Ir para conteúdo

Minha Primeira Torra Computadorizada


Guilherme Torres

Postagens recomendadas

Hoje se estabeleceu um marco para mim.

 

Fiz minha primeira torra doméstica computadorizada (no PHILCO - NÃO REPAREM O ESTADO DELE - PROTÓTIPO SOFRE). Tal torra foi realizada por meio do uso de um arduino, com rampas programáveis (um pouco trabalhoso, mas dá para traçar uma temperatura inicial a ser alcançada e mais quatro rampas (temperaturas e tempos para serem alcançadas). Tudo isso, mediante uso do frontend gráfico criado pelo BRETT (http://playground.ar...Code/PIDLibrary), com algumas adaptações realizadas por mim (a definição das rampas, dentre outras).

 

Ainda é um pouco rudimentar e, como o sensor estava em outra posição (não quis mexer na instalação original do PID comum), a definição das rampas deixou um pouco a desejar, já que, em razão da posição do sensor, as temperaturas lidas não equivaleram àquelas que seriam lidas na posição correta do sensor (um pouco abaixo do eixo do motor, no centro do forno).

 

De qualquer forma, deu para sentir bem como é realizar uma torra automatizada, de forma que, no meu futuro torrador (surgido em grande parte da cachola daquele que voz escreve, já com a parte mecânica finalizada) será muito bem aproveitado (nele eu controlo calor e fluxo de ar quente/frio).

 

Deixo meus agradecimentos àqueles que deram o pontapé inicial nessa empreitada, principalmente, ao LEOBSB, que deu a idéia de fazer um controlador de temperatura baseado em arduino. Tenho certeza que esse projeto ainda está apenas começando e que meus conhecimentos rudimentares de programação serão em muito ultrapassados por quem sabe, de fato, programar.

 

Segue o video da torra, feita quase totalmente com as rampas pré-definidas (no finalzinho, quando vi que a temperatura que eu havia traçado no final seria insuficiente, fiz imediatamente o upload do pidfrontend (arduino) e continuei a torra manualmente:

 

  • Curtir 8
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

A Electrolux e a Brastemp vão falir se apostarem na venda de fornos de café, kkk.

 

Bravo, Guilherme. Tenho certeza que você é capaz de aperfeiçoar muito mais ainda o forno. Pra isso, basta lembrar o ponto de partida desse projeto.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Guilherme está virando profissional e irá lançar um forno que será imbatível rsss, muito legal sua dedicação e vem colhendo frutos seus projetos, parabéns e boa sorte!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Guilherme, parabéns!

 

Admirável! Não é fácil fazer algo assim, muito menos aqui no Brasil, em que temos de importar tanta coisa (praticamente tudo) pra fazer algo fora do convencional. Espero que continue com o projeto e execução de seu forno definitivo e que o mostre pra gente aqui do clube!

 

:rolleyes:*sentado aqui eu consigo ver minha Pipoqueira infantil modificada com pedaços de garrafa PET, papel alumínio e papelão... solto um suspiro envergonhado e dou uma risada - não posso mais chamar aquela coisa de "torrador caseiro", não depois disso* :rolleyes:

 

Boas Torras e Carpe Coffea!

 

Cabral

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Obrigado a todos.

Fiz grande parte (o que dava para fazer dentro de casa) dos meus projetos em um apartamento, mas, devo ressaltar, minha esposa é uma santa! Hehe.

 

No momento, estou igual Pinto no lixo, consegui fazer meu arduino funcionar como um OSPID. Isso significa programação das rampas muito mais fácil; possibilidade de pre-armazena-las; possibilidade de modificar a temperatura on the fly (durante a torra), caso algo não saia bem. Em suma, artisan para que (ao menos no momento).

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Hoje se estabeleceu um marco para mim.

 

Fiz minha primeira torra doméstica computadorizada (no PHILCO - NÃO REPAREM O ESTADO DELE - PROTÓTIPO SOFRE). Tal torra foi realizada por meio do uso de um arduino, com rampas programáveis (um pouco trabalhoso, mas dá para traçar uma temperatura inicial a ser alcançada e mais quatro rampas (temperaturas e tempos para serem alcançadas). Tudo isso, mediante uso do frontend gráfico criado pelo BRETT (http://playground.ar...Code/PIDLibrary), com algumas adaptações realizadas por mim (a definição das rampas, dentre outras).

 

Ainda é um pouco rudimentar e, como o sensor estava em outra posição (não quis mexer na instalação original do PID comum), a definição das rampas deixou um pouco a desejar, já que, em razão da posição do sensor, as temperaturas lidas não equivaleram àquelas que seriam lidas na posição correta do sensor (um pouco abaixo do eixo do motor, no centro do forno).

 

De qualquer forma, deu para sentir bem como é realizar uma torra automatizada, de forma que, no meu futuro torrador (surgido em grande parte da cachola daquele que voz escreve, já com a parte mecânica finalizada) será muito bem aproveitado (nele eu controlo calor e fluxo de ar quente/frio).

 

Deixo meus agradecimentos àqueles que deram o pontapé inicial nessa empreitada, principalmente, ao LEOBSB, que deu a idéia de fazer um controlador de temperatura baseado em arduino. Tenho certeza que esse projeto ainda está apenas começando e que meus conhecimentos rudimentares de programação serão em muito ultrapassados por quem sabe, de fato, programar.

 

Segue o video da torra, feita quase totalmente com as rampas pré-definidas (no finalzinho, quando vi que a temperatura que eu havia traçado no final seria insuficiente, fiz imediatamente o upload do pidfrontend (arduino) e continuei a torra manualmente:

 

Salve Guilherme .

Boa noite meu velho ! Guilherme a placa que foi utilizada para controle da temperatura e das rampas possui a configuração de pid ? Nessa ultima torra postada ja nao usava meis o controlador antigo ? Ela substitui omcontrolador que utilizava antes? Outra duvida ! Acho que vi você comentando que talvez não fosse viável controlar as três resistência através do pid! É isso mesmo? Mesmo usando um relê de amperagem elevada isso não seria seguro? Estou aprendendo eletrônica e futuramente penso em fazer um projeto desses tb!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

A Electrolux e a Brastemp vão falir se apostarem na venda de fornos de café, kkk.

 

Bravo, Guilherme. Tenho certeza que você é capaz de aperfeiçoar muito mais ainda o forno. Pra isso, basta lembrar o ponto de partida desse projeto.

 

Tava fazendo uma perspectiva das transformações que você fez no forno desde as primeiras modificações. A coisa tá se sofisticando cada vez mais.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

O arduino está configurado como PID. A depender da voltagem, vc tem que colocar um relê ssr que agüente. Se for alta, tem que adicionar uma ventoinha e um dissipador, pois o bicho esquenta.

 

Rodrigo,

 

De fato, a coisa foi ficando cada vez mais sofisticada, principalmente quando lembro que meu primeiro tambor era feito a partir de uma lata de leite ninho.

 

O legal do arduino, é que ele não encarece proibitivamente. Ainda mais agora que ja tenho ele montado. Para vc ter uma idéia, até tirei a protoboard da jogada. Ficou o mais enxuto possível, de forma a baratear o máximo os custos. Agora, se colocar LCD e perfumarias, aí fica caro, principalmente com o dólar nas alturas. Eu acrescentarei apenas o Bluetooth, que até ja instalei, mas não usei na minha segunda torra com o arduino.

 

 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Como antecipado na resposta anterior, já rolou uma segunda torra. Essa foi realizada com o frontend do OSPID.

 

Tive ainda alguns percalços, seja porque foi a primeira vez que usei o programa (por exemplo, por padrão, o PID estava em manual, o que atrapalhou bastante entre a segunda e quarta rampas, e, em consequência, quando percebi o erro e tentei consertar, acabou interferindo nas demais).

 

Outro problema que tive foi um mau contato no sensor, que não chega a atrapalhar o PID comum, menos sensível, mas ocasiona alguns blackouts no sensor do arduino (nada que tenha interferido no funcionamento dele, do programa e na torra em si, mas que incomoda e será retificado).

 

A despeito desses percalços, a torra ficou muito boa, um verdadeiro city, com 13% de perda de massa. Não agüentei esperar e, deixando descansar um pouco após moer em espessura um pouco mais grossa (café crema), provei. Ficou gostoso, do jeito que a patroa gosta (um azedinho um pouco mais brilhante - sem desequilibrar - e bem floral).

 

O café torrado foi o tozan, aqui da grenat.

 

 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Não é um café que você quer tomar todo dia por mais de uma semana. Daqui do Brasil, é o mais exótico que tomei. Acho bem aromático, bom corpo e de uma doçura razoável.

 

Justamente em razão do corpo mais intenso, não deve ser torrado em grau mais elevado, até porque isso faria perder grande parte de seu aroma.

 

Minha esposa, uma vez, disse que lembrava azeite e azeitonas. Já, para mim, tem um leve toque de tabaco, especiarias e caramelo.

 

Eu acho gostoso. Mas, como disse, prefiro alterná-lo com outros cafés, para não enjoar.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Olá Guilherme,

sou José Carlos aqui de Ceilândia DF, parabéns pelos vídeos que fez sobre as torras, como disse o colega Rodrigoks (off topic) estou iniciando nessa arte de apreciar um bom café, pode me ajudar aonde posso comprar bons cafés? (em grãos já torrados, ou cru), para também aprender a torrar como você, pode me ajudar nessa parte? aonde você compra os seus cafés? pode me indicar alguns bons que você já conhece e aonde comprar? você compra aqui em Brasília mesmo? me manda uma mensagem com as repostas para não fugir do assunto deste tópico, desde já agradeço, e me desculpe por tanta pergunta.

Obs: Tentei te enviar um mensagem, mas parece que sua caixa de mensagem já esta cheia.

Um abraço!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Ruston,

 

Aqueço até 220. Coloco o tambor e inicio a curva, que é a seguinte: espera aquecer até 160; mantém nessa temperatura por cinco minutos; inicia rampa para 195, a ser alcançada em 4 minutos (no fim se inicia o primeiro crack); mantém 195 por um minuto; rampa decrescente para 180 a ser alcançada em minuto (geralmente leva dois, mas forço a barra aqui); durante essa rampa encerro a torra (entre 11 e 12 min); rampa decrescente para 30; observo que essa curva é para 200g.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Salve Ruston.

Pergunta simples, mas que não permite resposta simples.

Um determinado perfil é o mais apropriado para um determinado evento. Variáveis como temperatura ambiente, umidade relativa do ar, pressão atmosférica, teor de umidade dos grãos verdes, densidade dos grãos verdes, suprimento de energia elétrica, temperatura inicial no interior da câmara do forno, entre outras devem ser levadas em consideração para cada evento. Portanto não há como definir um perfil padrão que sirva sempre.

Coloquei há poucas semanas uma sugestão de rotina para o Gilberto no tópico do Titã, (mensagem #139) considerando premissas conhecidas.

Na verdade, acredito que a experiência é que deve reger as ações de quem torra. Quem torra deve ser experiente e conhecer o processo.

É necessário saber o quanto determinado grão deverá desidratar, expandir, caramelizar e corar. Assim como ter o conhecimento prévio sobre os recursos e limitações do equipamento.

Como sou da "escola velha", considero como melhores referências para o controle da torra, a visão, o olfato e a audição, nesta ordem. Lembro-te que meu primeiro emprego foi em uma torrefação de café, nos anos 70 do século passado, assistindo um experiente operário realizar torras de 12 sacas por lote com resultados sempre iguais, independentemente do tipo do café e das variáveis climáticas. Na época, processamento de dados só era possível em "main frames" caríssimos e raros. O PC ainda não existia, mas cafés já eram torrados.

  • Curtir 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Com certeza não existe perfil único. Mas esse tem funcionado muito bem com o unique frutado e o fazenda monte verde.

 

Observo que o Philco esquenta bem rápido com os três jogos de resistências ligados, gerando calor de forma bem envolvente ao tambor, em razão da posição das resistências (cima, baixo e atrás). Talvez, por isso e em razão da quantidade de café que costumo torrar por vez, as torras fiquem entre 10 e 12 min (se deixar mais passa do ponto que é de minha preferência - ficando um café mais forte,mais amargo e com menor acidez - prefiro mais equilibrado, menor amargor e um leve toque de acidez). Gosto de espresso, mas sou muito fã de um coado, ainda mais quando acompanhado de um alimento (pão de queijo, pão com queijo ... Minha ascendência mineira falando kkkk). Normalmente, faço um café crema para eu e minha esposa depois do almoço.

 

Com o perfil descrito (observo que cada forno tem seu comportamento, até mesmo em razão da posição do sensor) tenho obtido um café de cor bronze, acidez mais pronunciada (a depender do café, fica até demais - de forma que, por exemplo, o Chapadão, deixo avançar um pouco mais, as vezes até entrando com mais calor na fase de desidratação). Muito homogêneo por fora e por dentro dos grãos (a agitação e o calor na medida têm facilitado isso). Em suma, com as palavras da rapaziada Jovem: tá ficando show.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Guilherme,

este perfil de ligar o forno e depois que chegar em 220, abaixar pra 160 e ir ate 195, da torras bem legais, mas ainda e, alguns graos e os meus estao meio veinhos hehe entao tem sido um desafio.

chapadao por exemplo é uma torra complexa, nao me acertei bem com ela ainda no expresso, mas no coado ela fica excelente.

os cafes do alex sao tb diferentes, por isso perguntei ai ele. sei de toda complexidade alex hehe

os cafes em blend, nao gosto de torrar, pois a torra conjunta muitas vezes nao dao homogeneidade, devido a perfis distintos para cada cafe.

se pegar o blend do alex cru, ou o blend unique, vera que sempre sera heterogenea, por isso é ate desafiador.

valeu

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Ruston,

 

Entra um pouco mais quente no Chapadão. Põe 170 na desidratação e mantenha o resto. Quando iniciar o primeiro crack, desligue as resistências, depois de um minuto, dê algumas leves abridinhas na porta do forno (coisa pouca mesmo) e vai observando, não deixe baixar mais de dois graus em cada vez (lembre que a torra é a tambor e os grãos e a massa do forno ja estarão bem quentes, de forma que essas Pequenas aberturas são mais para evitar que a temperatura continue a subir (não deixe baixar demais; por exemplo, se o primeiro crack ocorreu aos 195, ao chegar em 190, pare de abrir, tentando manter nessa temperatura) a janela ideal para o Chapadão não ficar muito acido, mas sem queimar, é de três minutos depois do primeiro crack.

É complicado mesmo. Muito cuidado para não travar a torra, nem deixar ele passar do ponto e ficar oleoso depois de uns dois dias de torrado.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Quanto a blends: minha esperiência com blends de grãos crus não foi boa (unique blend). Prefiro torrar single origem e depois de torrado fazer o blend. Não testei o do Alexandre, contudo.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.
Note: Your post will require moderator approval before it will be visible.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Processando...
×
×
  • Criar Novo...