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Mostrando conteúdo com maior reputação em 02-07-2019 em todas as áreas
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Olá colegas entusiastas do café, Na quinta feira dia 15/06 a equipe da Compra Coletiva junto com os amigos Durval e Andreia saiu em direção ao sul de minas para mais uma aventura cafeinada. Tínhamos dois objetivos, conhecer algumas fazendas da região e colher nosso primeiro microlote de café, o qual denominamos de lote Esperança. Vamos compartilhar um pouco dessa aventura com vocês. Contarei sobre as visitas que fizemos e o Luís vai contar sobre a colheita e secagem do café. Na quinta feira saímos de BH logo cedo. Por volta de meio dia já estávamos em Três Pontas, nos hospedamos na Fazenda Floresta Negra, uma propriedade dos familiares do Luís. A quinta feira foi um dia livre para fazer um churrasquinho, beber umas cervejas locais e passear pela lavouras de quadriciclo. Passeio de quadriciclo nas lavouras de café Já na sexta madrugamos para rodar a lavouras da Flores Negra a fim de achar o talhão perfeito para a experiência da colheita seletiva que tínhamos programado. Foi difícil de escolher, imagino que o Luís vai falar um pouco sobre isso. Na parte da tarde fomos visitar uma das fazendas de café mais antigas da região, Fazenda Pedra Negra. A propriedade abriga o Museu do Café, primeiro do tipo em Minas Gerais. Lá fomos recebidos pela Isaura que logo nos apresentou seu sobrinho André, responsável pelas lavouras de cafés da propriedade. Subimos de carro para o talhão mais alto, onde recebemos uma aula de como manter uma lavoura de forma ecológica e sustentável, com baixos índices de pesticida e adubação. Diferentes das outras propriedade que já havíamos conhecido, as ruas das lavouras eram cobertas por uma gramínea chamada de braquiária. Segundo o André, a braquiária aumenta a capacidade do solo de retenção de água da chuva, possibilitando a devida hidratação dos pés sem ou com pouca irrigação. Além disso, seu rápido crescimento permite um corte frequente para fornecimento de matéria orgânica para adubação dos pés. André mostrando sua lavoura para o grupo Lavoura com maturação homogênea dos grãos. O pequenino na foto é meu filho, o Ian, com minha mulher Elisa Depois do passeio pela lavoura foi hora de visitar o terreiro do André e conhecer um pouco do trabalho de pós colheita deles. Chegamos bem na hora que estavam cobrindo o terreiro e foi possível tirar algumas fotos incríveis. Antes de ir embora visitamos o museu do café e beneficiamos um pouco de um café CD que o André tinha preparado como um experimento. Antes de voltar para a fazenda Floresta Negra, fizemos mais duas paradas: primeiro a M Coffee, uma empresa de trading de café onde fizemos um cupping de alguns poucos cafés que eles ainda tinham da safra passada e trocamos figurinhas, e depois a Vimi, uma cafeteria terceira onda da região inaugurada ano passado, com um ambiente bem legal, e que tem tido um movimento bem grande para cidade do interior. Pra terminar o dia, várias torras na fazenda. Terreiro de concreto da Fazenda Pedra Negra Mesa de cupping no escritório da M Coffee No sábado, partimos cedo para conhecer as Fazendas Caxambu e Aracaçu. Esta foi a primeira fazenda que tivemos oportunidade de visitar que dedica 100% dos seus esforços para produção de café especial! A estrutura deles é incrível, com terreiros gigantescos, caixas para secagem de café, secadores rotativos com controle automático de temperatura para cada lote, despolpador gigante, rastreabilidade e estudo das necessidades de cada talhão, entre outras coisas mais. Lá recebemos uma aula de como fazer café especial em volume. A responsável pela propriedade é a Carmem Lúcia, conhecida na região como Ucha e se trata de uma grande empresaria, além de brilhante produtora de café. A grande maioria do que é produzido lá é exportado, ficando poucas coisas por aqui. A boa notícia é que fizemos uma primeira abordagem já para conseguir uns cafés dela para a Compra Coletiva e tudo parece favorável para que isso se realize no futuro. Por fim, vou deixar que as fotos terminem de contar um pouco mais dessa fazenda: Ucha na ponta da mesa preparando um cafezaço produzido na fazenda deles Variedades em fase experimental. Dentre as que chamaram mais atenção, Maragogipe e Mundo Novo Amarelo Um dos terreiros da propriedade. Um exemplo de como deve ser feito o manejo de café no terreiro! Mais uma foto do terreiro. O trabalhador esta revirando o café para favorecer uma secagem mais homogênea. Foto da turma toda no laboratório de qualidade da Fazenda. Por fim, fizemos a colheita no sábado a tarde, mas essa já é outra história que vou deixar o Luís contar…1 point
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Senhores, Sou novo aqui no fórum, mas já li muita coisa. Estou destrinchando vários tópicos há alguns dias e agradeço a todos pelas informações. Bom, tendo em vista que estou buscando um moedor com foco em espressos, vi que uma excelente opção é o Bravo Mini produzido pelo Gilberto. Como no momento não tenho nenhum moinho de qualidade disponível, não estou disposto a esperar tanto pela próxima remessa dos BMs. Caso não obtenha sucesso na busca, irei me habilitar para a próxima leva dos BMs e comprar algum moedor que me supra até lá (também aceito propostas de outros moedores). Obrigado!1 point
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Bem vindo ao nosso Clube do Café! Informação tem à vontade! Se for usar sempre em casa sugiro o Bravo Debut, para espresso é mais consistente que o Mini e tem um super cuidado à venda de um colega florista. Veja aqui: http://forum.clubedocafe.net/topic/6800-vendo-bravo-debut/&share_tid=6800&share_fid=154098&share_type=t Agora se quiser portabilidade o Mini e o novo moedor do Gilberto são imbatíveis! O novo moedor, provisoriamente batizado de Bravito sai em outubro, provavelmente, Nova leva do mini em janeiro. Compensa esperar! Se puder visite aí os classificados sempre, aparece coisa boa direto! Enviado de meu MI 8 usando o Tapatalk1 point
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Que legal. Vou dar uma olhada lá. Valeu! Enviado do meu iPhone usando Tapatalk1 point
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Se fui arrogante me desculpe, nao foi a intenção, quis dizer exatamente o que penso sem me preocupar, mas, caso queira ir por este caminho, sinceramente nao vejo diferença em usar um liquidificador que provavelmente voce já tem e pelo menos nao gasta nada.1 point
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Pedro, procure o tópico diário de uma aventura cafeeira, o Luis Paulo mostra várias etapas e, inclusive e especialmente secagem. Enviado de meu MI 8 usando o Tapatalk1 point
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Olá Flávio! Na verdade, o V60 não é exatamente "superior". É diferente. O ponto é que o V60 oferece um leque muito maior para exploração da extração do que o Melitta. Os filtros da Hario são de um papel ligeiramente mais grosso e com furos maiores, além de serem cônicos (com uma angulação de 60º, o que explica o nome do método). Além disso, o suporte possui aquelas linhas espirais e um furo maior na sua base. Diferentemente do Melitta, no V60 você pode acelerar a extração mantendo um ritmo maior de despejo de água (ou fazer uma extração mais lenta mantendo um ritmo menor). No Melitta, isso é difícil de ser feito porque, no final das contas, você estará limitado pelo diâmetro do furo no suporte. Isto é, não importa muito se você irá despejar a água rápida ou lentamente, já que o fluxo de saída pelo furo será o mesmo a partir de certo ponto. Você também pode alterar o nível de extração do pó alterando a forma como você irá despejar a água sobre o bolo. Você pode despejar a água no centro do bolo, de maneira circular ou de forma híbrida. Além disso, é possível também aplicar o famoso spin. Por fim (mas, definitivamente, não menos importante), os filtros e suportes V60 permitem que você experimente mais níveis de moagem do pó, o que resulta em bebidas extremamente diferentes no final. Aqui no fórum existem algumas discussões legais sobre esse assunto. Algumas delas:1 point
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A Illy não coloca data de torra na embalagem, só uma data de validade, que eu chutaria que é de 18 meses ou até 2 anos pós-torra. O cheiro, em geral, mesmo com a atmosfera modificada preservando, é de café envelhecendo. Quase sempre vejo café deles com 1 ano ou menos de "validade", ou seja, a torra já tem vários meses se não 1 ano já. Claro que na preservação que eles propõe. Nada contra, vez ou outra compro pra matar vontade de café italiano, mas... Difícil Illy ter torra recente... Se souber de algum macete, nos conte.1 point
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Continuando a história! Depois de nos encantarmos com o ciclo da safra na fazenda Caxambu, voltamos lá pra fazenda da minha família e almoçamos um pouco mais cedo, pois queríamos reservar um tempo para colher o nosso café antes de escurecer. Qual a motivação pra passar algumas horas debaixo do sol catando cerejas (fruto maduro do café) manualmente? Pelo potencial de achar um microlote super exótico pontuando 95pts? Que nada! A fazenda da minha família sempre produziu commodity, o cuidado menos exigente com os pés resultaram esse ano numa maturação pouco uniforme dos frutos, e percebemos que muitos dos cerejas estavam com larva de mosca-da-fruta (menos pior que broca, pois atinge só a mucilagem). Maaaaas, quem sabe o terroir não é favorável, e o café da fazenda só não é especial por falhas no processamento? Quem sabe se uma colheita super seletiva e um pós-colheita cuidadoso não resultem num café bem legal? Enfim, queríamos fazer isso primeiramente pela curiosidade de participar de etapas da cadeia do café que ainda desconhecíamos (colheita, secagem, beneficiamento) sem grandes pretensões, mas no fundo torcendo por um café de uma qualidade que desafie a lógica, por isso a denominação “Lote Esperança”, kkkkk. Colheita super seletiva do Lote Esperança. A Andréia não tá aí, mas ajudou também. O talhão que havíamos escolhido é da variedade Mundo Novo, com altitude aproximada de 900m. Escolhemos ele por algumas ruas apresentarem pés com maturação um pouco mais uniforme e maior concentração de cerejas, o que iria facilitar o nosso trabalho de colheita seletiva. Estávamos em 4 pessoas, cada uma com um peneirão, que descarregávamos de tempo em tempo num balde. O trampo durou um pouco mais de 2h, e conseguimos juntar incríveis 20L, ou aproximadamente 10Kg de café cereja. Incríveis porque imaginávamos que iríamos juntar beeem mais que isso, kkkk. Esses 20L resultarão em uns 2Kg de café verde beneficiado. Usamos um quadriciclo para rebocar o café de volta, e ele foi colocado dentro de dois sacos plásticos tipo grainpro, bem vedados com braçadeiras. Como voltaríamos pra BH já na manhã do dia seguinte, decidimos que não valeria a pena espalhar o café durante a noite, pois não iria secar nada. Então dentro dos sacos lacrados pelo menos iríamos amenizar eventual fermentação aeróbica até chegarmos em BH. Turma dos apanhadores de café de primeira viagem Cheguei em BH com o café no meio da tarde de domingo. A Andréia me ajudou a preparar o “terreiro” com uma lona em uma área aberta na cobertura do meu apartamento. Só do café ficar lacrado nos sacos, uma grande parte das larvas já saiu dos frutos. Para acabar de separar as impurezas e os grãos boia (frutos parcialmente secos que flutuam em água), passei tudo por via úmida, despejando em uma bacia com água e separando os grãos com uma peneira de fritura. Depois de um pouco mais de uma hora, o café estava todo estendido na lona, separado por cereja e boia. Terreiro improvisado no 1º dia de secagem Os próximos dias foram de bastante pesquisa sobre como secar café natural. Profundidade de camadas ao longo dos dias, frequência de movimentação, umidade inicial, usa ou não sombrite, tampa ou não com lona no fim do dia, controle de umidade, etc. Além do Google, agradeço à Adriane e o Valmor pela consultoria! A forma como eu lidei com o café na secagem até agora foi em síntese o seguinte: camada fina, sem sombrite, sem cobrir de noite nos primeiros dias; com sombrite 50%, juntando pra cobrir de noite e começando a aumentar a camada a partir do 3º ou 4º dia; descansando em peneirões no 6º e 7º dias em ambiente coberto pra desacelerar a seca e uniformizar a umidade dentro do fruto e entre eles; daí até agora (9º dia) secando com camada alta nos próprios peneirões debaixo do sombrite. Café no 6º dia de secagem e depois descansando no fim de semana Todos os dias eu pesei o cereja e o boia, e sabendo que o cereja sai do pé com uns 55% de umidade, estou estimando a umidade ao longo dos dias. Descobri hoje o método de EDABO pra medir a umidade do café sem precisar dos equipamentos caros, e pretendo sacrificar um pouco dos grãos para saber exatamente a medida. Daí pra frente, só de pesar o café no fim do dia eu vou conseguir saber quando chegar nos 11% ideais. E então, chegando nesse ponto, é só... não, não é torrar. Ainda tem que deixar o café descansando por pelo menos uns 30 dias em sacos. Aí sim, podemos torrar e torcer pro café surpreender positivamente! Iremos atualizando o status por aqui.1 point
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Hoje a primeira torra no F1 que deu certo (mais sedo produzi um macho preto): 14 min de torra para chegar em 230 graus BT (190 graus ET). Parei 2 a 3 min depois do FC. 16% perda de peso. Estou muito curioso se isso deu certo. Abçs Burny1 point