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Gene Café CBR-101


Bernardo B

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Primeiro teste com o Gene.

 

Levantei quatro perfis e acabei escolhendo o de um torrador inglês, desde utilizou um Bourbon Amarelo brasileiro e a voltagem, 230V, é a mesma do meu:

 

 

Profile: 140º C for 5 mins of drying, 230º C until 9:30, 240º C until 11:00, 250º C until 14:00, 235º C until end of roast

Ele registra o 1º Crack com 13:15, o 2º com 17:00 e o fim com 17:10

 

Fiz um teste de pre-aquecimento a 150º , até para me familiarizar com os comandos, e fiz o cooling, de forma que comecei efetivamente com o Gene a 60º C.

 

Optei por 100gr, em vez das 233gr do batch tradicional do Gene, de Unique Cítrico, que já torrei anteriormente no forno Continental com bastante bons resultados e que, pela marcada acidez , me permitiria avaliar mais facilmente a qualidade da torra.

 

Funcionou direitinho, a visão é perfeita mas o ventilador, apesar de não ser barulhento não me permitiu ouvir os Crack, de forma que tive de me basear na cor, cheiro e tempo de torra.

 

O cilindro (ou câmara) é muito bem feito, até tem um dispositivo que bate levemente nos grãos limpando a película, muito eficiente. Resfriamento, fiz metade interna (até 130º C, depois passei a manual, para experimentar as duas formas).

 

Destaco que todo o procedimento foi muito tranquilo, limpo, seguro, sem surpresas, queimaduras ou cortes, e que os controles são extremamente amigáveis, transparentes e fáceis de operar.

 

A torra saiu super homogênea, tipo comercial, a cor deu por volta dos 50 Angtron, levemente mais clara que as torras espanholas "claras", porém mais escura das claras, que eu prefiro. Diria que deu uma torra para espresso comercial típica.

 

Não resisti e duas horas após fiz um AE com 9gr em 110 de água. O resultado (bem preliminar) foi uma bebida forte, encorpada, ligeramente amarga (não chega a incomodar), de acidez baixa, pouco doce, nada de chocolate, aroma indefinido (nem agradável nem desagradável) pouca complexidade e nada de claridade, em fim: um espresso comum, sem nada de especial, onde acredito que a torra escura prejudicou a acidez o aroma e o sabor.

 

Vou experimentar novamente em 48 horas, mas pela pouca evolução do aroma, não espero grandes mudanças.

 

Tipo do espresso que agrada a muitos (forte, sem acidez) e bom para beber com leite. Para mim, foi uma verificação de que 17 minutos é tempo demais.

 

Síntese: gostei demais da máquina e, apesar de não ter acertado a minha primeira torra, acredito que logo, logo vai dar certo.

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Expansão é consequência da velocidade do primeiro estalo. Se dizer com menos energia, terá grãos menos expandidos, que também devem dar menos creme... Mas que também devem durar mais sem muita perda de sabor etc

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Para mim, foi uma verificação de que 17 minutos é tempo demais.

 

Bernardo,

17 minutos pra 100g acho que é tempo demais sim.Entendo que está testando, e por isso usou quantidade menor.

Entretanto sei de pessoas que fazem torras de mais de 20 minutos (só que pra quantidades maiores).

Existem alguns profiles no behmor pra torrar 450g que giram em torno de 20 minutos.

Tente aumentar a quantidade da próxima vez...

Nos diga como foi.

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Todos certos !

Rodrigo: o Unique ficou igualzinho a tua descrição. Esta lindo para filmar: muita crema, cheio de manchas de tigre; mas de sabor ....

Marcio: deu para ver que o Gene esquenta bem mesmo, por isso o Crack com tanta energia. A temperatura foi só um pouco mais alta da que uso no forno (240ºC em vez dos 235ºC no forno) mas como a câmara é muito menor a circulação do calor deve ser mais eficiente.

Rafa: concordo, 17 minutos é demais. Com essa temperatura sempre torrei de 13 a 15 minutos, mas, como desta vez não consegui ouvir o crack, optei por seguir o que indicava o perfil de torra ...

Pelo que dizem não ha muito problema de usar cargas menores no Gene, o que desaconselham são cargas maiores.

O manual diz que é para 0,5 libras ou 250gr (o que evidentemente não coincide); os usuários indicam um máximo de 233gr.

Ainda, para grãos brasileiros (ou de secado natural e peaberries) o manual indica torrar como máximo 8 oz ou 200gr, desta forma acredito que uma mudança de carga, dentro deste limites, não deveria afetar significativamente o resultado da torra.

Outro "problema" , além de estar em fase de testes: nós consumimos em casa entorno de 250gr por semana, e estou com um estoque (parte congelado) de quase 2kg, por isso não quero torrar quantidades maiores, ao menos por enquanto.

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Expansão é consequência da velocidade do primeiro estalo. Se dizer com menos energia, terá grãos menos expandidos, que também devem dar menos creme... Mas que também devem durar mais sem muita perda de sabor etc

 

O que explica porque a torra de pipoqueira dá grãos tão expandidos. As vezes até parecem pipocas mesmo.

 

Quando torro na panela é o contrario, a expansão é tão pouca que se eu nao tivesse torrado eu mesmo pensaria que sequer houve estalo.

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Bernardo,

 

Torra é também questão de gosto, mas 17 minutos e uma perda de 17% nesse grão...sei nao mas acho que o ponto passou um pouco do ótimo.

 

Eu tentaria alguma coisa em torno dos 12 minutos...

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Conforme planejado, aguardei mais tres dias para experimentar o Unique Citrico da minha primeira torra, a de 17 minutos que parecia fracasada.

Hoje fariam 72 horas de torrado e, contra todas as minhas expectativas o Citrico evoluí favoravelmente.

Fiz um single de 8gr, com extração clásica da Strega (PI de 10 segundos e extração de aproximadamente 9 bar) de 30 ml, sabor agradável, azedinha, aparecendo levemente o chocolate (que eu nunca tinha percebido anteriormente, no Citrico comprado torrado) e pouco amarga. Agora já sem gosto de carvão nem de cinzas.

Não é uma maravilha mas, já cabe como uma bebida de qualidade acima de aceitável.

Só foram 72 horas, vamos aguardar para ver se fica ainda melhor com o pasar do tempo.

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A pedido de Rouston fiz uma torra e tirei fotos, espero que atendam ...

Foram 100gr de Caxixe safra 2012, torra City+ de 15 minutos utilizando um perfil básico para Gene de Boldjava para grãos do Brasil, gostei bastante do resultado: homogeneo, um pouco mais claro que a torra de 17', cheiro bom.

Também fiz uns filminhos com bastante informação, mas isso não sei bem como processar ...

 

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  • 2 weeks later...
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Para ouvir o primeiro Crack no Gene.

Tive dificuldade de ouvir o crack nas primeiras torras com o Gene, consegui ouvir na última mas não é nada fácil.

Parece que tem outros com o mesmo problema e procurando soluções, assim achei uma dica interessante: um iPhone app, chamado Soundamp R, que amplifica o som do microfone do iPhone ou do iPad e que escutas nos fones de ouvido.

Orientam de colocar a parte do microfone junto ao tambor e escutar pelos fones, dizem que funciona muito bem.

Já comprei ($4.99), amplifica bastante bem, agora só falta experimentar com o Gene.

 

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Finalmente acertei uma moenda mais grossa com o Lido (cônico), e agora todas as torras que fiz no Gene, e que achava muito escuras, acabaram ficando muito boas na Strega.

Moendo mais fino sai um espresso até mais bonito, mais viscoso, mais tigrado e até um pouquinho mais cremoso, porem aparece o amargo.

Desta forma, mais grosso e utilizando doses maiores (utilizando 17gr no meu filtro grande de 18gr) tive resultados que realmente me agradaram.

Com o Macap (môs planas), não consegui um ponto grosso tão bem equilibrado na Strega, ainda que na Graef o resultado dos dois moinhos, com estas torras mais escuras é muito bom, e se equivalem.

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  • 3 weeks later...

O sistema de resfriamento dentro do torrador é reconhecidamente ineficiente, desde que a ventoinha, além de resfriar os grãos deve resfriar simultaneamente todo o conjunto do torrador, que tem uma masa considerável (5, 10 ou mais kg), o que faz que o processo demore mais do que o desejável.

Por este motivo são preferidos os sistemas de resfriamento externos, muito mais rápidos já que somente precisam resfriar as 200, 500 ou no máximo 1kg de grãos

Eu (como a maior parte dos colegas) estava recorrendo ao resfriamento externo manual, que consiste em ventilar os grãos passando de um recipiente a outro.

 

Visando a automação do processo acabei de adotar o moderno "Resfriador de Café Externo de Alto Desempenho" com "Agitatore a Legno Semiautomático" (é semi automático desde que o processo de agitação ainda não esta totalmente automatizado), da afamada marca "Fratelli Tabajara".

 

12835468oj.jpg

 

Destaco que o implemento vem sem o aspirador de pó, que deve ser providenciado à parte.

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Il "Agitatore di Legno semiautomático" a que referes, foi projetado ergonomicamente para facilitar a operação em posição ereta, além de maximizar a distância da fonte de calor.

Há possibilidade de adquirir equipamentos complementares, entre os quais destaco o "Repoussador de Quartos Posteriores" (também conhecido como "banquinho" ou "cadeira") que aumentam ainda mais o conforto na operação.

 

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Eu devo ser muito preguiçoso. Tenho aspirador em casa, o balde e o escorredor. Só me falta a disposição para juntar tudo e fazer uma réplica desse aparato (já que o original é protegido por direitos autorais).

 

Ultimamente eu venho usando o método da "Friza". Tiro o café e jogo direto em uma travessa de inox e taco ela dentro da "friza" por uns dois minutos. Mas tem que ser "friza" frost free, que é para não passar umidade para o grão...

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Funciona sim, mas tem que ser bastante cuidadoso, por isso muitos torrefadores caseiros não gostam do método.

 

Primeiramente deve-se usar uma travessa na qual os grãos se espalhem bem, para que o resfriamento se dê por igual. Depois cuidar para que não hajam alimentos que possam contaminar o café (camarão congelado, peixes com cheiro forte, etc). Por último não se pode vacilar no tempo, pois deixar os grãos por tempo excessivo fará com que se forme umidade na superfície, o que segundo os autores pode prejudicar bastante a qualidade do café.

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Eu também o utilizo as vezes, mas o pré-requisito indispensável é que minha mulher não esteja em casa :-)

 

Esse é pré-requisito indispensável de qualquer torra que eu faça!

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