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Na verdade a Nespresso usa 5g para 40ml o que corresponde à 1:4. Seria quase o padrão italiano (7g para 22 à 28ml, o que dá algo entre 1:3 e 1:4), se não fosse o fato da máquina passar o café em menos de 20 segundos onde as máquinas Nespresso têm 19 bar e a cápsula parece agir como um filtro pressurizado que recebe pó mais fino que o normal pra normalizar a pressão mais abaixo disso. Isso me lembra que recentemente rolou isso aqui, cientistas fizeram um estudo e apontaram que usando um pouco menos gramas e deixando a água passar mais rápido obtiveram resultados mais saborosos. Se você ver falaram no tópico e também nos comentários no vídeo do James Hoffmann: será que a Nestlé já sabia desse "segredo" há mais tempo? rs Precisamos falar dos padrões de proporção. 16g pra 35ml seria uma extração de ristretto para os padrões italianos (1:2), mas para o americano essa proporção virou o espresso normal, colocando 21g no filtro e tirando 42ml e o ristretto dos americanos costuma ser 1:1 ou um pouco mais ou seja seriam 21g pra 21 ou 30ml, e eu consideraria 1:4 o lungo americano. Tipo, não existe o certo ou o errado existe a diferença cultural e a preferência pessoal. Criaram um padrão na Itália e um na América/Australia, nenhum dos dois é baseado numa regra universal divina/natural, beber café é uma invenção do homem e sempre será uma questão de gosto por isso. E ainda tem a questão dos grãos e torra usados que alteram o sabor e podem precisar de algumas alterações como água mais quente pra torra mais clara, que também muda culturalmente pelo mundo, na Itália tem blends com robusta, a torra é mais desenvolvida, nos EUA geralmente o espresso é misturado num copão de leite enquanto na Itália o comum é beber o café puro nas cafeterias, etc, então diversos fatores certamente influenciaram essa decisão de ter uma proporção diferente da que o outro usa em outra região do mundo. Agora, você tá fazendo 8g pra 50ml ou seja ~1:6, isso em quantos segundos?! Porque sem essa informação não dá pra saber se você tá fazendo uma super extração ou um tipo de lungo ou caffè crema (dependendo do padrão que você tá querendo atingir). Você disse que sua bebida sempre sai forte e ácida. Se a torra for clara e tiver certas notas sensoriais essa pode ser a fonte da acidez. Mas isso pode ser sub extração e parece que você está "consertando" deixando passar bem mais água pelo café, usando o método 2 do tutorial de espresso aqui do fórum na parte "acertando o sabor" (link abaixo), mas deixando chegar a 1:6 é meio que demais como se estivesse usando moagem grossa demais ou pouca força na compactação. Água passando em menos tempo o que pode ser causado por pouca força aplicada no tamper ou moagem grossa demais ou pouco café inserido no filtro, ou temperatura insuficiente = sub extração = mais acidez. Água passando em mais tempo (força demais na compactação ou moagem fina demais ou superdosagem), ou temperatura alta demais = sobre extração = mais amargor. Você disse num outro tópico que estava tirando 50ml em 10s isso está extremamente rápido e errado pra um filtro não-pressurizado e certamente causa a acidez da sub extração... Mas depois no mesmo tópico disse "Filtro duplo não pressurizado, 19,5g e uma extração de 27 segundos. No meu caso resultou na quantidade de líquido que eu queria, que foi 50ml." essa extração não ficou boa? Talvez aqui se você alongasse mais alguns 5 segundos o sabor andaria na régua do ácido até o equilibrado. Você precisa trabalhar as variáveis acima pra conseguir o equilíbrio perfeito, sendo impossível fugir da característica do grão ex: torra super escura trará amargor que será impossível remover completamente mesmo usando água menos quente e moagem grossa. Use o filtro duplo com a dosagem adequada dele, a quantidade correta é a máxima suportada (se eu não me engano esse filtro duplo não pressurizado de 51mm para nossa cafeteira suporta 20g* mas acho que já li 21g em algum outro tópico), pouco café no filtro não vai criar as condições de pressão e proximidade suficientes a água do chuveiro vai sair bagunçando o bolo invés de encontrar a parede de café e se espalhar adequadamente..., o single é muito mais difícil de acertar ao ponto de cafeterias extraírem duplos mesmo quando o cliente pede single e que isso signifique que precisará jogar uma das xícaras fora. * Veja esse relado desse outro fórum onde o cara fez um tópico massa da Oster Prima Latte com extrações, links, explicações e fotos em ótima qualidade: https://www.hardmob.com.br/threads/732887-Clube-da-Oster-PrimaLatte "Cabe mais café nele. Enquanto no filtro duplo original eu colocava no máximo 12 gramas de pó, nele cabem 20 gramas; é realmente duplo, rsrsr. A bebida não fica boa se usar menos pó, pois para filtro despressurizado o bolo de pó de café tem que ficar justo entre o filtro e o "chuveirinho" que tem na cafeteira. Usando menos pó, quando a aguá entra ela desfaz o bolo e, consequentemente, a água passa com pouca pressão e muito rápido. Na foto mais abaixo usei 16 gramas, e faltou um pouco;" O estranho é que ele conseguiu no máximo 80ml em 32 segundos na moagem mais fina do moedor dele (Alocs) o que ainda é rápido, ficou falando algo como se a cafeteira não estivesse aguentando mais pressão que isso e depois sumiu, por isso fico duvidoso quanto à capacidade dessas cafeteiras de entrada tirarem espresso de forma "profissional". Eu não arrumei um filtro não-pressurizado pra testar na minha até hoje.2 points
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Vendo meu Baratza Vario W, comprado ano passado de um sr que praticamente não usou (ele achou a regulagem complicada com tanta opção), na época o moinho veio com plástico no LCD e no Hopper. Vai com mós de aço da própria Baratza (perfeitas para coados) e um par reserva de mós de cerâmica (melhor para espresso), que eram as originais. Faz moagem por peso (ele tem balança acoplada), podendo deixar 3 pesos diferentes pré ajustados. Tenho um Bravo Mini, e apesar de amar o moedor do Gilberto, o Vario W entrega coados mais limpos, pois produz bem menos fines. O moinho é 220v. Se encontra em Tubarão, SC. Preço: 3500,00 mais frete (divido com o comprador). Aceito oferta, mas nesse caso, não divido o frete, e o comprador arca sozinho com esse custo. Ele é meu xodó, adoro o resultado que entrega e pretendia ficar com ele muito tempo, mas estou vendendo para ajudar meus pais na crise do Corona. Enviado de meu MI 8 Lite usando o Tapatalk1 point
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Minha sugestão é que ao invés de comprar uma máquina você invista na compra de um moedor. Acho que o impacto na qualidade do seu espresso vai ser maior do que trocar por uma dessas máquinas que você listou.1 point
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ricardoesteves #182 Tipos de Preparo de Café : O Espresso Apesar da variedade de métodos de preparo de café, o espresso ocupa o lugar de maior destaque. E antes de continuar, se você ficou na dúvida entre espresso ou expresso, acesse o link https://www.facebook.com/notes/guia-caf%C3%A9/expresso-ou-espresso/453216448062806. O Espresso sem dúvida é um método inigualável, em função das moléculas de açúcares e óleos que são quebradas apenas sob pressão. A bebida resultado de uma correta extração possui características muito específicas, e muito apreciadas não só pelo olfato e paladar, mas também pela visão! Criado pelo italiano Luigi Bezzera em 1901 era preparado inicialmente sob pressão de vapor, mas ganhou o nome de espresso em 1946, com a comercialização e popularização das máquinas do inventor Achille Gaggia. Buscando criar não só um padrão de preparo, mas proteger uma tradição e manter a qualidade, o Istituto Nazionale Espresso Italiano estabeleceu algumas regras básicas para a extração de um espresso italiano: - Quantidade de pó: 7g - tolerância de ± 0,5 g; - Temperatura da água no início da extração: 88°C - Tolerância de ± 2°C; - Temperatura do café pronto na xícara: 67°C - Tolerância de ± 3°C; - Pressão da água: 9 bar - Tolerância de ± 1 bar; - Tempo de preparo: 25s - Tolerância de ± 2,5s; - Volume de café na xícara, incluindo a crema: 25ml - Tolerância de ± 2,5ml. Algumas variações foram sendo realizadas ao longo do tempo, principalmente pela variação do paladar dos novos clientes, decorrente da ampliação do alcance da bebida pelo mundo. Um exemplo seria o espresso carioca, onde se adiciona um pouco de água após a extração do café. Mas a receita acima serve de base para todo bom espresso, em todo o mundo. Apesar de seu sabor forte, o espresso pode ser considerado uma bebida delicada, mas referindo-se ao seu preparo. Uma pequena variação no preparo pode resultar em uma bebida de sabor completamente diferente, e facilmente ele será ruim. Então como identificar um bom espresso antes mesmo de prova-lo? A crema Apesar de exceções, uma boa crema pode já denunciar se o espresso está correto, ou se será uma péssima experiência. Diferente da espuma que logo se desfaz, a crema deve ser persistente, com espessura entre 3-4mm, ela deve ser capaz de cobrir toda a xícara, se agarrando e manchando suas paredes conforme seu volume for reduzindo. Sua coloração deve ser rajada de avelã com tons marrons, semelhante ao caramelo-escuro. Deve ter uma consistência lisa, sem grandes bolhas, e ter durabilidade. Ao adicionar açúcar, quando for o caso, a crema deve ser capaz de sustentá-lo por alguns segundo antes de deixa-lo passar. A criação da crema é reflexo, principalmente, pela quantidade de CO2 dos grãos, quanto mais nova a torra, mais quantidade de CO2. Mas apesar disso, os grãos da espécie Robusta - menos nobres, possuem maior concentração de CO2 em comparação aos grãos Arábica, sendo muito utilizados nos cafés de capsulas e sachê, para compensar da idade do café utilizado e criando uma crema de destaque. Os grãos Além das especificações acima, a qualidade do grão e sua moagem, como em qualquer outro preparo, são os fatores principais para uma boa extração. Utilize sempre grãos 100% da espécie Arábica, com torras média a média-escura. Esse tipo de torra tem como características a caramelização dos açúcares, sendo percebida inclusive pelo brilho dos grãos, mas se for muito escura é provável que tenha como retrogosto um amargor forte com gosto de cinzas. Destaque para a sensibilidade do espresso e formação da crema, a liberação de CO2 ocorre melhor nas torras com data entre 10 e 30 dias. Fora deste período você terá não apenas menos crema, mas também menos aromas e sabores. A moagem deve ser fina, devido ao rápido contato da água com o pó, mas não muito fina para que não fique sobre-extraído e com muito amargor. Associado a uma moagem uniforme e homogênea, com partículas sem variação de tamanho, o pó deve ser compactado no filtro, utilizando uma força próxima a 15kg, para remover o ar e também para nivelar a superfície. Esse fator é de grande importância para evitar as canalizações. A água enviada sob pressão irá procurar o caminho mais fácil de atravessar o bolo de café, caso o bolo não esteja uniforme, serão criados canais de escoamento, onde o pó nesta área será sobre-extraído. Sem dúvida um processo manual trabalhoso, com muitas variáveis, e que depende de muita prática e atenção. Mas para os apreciadores, um exercício de satisfação! ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Artigo publicado em 17 de dezembro de 2010 na página do Dripper no Facebook: www.facebook.com/drippercafe1 point