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Torradores


Ruston Louback

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De fato fiquei preocupado com a retirada do fundo, exatamente pelo aumento de volume do ar a ser esquentado, o que poderia mudar o calor oferecido aos grãos.

O equipamento apresentou um resultado das torras muito bom, e isso é o que interessa em primeiro lugar.

A inércia e como o leme de um barco : diferente de um automóvel, o timoneiro deve agir com antecedência para manobrar a embarcação, o que exige maior planejamento e experiência porém não é obstáculo.

A turbina, que estará reutilizando o ar aquecido, permitirá aumentar muito mais rapidamente a temperatura.

Ao mesmo tempo, desde que também pode trazer considerável volume de ar (frio) do ambiente, pode ser utilizada para diminuir rapidamente a temperatura e inclusive como resfriador interno.

Desta forma a resposta é muito mais rápida e a inércia fica muito mais fácil de manobrar.

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Estou com umas ideias legais quanto a essas novas peças que vou mandar fabricar.

 

Uma das coisas que vou fazer será mudar a espessura da chaparia externa a câmara de torra.

Ao invés de usar aço inox 1mm, vou usar de 2mm (vai pesar um pouco mais, então, devo evitar usar essa espessura em todo o torrador (para não dobrar o peso e não encarecê-lo desnecessariamente).

 

Mas o que vai ser mais legal é o sistema de liberação de ar/calor para a câmara de torra.

 

Hoje, o calor direto das resistências e, também o ar que vem do módulo fluxo (vai deixar de ter essa função quando o ciclone for integrado) passa por vários furos que ficam em uma chapa logo abaixo do tambor (coisa de 1,5cm a 2cm de distância).

 

O kaldi possui um sistema semelhante para evitar que o calor da chama chegue direto ao tambor.

 

Tem uma versão de tambor do huky que também tem algo assim, mas com um diferencial (ele pode vedar quase que totalmente a passagem de ar tb, num sistema regulável on the fly, conferindo maior versatilidade ao torrador).

 

Minha ideia para o STC 4 é similar ao sistema desse tambor do huky, mas de uma forma menos custosa.

 

Serão duas chapas de 2mm de espessura com furação de 6mm (ao invés dos 3mm atuais), mas que uma corre sobre a outra. Assim, o operador pode escolher a quantidade de calor direto vai chegar ao tambor, cuja furação aumentou em número e em espessura (4mm ao invés de 3mm).

 

Esse será o primeiro implemento, a ser concluído ainda em janeiro (pois é mais fácil projetar e fabricar). Em seguida, vem o módulo ciclone.

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Aqui um vídeo

 

Obviamente, com tanto aço, a inércia ainda vai ocorrer, uma característica do projeto compacto. Mas, estimo, vai existir bastante versatilidade tb.

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Passei o natal fora de casa louco para testar o comportamento do torrador, agora com o tambor com furos maiores e acertando um bom perfil. cheguei tarde ontem, mas, hoje agora a pouco, mandei brasa. putz, o bicho ficou muito melhor.

 

 

 

torrei o exótico do Mario.

 

 

 

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Estou torrando via Actions. É uma mão na roda e permite que eu mude a qualquer hora a direção da torra

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3 minutos de desenvolvimento a uma ror beirando 5°C. Resultou um café full city, com o primeiro crack inteiramente concluído. 16,5% de perda. O interessante é que o café não ficou muito escuro. Depois de uns dias (cafés mais torrados pedem mais tempo), vou provar e volto para dizer se foi ou não uma boa torra.

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Como dá para ver, o perfil que tracei é o seguinte: nesse, fiz o drop com o torrador mais quente, com 180°C no BT; potência 100%, ar 100% voltagem ventoinha DC 15V até chegar a 160°C; em 160°C, potência 60%, fan 90%; em 180°C, potência 45%, fan 70%; em 190°C, potência 35%, fan 55%, voltagem ventoinha DC, 16V (vai até 20V).

Quando o ciclone for instalado, ele vai controlar o fluxo sozinho, podendo o operador escolher por circular apenas o ar interno ou deixar entrar ar externo, fazendo uma mistura.

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terminei de ler o tópico agora Guilherme.

Parabéns.

Pode colocar meu nome nessa lista aí. Próximo encontro para torras me chame por favor, quem sabe consigo um vale-tarde e curtir uns cafés.

Ainda tenho o crú do Carmo do Paranaíba.

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Atualizando: o módulo ciclone está praticamente projetado. O motor, o acoplamento e o ciclone já foram comprados. O ciclone já está a caminho do Brasil. Ainda falta projetar o duto de ar, o cesto de resfriamento (integrado ao ciclone) e a nova frente do torrador (vai ser necessário trocar a que está lá por outra, integrada ao ciclone)

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  • 2 weeks later...

Hoje fiz uma torra do boa sorte. Foi bom para constatar que não limar os buracos do tambor depois que aumentei o diâmetro dos furos foi uma má idéia. Alguns grãos ficaram presos nas rebarbas de aço resultantes da operação de perfuração com furadeira.

 

Bom, retirei o tambor e fiz o que devia ter feito depois que aumentei os furos, limei todos. Agora está lisinho de novo por dentro (por fora já estava, uma vez que furei de fora para dentro).

 

Aumentar o diâmetro dos furos foi a melhor coisa que já fiz além de aumentar o nível máximo do fluxo de ar e reinstalar o restritor. As torras estão bem diferentes, para melhor agora.

 

Anteontem fiz o pagamento das peças da segunda fase das modificações antes do ingresso do ciclone. Elas já são uma preparação para ele, então, excetuada uma delas, todas serão aproveitadas na próxima adição.

 

Mas deve demorar um pouco mais, pois a fábrica está com um problema na máquina de corte a laser.

Já foi bastante investimento. Mas o torrador está ficando como idealizei. Afinal, em primeiro lugar, estou fazendo para mim o torrador definitivo para atender com excelência minhas necessidades.

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  • 2 weeks later...

Atualizando o projeto do STC 4.

Hoje chegaram as peças da fase dois de modificação do torrador. Aumentei a espessura de algumas chapas, mas estou pensando em voltar atrás nas chapas laterais, pois ficou um pouco pesado para o diminuto tamanho. O resultado foi o esperado. Achei que ficou belo. O sistema de controle do calor direto/indireto tb ficou bacana. Acabei de montar agora há pouco, mas amanhã devo torrar.

 

Seguem fotos:

 

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Vídeo

https://vimeo.com/153057769

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Ainda não consegui torrar :(

 

Hoje de manhã aumentei o diâmetro dos furos das laterais para facilitar a montagem/desmontagem (ficou justo - já tinha projetado com uma folga, mas foi insuficiente, em razão do jogo das peças na hora da montagem). Depois fui na casa das ferramentas comprar parafusos inox de menor comprimento (tb para facilitar a desmontagem/montagem na hora de uma limpeza esporádica).

 

Hoje à noite tem reunião na escola dos meninos, então.....

Aqui uma visão mais detalhada do sistema de controle de calor direto do STC 4

 

http://youtu.be/RFUgUBtS1S4

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Finalmente consegui fazer a tal torra. Torrei o boa sorte. Acho que não acertei muito a mão. Uma coisa que observei é que a manopla de controle do fluxo, embora funcione bem, fica meio dura por força da dilatação. Amanhã vou mexer nisso. Mas deu para controlar bem e observei que foi vantajoso, no final, restringir o calor direto, pois que os grãos, embora a torra tenha sido full city, não apresentaram sinais de scorching. Fiz o salão de beleza, retirando os grãos verdes, brocados etc. Estou com a impressão, no entanto, que errei a mão na desidratação, tendo retirado umidade demais do grão antes de prepará-lo para o desenvolvimento. Bom, como a torra é mais escura, tenho que esperar mais dias para avaliar.

 

Seguem log, fotos:

 

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RESULTADO: 200g verde; 169g torrado; perda de 15,5%

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O teste de hoje foi muito melhor que o de ontem. Estou começando a entender as diferenças entre antes e depois. Fiz um cabo meio tosco para regular melhor até onde poderia ir para a frente a chapa superior para restringir ao máximo o calor por condução. Deu muito certo. Já tenho a medida para o cabo de verdade que vou mandar um marceneiro fazer para mim.

 

A torra foi do boa sorte. Estou usando o mesmo café para comparações de resultados. Nessa torra, mantive a abertura em 80% no início, restringindo ao máximo quando a BT bateu 175°C. O crack foi menos intenso e sob controle. Considero que a desidratação tb foi adequada. Cheiro está muito bom pós torra, muito melhor do que o de ontem, que estou achando ter passado do ponto além de ter ficado um pouco flat.

 

Seguem fotos do log e da torra:

 

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Torra sem catação. Com defeitos no meio ainda não separados:

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200g verde, 171,6g torrado. 14,2% de perda.

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Continuando os testes, agora há pouco, fiz mais uma torra do boa sorte. Chego à conclusão de que o restritor ativo foi uma adição muito bem vinda.

 

Nessa torra, fechei o máximo a passagem de calor por condução quando carreguei o café e mantive assim até o momento em que (para esse café) baixo a potência para 40%. Quando chegou a essa etapa, abri totalmente o calor por condução (infravermelho ajuda bastante), fechando novamente quando a BT bateu 160°C, quando a potência vai para 80%. Dai em diante permaneceu assim até o final da torra, que acho ter sido muito bem executada.

 

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Café depois da catação pós torra:

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Muito bom Guilherme!

 

Se aceita uma sugestão sobre o sistema de controle de calor direto/indireto (se é que já não pensou nisso): me parece que da forma atual o batente do parafuso para ambos os lados deixa o sistema com o máximo de abertura e no meio do caminho ficaria a posição mais fechada, certo? Dessa forma, com o torrador todo montado e fechado, durante uma torra, talvez fique mais chato pro usuário saber exatamente em que nível de abertura de calor está o sistema.

Imagino que se diminuir um pouco os rasgos onde ficam os parafusos-guia deixando o batente de um lado do sistema na abertura máxima e do outro lado na posição mais fechada, ficaria bem mais intuitivo pro usuário colocar exatamente no nível de calor direto que ele deseja.

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Mortari, obrigado pela sugestão. Ideias sempre são bem vindas. Optei por limitar o curso com o cabo externo. Assim, o curso ficou pequeno, de forma que dá para saber exatamente quanto está aberto.

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