@Marcos Sampaio, se você está repetindo os procedimentos e os resultados variam, algo está falhando no caminho.
Sua Fiamma com Arduíno deve dar uma boa repetibilidade. Vou assumir que o algoritmo PID instalado está calibrado adequadamente para o melhor perfil de manutenção térmica do conjunto durante a extração. Ter um arduíno e um bom algoritmo não resolve tudo, você precisa colocar os fatores de Proporção, Integração e Derivação otimizados para seu grupo, o que involve massa e material da caldeira, válvulas, tubulações e cabeça de grupo, bem como capacidade da caldeira e a massa de água média a ser aquecida. Os fatores de dissipação e interferência da entrada de água fria acabam fazendo parte da dinâmica do PID. Já vi PID mal regulado que fica pior que termostato barato... Quem regulou sua máquina?
Considerarei também que você está usando o Preciso e que o mesmo está sem nenhum problema... é comum o anel de regulagem quebrar um componente e a moagem flutuar aleatoriamente entre operações, não é sempre óbvio e muita gente demora meses ou anos pra descobrir o motivo dos cafés ruins, mas creio que sendo metódico em sua coleta de dados você já deva ter verificado a integridade de seu equipamento.
Assumo que você esteja usando o tamper dinamométrico do Gil, listado no seu perfil... tem o alinhador também?
Se sua técnica de distribuição do pó antes do socamento for adequada e consistente, acho muito estranho estar variando assim pra você.
Não fiz um App, mas uso uma planilha simples mais ou menos com as mesmas informações que você coleta e vou preenchendo manualmente conforme faço meus preparos, depois anoto minhas impressões sobre os resultados. Ao longo dos anos isso tem sido muito útil, principalmente depois que comecei a torrar e anotar os perfis de torra também, junto à informação do grão.
Cafés conhecidos, como as torras de um mesmo café da DaTerra pela NCC costumam ficar razoáveis "de primeira", seguindo minhas anotações anteriores. Faço ajustes mínimos em torno dos ajustes da experiência anterior para afinar a experiência.
Quando eu mesmo torro um mesmo grão que já torrei e consigo reproduzir o mesmo perfil de torra, num novo batch desse grão que tenho guardado (embalagem impermeável no primeiro ano, congelado a vácuo se mais de 1 ano de beneficiamento), mesmo que meses depois, o ajuste de moedor no mesmo ponto que anotei gera uma extração de aproximadamente a mesma duração para mesmo volume de café. E sabor muito, muito próximo do esperado por mim.
É só eu não errar em algo que gere canalização que obtenho excelente repetibilidade. E olhe que minha máquina é uma HX com Pressostato, depende do flush pra acertar temperatura, então tenho um elemento humano a mais do que você... se eu purgar de menos, queima o café. Demais, azeda. Treinei algum tempo com um termômetro na cabeça de grupo e hoje faço "de orelha", com base naquela aprendizagem inicial do uso da ECM. Faz anos que só uso o T48 na moagem pra espresso que vou consumir puro, então todas minhas notas recentes são com ele.
Cabe notar que uso o alinhador e o tamper dinamométrico do Gil, itens não listados no meu perfil...
O que estou dizendo é que com o mesmo grão, de mesma qualidade, torra e todas características, se todo seu equipamento estiver OK e for estável, dos 5 "M"s (Miscela, Macinadosatore, Macchina Espresso, Mano dell'operatore e Manutenzione) talvez seja a hora de verificar a "M"ão do barista.
Mas isso é apenas uma opinião minha, claro.... nada a ser levado muito a sério.