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Moedores manuais do Orphan Espresso (Lido e Pharos)


Bernardo B

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Não tem como comparar. É um moinho manual, tem as idiossincrasias que comentei. Um Baratza é elétrico, prático e dá um resultado excelente.

 

Melhor mesmo é ter um de cada... :lol:

 

Márcio.

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Rapaz, eu estava vendo alguns reviews do Pharos e te digo......não compro nem a pau.....puxa vida..... vai ser enjoado e trabalhoso lá na china....rsrsrs

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Pois é Fogo, tava falando isso para o Márcio.

 

Dá uma olhada no vídeo do Youtube onde tem o sósia do Gandalf mostrando como se usa o Pharos. O bicho é enjoado mesmo.

 

Mas deixando de lado esse aspecto, se o Marcio estiver mesmo certo (e a julgar pela experiência dele provavelmente está) significa que o Pharos dá testa com o K30. E por um preço de US$ 250,00 se torna uma opção interessante para quem é altamente exigente mas ao mesmo tempo gosta do ritual Zen de moer na mão grande. Alguém como o Bernardo, por exemplo. Eu confesso que também estou gostando, já faz mais de uma semana o Breville encostado e tô só no Hario. Relax total.

 

Como falei antes tenho um altíssimo conceito do K30. Os melhores espressos que já tomei na vida foram quase todos feitos nesse moinho. É um moinho de R$ 7.000,00 no Brasil. Um Pharos sairia por R$ 900,00 a R$ 1.000,00. Tentador...

 

Abraços,

 

Leo

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Acredito que Pharos posa ser superior ao K30, conforme opina Márcio.

Para mim a Lido equivale a Macap e, em função de uma única experiência, tenho a impressão que consegue chegar a qualidade da K30.

A grande vantagem da K30 esta na rapidez, facilidade e precissão da regulagem.

O esforço na Lido e realmente pouco (de 30 a 60 rotações, relativamente leves), e que na Pharos deve ser menor ainda, e a ação de moer da um feedback sobre o grão que permitem afinar melhor as variáveis de extração, com resultados na xícara.

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Hoje moí o Maragogipe, torrado em 27/04/2012.

Tem um grãos muito grandes, tive de chacoalhar o Lido duas ou três vezes para que "mordera" todos os grãos.

Ainda, as 17,5 gr de praxe só precisaram de 40 rotações, em vez das 55 - 60 dos outros grãos ( bourbon, chapadão, Sta. Margarida, carmo de minas, alta Mogiana, etc).

O sabor foi muito claro, um pouco fraco, pronunciadamente citriico além de ter passado um pouco rápido (em 20-21 seg aprox).

Elevei a temperatura 2 oC, para 94 oC e, inspirado em um relato de Márcio com o Pharos, em vez de afinar o grau de moagem aumentei a dosagem para 18 gr. O resultado foi bem melhor.

 

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Acho difícil comparar cônico com plano, são simplesmente diferentes.

 

Só para comparação com o Lido, o Pharos requer de 30 a 40 rotações para 18g, por aí. Mas exige força. Tenho usado ele apoiado na pia do café, com a base de espuma dura que o Doug acrescentou no kit. Com a mão esquerda seguro no meio do moedor, na mó externa.

 

Mais chato mesmo é distribuir os grãos com o funil. Tem um tópico longo no Home Barista em que um usuário do Pharos mostrou diversas modificações interessantes que ele fez. A mais legal, a meu ver, foi uma peça para fixar o 3º ponto do eixo logo abaixo da mó, essa peça fixada no segundo prato. Claro que ele diminuiu o comprimento do eixo. Assim, o 3º prato ficou livre, no qual ele fez um furo bem largo e colocou um recipiente de inox para coletar os grãos. Inspirado nos de madeira.

 

Márcio.

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Nesse aspecto o Lido é muito bom (mas o do Hario, que tem uma redução, é ainda melhor), o vidro coleta o cafe e é bastante simples colocar no portafiltro de 58 sem derramar, para os filtros menores provavelmente ajude um funil.

 

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Marcio,

 

Na hora do almoço eu li alguns posts no HB sobre o Pharos. De fato a qualidade do pó é comparável ao K30, se não for superior. Aparentemente está no nível do K10 e Mazzer Robur, ou seja: top do top de linha.

 

A questão é que é trambolhudo. Tudo indica que é pesado. É grande. E esse processo de tirar o pó pelo fundo do moinho...fala sério, que chatice hein?

 

Sei não, a qualidade empolga muito mas não sei estou pronto para tanta trabalheira.

 

Quem sabe você não me aluga o seu por uma semana, rsrsrsrsrsrrs.

 

Abraços,

 

Leo

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Respeito aos grãos que precisam menos voltas para moer o mesmo peso:

Reparei que tanto o moinho quanto o grupo ficam mais fáceis de limpar (o pó parece colar menos nas superfícies) e estou achando que possa se dever a um conteúdo menor de óleos !?!

Tenho a impressao que os aromas destes cafés também parecem ser mais "leves" ...

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Combinemos sim, ao menos testar junto etc.

 

Certamente deve se comparar ao K10, mas apesar de parecer chato o processo, um K10 retém muito pó. Dizem que o Elektra Nino é o melhorzinho nesse quesito. E esses sim são trambolho! :lol:

 

Márcio.

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O frasco de vidro do Lido parece um frasco comum de geléia, de 7cm de diámetro por 8cm de altura.

Por curiosidade testei algumas tampas de conservas e geléias, mas não achei nenhuma do tamanho exato.

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Pesquisei sobre o Maragogipe. Parece ser um mutante de C. arabica que apareceu nessa região da Bahia.

Também conhecido como Elefant coffee, pelo tamanho dos grãos, tem graōs muito porosos, o que explica a dificuldade de ser "mordido" e o porque da necessidade de poucas rotações para moer na Lido.

Parece que o sabor e extremamente dependente do "terroir" (solo especialmente).

Confirmo que fica muito bom na aeropress, delicado e agradável.

Moído com a Lido ficou muito bom porém com um pouco mais de fines que na Hario (obs: o grau também foi bem mais fino do que uso na Hario para AE).

Como não utilizo French Press nao experimentei a recomendacao de Julio e não saberia dizer qual método seria melhor.

 

 

Hoje moí o Maragogipe, torrado em 27/04/2012.

Tem um grãos muito grandes, tive de chacoalhar o Lido duas ou três vezes para que "mordera" todos os grãos.

Ainda, as 17,5 gr de praxe só precisaram de 40 rotações, em vez das 55 - 60 dos outros grãos ( bourbon, chapadão, Sta. Margarida, carmo de minas, alta Mogiana, etc).

O sabor foi muito claro, um pouco fraco, pronunciadamente citriico além de ter passado um pouco rápido (em 20-21 seg aprox).

Elevei a temperatura 2 oC, para 94 oC e, inspirado em um relato de Márcio com o Pharos, em vez de afinar o grau de moagem aumentei a dosagem para 18 gr. O resultado foi bem melhor.

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  • 2 weeks later...

Maragogipe na Aeropress, 18gr em 220gr de água.

Aumentei de 1 e 3/4 voltas para 2 e 3/4 na Lido.

O resultado foi significativamente melhor, muito pouco fines (diria que menos que na Hario) e sabor muito delicado, nada de amargor e claro, porém tênue, sabor de frutas azedinhas (maracujá ?).

Como é difícil descrever sabores ! Parecem se associar com lembranças, que são experiências pessoais ...

Definitivamente gostei da moagem mais grossa para a AP.

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  • 1 month later...

Eu estou muito satisfeito com o Lido, tanto para espresso quanto para grosso, ele usa as mesmas mos Ditting - Mahlköenig de 38 mm do Preciso, que tem as "facas" próprias para espresso, e se apoia em duas buchas de bronze (os outros manuais só tem una) o que elimina o jogo do eixo e propicía a consistência.

Vários proprietários do Lido e do Pharos reconhecem que acabam usando mais o Lido também para espresso, por que a facilidade de uso compensa a pequena diferença de qualidade, no dia a dia.

Ainda, Jim Schulmann, do Home Barista classificou o Vario acima do Mazzer Mini, em teste cego de 6 / 10 (seis de cada dez vezes foi preferido o shot preparado com cafe moído pelo Vario) e por 7 /10 em igualdade com o Mazzer Super Jolly (mos de 64, se nao estou enganado. Em termos práticos eu diria que existe um empate técnico nessa categoria.

Assim é uma questão de preço (Vario e quase 4 vezes mais caro), e de uso: para espresso o Vario seria superior mas para grosso o Lido é preferido.

Se o uso for de 50% para cada modalidade, para mim, o Lido ganha, se for 80% para espresso o Vario seria minha escolha.

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Complementando:

 

Pela facilidade de moagem que o Lido proporciona e seu custo bem menor eu iria de Lido, pois vc já tem o breville Smart não acha?

 

Pense nos outros métodos de extração e na portabilidade para o seu Mypressi que irá perceber o que imagino nessas situações.

 

Abração Léo

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Fogo e Bernardo, obrigado pela ajuda. Agradeço também ao Márcio que me procurou para dar uma ajuda com relação ao Pharos.

 

Já que vocês querem tanto ajudar, dou mais algumas informações:

 

Já há alguns meses venho sentindo necessidade de atualizar o moinho, que a meu ver é atualmente dos 4 Ms o que precisa de um upgrade para alcançar o nível dos outros três. :P

 

Na minha lista "tríplice" tenho, nessa ordem: 1º) Vario, 2º) Lido e 3º) Pharos.

 

A qualidade de moagem do Pharos é nitidamente superior, por tudo que já se discutiu. Só que ele está em último lugar atualmente, pois é um trambolho e a ergonomia / praticidade são ruins e isso me desanima.

 

O Vario é sonho de consumo antigo, tem as mesmas facilidades e recursos do Breville Smart e qualidade superior. Mas custa uma fortuna.

 

O Lido é o mais barato de todos, tem qualidade aparentemente na faixa do Preciso e é bom de usar, mas é um manual...

 

Enfim, estou atualmente entre o Lido e o Vario.

 

PS: Seja qual modelo escolher pretendo manter o Breville na ativa, ajustado para coado ou prensa. O moinho que eu comprar será somente para espresso.

PS.2: Fogo, para o kit portátil já tenho o Hario mini que tem atendido bem...

Abraços,

 

Leo

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Bom então a questão será o BOLSO mesmo Léo, pois pra mim os dois mandam muito bem.

 

O que estou entendendo a cada dia no mundo do café é que é igual ao automotivo, ou seja, não adianta muito ficar gastando fortunas em bens que duram uma vida, pois tudo se atualiza em fração de dias e isso nos deixa agoniados querendo sempre o melhor, o mais bonito, o mais funcional, enfim o mais completo. E cada um tem um poder aquisitivo. Como o meu é moderado eu sempre tento adquirir um modelo inferior de algo que se aproxima, ou pelo menos tenta, dos modelos top's pois sei que em breve, muito breve já estará encostado... :P :P :P

 

Abração e boa sorte na sua escolha.

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Caro Leo,

Sendo exclusivo para espresso, eu ficaria entre o Vario e o Pharos.

Comprando um Lido, divido muito que usasses outro moinho para grosso, a menos que tivesses de moer 80 - 100gr por vez.

Mas, acredito que com a Twin não chegues a perceber significativa diferença de qualidade entre os três , apostaria que em teste cego não ia ter um superior, mas em caso de upgrade e com cafés realmente especiais, aí sim que deveria aparecer a diferença.

Sei que só fiz dificultar a escolha, é que sempre procuramos a perfeição.

Para facilitar tua vida, vão dois ditados: a relação da qualidade dos moinhos com o preço é exponencial, no início grande diferença com pequena diferença de preço e no final da curva pequeníssimos ganhos de qualidade por um preço muito caro.

O outro e: "o pior inimigo do bom é o ótimo" e no teu caso eu diria que "o pior inimigo do muito bom e o ótimo".

 

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O Pharos parece ser realmente muito bom. E para espresso bastam poucas maniveladas e o trabalho está feito.

 

Pra mim o principal problema do projeto do Pharos é o sistema de saída do pó moído. É muito primitivo e nem um pouco prático. Dá a impressão que fizeram o projeto e esqueceram dessa parte, tipo: "Mói como planejamos, mas e agora, o que fazemos com os grão moídos??"

 

Não combina com um moinho tão bom. A ergonomia também não parece ser o forte dele. Mas a eficácia e o preço talvez compensem esses contratempos.

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Um usuário do Home Barista fez um kit de modificações para melhorar a facilidade de regulagem e com um recipiente para os grãos (muda a base, adiciona uma tigela e uma peça fica na do meio com um rolamento para o eixo). Tudo muito legal, só que se comprar tudo dobra o valor do Pharos... Ainda assim, é pouco mais da metade do futuro HG One.

 

Márcio.

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Belo equipamento vai ser esse HG One, hein? Se for tão bom quanto é bonito, promete. E com opção de mós de 71 e 83mm em tese deve gerar pouco particulado. Legal!!!

 

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Bom, no mínimo mais bonito que o Pharos, é! :lol:

 

Estive lendo algo (mas muito por cima, leitura dinâmica, sem entrar em detalhes) que as mós cônicas de tamanhos grandes teriam um comportamento unimodal, diferente das pequenas, que seria bimodal. Então o grão de café entra na mó e é moído de um golpe só, sem precisar quebrar pra caber no conjunto de lâminas. E isso, em tese, geraria menos particulados e uma moagem mais uniforme em termos de granulometria.

 

Mas posso estar falando uma asneira sem tamanho, pois misturei o que li em toque de caixa com minhas próprias conclusões, o que nem sempre é receita pro melhor conhecimento! :P

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OK, menos ação na quebra pode diminuir...

 

Mas acho que o desenho das lâminas de corte e finalização é que mandam... Eu já usei o Pharos para cupping e não achei maravilha, comparando com moinhos com mós planas de 80mm ou 120mm como os Mahlkonig, Ditting e Bunn. Eu também li sobre os cônicos serem unimodais em moagem mais grossa, mas não sei não... Acho que o perfil sempre contém mais pó fino (comparado a mós planas) e não sei se seria possível desenhar um cônico que fosse bem em ambas situações.

 

Ao mesmo tempo, os moinhos dedicados a coado e prensa normalmente dão pouco particulado e um perfil unimodal, aí tem que moer mais fino para sair um espresso decente. Curioso que o K30 e ProM sofrem um pouco disso, a moagem do ProM é até parece (visualmente) mais fina, no geral, que o Pharos. Não costuma ser ruim o sabor, até muito excepcional, mas exigem mais cuidado do barista na preparação do bolo.

 

Márcio.

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Márcio,

 

Li em algum lugar no Home barista que a moagem produzida pelo Pharos costuma produzir espressos com extrações muito uniformes sem precisar de expedientes como WDT e outros truques pra melhorar a uniformidade do bolo.

 

Procede?

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Apesar do trabalho extra de tirar o pó pelo funil, o pó tem saído sem pelotes e normalmente só jogo no portafiltro, acomodo rapidamente com uma ou duas batidas e compacto. Raramente dá canalização etc.

 

A teoria é que justamente a maior distribuição de tamanho, em duas modas, mais os particulados, são as chaves para a tolerância maior do bolo etc.

 

Márcio.

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