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AmazôniA Coffee - 100% Robusta


Igor

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Olá colegas,

 

entive no 10º Espaço Café Brasil aqui em BH e entre várias novidades presentes foi um café um pouco diferente que mais me chamou a atenção. Trata-se de um café plantado em Rondônia que é vendido como 100% Robusta. Eu provei o café no estande do pessoal e fiquei com a sensação que com uma torra um pouco mais cuidadosa o café teria um potencial bastante interessante.

 

Pelo que pude absorver da conversa que tivemos com os representantes do café, eles estão dando um tratamento de cuidado equivalente no pós colheita para o Robusta que os grandes produtores oferecem para seus Arábicas especiais. Isso poderia estar gerando um Robusta de qualidade ou Robusta Gourmet como estão chamando.

 

Bem, é um café deveras diferenciado. Estou com uma amostra aqui em casa do que eles chamam de Robusta Indígena e tenho feito uns blends interessantes para espresso. Pelo que notei até o momento a crema aumentou perceptivelmente, além disso, acrescentou um sabor bem interessante de chocolate e nozes. 

 

Segue fotos que tirei no evento:

 

21814264732_25ae0e1259.jpg

 

21639186609_43c2460451.jpg

 

Para mais informações: http://www.rondonoticias.com.br/noticia/geral/13889/cafe-de-rondonia-e-destaque-internacional-em-evento-realizado-em-minas-gerais

 

Ficam alguns questionamentos, qual o potencial do nosso Robusta? Será que os avanços nas áreas de plantio e pós colheita podem produzir um Robusta especial, um que possa competir com Arábicas de qualidade, nem que em um mercado restrito de apreciadores de cafés especiais?

 

Bem, sei que fiquei sentido de não ter pedido por uma amostra verde desse café.  

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Fernando, não sei. Tenho uma sensação que se o processamento do café for feito com o mesmo esmero que é feito o Arábica de qualidade o resultado poderia ser muito bom, mas daí quando passa pra torra eu já não sei.  

 

Estou lembrando agora que o mestre de torras desse café comentou conosco que em torras claras o café fica muito duro e que isso pode dificultar a moagem. Aliás, ele comentou que o café por natureza é mais rígido que o arábica e que por isso só ficava legal em torras mais escuras. Não sei até que ponto isso é verdade. Ou achamos alguma referência na rede que valide a teoria do camarada ou teremos que comprar o Robusta verde e torrá-lo. 

 

Outra informação interessante é a respeito da peneira, comentaram que sempre vai 14 acima. É perceptível que os grãos são bem grandes! 

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Morei bem no interiorzão de Rondônia, numa macro-região vizinha à de Cacoal, onde 90% da agricultura familiar vinha do café, que lá eles chamam de Conilon (só ouvi a denominação robusta, depois que voltei para o Estado de São Paulo). E a quase totalidade desse café não era usado para beber, mas para outras finalidades industriais (lembro-me de falarem para tinturas, entre outras). A primeira vez que fui numa cooperativa e tiraram uma amostra para eu ver, fiquei totalmente decepcionado: grãos (já torrados) muito escuros, pequenos (acho que numa peneira 12 ou 13 não ficava um na malha), partidos, cheios de impurezas. E assim era a média geral, a família de minha então esposa era de lavradores que viviam de suas plantações de "a meia", eles tinham vindo do ES onde diziam que o conilon era de melhor qualidade. Fico, até gratamente, surpreso com esse Robusta Amazônico, deve ser um manejo totalmente diferenciado da média da região. Resta saber se essa classificação de Gourmet é oficial ou não, deve ser. Agora, que aquela torra (na foto) está escura, está! até me arrepiou só de ver! rsrsrsr mas esse era o costume lá, bem... não só lá, ao que parece.

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Boa Igor! Eu acho que não se pode desprezar nenhuma face. Eu acredito que os desafios e a curiosidade de se saber até onde se pode chegar é sempre muito válido. Você já quebrou alguns paradigmas próprios sobre o robusta, viu por si mesmo que pode ser muito mais do que imaginava, e abriu questões importantes sobre a espécie. Eu confesso que sempre tive muita curiosidade sobre a espécie, inclusive estive falando com o Alex. pelo face sobre, ele me passou algumas informações da qual não imaginava. Tenho muita vontade de pegar um robusta assim bem tratado e experimentar em diversos métodos....

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Eu já tinha lido sobre esse café em uma matéria do valor , mas não entendi qual é o objetivo deles.

 

Robusta é empregado na industria de café solúvel/nescafe , e no barateamento dos blends , principalmente por causa do preço , historicamente a commoditie custa metade do preço do arabica .

A nossas torrefadoras brigam para importar grão verde para poder importar robusta barato do vietnam .

Em 2015 o vietnam o maior produtor vai produzir 28 milhões de sacas e o Brazil 17 , muito na frente do terceiro produtor a indonésia com 7 , mas a gente quase não exporta , todo robusta é consumido aqui , com o nosso café ruim do dia a dia .

 

Não entendo esse modelo de negocio , "tratamento pós colheita" significa aumento de custo e redução de margem , se o preço da saca se aproximar do Arábica , qual a vantagem de comprar esse café , compra logo o Arábica.

 

Igor vc não achou o café amargo ?  Ele tem o dobro de cafeína que o arabica .

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É isso Igor. Existem robustas bem interessantes, sem esse sabor de borracha queimada das robustas de baixa qualidade, mas mais achocolatado e com sabores diferentes (de terra, nozes etc.), embora baixa acidez e bastante cafeína. Só não posso imaginar que tem grande mercado para isso no Brasil. Fora sim, incl. já tomei um 100% robusta no espresso numa cafeteria em Hamburgo que achei bastante legal (muito cremoso e achocolatado).

Abçs

Burny

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Só posso imaginar mercado se o resultado for bastante diferenciado mesmo.

a maioria dos arábicas nacionais é meramente doce.

não me refiro aos que nós tomamos

tenho muita vontade de provar um desses cafés que o Burny mencionou.

De repente esse pessoal da Amazônia ta apostando que haja um filão de mercado.

mas acho que no Brasil ainda não chegamos nesse ponto.

Para exportação é outra questão...

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Provei uma vez na Delta (uma rede de cafeterias do nordeste) um café da região amazônica e era o cão de ruim, heheheh

 

Já ouvi falar também de robusta de qualidade sendo produzido no Espírito Santo, na Amazônia é novidade. Ao meu ver, um robusta de qualidade pode ter aplicações interessantes até pra exportação ou criação de blends internos mesmo. Como disseram, o robusta tem muita cafeína, e pra alguns mercados que tem muito a cultura de tomar café pra "acordar", um duplo de robusta pode ser o que muita gente busca, hehehe

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só tomei robusta puro em prova. Com já foi falado, não é amargo, mas sim tem gosto de milho de pipoca. Não é ruim, mas também não se destaca por ser bom.

Pessoalmente não teria interesse. 

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Ganhei sexta-feira de presente, de um barista conhecido meu aqui de Recife, uma pequena porção de "Conilon Especial" produzido no Espírito Santo e adquirido na Semana Internacional do Café ocorrida em BH no final do mês passado. A intenção era que eu conhecesse o grão e aproveitasse para fazer uma análise comparativa com os cafés do tipo Arábica que costumo consumir em casa e nas cafeterias de um modo geral. Ele ficou de me enviar posteriormente uma foto da embalagem para que eu pudesse conhecer melhor as características deste novo produto.

Como ontem recebi a visita de um grande amigo da época da graduação e grande apreciador da bebida, resolvemos brincar um pouco com este café.

De cara, o café Conilon de torra média clara e tamanho médio, creio que passou por peneiras de 14 acima, apresentou antes da moagem um aroma pouco agradável para os meus padrões da bebida. Após o ajuste do moinho no ponto mais próximo do que seria recomendado para um bom expresso, verificamos que o aroma menos atrativo que exalava do grão mantinha-se intacto no pó e na xícara.

Bem mais amargo que a bebida produzida pelo grão arábica, fazia-me sentir ao final de cada gole um gosto de algum remédio desagradável que tomei na infância. De positivo observei apenas uma crema mais vistosa, que em nada acrescentou ao sabor da bebida.

De sorte que esta tentativa de melhorar a qualidade e os atributos dos cafés conilons e robustas produzidos aqui no Brasil, na minha humilde opinião, está muito longe de agradar atualmente aos paladares mais exigentes.

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Tem uns blends com robusta que, quando bem tirados, são bastante bons (especialmente com leite no café da manhã), melhores que os de cápsula, automáticas ou semiautomáticas com café meia boca, porém estão num nível diferente dos bons cafés especiais.

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  • 6 months later...

Olá Pessoal, sou Bruno Assis, proprietário do AmazôniA Coffee, fiquei muito feliz em saber que surpreendemos as pessoas tendo um café Robusta de qualidade.

Nosso trabalho aqui em Rondônia é quebrar o paradigma que Coffea Canephora é de qualidade inferior.

Na verdade, cada café tem suas notas e nuancias. Cada fruta tem sua particularidade, sendo por espécie, clima, solo etc...

Acreditamos que o AmazôniA Coffee tem conquistado espaço no mercado de Cafés de alta qualidade, porque mantemos o respeito aos processos, desde a lavoura, colheita, secagem, classsificação, torra e moagem.

Somos muito exigentes, até porque não podemos entrar num mercado competitivo como o do café de qualquer maneira.

 

Um colega comentou sobre a cor da torra na foto. Nossa torra é média, pois os grãos são de peneira 16 até 22 e para realçar o sabor achocolatado e de nozes temos que chegar nesse ponto.

 

A cor na foto ficou mais escura do que realmente é, e no final da feira como estava num saquinho plastico, os grãos oxidaram, e logo ficaram mais escuros mesmo.

 

Quem tiver interesse em conhecer nosso café, por favor entre em contato no email coffeeamazonia@gmail.com. Enviaremos amostra para vocês.

 

Qualquer dúvida sobre o café estaremos a disposição.

 

Att. Bruno Assis

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Lisboa, a espécie é canephora. Robusta e conilon são variedades do canephora.

Olá, exatamente, são plantas completamente diferentes, com folhas, altura média, tamanho do grão, produtividade e sabore distintos. Porém da mesma espécia Canephora.

 

Somos o 1º Café Gourmet da Amazônia, produzido totalmente com café Robusta.

 

Suas notas são achocolatadas, nozes, finalização doce e agradável.

 

Att. Bruno Assis

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Eu já tinha lido sobre esse café em uma matéria do valor , mas não entendi qual é o objetivo deles.

 

Robusta é empregado na industria de café solúvel/nescafe , e no barateamento dos blends , principalmente por causa do preço , historicamente a commoditie custa metade do preço do arabica .

A nossas torrefadoras brigam para importar grão verde para poder importar robusta barato do vietnam .

Em 2015 o vietnam o maior produtor vai produzir 28 milhões de sacas e o Brazil 17 , muito na frente do terceiro produtor a indonésia com 7 , mas a gente quase não exporta , todo robusta é consumido aqui , com o nosso café ruim do dia a dia .

 

Não entendo esse modelo de negocio , "tratamento pós colheita" significa aumento de custo e redução de margem , se o preço da saca se aproximar do Arábica , qual a vantagem de comprar esse café , compra logo o Arábica.

 

Igor vc não achou o café amargo ?  Ele tem o dobro de cafeína que o arabica .

Olá Carlos tudo bem?

 

Li seu comentário e você está correto em todas as conotações. Até então o café Canephora era utilizado pela indústria solúvel pela quantidade d sólidos e cafeína superior ao Arábica e pelo preço menor.

 

A qualidade deste café era inferior ao arábica principalmente pelo manuseio. Enquanto os produtores de arábica tinham mais orientação que os de canephora, inclusive se visualizar a produção do canéphora na região norte é a 2º maior do Brasil. Desta forma o café era tratado de maneira errada.

 

A alguns anos a Embrapa e a Emater vem desenvolvendo um trabalho de melhoria de qualidade do café de Rondônia, que envolve a Embrapa em todos os campos de pesquisa e a Emater na orientação ao produtor desde o plantio até a colheita.

 

Foi desenvolvido pela Embrapa o Cultivar BRS OURO PRETO, que é próprio para nossa região quente, úmida, baixa altitude e terreno plano. São vários clones (mudas) que quando juntas promovem a polinização e destaca notas sensoriais que até então não existiam.

 

O nosso trabalho é a classificação dos melhores cafés, a exigência em seguir os protocolos de sustentabilidade e automaticamente qualidade e fazer a torra perfeita para a extração perfeita.

 

Vale muito conhecer este café.

É isso Igor. Existem robustas bem interessantes, sem esse sabor de borracha queimada das robustas de baixa qualidade, mas mais achocolatado e com sabores diferentes (de terra, nozes etc.), embora baixa acidez e bastante cafeína. Só não posso imaginar que tem grande mercado para isso no Brasil. Fora sim, incl. já tomei um 100% robusta no espresso numa cafeteria em Hamburgo que achei bastante legal (muito cremoso e achocolatado).

Abçs

Burny

Burny, vale a pena conhecer o nosso café. Realmente nosso foco é o mercado Exterior que mantem a cultura dos blends com Robusta pelo sabor e não só pelo preço.

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Bruno, olá!

 

É providencial tua presença aqui no fórum por essas épocas, muito bom mesmo. Eu estou querendo testar uns blends com café robusta, provei um na última viagem a Floripa e achei um espetáculo, mas é bem complicado achar essa variedade em grãos no Brasil. Ou eu que não procurei direito, também pode.

 

Vocês fazem vendas online dos cafés em grãos ou o produto é só para exportação? Se existe venda doméstica, é somente o grão já torrado ou vendem o grão verde também?

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Bruno, olá!

 

É providencial tua presença aqui no fórum por essas épocas, muito bom mesmo. Eu estou querendo testar uns blends com café robusta, provei um na última viagem a Floripa e achei um espetáculo, mas é bem complicado achar essa variedade em grãos no Brasil. Ou eu que não procurei direito, também pode.

 

Vocês fazem vendas online dos cafés em grãos ou o produto é só para exportação? Se existe venda doméstica, é somente o grão já torrado ou vendem o grão verde também?

Careca, é raro mesmo, eu que estou no ramos de Robusta sou um dos poucos que conseguem extrair qualidade desse café. Na verdade porque só consegue quem realmente acredita no potencial, se for com o pé atras vai dar errado ...  Muitos tentam fazer com Robusta o mesmo procedimento do Arábica, e ja digo kkk não é bem por ai. Cada café tem que receber o respeito individual de suas características.

 

Vendo de 1 kg a 6000 kg na cafeteria ao lado e no RS, já mandamos café para vários países e temos recebido bons retornos.

Quanto e quando quiser, com torra feita especialmente para a encomenda. não temos cafés prontos, tudo é feito sob medida.

 

Att. Bruno Assis

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Eu tenho interesse Bruno! Amostras crus para serem torradas pelo mestre de torras de BH Ivan Toti que pra mim é um dos melhores do Brasil. 
Como você envia essas amostras? 
Seria interessante enviar algumas torras pra podermos avaliar a torra de vocês ai.

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Fornecedor de robusta de qualidade, para harmonizar com arábicas e produzir "aquela crema"? :wub:

É o mais bem guardado segredo de muitos mestres torradores italianos, eles não falam quanto (e qual) robusta eles usam nem sob tortura... :ph34r:

Claro que hoje o mundo só fala em "100% arábica" mas na Itália a maioria dos que vendem cafés 100% arábica para espresso o fazem apenas por conta demanda do mercado (externo).

Se não me engano, o primeiro e maior defensor do 100% arábica foi Ernesto Illy.

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