Hario a preço imperdível (filtros, porta-filtros, bule)

[Miyamoto]

Isso! 

[LUW]

Imaginei. A produção cultural aumentou aqui no CdC.

Deo gratis que o seu chefe não é cafeicômano.

[Cíntia]

LUW, então, o café de chaleira dos acampamentos era assim, aliás, alguns bem tradicionais ainda são) a gente pegava uma pedra quente do fogo que fazíamos pra tudo, jogava dentro da chaleira para puxar o pó, às vezes, era uma brasa mesmo (tição) meio grande pra fazer efeito... o pó descia todo e o café ficava muito bom, obrigada! Mas, faz muuuuuuitos anos que não tomo... a gente acaba deixando esses modelos rústicos de lado, quando a tecnologia chega.

 

Agora, uma pergunta para os universitários:

 

Na preparação do café, a água quente entra em contato com o pó e é separada no coador. As operações envolvidas nessa separação são:

 

a) destilação e decantação

b ) filtração e destilação

c) destilação e coação (risos)

d) extração e filtração

d) extração e decantação

 

E agora???? Cara, isso poderia ir para o Enem... juro que tem gente que responderia c, sem nem pensar!

[Miyamoto]

D?

 

E esse negócio de pedra e carvão aí eu conhecia como café gaúcho.. Nem sei se procede a informação...

[LUW]

Também digo D.

 

Cíntia, faz muitos anos que não tomo assim, mas mesmo na época não gostava.

[Cíntia]

Sabe, LUW, nesses acampamentos, o paladar da gente fica meio afetado... eu digo que gostava até onde me lembro, mas, não me peça comparações... não poderia fazer... o meu pai sempre dizia que o a vontade é o melhor tempero na vida... então, na vontade que dava de tomar café naqueles acampamentos no meio do mato... tipo, rodeios que chegavam a durar uma semana, no fim do mundo, aquele café era muito bom... mas, como disse, muitos anos se passaram e muitos cafés já provei, mas... ele fica naquela "foi chegando sorrateiro e antes eu dissesse não, se instalou feito um posseiro...dentro do meu coração". Assim que eu me lembro dele, era bom, mas, ficou lá no passado. Entende?

 

 

Muito bem, guris, resposta correta!

 

Miya, não sei te dizer se esse café pode se chamar gaúcho, já que temos tanta influência dos guaranis, dos castelhanos, dos poloneses, dos italianos, dos alemães, dos portugueses... que a gente se perde nas referências! Não sei mesmo onde esse método começou.

[LUW]

Não é exclusivo dos pampas. Antes dos gaúchos já era "apreciado" pelos setlers e cowboys estadunidenses. Aliás, já vi várias vezes ser chamado de cowboy coffee.

[Cíntia]

Como disse, humildemente, não sei se pode ser chamado de gaúcho. Mas, sei também que os americanos se apossam de criações alheias com muita facilidade... então, não sei se o café de chaleira é chamado de cowboy por ter sido inventado por ele ou porque o cowboy copiou o jeito de fazer a bebida de um índio que em seguida teve a cabeça cortada (e sabe Deus, de onde era esse índio). Os americanos que me desculpem, mas, há algo de podre no reino deles... rs. Nada pesoal, LUW, mas, essa mania de tudo virar coisa de americano me irrita um pouco. Deu para perceber que sou mais do lado europeu... rs. 

[LUW]

Cíntia, não sei se esse é o nome correto (e muito menos próprio), mas é uma questão de datas. Eles começaram a fazer isso antes do que aqui, portanto...

[Rodrigoks]

Como você sabe? Não estou duvidando, só curiosidade mesmo. Qual o fato histórico que apoia a tese (qualquer uma, que é mais antigo ou mais novo)?

[LUW]

Datas. Veja quando começou a colonização do oeste estadunidense e quando foi a ocupação dos pampas. Ergo, estaria mais correto falar cowboy coffee do que café gaúcho.

Mas como disse, não sei se esse é o nome correto desse tipo de extração. Talvez haja um nome próprio, se é que tem.

[Cíntia]

Complicado. Mas, entendo que o fórum não é a série The Big Bang Theory e eu não pretendo atuar como Sheldon, até porque eu não tenho tal conhecimento. Então, para que não haja conflito, dado que o acordo entre as partes não acontecerá, é visto, e que para darmos continuidade a tal discussão seria necessária uma vasta bibliografia e não mera especulação, dou o assunto por encerrado. Combinado!? Falemos de outras coisas, amenidades. Ok? Guris, não se estressem, acalmemos os ânimos. 

 

Só mais uma coisa, eles foram colonizados pela Inglaterra e até hoje dizem que o Inglês correto é o americano... tanto que chamam o Inglês da Inglaterra de "Inglês Britânico". Tão irritante quanto dizer que os Portugueses falam Português e nós falamos "Brasileiro", salvo suas diferenças, não concordo, falamos a mesma língua. Há sim um plano de dominação soprando daquela terra. Mas, não quero me alongar... não acho que aqui seja o lugar para esse tipo de assunto, mas, eu precisava dizer. 

 

Lembra, eu sou boazinha, não quero atrito... o tom não é de revolta. Tá? Voltemos ao Hario!!!

[Marcia]

E talvez os irmãos Wright estivessem certos e "inventaram" o avião.

De volta ao Hario, testei o V60 hj e gostei! Papai tomou o acidinho coado e curtiu também, achou diferente.

[Gilberto]

Ja falei uma vez aqui, eles,falam que inventaram o macarrão.

[Marcia]

Afee, nem os italianos reivindicam o macarrão para si.

[Rodrigoks]

Vale tópico próprio. Independentemente da data de colonização, creio que este método de extração de café é uma variação do café turco, e não necessariamente chegou junto com os pioneiros. Talvez nem exista informação muito precisa sobre qual registro é mais antigo e, se houver, talvez a invenção nem seja americana (lato sensu).

 

Lembro que há um historiador no CdC. Quem é?

[Cíntia]

Quem é, Rodrigo????

[LUW]

O que normalmente se toma por aqui é o café tropeiro, do qual não conheço qual seria a "técnica correta" de preparo, mas até onde sei simplesmente se esquenta água na chaleira mesmo direto sobre o fogo.

Já esse tal de café cowboy definitivamente não é o tropeiro, pois usam a pedra quente para ferver a água. Quando tomei era gurizote ainda, e nem acampamento propriamento dito era, e estavam mostrando como os cowboys estadunidenses faziam café.

 

O que posso dizer com certeza é que puxando agora pela memória fica-me perfeitamente patente porque a Starbucks faz sucesso no hemisfério norte, pois afinal, se colizaram tomando café ruim.

[José Cal Neto]

meu vídoe favorito do CdC é o do café tropeiro. Feito com "café normal" e jogando a brasa quente dentro da panela.

Nada de café para mulheres ou crianças.

[LUW]

Mas se jogar uma brasa não dá gosto?

[Rodrigoks]

Dizem que não. Talvez a proporção de cinza influa pouco no amargor de um café feito assim, que provavelmente é muito sobrextraído. Mas é pura palpitagem. Se um dia for a um CTG, o que não é minha praia, vou pedir pra me prepararem um desses.

[Guest Anita]

LUW, depende da brasa:

 

se estiver quase apagada, o café puxa pra acidez. Brasa incandescente dá gosto de queimado.

 

Enquanto isso o Hario...

 

Vou lá estrear meu Jr de vidro. Foto daqui a pouco no IG.

Philip Glass Jr + jarrinha dos hebrews. Com LH, acho.

[Rodrigoks]

Tem experiência no café de tição, Anita?

[Guest Anita]

Eu? Fui acho que a um CTG duas vezes na vida. Nem sabia que faziam este café.

[LUW]

Mas nos CTGs fazem com brasa? Não é café tropeiro ?

Cá comigo tinha a mais absoluta certeza que era café tropeiro (esquenta a água na chaleira em cima do fogo, joga o pó e serve).

[Guest Anita]

Não faço ideia. Mas no Hario do tópico, vou estrear o Philip Glass Jr.

[Rodrigoks]

Talvez se faça de ambas maneiras. Que se faz com brasa tenho certeza. Ex.:

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=170556&CAFE+RESGATA+RAIZES+CAMPEIRAS+DE+GAUCHOS+URBANOS

 

(vou dar um jeito de transferir a conversa paralela)

[Cíntia]

Bah, então minha cultura de CTG não vale nem um prato de carreteiro, é? Sou das tradições, falei do que vivi. Bah, LUW, assim me cai os butiás do bolso. Magoei .   Eu saí dos CTG já era guria feita, lembro bem das coisas, algumas queria esquecer... tipo o cheiro dos cavalos pela manhã e os odores... sabe como é, essa gurizada quando ganha intimidade, perde a vergonha e aí, já viu.... eca. Mas, tinha muita coisa boa. "Restos de saudade, migalhas de lembranças, coisas que eu não esqueci... " Ah... bateu nostalgia de novo. 

[LUW]

Se for um prato de carreteiro do meu pai vale ouro.

[Cíntia]

E aquele feito com o churrasco do almoço!? Ah, com um bom café recém coado num Hario, vai muito bem! Viu, Anita, voltei pro Hario!