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Apostas - brasileiros já gastam mais do que com comida


Dartagnan

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Já tem um tempo que vêm circulando notícias sobre as tais bets, ou apostas esportivas, e quase todo mundo já deve ter tido contato, seja apostando ou vendo gente fazendo no trabalho ou outro convívio. Está em debate a forma de regulamentação e controle desse mercado. Como até pouco tempo, ainda fazia apostas também, e mais alguns colegas de trabalho, acompanhava o assunto, não sendo inocente, e nunca comprometia dinheiro que iria fazer falta. Mas já vi muita história triste, de gente que perde o controle, e fica devendo até a agiota pra apostar...

Acho que tem muita gente de olho no assunto, não exatamente ou somente por se preocupar com o dinheiro que os mais pobres (maioria dos que apostam) estão jogando, mas pelos outros mercados que estão perdendo (se você pensou Mega Sena e essas, acertou...as loterias oficiais estão perdendo mesmo).

Tem o Eduardo Moreira, que apesar de não gostar da pose de salvador de pobres que ele adora fazer não é de hoje (uma espécie de rico arrependido), produz bom conteúdo de vez em quando. Dia 19 de setembro agora, ele vai lançar um vídeo sobre bets, lavagem de dinheiro, relação de patrocínio e TVs, etc. Vou deixar link aqui.

Alguém aqui aposta ou tem história pra contar sobre?

 

 

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Olá.

Esse assunto é bem preocupante mesmo; renderia algumas boas xícaras de café!

Não vou nem entrar em aspectos como manipulação de resultados, jogadores que marcam gol contra para fazer rachadinha de prêmio e excesso de publicidade chata durante os jogos. Focando apenas no apostador, isso me faz lembrar que em Mônaco qualquer estrangeiro pode gastar suas fichas em jogos de cassino, mas os nacionais de lá não podem. Sábia medida para esvaziar o bolso dos forasteiros, preservando a saúde financeira dos locais. Sem contar que diminui a chance de conluio entre a banca e seus vizinhos.

Existe problema em participar do bolão da mega sena da virada no trabalho, participando com um pouquinho, uma vez no ano? Não. Mas claro que há uma falha de compreensão em comprometer o orçamento com apostas altas e/ou frequentes, até porque, para além do dinheiro mal gasto, existe um problema psicológico de ciclo de expectativa e frustração que precisa ser rompido – com ajuda profissional e de grupos de apoio, quando não se consegue parar sozinho.

Saudações!

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1 hora atrás, valacomum disse:

Olá.

Esse assunto é bem preocupante mesmo; renderia algumas boas xícaras de café!

Não vou nem entrar em aspectos como manipulação de resultados, jogadores que marcam gol contra para fazer rachadinha de prêmio e excesso de publicidade chata durante os jogos. Focando apenas no apostador, isso me faz lembrar que em Mônaco qualquer estrangeiro pode gastar suas fichas em jogos de cassino, mas os nacionais de lá não podem. Sábia medida para esvaziar o bolso dos forasteiros, preservando a saúde financeira dos locais. Sem contar que diminui a chance de conluio entre a banca e seus vizinhos.

Existe problema em participar do bolão da mega sena da virada no trabalho, participando com um pouquinho, uma vez no ano? Não. Mas claro que há uma falha de compreensão em comprometer o orçamento com apostas altas e/ou frequentes, até porque, para além do dinheiro mal gasto, existe um problema psicológico de ciclo de expectativa e frustração que precisa ser rompido – com ajuda profissional e de grupos de apoio, quando não se consegue parar sozinho.

Saudações!

Sobre a manipulação, de fato existe (até o caso que ficou famoso, do Paquetá), mas nem é um problema grande pra apostador com um pouco de experiência (que já têm isso em mente, e aposta em mercados que não o de resultado do jogo, menos propenso à manipulações). No Brasil, acontece muito em jogos de série C, alguns do norte e nordeste do país, e por aí vai. Tem até grupos de zap, que entram em resultados combinados. Isso eu nunca tomei parte, até porque uma hora a casa cai....mas em geral eu não precisava mesmo, pois minha taxa de acerto era boa.

Curiosamente, reparei que alguns jogos de loteria, como a Lotomania, estão acumulando bem mais (lembro que raramente acumulava mais de 5 ou 6 milhões, e agora vai até 10). E chuto que muita gente migrou desses jogos para as apostas nos cassinos virtuais e futebol. Vou até aproveitar e voltar a fazer um joguinho desses vez ou outra. Esses pelo menos, nunca chegaram a me viciar. Os de cassino, todos têm um gatilho fortíssimo pra viciar....o do tigrinho justamente era o que eu nem ligava. Não achava graça mesmo nesses de roleta. Agora o do aviãozinho....o inferno pode ser o limite. 

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Sou totalmente a favor da liberação sem restrição nenhuma,

 

cada um é responsável pelos seus atos, se alguns preferem trocar o alimento pelo vício que arquem com as consequências, chega do papai estado ou os políticos escolhendo o que é melhor pra cada um,

 

quem sabe assim a ignorância da população diminua  

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Me faltam coragem e sorte para sequer esboçar me aventurar nessas coisas, mesmo em valores ínfimos.
Acho que a coisa assume até um teor existencial, com o entusiasmo frenético, suspense e adrenalina do jogo a darem um propósito e sentido.  
Me marcou muito o livro Um jogador, no qual dá para sentir este lado, digamos, mágico da coisa, por nem tudo ser razão, tampouco contagem pura de moedas. E realmente há os desafios de regulamentação no que concerne às obrigações fiscais, bem como a da falta de isonomia normativa entre os jogos, ao meu ver.

https://www.editora34.com.br/detalhe.asp?id=299

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3 horas atrás, Octávio disse:

Me faltam coragem e sorte para sequer esboçar me aventurar nessas coisas, mesmo em valores ínfimos.
Acho que a coisa assume até um teor existencial, com o entusiasmo frenético, suspense e adrenalina do jogo a darem um propósito e sentido.  
Me marcou muito o livro Um jogador, no qual dá para sentir este lado, digamos, mágico da coisa, por nem tudo ser razão, tampouco contagem pura de moedas. E realmente há os desafios de regulamentação no que concerne às obrigações fiscais, bem como a da falta de isonomia normativa entre os jogos, ao meu ver.

https://www.editora34.com.br/detalhe.asp?id=299

Eu comecei com valores baixos, junto com um colega de trabalho. O cara manja muuuito de brasileirão, padrões dos times e tudo mais. No começo, me ajudou muito a ganhar um dinheiro. Pena que perdi o contato. Mas mesmo sozinho, ainda conseguia acertar bastante. Só que, aí entra a sorte, justamente nos jogos que eu colocava mais dinheiro, perdia (dava a famosa zebra no jogo, ou o cenário apostado não se cumpria, etc). 

Comecei com uma banca de R$ 20,00, pra ter uma ideia. Ganhei mais de R$ 100,00 na primeira semana, e aí fui me animando. E pra ser bem honesto, dá sim pra ganhar dinheiro com isso (futebol e outros esportes). Esse tipo de aposta não acho tão problemática assim. O problema maior tá nos jogos de cassino (tigrinho, aviãozinho, etc)...

Acho que foi uma experiência válida. Mas no final, eu pesei várias coisas na balança, e conclui que meu perfil não é o mais adequado pra isso. 

As empresas de apostas tão no olho de furacão esse ano. Tá sempre com algo nos noticiários.

 

Brasileiros estão abrindo mão da graduação para gastar com bets e jogo do tigrinho, diz pesquisa

Levantamento realizado a pedido de instituições privadas mostrou que 35% dos interessados em fazer um curso superior em 2024 não começaram o curso por usar recursos com apostas on-line

https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/noticia/2024/09/16/brasileiros-estao-abrindo-mao-da-graduacao-para-gastar-com-bets-e-jogo-do-tigrinho-diz-pesquisa.ghtml

 

 

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Eu acho complicado, o brasileiro não sabe nem dar seta em carro e acha que o sinal amarelo significa acelerar. Não acredito que ele saberia lidar nem ter psicológico pra isso sem perder tudo.

Eu vira e mexe faço algumas apostas e já entrei no casino pra dar uma brincada, mas sempre com dinheiro que gastaria com diversão, já ganhei e já perdi, devo estar no 0x0 rs

Eu não acredito em direito irrestrito acima de tudo, principalmente num país que o QI médio está quase no limítrofe.

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Lançaram a primeira parte do documentário no Youtube. Nada de muito novo pra quem já acompanha apostas...e o Felipe Neto pagando de arrependido agora, que na certa já tinha percebido um cerco fechando às bets (não que eu ache que vá dar em muita coisa, mas enfim..), é meio de cair o c# da bunda, mas no geral foi um bom registro do ICL.

 

 

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O jogo de azar não tem esse nome em português à toa, nem foi proibido durante tanto tempo no país à toa também. Ele é um negócio lucrativo pra quem faz, com baixo risco, quase não precisa de capital e investimento pra se manter e pra abrir, mas isso tudo não é nada perto do que ele faz de pior: toma dinheiro da população de baixa renda e pobre. E ele não faz isso como só mais uma loja na rua onde entra quem quer: tem propaganda massiva, patrocínio de coisas enormes, aplicativos pré-instalados em celulares, influenciadores sem um pingo de humanidade que defendem esses aplicativos e sites como se fossem fonte de dinheiro mensal, 24h por dia. Propagandas na tevê, patrocínios de canais no youtube, patrocínio de veículos de comunicação. Agora até o mercado municipal de BH tem nome de site de apostas.

É essa liberdade que a gente quer? A liberdade pra, por causa de propaganda em tudo que é lugar, ir até uma fonte de dinheiro falsa e chegando lá perder tudo o que tem? Não era melhor ter impedimentos? Ou voltar a ser proibido? Qual é o medo da proibição, esse medo genérico de que tem uma coisa que é proibida e não devia ter, tudo devia ser livre? Pra mim parece uma discussão intelectual que diante do problema social que temos agora é vazia.

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Propaganda (incluindo propaganda enganosa) influencia decisões individuais.

Todas as ações que o @riozebratubo comentou geram efeitos reais na sociedade.

Não faz sentido a gente como sociedade aceitar isso indiscriminadamente...

Regular a forma que quem tem muito dinheiro pode ou não pode colocar capitalpara influenciar as decisões de milhões de pessoas é essencial.

Sem intervenção estatal sobra só a intevenção do capital financeiro.

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Olá.

 

@riozebratubo, partilhamos da mesma opinião sobre a jogatina, porém vale a pena uma pequena curiosidade etimológica quanto ao seguinte trecho do seu comentário:

 

Em 25/09/2024 at 14:07, riozebratubo disse:

O jogo de azar não tem esse nome em português à toa

 

Os idiomas são dinâmicos e as palavras mudam de sentido no decorrer dos séculos. "Azar", originalmente, tinha o sentido que hoje damos para "acaso", isto é, algo que não é necessariamente bom ou ruim por si só, mas sim algo aleatório, como naqueles exercícios da escola sobre a probabilidade de retirar 1 bolinha azul dentre 99 bolinhas vermelhas. Com o tempo nós passamos a utilizar a palavra "azar" apenas para quando ocorre um resultado ruim nessas ocorrências ao acaso. Da mesma forma como "crítica" era simplesmente uma análise e passou a ser uma reclamação, uma avaliação ruim.

Mas, repito, temos opinião bastante similar quanto aos danos que essas engrenagens das apostas causam nas pessoas.

Saudações!

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Um efeito marginal que senti parando com apostas foi voltar atenção pra lutas também. Apesar de também poder apostar nelas, o futebol é o maior mercado mesmo no Brasil, motivos óbvios. Praticamente todo dia tem algum jogo, apesar dos melhores pra apostas serem somente alguns.

Outro é que é muito melhor assistir os jogos sem aquela pressão extra desnecessária pra aposta bater. Apesar de alguns padrões serem muuito comuns no futebol, e serem fáceis de acertar, pode ficar muito chato assistir esportes assim. Exemplo recente: Flamengo não avançar na Libertadores e ter poucos gols (no caso, nenhum). O Penarol iria abraçar o 0x0 até o fim era meio óbvio....ainda mais que os caras já tinham conseguido resultado aqui no Brasil. Tivesse apostado nesse jogo, tinha embolsado algum. 

Mas dando palpites sem dinheiro no meio, minha 'aposta' pra Libertadores esse ano é o River Plate (por acaso, torço pro time). Os caras vão ter um incentivo a mais, já que a final vai ser no Monumental. O Botafogo vai muito bem também, mas o histórico de pipocadas não ajuda....outro argentino - o Racing (próximo adversário do Corinthians), tá embalado também. Atropelou o Atlético PR...3x0 só no primeiro tempo.

 

 

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