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Mostrando conteúdo com maior reputação em 07-03-2019 em todas as áreas
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Ah! @italo.areas essa não tem bomba, certo? Se for o caso, trata-se de uma "cafeteira italiana elétrica" mais requintada, se não me engano. Parece ser da linha "Steam Espresso", como essa aqui na Amazon. É a pressão do vapor que promove a extração. Os procedimentos de cuidado precisam ser um pouco diferentes dos de uma máquina de espresso. Primeiramente, se qualquer das partes internas for de alumínio, o único descalcificante que conheço que não danifica o material é o Dezcal da Urnex, que tem um componente estabilizante que evita a corrosão do aluminínio. Ácido cítrico e outros descalcificantes deverão deixar o alumínio oxidado, escuro e soltando um "pó preto", depois de soltar o tal "pó branco" que seriam os resíduos da calcificação. Se for mesmo "sem bomba", sugiro baixar o manual de usuário da Mr.Coffee Steam Espresso e dar uma olhada nos procedimentos de limpeza e manutenção. Boa sorte.1 point
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segue as fotos que consegui fazer e foto do modelo da maquininha rsrs1 point
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Chegou hoje por aqui. Enviado de meu Moto G (5) Plus usando o Tapatalk1 point
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Prezados @jaum20, @Mateus Tínel Narde, @Wagner Berton, @Pedro Teixeira, @helderbarreto, @m3nd3s e demais caçadores de peças, agora no site da Hario tem um catálogo de Peças de Reposição. https://www.hario.jp/spare_parts.html Quem não resolveu ainda e não jogou o Hario fora por falta de peças, de repente pode resolver a coisa agora. Clicando no link Hario Parts Shop http://www.hario.co.jp/parts_shop/ e depois navegando pros Grinders e finalmente no Slim (MSS-1), você chega na lista https://www.hario.co.jp/parts_shop/category/coffee/grinder/mss-1/ que inclui o recipiente MSS-1 Bottle https://www.hario.co.jp/parts_shop/coffee/b-mss-1/ Simulei como "guest", o Brasil está na lista de países para onde enviam. O recipiente custa 750 yenes japoneses (JPY), o que dá U$ 6.86 hoje, segundo o conversor do Google. Cada um dos mós custa JPY 400 (U$ 3.66), então o jogo sai JPY 800 (U$ 7.32). Minhas experiências comprando direto do Japão sempre foram excelentes. E, embora eu prefira navegar em inglês, o site da Hario tem inclusive a opção de aparecer inteiramente em português. E se o frete for proibitivo, vcs podem combinar uma compra conjunta das peças que estejam precisando, para rachar o frete. Bom divertimento!1 point
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Campeonato de Aram @Aram na SIC 2018 @Allexlimaa2 e @Igor Enviado de meu SM-G955F usando o Tapatalk1 point
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Vc acha que existe moedor comercial que não tenha um pouco de retenção, 1 a 3 g é pouco , K30 , EK43 ou Mythos só para dar um exemplo tem um pouco de retenção. No meu FortéAP eu sempre jogo um café para o Santo , mas eu faço 3 espressos por dia , agora se eu fizesse uns 50 ou 100 isso seria impossível. Faça um teste cego com vc mesmo ou alguém que tenha um bom paladar , duas extraçãoes com e sem jogar café para o santo e veja se alguém percebe a diferença. Preocupação com 1 ou 3g de retenção é para essa gente estranha que discute café em fórum e faz 3 por dia , comercialmente se vc tiver 0,001% de clientes que percebem essa alteração, e melhor usar um moedor manual para esses "estranhos esquisitos"1 point
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Promoção de Páscoa 2014 Receita boa para um ótimo café Mortari Prensa francesa Introdução (pode pular se estiver com pressa) Parabéns, você comprou uma prensa francesa! Deixa eu adivinhar: você seguiu o conselho daquele seu amigo que é aficionado por café e que te convenceu que o café nela fica ótimo, que é fácil de preparar e de lavá-la depois. Não? Então viu na novela, ou naquele filme bacana, ou então no comercial de biscoito light e achou muito "chique". Acertei? O fato é que você chegou em casa ansioso com a nova cafeteira e quer experimentar essa belezinha. Ferveu um pouco de água – da torneira mesmo, afinal, depois que ferve mata os bichinhos –, e encheu a cafeteira. Adicionou algumas colheres de sopa daquele pó de café que comprou no supermercado no começo do mês, um dos mais caros da prateleira, e que está bem guardadinho na geladeira, afinal já estamos no dia 28 e você não quer que o pó estrague. E agora? Já sei, encaixou aquela tampa esquisita em cima, apertou bem forte pra espremer bem o pó e serviu o café na caneca. Não, na caneca não, naquela xícara fina de porcelana que era da vovó, afinal, a estréia de um ótimo café tem que ser com classe. Quatro colheres de açúcar depois e é hora de provar! Ops, uma pausa para reflexão. Tá certo isso? Acho que é porque você chupou aquela bala de menta que tira o gosto das coisas. Outro gole. Ué. Estranho. Desista, não vai descer. Ficou bem ruim né? Não desanime, esse tipo de (má) experiência é mais comum do que você imagina. Tenho 2 notícias pra você: uma boa e uma ruim. A boa é que, ao contrário do que você acabou de experimentar, a prensa francesa é sim capaz de oferecer cafés espetaculares, dito por muitos como o melhor dentre os métodos de extração. A notícia ruim é que, para conseguir esses cafés, você vai ter que aprender um pouquinho os "macetes" e tomar cuidado com alguns detalhes que fazem toda a diferença. Tá afim? Então vamos lá: Materiais necessários O que você vai precisar, além da prensa francesa: Café fresco em grãos Moedor de café Xícara Colher Balança (opcional) Água filtrada Uma forma de aquecer a água (pode ser fogão, ebulidor elétrico ou o que achar melhor) O moedor assustou né? Se você não tem um desse ainda eu sugiro que compre um. O café moído na hora tem uma diferença enorme para o pó que você compra no supermercado. Não vou ficar discorrendo sobre todas as diferenças aqui, faça uma pesquisa no CDC e encontrará bastante explicação sobre isso, apenas tenha em mente que a diferença é + ou - entre um hamburguer desses genéricos e aquele filé de picanha suculento. Se você não come carne, imagine uma lasanha daquelas industrializadas congeladas e compare com a que servem nas melhores trattorias da cidade. É por aí. Ah, você precisará também de uma forma de marcar o tempo. Pode ser um cronômetro, um relógio, uma ampulheta, contagem mental, tanto faz, contanto que você marque o tempo com o mínimo de precisão. Modo de preparo Primeiro, você tem que saber qual a capacidade da sua prensa (em mL) para calcular o quando precisará de café e o quanto de água. A razão de preparo "tradicional" é em torno de 6,5g de café (que é + ou - uma colher de sopa cheia, se você não tiver uma balança) para cada 100mL de água. Eu sugiro que você comece por aí e, depois de experimentar, aumente ou diminua a quantidade de café de acordo com o seu gosto. Não há uma regra rígida, o importante é ficar do seu agrado. Pra começar, coloque água pra esquentar. Você nem vai usar ela já, mas é bom pra ir agilizando pois, dependendo de como for esquentar, pode demorar um pouco e, enquanto ela vai esquentando, vamos preparando o resto das coisas. Algo bem importante aqui: utilize água filtrada. Mesmo que você deixe chegar ao ponto de fervura, não utilize a água da torneira. Não é por causa dos germes, bactéria etc. mas sim por conta do cloro. O cloro reage com alguns componentes do café e neutraliza muitos dos gostos e aromas que você poderia sentir, caso use a da torneira. A do filtro costuma ter menos cloro e, por isso, é melhor. Água mineral? Claro, pode usar sim, é ideal. Enquanto a água esquenta, vamos separar o café. Como a minha prensa é pequena (até 300mL) e eu pretendo preparar com 200mL de água, vou utilizar 13g de café (2 x 6,5g): Você deve ter se perguntado porque eu vou usar 200mL de água se a minha prensa é pra 300mL, certo? Na verdade, você não precisa sempre utilizar a prensa em sua capacidade total, você pode fazer menos café se quiser. Só evite fazer menos do que a metade da capacidade da prensa, senão pode não funcionar bem. Como a minha é pra 300mL, eu posso fazer qualquer quantidade entre 150mL e 300mL que vai dar certo. Hora de moer o café. Mas e aí, qual a "grossura" (o nome técnico é granulometria) que você vai moer? A prensa é um dos métodos que se usa a moagem mais grossa dos grãos. É mais grosso do que o pó de supermercado. Eu costumo comparar com aquele trigo que você usa pra fazer kibe, sabe? Dá uma olhada: Comece moendo + ou - assim, acho que é um bom ponto de partida. No futuro você pode experimentar moagens mais finas ou mais grossas e avaliar o resultado, até encontrar o ponto ideal para o seu gosto. Normalmente, quando mais fina a moagem, menos o tempo de infusão necessário (se não sabe bem o que é isso, não se preocupe, veremos adiante) e, quanto mais grossa, maior o tempo. Ah esqueci, você ainda não tem moedor né? Ta apertado e não dá pra comprar o moedor agora? Tudo bem, não é o fim do mundo. Mas não use o pó de supermercado. A moagem dele é muito fina para a prensa e o resultado não vai ficar legal. Encontre uma loja (normalmente na internet) que venda cafés bem frescos, com torra recente, e peça com moagem para prensa francesa (ou french press) que vai dar certo. Beleza, café já moído. A água já está bem quente, né? Antão vamos primeiro escaldar a prensa e a xícara. Não deixe de fazer isso pois vai ajudar bastante à temperatura não baixar muito durante a extração, o que poderia prejudicar o resultado final. Olhá aí, é só colocar água quente: Já está tudo bem quentinho? Então pode jogar a água da prensa fora e vamos começar a parte boa. Primeiro coloque o café moído na prensa (já sem a água do escaldo hein): Vamos lá pegar a água quente. Uma boa referência pra saber o quão quente a água deve estar é ficar de olho nas bolhinhas, aquelas que vão se formando na parede da panela/caneca/bule. Quando elas começarem a ficar maiores e a superfície da água começar a se agitar um pouco mais intensamente, tá no ponto. A temperatura nesse momento é em torno de 95°C, boa para a extração, veja: Se você der uma bobeada e a água ferver, entrar naquela ebulição mais frenética, não tem problema. Só evite deixar a água fervendo por 30min antes do preparo, isso não vai melhorar em nada a sua extração e dizem até que piora, porque a água perde oxigênio e mais alguma coisa que eu não sei bem. Na dúvida, é melhor evitar. Mas também não se preocupe muito com isso pois, se você ficar com medo de ferver e desligar o fogo muito antes, a água talvez não atinja os 95°C necessários e isso, sim, deve prejudicar mais a sua extração do que se a água ferver por alguns instantes. Água no ponto, café na prensa, é hora de misturar. Despeje + ou - metade da água na prensa, no meu caso uns 100mL, e inicie a contagem do tempo: Depois de uns 30 segundos a 1 minuto que iniciou a contagem, misture bem com a colher (não precisa exagerar, não é milk shake). Essa mexida é importante porque o café, quando bem fresco, costuma liberar bastante CO2 e, no início, formam-se pequenas bolhinhas em volta das partículas de café que tendem a isolá-lo da água e bloquear parcialmente a extração. Ao mexer, você libera esse CO2 e imerge totalmente o café na água. Mexeu rapidamente, tira a colher e coloca o resto da água até o volume que você havia definido no começo, 200mL no meu caso. Já pode colocar a tampa na prensa, mas sem afundar a peneira do êmbolo na infusão: Agora deixe o café em infusão por 4 minutos, contados desde que você colocou água pela primeira vez na prensa. É nesse momento em que a extração está ocorrendo mais intensamente e a água está literalmente extraindo açúcares, óleos e outros componentes do café que darão o gosto, aroma, corpo e demais características do produto final. Enquanto a gente espera, deixa eu te dar uma dica: como você fez pra medir os 200mL de água que vai ter que utilizar? Pegou um recipiente graduado e encheu até a marca de 200mL? É uma boa forma, mas provavelmente você teve que esquentar um pouco de água em outro lugar pra escaldar os recipientes, senão você perderia a medida, certo? Se você tem uma balança digital (dessas de cozinha mesmo), provavelmente ela tem um botão chamado tare (ou apenas um T) que serve para zerar a balança com o que estiver sobre ela. Uma coisa que facilita bastante é você colocar a prensa já com o pó moído em cima da balança e apertar o tare para zerar. Dessa forma, você pode aquecer uma quantidade maior de água, usar parte dela para escaldar os recipientes e, na hora de iniciar a extração, ir despejando água na prensa até atingir o mesmo valor em gramas que você calculou em mL (lembre-se que a água pesa 1g para cada 1mL). Assim, você saberá a quantidade exata de água que colocou na prensa. Bom, já deu 4 minutos? É hora hora de baixar o êmbolo. Mas preste atenção: você tem que baixar o êmbolo bem devagar. Note que o êmbolo tem uma peneira, nós queremos forçar a decantação das partículas mais grossas com essa peneira, mas sempre haverão algumas mais finas que passam pela peneira. Muitas delas já estarão decantadas depois de 4 minutos, mas se você baixar o êmbolo rápido e com força, vai agitar demais o café e as partículas finas irão subir, o que não é muito legal na hora de tomar (fica aquele pozinho no fundo da xícara, sabe?). Pelo mesmo motivo, não pressione com força o pó de café no final do curso do êmbolo, basta encostar a peneira no bolo de café, de forma a mantê-lo no fundo, e está bom. Encostou no fundo? Perfeito, seu café está pronto para ser degustado. Agora é só servir, mas evite servir até a última gota de café, deixe aquele restinho de café na prensa para evitar o problema das partículas finas que conversamos acima. Se você virar tudo, todo o trabalho que teve para baixar o êmbolo com calma e não pressionar demais o pó no final irá por água abaixo (ou, nesse caso, café abaixo), pois as partículas finas, que já estarão decantadas, serão vertidas para a xícara. Ah, não se esqueça de tirar a água de escaldo da xícara antes de servir, tá? Agora é só apreciar com (um pouco de) moderação (só um pouco)! Resultado Eu sou adepto do seguinte ditado: "uma imagem vale mais que mil palavras". Não esqueça de nos contar como foi sua experiência! Abração, Fabio Mortari1 point
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ricardoesteves #182 Tipos de Preparo de Café : O Espresso Apesar da variedade de métodos de preparo de café, o espresso ocupa o lugar de maior destaque. E antes de continuar, se você ficou na dúvida entre espresso ou expresso, acesse o link https://www.facebook.com/notes/guia-caf%C3%A9/expresso-ou-espresso/453216448062806. O Espresso sem dúvida é um método inigualável, em função das moléculas de açúcares e óleos que são quebradas apenas sob pressão. A bebida resultado de uma correta extração possui características muito específicas, e muito apreciadas não só pelo olfato e paladar, mas também pela visão! Criado pelo italiano Luigi Bezzera em 1901 era preparado inicialmente sob pressão de vapor, mas ganhou o nome de espresso em 1946, com a comercialização e popularização das máquinas do inventor Achille Gaggia. Buscando criar não só um padrão de preparo, mas proteger uma tradição e manter a qualidade, o Istituto Nazionale Espresso Italiano estabeleceu algumas regras básicas para a extração de um espresso italiano: - Quantidade de pó: 7g - tolerância de ± 0,5 g; - Temperatura da água no início da extração: 88°C - Tolerância de ± 2°C; - Temperatura do café pronto na xícara: 67°C - Tolerância de ± 3°C; - Pressão da água: 9 bar - Tolerância de ± 1 bar; - Tempo de preparo: 25s - Tolerância de ± 2,5s; - Volume de café na xícara, incluindo a crema: 25ml - Tolerância de ± 2,5ml. Algumas variações foram sendo realizadas ao longo do tempo, principalmente pela variação do paladar dos novos clientes, decorrente da ampliação do alcance da bebida pelo mundo. Um exemplo seria o espresso carioca, onde se adiciona um pouco de água após a extração do café. Mas a receita acima serve de base para todo bom espresso, em todo o mundo. Apesar de seu sabor forte, o espresso pode ser considerado uma bebida delicada, mas referindo-se ao seu preparo. Uma pequena variação no preparo pode resultar em uma bebida de sabor completamente diferente, e facilmente ele será ruim. Então como identificar um bom espresso antes mesmo de prova-lo? A crema Apesar de exceções, uma boa crema pode já denunciar se o espresso está correto, ou se será uma péssima experiência. Diferente da espuma que logo se desfaz, a crema deve ser persistente, com espessura entre 3-4mm, ela deve ser capaz de cobrir toda a xícara, se agarrando e manchando suas paredes conforme seu volume for reduzindo. Sua coloração deve ser rajada de avelã com tons marrons, semelhante ao caramelo-escuro. Deve ter uma consistência lisa, sem grandes bolhas, e ter durabilidade. Ao adicionar açúcar, quando for o caso, a crema deve ser capaz de sustentá-lo por alguns segundo antes de deixa-lo passar. A criação da crema é reflexo, principalmente, pela quantidade de CO2 dos grãos, quanto mais nova a torra, mais quantidade de CO2. Mas apesar disso, os grãos da espécie Robusta - menos nobres, possuem maior concentração de CO2 em comparação aos grãos Arábica, sendo muito utilizados nos cafés de capsulas e sachê, para compensar da idade do café utilizado e criando uma crema de destaque. Os grãos Além das especificações acima, a qualidade do grão e sua moagem, como em qualquer outro preparo, são os fatores principais para uma boa extração. Utilize sempre grãos 100% da espécie Arábica, com torras média a média-escura. Esse tipo de torra tem como características a caramelização dos açúcares, sendo percebida inclusive pelo brilho dos grãos, mas se for muito escura é provável que tenha como retrogosto um amargor forte com gosto de cinzas. Destaque para a sensibilidade do espresso e formação da crema, a liberação de CO2 ocorre melhor nas torras com data entre 10 e 30 dias. Fora deste período você terá não apenas menos crema, mas também menos aromas e sabores. A moagem deve ser fina, devido ao rápido contato da água com o pó, mas não muito fina para que não fique sobre-extraído e com muito amargor. Associado a uma moagem uniforme e homogênea, com partículas sem variação de tamanho, o pó deve ser compactado no filtro, utilizando uma força próxima a 15kg, para remover o ar e também para nivelar a superfície. Esse fator é de grande importância para evitar as canalizações. A água enviada sob pressão irá procurar o caminho mais fácil de atravessar o bolo de café, caso o bolo não esteja uniforme, serão criados canais de escoamento, onde o pó nesta área será sobre-extraído. Sem dúvida um processo manual trabalhoso, com muitas variáveis, e que depende de muita prática e atenção. Mas para os apreciadores, um exercício de satisfação! ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Artigo publicado em 17 de dezembro de 2010 na página do Dripper no Facebook: www.facebook.com/drippercafe1 point
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sergio.m #170 Tutorial do Café Espresso Objetivo Esse tutorial é para quem quer extrair um bom café, estilo italiano, em máquinas semi-automáticas com filtros não pressurizados. No final há uma ressalva para o uso de filtros pressurizados. O que é necessário? 1) Máquina semi-automática Na máquina semi-automática você terá a tarefa de colocar o café moído no filtro, compactá-lo, ligar e desligar a bomba. Diferente das máquinas automáticas e de cápsulas, o controle da extração e qualidade do café na xícara dependerá muito mais de você. Essa é a parte divertida e gratificante. Pesquise a área das máquinas, seguem alguns exemplos: Electrolux Chef EMC10 Saeco Poemia Gaggias domésticas (Classic, Twin, Color, ...) Rancilio Silvia Ascaso Steel Uno 2) Moedor O moedor (ou moinho) que transformará os grãos de café em pó, é um item muito importante quase sempre desprezado pelo iniciante. Sem uma boa moagem, não há como fazer uma boa extração. Não economize! Você deve comprar um moinho que tenha mós. Passe longe dos moedores de lâminas que mais parecem um liquidificador. Tipos de Mós, Moinho manual e moinho elétrico Se ainda não tem moedor, estude a área dos moedores, seguem alguns exemplos: Porlex mini Lido 2 Baratza Encore Nemox Lux 3) Café Se você quer café gostoso tem que usar café bom, de torra recente e moído no momento da preparação. O ideal é usar café que após a torra tenha entre 7 e 14 dias de descanso. Antes dos 7 dias você perceberá um gosto diferente que é o do CO2 que ainda não foi eliminado. A partir dos 14 dias a oxidação começa a ser mais significativa e o sabor original vai degradando. Onde comprar café especial online no Brasil? 4) Filtro duplo Você fará a extração usando o filtro duplo que vem na sua máquina (é geralmente o maior). Também é necessário que ele (e o porta filtro) seja despressurizado. Pesquise no fórum sobre como despressurizar seu filtro caso ele não seja. A verdadeira crema formada em cima do café só acontece usando filtros despressurizados. 5) Tamper Para uma compactação do pó bem feita será necessário um tamper compatível com seu filtro. O pó mal compactado pode criar um problema chamado canalização, onde a água não passa de forma homogênea pelo pó e assim extraindo pouco do café. 6) Balança Para conseguir progresso você terá que ser metódico. Há algumas variáveis no preparo do espresso e quanto mais conseguir diminuí-las melhor. Existem balanças baratas com resolução de 0,1 g no mercado livre. O que é a extração de café? É importante entender esses conceitos. Isso vale para qualquer método de extração. A extração do café do pó acontece basicamente de duas maneiras: - Por infusão, onde o pó fica diluído na água. Com o passar do tempo mais café é extraído do pó. Após um certo período o café é filtrado. Um exemplo é a prensa francesa. - Por passagem, forçando a água pelo pó e ao mesmo tempo filtrando durante o processo. Com o passar da água mais café é extraído do pó. Esse é o caso do espresso. A velocidade com que a extração acontece depende: - do grau de moagem. Quanto mais grosso o pó mais rápida é a extração. - da temperatura da água. Quanto mais alta a temperatura mais rápida é a extração. - da vazão de água. Quanto mais água passar pelo pó em determinado tempo, mais rápida é a extração. Quanto mais café é extraído do pó, mais pro lado do amargo fica a bebida. Quanto menos, mais pro lado do ácido. É importante fazer uma extração que deixe o café equilibrado. No café espresso, o pó fica compactado no filtro que é encaixado na máquina, e a extração é feita com água em torno de 92 C, passando sob pressão, durando entre 15 e 25 segundos, gerando uma bebida com aproximadamente o dobro do peso do pó. Exemplo de porta-filtro e filtro com o pó compactado: Como fazer uma extração de espresso? Há algumas variáveis no preparo do espresso. Temos que fixá-las ao máximo e tentar alterar só uma para alcançar o sabor desejado na xícara. Pressão Essa é fácil, você não precisa se preocupar. Sua máquina tem pressão adequada, a não ser que esteja com defeito. O espresso é bem flexível nesse quesito. Temperatura Já a temperatura é importantissíma! Pesquise sobre sua máquina e descubra como começar toda a extração na mesma temperatura. Se você começar a extração cada vez em temperatura diferente sempre terá sabor diferente na xícara. De modo geral em máquinas mais simples: - ligue a máquina com o porta-filtro conectado assim ele também aquece. - espere a luz indicadora mostrar que a água chegou na temperatura de extração. (tem máquinas que essa luz apaga e outras que acende). - aguarde mais uns 5 minutos para que toda a máquina chegue numa temperatura estável. Enquanto isso a luz indicadora ficará ciclando. - na hora de extrair, ligue a bomba imediatamente quando a luz indicar que a água chegou na temperatura máxima. Não deixe de se especializar nisso. Procure como "surfar a temperatura" de sua máquina! Massa de pó no filtro Como você está usando o filtro duplo, começar com 14 gramas é adequado. Use sempre 14 gramas durante o aprendizado. Da mesma forma que a temperatura, é importante fixar essa variável para ter repetibilidade nos cafés. Se seu moedor permite, pese 14 gramas de grãos, moa tudo, e use todo esse pó no filtro. Esse é um bom método para moedores manuais. Caso contrário, vá moendo diretamente no filtro e pesando até que obtenha 14 g de pó ou mais. Depois descarte o excesso. Facilita usar um copinho de iogurte cortado ou similar para que não caia pó para fora. Distribuição e compactação do pó Ainda com o copinho, use um palito de dente ou outra coisa comprida e fina para misturar o pó. Caso seu moedor deixe o pó empelotado isso vai resolver. Também distribua o pó no filtro para que fique razoavelmente plano. Agora é a vez da compactação usando o tamper. Não precisa de muita força, mas é necessário ser consistente. Sempre use a mesma força. Tente apoiar o tamper por igual para que não sobre áreas do pó mal compactadas (áreas fofas). Seja firme e compacte uma única vez. Mais de uma vez pode trincar o bolo e a extração poderá canalizar. Grau moagem A moagem é a variável que será modificada para você conseguir a extração desejada. Comece moendo no ponto que deixe o pó parecido com açúcar refinado. Quando parar a extração Inicialmente você vai fazer um espresso de intensidade média, que tem razão de preparo 50%. Isso significa que o peso do pó é metade (50%) do peso do café. Como você começou com 14 gramas de pó, a xícara terá 28 gramas aproximadamente de café. Se não for possível fazer a extração com a balança embaixo da xícara, pese ela depois e logo você saberá qual o volume equivale a essas 28 gramas. Dependendo do café, mais ou menos crema será criada o que vai alterar esse tal volume, por isso é bom fazer essa verificação de massa e volume na xícara quando trocar de café. Dependendo do café é possível 28 gramas na xícara ter 5 ml ou 20 ml de crema! Essa variável agora também é fixa, 28 g. Extraindo o café de referência (regulando o moedor) Quando a máquina indicar que é a hora de começar a extração, ou seja, temperatura certa, ligue a bomba. Como referência básica ligue um cronômetro quando começar a cair café pelo filtro. Pare a extração e leia o cronômetro nas 28 gramas. Se sua máquina não para rapidamente o fluxo, tire a xícara de baixo, trocando ela por um recipiente que receberá o restante do café a ser descartado. O tempo ficou entre 15 e 25 segundos? Se não, faça o seguinte, e sempre pare nos 28 gramas: - moa mais fino para que a extração ocorra em mais tempo. - moa mais grosso para que a extração ocorra em menos tempo. Para isso use a regulagem mais precisa de seu moedor. Acertando o sabor (se necessário) Chegando aqui você tem um espresso com razão de preparo 50% usando 14 gramas de pó, extraído entre 15 e 25 segundos. Experimente o café! Gostou? Ele pode estar equilibrado ou ácido demais ou amargo demais. Se equilibrado, parabéns! Agora se estiver desbalanceado, você tem dois métodos para corrigir, dependendo da precisão de seu moinho. - Método 1 (massa na xícara fixa e moagem variável) Se seu moinho tem regulagem de moagem bem precisa, onde cada regulagem altera bem pouco a dimensão do pó, use esse método. Mas isso não impede de usar também o método 2. Mantenha a massa da extração fixa nas 28 g. Se o café está amargo, engrosse a moagem. O café vai demorar menos tempo para extrair e assim deverá sair menos amargo e ir para o lado ácido. Se o café está ácido, afine a moagem. O café vai demorar mais tempo para extrair e assim deverá sair mais para o lado do amargo. - Método 2 (moagem fixa e massa na xícara variável) Se o café está amargo, pare mais cedo a extração, com menos de 28 gramas. Se o café está ácido, pare mais tarde a extração, com mais de 28 gramas. Agora basta ir experimentando e aplicando os métodos 1 e/ou 2 até que o café chegue no sabor que te agradar mais. E não esqueça, seja metódico! Anote as regulagens, variáveis e o que sentiu pelo sabor. Breve estará extraindo cafés melhores que em 90% das cafeterias por aí. Porta-filtro ou filtro pressurizado Não quer despressurizar seu filtro? Não quer a verdadeira crema no seu café? Ok, faça as seguintes alterações no tutorial. - Esqueça completamente do tempo de extração. - Deixe a moagem um pouco mais fina que café de coador. O que não pode acontecer é a moagem ser fina demais para que ela gere a pressão na extração. A pressão deve ser dada pelo artifício pressurizador do filtro. - Não ponha força no tamper, apenas nivele o pó. - No item "Acertando o sabor", use apenas o método 2 Exemplo de pressurização. Filtro com apenas um furinho: Dicas e observações - No item "Acertando o sabor" você conseguirá alterar o equilíbrio ácido-amargo mas jamais conseguirá vencer o sabor principal da torra e do grão. Se seus grãos estão com torra bem clara sempre tenderão a cafés mais ácidos. Se seus grãos estão com torra bem escura sempre tenderão a cafés mais amargos. Sugiro começar o aprendizado com uma torra média. - Mantenha a máquina, moedor e acessórios limpos. Quando acabar uma sessão de cafés, ligue a bomba deixando passar água pelo chuveiro da máquina, e em seguida limpe-o com um pano. Se sua máquina tem válvula de 3 vias procure sobre "backflush". No caso do moedor é bom semanalmente fazer uma limpeza do possível pó velho retido (use pincel, escova, aspirador). - Caso não vá consumir os grãos dentro de 14 dias após a torra, empacote bem para não entrar ar e umidade, e congele. Quando for usar, não precisa nem esperar chegar a temperatura ambiente, pode usar gelado mesmo no moedor. - Mais para frente, quando estiver bem confortável com as extrações, você pode alterar o equilíbrio, a intensidade e a quantidade do café, usando filtro despressurizado e esse algoritimo. Fim do Tutorial do Café Espresso1 point