagem. Tem sido usado semanalmente em Maceió para uma torra de 400g. Eventualmente faço duas torras na semana. Funciona igual quando novo. Tem umas marcas de uso, principalmente manchas do calor e do café. Uso em 220v com transformador de 3000 va desde que chegou, sem nenhum problema. O forno está em Maceió/AL. Posso estudar levá-lo pessoalmente a Recife ou Aracaju ou cidades na mesma distância, à combinar com o comprador. Nesse caso: às vezes vou a essas cidades a trabalho (estive em Aracaju há umas duas semanas). Se for a trabalho, não cobro o frete. Se o comprador quiser que eu vá por minha conta, aí combinamos a gasolina. Se quiserem embalo e mando pelo correio mas prefiro pessoalmente. Ele produz torras ótimas, limitadas a 450g no máximo. Preço: R$ 2.500,00
  6. Olá queridos amigos do CdC. Gostaria de levantar o assunto sobre os torradores de Leito Fluído. Sempre que há algum evento sobre café onde há tecnologias voltadas a torra, sinto falta de novos modelos e métodos. Há uma distinção muito clara entre as marcas, mas todas usam o mesmo método. Recentemente vi os produtos da equipe Typhoon coffee roasters, e fiquei super interessado no processo, recomendo ver os vídeos do pessoal no YT. Também conheço o modelo Ikawa, mas este é para lab, e nesse segmento existem outras empresas, Pinhalense por exemplo durante muito tempo fabricou um modelo de leito fluido para cafeterias e labs. As novas tecnologias que vejo nos torradores, sempre é voltada a automação das curvas de torra, controle de variáveis e afins, mas nunca design de produto diferente. Conhecem algum outro produto, ou já trabalharam com torradores de leito fluído? Durante a discussão, comentarei sobre um modelo nacional, por enquanto gostaria da opinião da galera.
  7. Boas a tod@s. Pessoal, resolvi a um tempo fazer torra caseira e esse é meu relato de tudo que eu fizer para torrar aqui na minha cozinha. A torra em casa surgiu quando percebi que eu tinha que comprar muita café na internet para compensar o frete. Para se ter uma ideia eu cheguei a pagar 45 contos de reis para vir 2kg de café do Mário (acho caro). Além disso, como apenas eu aqui em casa tomo o café moído na hora (minha companheira não gosta do meu Hario Slim hahaha) não consumo muito café, algo em torno de 250g/mês, o café começava a ficar velho, eu sempre noto uma perda de sabor. Consegui resolver esse problema comprando café na Amazon pelo PRIME, mas aí veio outro motivo pra torra. Meu pai tem um pedaço de terra aqui, nada grande, mais parece 2 lotes juntos. No ano passado ele ganhou 3 pezinhos de café e plantou. Não fiquei muito entusiasmado porque achei que não ia pra frente. Me surpreendi quando floresceu e agora está com vários frutos. Ficamos animados e já estamos nos preparando para plantar mais e dali tirar nosso café de cada dia, pensa que legal se dar certo ! Como método de estudo, eu organizo tudo que pesquiso em notas, tô usando o Notion ultimamente. Então pensei em reunir aqui todas essas informações que eu ler, ver e fazer e não deixar no Notion. Vi que ao ler alguns comentários de pessoa começando, e tentando, e recebendo orientações, e tentando novamente, encoraja outros a iniciar a torra caseira. Com isso tudo, e o aumento da minha ansiedade nessa pandemia maluca, aqui será minha cozinha para o bate papo da minha aventura na torra do café para ficar registro para mim e para os novos e pedir ajuda, pitacos, dos já iniciados e mestres hehehe. Espero contar com a ajuda dos disponíveis e a paciência dos mais experientes, pois de café eu gosto muito é de tomar! Vida longa e prospera a todos principalmente ao café
  8. Olá, caros amigos! Venho apresentar esse projeto que estou desenvolvendo. Se trata de um torrador, com capacidade de até 500g, com sensores termopar BT e ET, controle de rotação do tambor, controle de fluxo de ar, resfriador de grãos, provador e visor. Todo em aço inox. Gostaria de agradecer imensamente aos amigos do clube Roberto, Kell, Alex Lima, Carlos Vasconcelos, Gilberto, Ricardo Gobbi⁩, Alexandre, Flavio, Luis Paulo e tantos outros que de uma forma ou de outra, talvez sem nem perceber, me auxiliaram bastante no desenvolvimento deste projeto. Espero que gostem e vamos trocar informações a respeito! Grande abraço! Instagram: @marinacoffee.roaster
  9. Olá, pessoal. Tentei buscar essa informação por aqui, e até achei algumas pessoas comentando, mas são informações espalhadas em tópicos de assuntos diferentes (torra doméstica, equipamentos de torra, etc). Se houver um tópico já criado pra esse assunto, peço desculpas e podem excluir este. Li algumas informações na internet, em geral, e achei respostas bem variadas. Vi gente dizendo que não espera nada, e gente dizendo precisa de umas 2 semana (algo relacionado à liberação de gases). Acaba que eu sempre compro grãos pela internet e peço aos fabricantes que mandem com a torra mais recente possível. Até porque algumas vezes demora pra chegar, e eu sempre quis consumir os grãos com no máximo 20 dias de torra. Curiosamente, recentemente acabei tomando menos café, e sobraram umas 20 gramas de um grão aqui.... Quando fui tomar novamente, estava com +/- 1 mês de torra, e pra minha surpresa, ficou mais agradável do que antes. E acho difícil ser variação do preparo, porque uso balança pra pesagem dos grãos e do café extraído, tamper do tipo "leveler" que sempre faz a mesma compactação. E como era o mesmo grão que já vinha usando, não alterei o nível da moagem. Então a variável mais evidente é o próprio grão ao longo do tempo. Acho que esse tempo de espera talvez acabe variando de acordo com o tipo de grão e, ainda, até com o gosto pessoal de cada um. Mas... Na experiência de vocês, qual a média de tempo que vocês consideram o ideal para consumo após a torra?
  10. Olá pessoal! Nós da ROAST Cafés estamos lançando a primeira edição de um novo projeto! A Compra Coletiva - ROAST Academy. A ideia é integrar a venda de cafés verdes no formato de compra coletiva numa experiência bem mais completa, que também incluirá lives com os produtores, compartilhamento das nossas estratégias para torrar os cafés, e workshops virtuais para atender tanto quem está iniciando nas torras quanto quem já está em estágios mais avançados no aprendizado. Queremos compartilhar com vocês não só alguns lotes super especiais que garimpamos nesta safra, mas também um pouquinho do que andamos estudando e aprendendo sobre o processo da torra. O projeto já está no ar! Vou fazer um resumo abaixo, mas pra saber de todos os detalhes, só seguir o seguinte link: Compra Coletiva - ROAST Academy COMPRA COLETIVA Em nossas buscas por cafés para a ROAST, continuamos encontrando com frequência lotes que gostaríamos de compartilhar para mais pessoas torrarem. Os motivos são vários: cafés de ótimo custo-benefício negociados por bons valores de saca para fechar o lote inteiro; sensoriais diferenciados e complexos; varietais exóticos; lotes bem colocados em concursos; etc. Para esta primeira experiência selecionamos 6 cafés diferentes! Cada um possui um atrativo diferente que pode interessar aos home roasters. Serão oferecidos em embalagens de 1Kg, 5Kg, ou quantidades maiores a depender da disponibilidade. Os valores serão bem mais em conta do que os cafés verdes normalmente oferecidos na nossa loja. Para quem quiser ter uma referência dos cafés já torrados, estamos oferecendo também um kit de referência com amostras de cada café torrado com nosso perfil de torra de produção. Café do Eduardo Silva Região: Cristina - Mantiqueira de Minas Propriedade: Sítio Tarumã Variedade: Catuaí Amarelo Café da Camila Região: Varjão de Minas - Cerrado Mineiro Propriedade: Fazenda Santa Rita Variedade: Bourbon Vermelho Café do Paulo Miranda Região: Araponga - Matas de Minas Propriedade: Sítio Caminho da Serra Variedade: Catuaí Vermelho Café do Lucas Venturim Região: São Domingos do Norte - Semiárido Capixaba Propriedade: Fazenda Venturim Espécie: Conilon Café do Sérgio de Castro Região: Campanha - Mantiqueira de Minas Propriedade: Sítio da Pedra Variedade: Acauã Orgânico e certificado BÔNUS - Café do Denizar Dias Douro Região: Marechal Floriano - Montanhas do ES Propriedade: Sítio Denizar Variedade: Catucaí 2SL (moka) Este é um lote super limitado! Temos 30Kg do peneira moka do lote campeão do Coffee of the Year 2020. É uma verdadeira joia em forma de café! Estamos limitando o pedido deste em 1Kg por pessoa, pra garantir que muitos terão a oportunidade de torrar e provar este lote. WORKSHOP VIRTUAL 1 – PRINCÍPIOS DE TORRA Esta turma é voltada para quem está pensando em se aventurar na torra doméstica mas não sabe por onde começar, e para quem já começou a torrar mas está com dificuldades para atingir resultados bons e consistentes. Data do encontro virtual: 27/02 Horário: 15:00 – 17:30 Vagas limitadas WORKSHOP VIRTUAL 2 – OTIMIZANDO A TORRA DOS CAFÉS DA COMPRA COLETIVA Esta turma é voltada para quem já tem alguma experiência de torra, mas gostaria de entender melhor a influência de alguns elementos da torra no resultado final da bebida. Ofereceremos um kit de prova com os cafés torrados da compra coletiva e vamos analisar juntos as melhores estratégias de torra para cada tipo de grão. Datas dos encontros virtuais: 06/03 e 13/03 (workshop dividido em dois dias) Horário: 15:00 – 16:30 Vagas limitadas LIVES COM PRODUTORES Ao longo dos próximos dias, teremos lives com os produtores de cada um dos lotes. Serão realizadas para todos em nosso perfil do Instagram @roastcafes. Divulgaremos as datas em breve. Será uma oportunidade incrível para conhecerem um pouco da história de cada um e dos cuidados especiais que eles tiveram para produzirem os lotes que selecionamos para a compra coletiva.
  11. Pessoal, Vou iniciar no mundo da torra caseira com o famoso forninho do Beto-o (o Brother's Coffee Roaster PRO). Fui atrás de material sobre torra, e vi que existe uma série de vídeos produzidos pela Mill City Roasters, chamada de Roaster School Online. Ali eles explicam vários aspectos da torra de café. Fiz anotações pessoais à medida que ia vendo os vídeos. E depois tive a idéia de colocar as anotações aqui. Podem servir tanto pra membros que não falam inglês como pra quem quer ter uma ideia do que se fala no vídeo sem ter que "perder tempo" vendo todo o vídeo (eles são longos, cerca de 40-50m cada) para no fim descobrir que já sabia aquilo ou que o assunto não o interessava. À medida que for vendo os vídeos vou colocando as anotações aqui. Pode também ser um ponto de partida para discussões a respeito das afirmações do que o autor dos videos argumenta. Não procurei o perfeccionismo (inimigo das realizações, pois se você busca a perfeição muitas vezes acaba nunca fazendo as coisas), assim, podem existir erros nas minhas anotações. Mas procurei fazer o meu melhor. Sem mais delongas, vamos começar. Roaster School Online Ep #1 - Turning point - Sempre pré aquecer o forno - Turning point é o ponto onde, no sensor de temperatura, a temperatura deixa de cair e começa a subir novamente - Lembrando que o turning point em verdade é uma ilusão. O grão de café não esquenta, esfria e depois esquenta de novo. Ele começa em temperatura ambiente e de lá só vai esquentando. A curva ocorre porque o sensor inicialmente está quente na temperatura do seu forno (por ex. 220o), depois "cai" pra temperatura ambiente (dos grãos de café) pra ir aquecendo novamente. Mas os grãos em si nessa etapa sempre vão aquecendo. - Enquanto estiver se adaptando ao seu forno ou a um tipo de café específico, procurar sempre manter a mesma quantidade de café nos batches, para facilitar os experimentos, a comparação e a repetibilidade. Da mesma forma para a temperatura inicial. Quanto maior o número de variáveis fixas, mais fácil vai ser fazer os ajustes nas curvas de torra para conseguir repetir um batch que você gostou. Se você começar com a temperatura inicial diferente e quantidade de café diferente, estará mudando muitas variáveis e, não conhecendo o seu forno, fica mais difícil de replicar uma torra. - A temperatura do probe não necessariamente é a temperatura do tambor. - Café pode ser mais denso (turning point na frente) ou menos denso (turning point mais rápido) - Se o turnaround for muito sharp (curva muito fechada), isso me indica que o café reage forte ao calor, então devo reduzir um pouco a temperatura. Se a curva for muito aberta, então talvez deva aumentar a temperatura. - Procurar torrar sempre 80% da capacidade do seu torrador - No final, "apesar" de toda teoria, o mais importate é: O café te deixa feliz? Falam em 12 minutos de torra, isso, aquilo... se você mudar essas variáveis e no final o café te deixar feliz, esse é o principal parâmetro. Não adianta fazer tudo conforme a teoria e o café ficar ruim pra você (ou pro seu público alvo). A alegria ao beber o café tem prioridade máxima acima de todas as variáveis e teorias.
  12. Como a torra doméstica tem crescido bastante no CdC (basta ver o sucesso cada vez maior das compras coletivas) e considerando que o mercado nacional é bem carente de equipamentos para esse fim, fiquei curioso em ver como o pessoal tem se virado pra torrar café em casa, seja com equipamentos importados (a duras penas) ou com adaptações em pipoqueiras, fornos, máquinas de pão, panelas etc. Então, inspirado no tópico Mostre Aqui o Seu Cantinho do Café, que é mais dedicado ao preparo do café (máquinas moedores etc.), achei legal abrir um Mostre Aqui o Seu Cantinho de Torra dedicado exclusivamente às nossas "ultra-nano torrefações" domésticas. A ideia aqui não é detalhar torras realizadas (pra isso já temos o Torrando hoje...) mas sim postar fotos do nosso cantinho de torra, muitas vezes adaptado, improvisado e ou itinerante dentro de nossos lares. Pra inaugurar vou postar o meu cantinho, que já teve várias configurações, com equipamentos e adaptações diferentes, em casas diferentes, mas que infelizmente não tenho registro fotográfico de todas. Por ter começado a me aventurar na torra doméstica com a PopFun e ter ficado com ela por muito tempo, segue primeiro a única foto (péssima) que tenho mostrando um plano mais geral do cantinho quando usava ela, em sua última configuração (com Arduino + Roastlogger): Atualmente continuo torrando na sacada do apartamento, mas agora não mais no chão e sim em cima do meu "home office" (é só uma escrivaninha mesmo). Uso um Philco Air Fry adaptado, com controle de calor pelo Arduino + Roastlogger, deixo um ventilador ligado atrás pra não aquecer demais e derreter as partes plásticas da carcaça (ainda tenho que resolver isso) e fico com uma lanterna em mãos pra checar visualmente os grãos durante a torra: E completa o cantinho o resfriador que fiz usando uma caixa de MDF (roubada da esposa) com a tampa cortada + tela de uma peneira pra feijão + ripas de madeira, para ser usado com o aspirador de pó:
  13. Fala galera! Estamos aqui pra comunicar a todos que o @Igor e eu tomamos a decisão de que não organizaremos mais as Compras Coletivas de Café Verde do Clube do Café. Continuaremos, com alguma frequência, compartilhando alguns lotes que se destacam no coffee hunting da ROAST e realizando algumas compras coletivas pela ROAST Cafés (tem café que precisa ser compartilhado ). Mas não nos sentimos mais à vontade para continuar fazendo isso usando o nome de um projeto do CdC. Outro grande fator que nos fez tomar essa decisão é a vontade de oferecer uma experiência mais completa para os torrefadores domésticos, que só conseguiremos oferecer via ROAST Cafés. Então vai ter novidade em breve. Pra quem quiser saber mais sobre nossa decisão, vamos entrar em detalhes mais abaixo. A HISTÓRIA DA COMPRA COLETIVA DO CDC Pra quem é novo por aqui e não conhece a Compra Coletiva (CC), pode saber mais no seguinte tópico: A EVOLUÇÃO DO MERCADO DE CAFÉ CRU PARA TORRA DOMÉSTICA Ver o quanto esse mercado evoluiu em tão pouco tempo é algo incrível! Ao longo desses 6 anos em que estivemos organizando a CC, pudemos ver as opções se ampliarem imensamente para quem torra café especial em casa! Foi possível ver iniciativas locais de integrantes do CdC, organizando compras coletivas menores em suas regiões ou por grupos no Whatsapp! Também começamos a ver cada vez mais torrefações que possuem em suas lojas opções de café cru. Outro fator de grande relevância nessas movimentações do mercado é que o produtor está cada vez mais capacitado a falar a linguagem do mestre de torras. Temos visto uma grande oferta de café verde por parte dos próprios produtores já com uma série de informações que antes não era tão fácil de conseguir, como pontuação, descrição sensorial e preço. Além disso, a oferta de pequenas quantidades está cada vez mais abundante, pedir 1 ou 2kg de café direto para um produtor, que já foi considerado algo absurdo, hoje já é aceitável e alguns produtores já se organizam para atender essa demanda. A DIFÍCIL DECISÃO Organizando a Compra Coletiva desde 2014, vimos a demanda crescendo continuamente ano a ano. Empolgados com o projeto e com o envolvimento de cada vez mais gente, fomos aumentando também a oferta, chegando a mais de 10 sacas. Até 2017, ainda como hobbystas torrefadores domésticos, começamos a passar por algumas dificuldades para atender essa expansão do projeto: grandes movimentações financeiras em conta pessoa física, mutirão de amigos do Clube aqui em BH pra conseguir fracionar os cafés em tempo razoável, descapitalização momentânea de grana própria pra pagamentos adiantados para alguns produtores, limitações de frete por sermos remetente pessoa física, etc. Em 2018 o Igor e eu nos unimos num gratificante empreendimento, a ROAST Cafés, torrefação de cafés especiais. Na época, decidimos seguir organizando a Compra Coletiva, mantendo o projeto, sem fins lucrativos e patrimônio do CdC, separado da empresa tanto quanto possível. Na prática, começamos a utilizar a estrutura da empresa para minimizar as dificuldades que tínhamos como pessoa física: pagando produtores adiantado com caixa da empresa; emissão de NF para facilitar os envios e aumentar opções de transportadoras; uso de espaço de estoque e maquinário para fracionamento; uso de mão de obra da empresa; etc. Todas essas coisas facilitaram a execução, mas geraram custos adicionais ao projeto, por exemplo com impostos, contabilidade, aluguel de espaço, contratação de mão de obra extra. Tentamos um reajuste dos valores dos cafés nas últimas Compras Coletivas para cobrir esses custos, mas mantendo a ideia de não ter lucro no fechamento das contas. Mas chega um ponto em que fica complicado fazer contas exatas dos efeitos cascata que esses custos acabam gerando na empresa. Começamos a ver outras iniciativas de pequenas compras coletivas surgindo. Percebemos um impacto da CC na produtividade da ROAST, já que por uma ou duas semanas ela nos demandava atenção e tempo consideráveis. Então decidimos que era hora de nos afastarmos do projeto. Continuaremos fazendo compras coletivas pela ROAST, com margens bem menores que os cafés crus que temos em nossa loja virtual. Mas ainda assim, haverá alguma margem de lucro para justificar sua realização. E isso não é compatível com a essência da Compra Coletiva do CdC. Não nos sentimos à vontade para usar o nome do projeto visando interesses próprios. No mais, vida longa à comunidade de torrefadores domésticos do CdC! Temos visto tantas evoluções recentes nesse segmento… mal podemos esperar para ver o que os próximos anos vão trazer! Até mesmo algumas traders passaram a vender pacotes de 4 ou 5 Kg em seus sites! Se alguém tiver interesse em assumir a organização da Compra Coletiva do Clube do Café, mantendo a essência de um projeto transparente e sem fins lucrativos, fique à vontade para assumir o manto. Mas a nosso ver, a tendência é de descentralização da demanda, já que apareceram tantas opções nesses últimos tempos. E isso é ótimo! Significa mais opções de cafés; fretes mais baratos com as iniciativas regionais; compras menores, evitando aqueles Kg excedentes envelhecendo no armário. Em breve criaremos um tópico fixo na seção de torra doméstica com uma lista de produtores/torrefações/sites que podem oferecer cafés crus sob demanda. Se alguém quiser entrar na lista, favor entrar em contato com o @Igor ou algum dos moderadores. E sempre que alguém estiver organizando uma compra coletiva, sugerimos a criação de um tópico na seção, comunicando a iniciativa para possíveis interessados. Saudações cafeinadas e boas torras! Igor e Luís
  14. Comprei um cafe recentemente e sou um pouco leigo nos assunto, achei um pouco estranho o aspecto dos graos e da torra.. poderiam me explicar se isso e normal, e porque ele esta tao diferente dos que costumo comprar?
  15. Aí pessoal! Já vou adiantar a criação desse tópico, pois a gente gostaria de informar que a ROAST Cafés vai torrar um pouco dos cafés da Compra Coletiva pra oferecer pra galera. Quem não torra em casa vai ter a chance de provar os cafezões selecionados pra Compra Coletiva desse ano! Devemos começar a torrar daqui umas duas semanas. Vamos dando notícias por aqui e no nosso perfil do insta @roastcafes. E ao começarmos a torrar, vamos compartilhando um pouco das nossas abordagens nas torras. E junto com a galera que torra em casa! Vamos ver se esse ano a gente movimenta mais esse tópico sobre as ideias pra extrair na torra o máximo do potencial dos cafés da CC!
  16. Olá amigos torrefadores domésticos e entusiastas do café, com o intuito de divulgar o trabalho da Compra Coletiva e reunir todas informações relevantes em um só lugar, estamos abrindo este tópico. Nossa ideia é manter aqui sempre atualizado com informações gerais e informações sobre a equipe responsável por organizar a compra. Começamos com algumas informações básicas: Organizadores oficiais: @Igor , @Luis Paulo e @Allexlimaa2 Instagram da Compra Coletiva: @comprecoletivo e @torrafrescacafes Site oficial: http://www.clubedocafe.net/comprecoletivo 0- Introdução 0.1- O que é a Compra Coletiva Comprar grãos crus de qualidade e em pouca quantidade para a torra doméstica é uma tarefa árdua e dispendiosa. De acordo com o que já vivenciamos aqui no fórum, a solução mais simples para esse problema é a UNIÃO. Desta forma, podemos dizer que a Compra Coletiva é na realidade um esforço coletivo, onde nossa comunidade se une para comprar bons cafés verdes, em grandes quantidades e com um preço final mais acessível. Além disso, os cafés também são ofertados na opção TORRADO, onde realizamos uma grande Torra Coletiva de café, oferecendo desta forma os mesmos grãos na opção TORRADO para que não tem a possibilidade de torrar em casa. 0.2- Nossos Valores Acreditando que o comércio de café verde deve ser sustentável tanto para o consumidor final quanto para o produtor, tentamos sempre negociar diretamente com o produtor, valorizando sempre o Comércio Justo. Além disso, acreditamos na transparência de todo processo de compra que realizamos, por isso informamos sempre os valores que estão sendo pagos no café e o valor final de cada grão é calculado sobre o valor final da saca negociada! 0.3- Custos Operacionais A Compra Coletiva não tem fins lucrativos, porém é evidente que há custos operacionais envolvidos. Alguns desses custos são: ligações interurbanas para negociar os cafés, custos com frete para enviar e receber amostras, embalagens, caixas, gasolina para transportar as encomendas até os Correios e a mão de obra dos envolvidos. Apesar do nosso esforço, é difícil estabelecer o quanto está sendo gasto em cada compra. Desta forma, nossa estratégia é fazer um pequeno acréscimo para ajuda de custos. 0.4- Riscos Há riscos envolvidos na compra e como não há ninguém lucrando com todo o processo, o risco é de responsabilidade de cada participante. Não é de responsabilidade do Clube do Café ou de qualquer organizador da Compra Coletiva restituir o valor pago caso a encomenda seja perdida, danificada ou sofra qualquer acidente fora das posses dos organizadores. É claro que, acreditando na união que temos aqui no Clube, temos certeza que haveria um esforço coletivo para ajudar ao máximo, dentro do possível, a pessoa que, porventura, seja lesada. 1- A Compra Coletiva 1.1 Como Participar Para participar você precisa estar de acordo com os riscos envolvidos e com o valor a ser acrescentado em cada quilo. Os pedidos deverão ser realizados após a abertura da compra e mediante a escolha da quantidade de café desejado, assim como da forma de pagamento e envio conforme as orientações a serem estabelecidas. Só serão considerados os pedidos realizados pelo SITE da Compra Coletiva. A ordem do pedido é respeitada, assim como a quantidade de cafés disponíveis. Não fazemos reserva de café! 1.2 Compras Coletivas anteriores Compras Coletivas anteriores a 2014: aqui Compra Coletiva do Segundo Semestre de 2014: aqui Rubi lavado - Fazenda Esperança Catuaí Vermelho natural - Faz. Ninho da Águia Mundo Novo natural - Sítio Santa Rita / Campo Místico Forquilha do Rio - Janeiro de 2015: aqui Catuaí Vermelho CD - Faz Forquilha do Rio - Campeão da EMATER 2014 Segunda Compra Coletiva de 2015: aqui Catuaí Vermelho/Amarelo natural - Faz. Ninho da Águia Mundo Novo natural - Lote do Luke - Sítio Santa Rita / Campo Místico Catuaí CD - Faz Ouro Verde Terceira Compra Coletiva de 2015: aqui Catuaí CD - Faz. Ouro Verde Catucaí e Catuaí Amarelo natural - Faz. Mantissa Topázio Amarelo natural - Faz. Boasorte Primeira Compra Coletiva de 2016: aqui Catuaí Amarelo natural - Faz. Mantissa Catuaí Amarelo lavado - Brejetuba, Faz. Santa Clara Catuaí Amarelo CD - Eufrásio, Sítio Boa Vista Faz Ouro Verde - 4º Colocado do CoE: aqui Catuaí CD - Faz. Ouro Verde - 4º Colocado do Cup of Excellence Segunda Compra Coletiva de 2016 - VERDE e TORRADO: aqui Catuaí natural - Faz. Ouro Verde Catuaí Amarelo lavado - Brejetuba, Faz. Santa Clara Catuaí Vermelho CD - Faz. Forquilha do Rio Catuaí Vermelho natural - Faz. Ninho da Águia Primeira Compra Coletiva de 2017 - VERDE e TORRADO: aqui Obatã Amarelo natural fermentado - Irmãos Moscardini Obatã Vermelho natural - Sítio Canaã Catucaí Vermelho natural - Faz. Vargem Grande Catuaí Vermelho CD - Seu Juarez, Sítio Jequiri Segunda Compra Coletiva de 2017 - VERDE e TORRADO: aqui Catuaí Vermelho CD- Faz Forq. do Rio Bourbon Vermelho Natural - Café da Rosângela Bourbon Vermelho CD - Café da Rosângela IAPAR CD - Café do Leandro Catuaí Vermelho Natural - Café do Tino Catuaí Vermelho CD - Café do Paulo Primeira Compra Coletiva de 2018 - VERDE - aqui Bourbon Amarelo Natural - Fazenda Furnas; Catucaí Amarelo - Fazenda do Serrado Acaiá - Café da Ucha Catuaí Amarelo - Café do Thiego Catuaí Amarelo - Café do Eduardo Compra Coletiva organizada pelo Alex - Café do Michael 1.3- Por trás da Compra Coletiva: Desde a Segunda Compra Coletiva de 2016 estamos fazendo um trabalho pós C.C. para passar informações sobre os cafés e formas de torrá-los. Nosso intuito ao fazer isso é abrir um canal onde o consumidor final pode bater um papo franco com o próprio consumidor final sobre os processos de colheita, pós colheita, beneficiamento e torra de café. É o Clube do Café fazendo sua parte para educar e conscientizar o coffee lover sobre a bebida café a partir do pé, além, é claro, discutir sobre as dificuldades e sobre o trabalho dos produtores. Torrando os Cafés da Segunda Compra Coletiva de 2016: aqui O Ddiário de uma Aventura Cafeeira: Conhecendo o Seu Juarez: aqui Torrando os cafés da Primeira Compra Coletiva de 2017: aqui O Diário de uma Aventura Cafeeira: Explorando as Matas de Minas: aqui Torrando os cafés da Segunda Compra Coletiva de 2017: aqui Alguns dos produtores que já tivemos o prazer de conhecer e registrar uma foto: Tiago, Fazenda Barinas: aqui Valmor, Sítio Santa Rita / Campo Místico: aqui Bruno, Fazenda Esperança: aqui Cândido, Faz. Ouro Verde: aqui Ivone, Brejetuba - Faz. Santa Clara: aqui Clayton, Faz. Ninho da Águia: aqui Seu Juarez, Sítio Jequiri: aqui Seu Afonso Lacerda, Forquilha do Rio: Seu Afonso, Igor e Luís 1.4- Compra Coletiva em números: Nestes últimos anos, estimamos que mais de 4 toneladas de cafés verdes foram repassadas para os membros do clube torrarem. Já trabalhamos com 15 fazendas diferentes de 4 estados e já tivemos acesso a café natural, lavado, CD e natural fermentado. Em termos de alcance, já enviamos cafés para 19 estados e para o Distrito Federal. Além disso, já enviamos cafés para os Estados Unidos. Grande abraço, Equipe Compra Coletiva
  17. Olá estudiosos, apaixonados do café! Tudo bem? Sou Rayan, barista da M3 Coffee Club. De um jeito único, nós estamos disponibilizando à venda do nosso CAFÉ VERDE. É só escolher a variedade do café, o peso e o grão chegará limpo, beneficiado e pronto para a torra. LINK: https://m3coffee.club/produto/verde/ Informações extras: https://m3coffee.club/produto/selecao-best/ Conheça nossa história: https://m3coffee.club/
  18. Olá, sou novo por aqui. Eu tenho um espaço e nesse espaço quero adquirir os grãos de café, moer e vender através da internet e entregar pessoalmente ao cliente. Perguntas: 1-Qual o caminho a percorrer? 2- Qual a máquina de moer que eu tenho que adquirir? 3- Aqueles sacos que são vendidos na internet, posso armazenar e colocar logo para vender? 4- Teriam algum fornecedor de grãos para passar? Atenciosamente,
  19. Boa tarde pessoal, um colega de trabalho trouxe café verde que o sogro dele produz, totalmente orgânico. Só que não tenho equipamento para torra, gostaria de saber se alguém poderia fazer essa torra, nesse caso eu dividiria o café torrado meio a meio. Moro em Vespasiano mas caso tenha alguém em BH para torrar, poderíamos combinar de encontrar. Não pesei o café, mas acredito que tenha uns 500 gramas.
  20. Olá pessoal! Hoje é um dia especial. Estou bastante feliz em compartilhar sobre a Sweet Coffee Spot aqui no Clube do Café. Nosso café já está disponível em nosso site e será uma experiência maravilhosa conhecer grãos torrados de forma diferenciada e única. Estamos muito contentes com o feedback que recebemos de tantos participantes do Clube do Café e claro, queríamos compartilhar isso com todos. Principalmente por se tratar de grãos prioritariamente orgânicos e biodinâmicos, ou seja, incentivar as pessoas a cuidarem da própria saúde através do café e contribuir para o equilíbrio do ecossistema nas lavouras de café. https://www.sweetcoffeespot.com/loja Conheça nossos cafés https://www.sweetcoffeespot.com/blogpt
  21. Salve amigos amantes da torra doméstica, neste tópico vamos compartilhar com vocês tudo do processo de torra dos cafés da Compra Coletiva e aproveitamos também para abrir um espaço exclusivo para que as discussões sobre como torrar esses cafés ocorram. Pra começar, temos muita coisa pra compartilhar, o processo para o café chegar torrado na casa de vocês foi muuuito longo. Para não nos perdermos nessa discussão e para tornar o texto mais organizado, vamos deixar cada assunto bem separadinho. Nossa ideia é a seguinte. Neste post vamos escrever sobre o processo para desenvolver os perfis de torra e sobre as dificuldades que enfrentamos e como conseguimos superá-las. Vamos falar ainda sobre como foi torrar esses cafés e passar algumas orientações para ler os logs que vamos compartilhar. Somente em um segundo momento é que vamos compartilhar os perfis que escolhemos para cada café e comentar sobre a razão das escolhas que fizemos. Além, é claro, de contar um pouco sobre algumas peculiaridades de cada grão. Modelando os Perfis de Torra: A rotina para desenvolver os perfis que utilizamos para cada um dos cafés foi a seguinte: 1- Fazer uma torra de prova: Utilizamos o Ikawa para fazer as torras de prova. Como o Ikawa é super ágil para torrar, conseguimos desenvolver mais de uma curva de torra com ele para cada café, o que acabou ajudando bastante. Mas caso não tivéssemos um Ikawa em mão, uma torra de prova neste momento já seria o suficiente, uma vez que nosso objetivo é conhecer o café. 2- Provar os cafés: Em um segundo momento montamos uma mesa de prova com todos os cafés torrados e fazemos uma rodada de cupping. Neste momento nosso objetivo é observar quais são os traços sensoriais de cada café. Mesmo já conhecendo os cafés, pois já havíamos provado todos, gostaríamos de saber se os cafés que chegaram correspondem realmente às amostras que provamos anteriormente. 3- Modelar a torra: Aqui é parte mais complicada e que exige mais experiência do mestre de torras. Vamos dar uma pincelada somente e depois podemos voltar nesse assunto caso vocês queiram. Bem, uma vez que já conhecemos os cafés e já sabemos o que queremos destacar de cada um, precisamos tomar decisões sobre como vamos modelar as torras. Essas decisões são orientadas basicamente por dois fatores: pelo sensorial que já foi analisado pela torra de prova (e por outras torras quando necessário) e pelas características do grão (umidade e densidade). Em geral, quando um café é muito complexo, com boa densidade e sem defeitos, o caminho que escolhemos é de fazer uma curva muito parecida com uma curva de prova, pois ela tende a destacar tudo o que o grão tem para oferecer, sem “esconder nada”. Quando temos um café menos complexo, com baixa densidade, o caminho geralmente é outro, partimos para uma curva com taxa de variação de temperatura (ou RoR - Rate of Rise) decrescente. Independente do caminho que tomamos, as escolhas que fazemos para modelar nossos perfis de torra são sempre guiadas pela taxa de variação de temperatura (RoR). Isso vai ficar bem mais claro quando começarmos a explicar os caminhos que tomamos na hora de torrar os cafés desta Compra Coletiva. 4- Escolher a temperatura final: Uma vez que já modelamos nosso perfil de torra, ou seja, já sabemos exatamente a forma como vamos torra cada café, daí partimos para a escolha da temperatura final. Neste momento fazemos a torra exatamente do jeito que estabelecemos e tiramos amostras para analisar qual a melhor temperatura final para determinado café. Novamente abrimos o café em diversas xícaras para realizar mais uma rodada de cupping e determinar a temperatura final que queremos para cada café. É incŕivel a diferença que alguns graus trazem na xícara, é possível encontrar dois perfis sensoriais bem diferentes para o mesmo café, com a mesma abordagem, variando somente 1 ou 2ºC na temperatura final. 5- Torrar os cafés: Tudo converge para este momento, onde realizamos a torra planejada. Aqui fazemos a torra da forma como modelamos e finalizamos sempre na temperatura final previamente estabelecida para cada café! A temperatura final é super importante, mesmo que por algum motivo a torra ocorra um pouco diferente do que foi planejado, finalizamos sempre na temperatura final que escolhemos para o café. Dificuldades encontradas: Tivemos uma série de dificuldades, mas todas decorreram de um pequeno detalhe, precisávamos torrar 240kg de café em 3 dias!!!! O torrador que tínhamos a disposição era um Atilla com capacidade máxima para 15kg, mas para utilizar todo seu potencial tomamos a decisão de torrar com 8kg somente, que representa 53% da carga máxima recomendada pelo fabricante. Entretanto, nunca tínhamos torrado com essa capacidade, geralmente fazemos batches de 5 ou de 3kg nesse torrador. Acontece que quando colocamos 8kg no torrador, descobrimos que ele não conseguiria executar, com essa carga, o perfil que havíamos planejado para os cafés anteriormente. Tivemos então que reajustar os perfis e alterar a carga. Isso complicou bastante o nosso trabalho! No fim conseguimos executar os perfis planejados com pequenas alterações, mas tivemos que levar o torrador ao seu limite com as cargas que utilizamos, que variou de 5 a 6kg. Vocês poderão observar nos logs que vamos compartilhar que utilizamos todos os recursos que o torrador oferece. No final desta postagem explico sobre esses recursos passando algumas orientações para leitura dos logs. Além dos recursos do torrador, tivemos que utilizar duas estratégias chaves para atingir nosso objetivo (só lembrando, torrar 240kg de café em três dias): primeiro, utilizamos a temperatura inicial mais alta e bem próxima da temperatura de saída dos grãos, pois assim o tempo de espera entre as torras é menor, otimizando nosso tempo. Segundo, o tempo total das torras não poderia ser muito grande, pois a diferença de uma torra de 10min para um torra de 15min seria realmente um limitante para nosso objetivo. Foi uma experiência extraordinária torrar esses cafés para vocês, mas realmente não sabemos se é algo que pretendemos repetir futuramente. Foi bastante estressante ter que tomar decisões rápidas por conta do curto período de tempo que tínhamos para torrar e o trabalho para realizar as torras foi gigantesco, muito maior do que havíamos pensado. Para que tenham uma noção, contando as torras que fizemos para desenvolver os perfis, foram 48 batches no total! Na terça feira, dia 12/12, passamos 11hrs seguidas torrando. Além disso, fazendo um balanço pessoal das torras, não ficamos 100% satisfeitos com os resultados. Gostaríamos realmente de ter mais tempo para modelar melhor os perfis e principalmente ter mais tempo para realizar as torras com calma. No fim, ficamos ao menos com a satisfação e a sensação que fizemos o melhor que foi possível fazer dentro de todas limitações que encontramos e realmente esperamos que esteja a altura de vocês. Orientações para leitura dos logs. Os eventos que irão aparecer nos logs são os seguintes: Rotação do tambor: toda vez que tem um comentário seguido de “rpm” isso significa o giro do tambor. Exemplo: 65rpm. Controle elétrico do exaustor: é o controle do giro do ciclone, aparece em comentários de alteração do fluxo de ar o intervalo de variação é de 900~2700. Controle mecânico do fluxo de ar: é, em porcentagem, o quanto aberto ou fechado está a válvula borboleta que fica presente na tubulação que liga o tambor ao ciclone que controla o fluxo de ar. Aparece também em comentários de alteração do fluxo de ar, entretanto o intervalo de variação é menor, geralmente de 50 a 100. Chama: é a pressão de gás que está indo para os queimadores. Aparecem nos comentários como GAS e são números que variam de 0 a 33, sendo 33 o limite da máquina, ou seja, 100% de toda carga térmica proveniente dessa fonte. Combinações no início da torra: O primeiro comentário de cada torra contém as informações de entrada, por exemplo, 900/70/50. Isso significa que o giro do ciclone estava em 900, a rotação do tambor em 70rpm e a válvula borboleta estava 50% aberta. Logo em seguida há sempre um comentário sobre a chama de entrada. Por enquanto é isso aí galera. Vamos deixar vocês com algumas fotos agora e daqui a pouco voltamos para contar dos cafés. Ikawa mandando ver nas torras Xícaras sem fim... Provando e provando os cafés. O segredo de uma boa torra está aí. Testando as temperaturas finais. Com o café do paulo avaliamos as temperaturas de 201ºC até 206ºC. Um pouco da nossa rotina de torra, foto sem glamour mesmo para mostra o trabalho. Enquanto um café é torrado, o batch que já esfriou vai sendo embalado. Jogo rápido pra preservar o máximo possível de cada café!!
  22. Olá, Seria possível postar uma lista atualizada de vendedores de café verde/crú? As referências que existem em torra doméstica estão muito desatualizadas. Abs, JorgeO
  23. Salve nação torrefadora doméstica, Seguindo com o roteiro das últimas Compras Coletivas, vamos oficialmente abrir o tópico de consulta. Como sempre, o nosso objetivo neste momento é falar um pouco do trabalho de pré seleção que já estamos fazendo, apresentar os prazos que temos em mente e abrir um canal para escutá-los, onde vocês poderão sugerir produtores que gostariam de ver na C.C. e/ou passar sugestões ou reclamações. É também do nosso interesse utilizar este tópico como termômetro para medir a demanda que vamos ter para a próxima C.C., então é muito importante que se manifestem sobre o interesse ou não de participar, dando uma ideia de quantos quilos desejam pegar desta vez. Para começar, caso não saiba o que é a Compra Coletiva ou caso tenha alguma dúvida sobre o seu funcionamento, sugerimos a leitura do tópico: Compra Coletiva do Clube do Café. Para se inscrever na nossa lista de e-mail onde passamos as novidades da C.C. e avisamos em primeira mão que os pedidos foram abertos, link aqui. Para obter atualizações mais rápidas sobre o andamento da Compra Coletiva e conhecer um pouco melhor os bastidores do nosso trabalho sugerimos que nos sigam no Instagram: https://www.instagram.com/comprecoletivo/ Vamos começar falando sobre novidades. Primeiramente gostaríamos de dizer que é do nosso interesse retomar aquele processo de escolha coletiva dos cafés, algo como foi feito na última compra do ano passado. Isso dá muito trabalho, pois é necessário conciliar as torras das amostras que são feitas aqui em BH com a disponibilidade de cada grupo de pessoas se reunir em determinada cidade para prová-las. Entretanto, como é algo que deu super certo e torna a escolha dos cafés mais democrática, é do nosso interesse repetir essa experiência. Vamos dizer aqui quais são as cidades que esperamos que entrem nesse processo e esperamos que cada lugar eleja um representante para ficar responsável por receber os cafés e organizar um encontro para os membros regionais provarem e escolherem os cafés. Esperamos conseguir atender umas 4 cidades, além de Belo Horizonte, e vamos dar preferência para as localidades que possuem a maior quantidade de membros participantes nas últimas Compras Coletivas. Nossas sugestões: São Paulo; Campinas; Goiânia; Porto Alegre. Agora sobre o funcionamento da Compra Coletiva. Nossa ideia é manter a mesma receita da última vez. Disponibilizaremos cafés verdes e torrados e vamos manter o acréscimo fixo de R$ 10,00 por kg do café verde, assim como o cálculo para o preço final do torrado. Está longe de ser o ideal, sabemos disso, mas na última Compra Coletiva foi a primeira vez que não tivemos prejuízos para que vocês recebessem o café em casa. Nossa ideia sempre foi manter o valor final do café o mais baixo possível e isso continua sendo uma das nossas metas. Com os novos contatos de produtores e, principalmente, com o aprimoramento da nossa capacidade de avaliar café, estamos tendo acesso a cafés com a mesma qualidade e padrão que já estão acostumados na C.C. por preços mais acessíveis. Isso é possível, principalmente, por fugir de grandes produtores, onde pagamos um preço a mais pelo nome da fazenda que vai estampada na sacaria. Nosso objetivo vai ser tentar compensar o valor fixo que acrescentamos por quilo, ao buscar cafés com custo benefício melhor. Claro, mantendo sempre os nossos princípios de negociar direto com o produtor e pagar um preço justo. Passamos ao que interessa então, os cafés. Desde o final da última Compra Coletiva eu e o Luis já estamos fazendo um trabalho de pré seleção de cafés. Nosso objetivo é conhecer o máximo possível de produtores para ter uma boa rede de contatos. Aproveitamos também algumas oportunidades para visitar certas propriedades, estivemos já nas regiões do Sul de Minas (mais precisamente Três Pontas), Chapada de Minas (Capelinha) e Caparaó (várias cidades da região). Já provamos uma grande quantidade de cafés. Inicialmente nossa ideia é tentar trazer para C.C. regiões novas, que nunca foram contempladas, mas isso é algo que depende muito da disponibilidade de bons cafés na época da Compra Coletiva. Gostaríamos muito de poder oferecer cafés das regiões da Chapada de Minas, Mantiqueira e Norte Pioneiro do Paraná, então vamos aguardar o desenrolar dos próximos capítulos. E aliás, se conhecerem produtores dessas regiões, nos avise. A grande novidade com relação aos cafés é uma negociação que estamos fazendo com um produtor para conseguir um lote exclusivo para CdC, ou seja, um café que só a gente vai ter. Em breve devemos trazer mais informações sobre ele. Por fim, vamos falar de prazos. Há basicamente 4 etapas para a compra sair: Pré seleção das amostras: é o que está rolando agora, onde eu e o Luís vamos escolher uns 10 cafés que achamos interessantes para passar para etapa de seleção. Esperamos ter feito a pré seleção até uns 5 dias após o encerramento da SIC, que vai ser onde provaremos uma grande quantidade de cafés candidatos a entrarem na C.C. Prazo para pré seleção dos cafés: até 31/10. Seleção: é a etapa onde os grupos regionais escolhem os cafés que já foram pré-selecionados. Poderão ser 4 ou 5 cafés dependendo da disponibilidade e oportunidades apresentadas. Essa etapa é muito importante que ocorra da forma mais rápida possível, pois uma vez que o produtor coloca o café dele a venda no mercado, é muito difícil convencê-lo a segurar o café por muito tempo. Então precisamos ser rápidos para garantir que os cafés que vamos provar estarão disponíveis para venda ao final do processo. Para tanto já vamos sugerir uma data para que os encontros regionais ocorram para que provem os cafés, no final de semana do dia 10/11. Vamos colocar o prazo para a seleção dos cafés até 12/11. Negociação com os produtores e envio das sacas: esse é um período demorado, em geral os produtores pedem alguns dias para enviar os cafés e precisamos contar com tempo que gastam para chegar até a gente. Esta é a etapa mais difícil de estimar prazo, pois caso um café atrase, ele atrasa a compra coletiva inteira. Vamos trabalhar para que todos os cafés estejam com a gente até o dia 01/12. Fracionamento dos cafés, torra e envio: Esse processo não costuma atrasar muito, uma vez que os cafés estão aqui tudo só depende da gente. Prazo para finalizar os envios: até 15/12 Sabemos que essa época de fim de ano é complicada para os correios e está longe de ser o ideal. Contudo, para termos uma maior variedade de cafés disponíveis, conseguindo fazer duas compras coletivas no espaço dos 7 meses do ano onde é possível comprar cafés da safra atual, essa é a solução. Para driblar a questão dos correios, podemos sempre trabalhar com transportadoras. Inclusive vamos correr atrás para que nesta Compra Coletiva seja possível enviar o café por transportadora para as regiões do Norte e Nordeste. É isso pessoal, aguardamos o retorno de vocês e estamos a disposição para tirar qualquer dúvida. Grande abraço, Igor e Luís
  24. Companheiros de torra, gostaríamos de inaugurar o tópico com algumas conclusões que tiramos do curso de torra com o Eystein aqui em BH. O curso foi muito bom, bem prático e focado em torra doméstica. Depois o Igor pode contar melhor os detalhes do curso. O curso foi realizado na cafeteria do espaço CentoeQuatro, e tivemos a oportunidade de torrar 3 cafés num Atilla 15Kg, monitorando e registrando as variáveis com o Cropster, no PC do Eystein. 2 desses cafés foram o Barinas e o Vargem Grande desta última Compra Coletiva. Conseguimos torrar batches de 3,3Kg graças à variedade de ajustes do torrador. Como não tínhamos tanto café sobrando, isso permitiu uma quantidade boa de batches para podermos fazer comparações, reproduzindo curvas pré-planejadas e fazendo um cupping depois. Seguem as curvas do Vargem Grande: E as curvas do Barinas: Podem ver que tentamos reproduzir 3 tipos de curvas: uma reta após a virada com uma quebra na inclinação após o 1º crack (tempo total longo); uma curva média com inclinação (ROR) decrescente (tempo total médio); e uma curva bem acentuada com ROR bem alto no início (tempo total curto). O Eystein nos disse que costuma usar bastante a reta como curva de prova. A ideia dele é que o tempo igual que o grão passa em cada faixa de temperatura favorece ressaltar as diferentes características do grão, sejam elas boas ou ruins. Ou seja, nem pra todos os grãos dá certo... Um outro café que usamos era da safra de 2015 e havia sido armazenado desde então em sacaria. Ao usar este perfil, o sabor vegetal e amadeirado decorrente do armazenamento indevido ficou bem óbvio. Focando nos cafés da CC então: o Barinas aceitou bem a reta, ficou bem equilibrado (acidez+doçura+corpo), e foi este o perfil que eu e o Igor preferimos dos 3. Depois veio a curva média e depois a curva acentuada. O Vargem grande não ficou bem com a reta, tende a ficar subdesenvolvido... Foi o perfil que menos gostamos. Preferimos a curva média, depois a acentuada. Quando o Barinas fica bem torrado ele fica bastante doce, frutado, com nota de morango bem óbvia. O Vargem Grande bem torrado tem um aroma impressionante... que ainda não conseguimos espelhar no sabor... mas conseguimos ele bem redondo, com acidez menos pronunciada, doce com um saborzinho de mel. Então é isso... O Igor, que domina mais do assunto, depois vai falar um pouco também sobre como controlar as variáveis do torrador pra conseguir essas curvas com esses cafés. Provavelmente algo sobre os outros da CC, que ele já deve ter torrado no STC depois do curso. Pra fechar, seguem algumas fotos do curso:
  25. Olá senhores, Fica a dica pra quem, assim como eu, não entende nada de torra e gostaria de obter mais informações: https://www.youtube.com/playlist?list=PLu8VqVhnMNSgPuDBPajMH18zOzieMXJJg É uma série de vídeos sobre as etapas da torrefação, uma dica boa pra quem está com o inglês em dia.
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