Então, não sou químico, mas essa "soma" em ppm ou mg/l das concentrações de Ca++ e Mg++ que faz o livro pra calcular a dureza é um pouco estranha. Isso porque para a estequeometria das reações é muito mais significante a quantidade de mols envolvida do que a massa, já que o peso atômico deles é diferente. Cálcio mais ou menos 40g, Mg mais ou menos 24g. Logo, 100g de Ca++ correspondente a 2,5 mols aproximadamente e 100g de Mg a 4,1 mols. Trazendo pra um exemplo prático, parece difícil sustentar que uma solução contendo 25mg de Mg++ e 75mg de Ca++ seria de dureza equivalente a uma de 75mg de Mg++ e 25mg de Ca++, ou no mínimo a reatividade em relação ao café seria diferente, pois no segundo caso temos muito mais átomos em solução.
Por isso que na indústria se faz o equivalente em massa pra CaCO3 (massa aprox. 100), também por ser a rocha mais abundante e responsável por boa parte da composição mineral de todas as águas.
Veja no que meu post eu não disse que precisa fazer a conversão, mas que a conversão é necessária mais pra fins de verificar a proporção de 2:1, que normalmente leva em conta o equivalente em CaCO3.
Eu sei que o conteúdo é árido, e espero que na próxima edição o livro seja bem mais claro com relação a este aspecto. Isso não tira o valor do livro de forma alguma, mas penso que merece uma revisão ou no mínimo uma explicação mais detalhada. Até porque se vc usar o gráfico final do livro pra adicionar minerais na água, indistintamente, sem nenhuma conversão, você acaba com águas extremamente duras. Parece, portanto, que houve algum equívoco, ou que as notações não foram suficientemente explicitadas.