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Mostrando conteúdo com maior reputação em 30-12-2017 em todas as áreas

  1. Agora que passou a correria da Compra Coletiva, dá pra contar um pouco da última aventura que arrumamos por conta do café. Todos os cafés dessa CC são das Matas de Minas ou de locais próximos. A Roast também anda fazendo negócios na região. Então foi pra lá que saímos na sexta dia 01/12 bem cedo pra fazermos o seguinte trajeto em 3 dias (ou pelo menos era a ideia): A: BH / B: Araponga / C: Santa Margarida / D: Coletivo Café (Venda Nova do Imigrante) / E: Guaçuí / F: Pedra Menina / G: Alto Caparaó Saímos de BH debaixo de chuva, que seria nossa companheira de viagem por boa parte do tempo. A primeira parada, depois de umas 7h na estrada, foi Araponga, estrela da vez nos concursos nacionais. Fomos recebidos pelo Paulo Henrique, seu pai e outros parentes, no escritório/laboratório de torra/tulha que a família tem na cidade. O gente boa estava acabando de preparar umas mesas de prova pra gente com cafés deles e outros produtores da região: Igor e Paulo Henrique no laboratório de torras Encontramos lá ninguém mais ninguém menos que Leo Moço, também aguardando pra provar os cafés. Fizemos duas rodadas de prova, e ficamos bem satisfeitos pelo lote 3 que havia sido escolhido pra CC, já que ele realmente estava dentre os melhores (o que veio a se comprovar quando ele ganhou o 3o lugar CD das Matas de Minas pela Emater). Tivemos a oportunidade de provar novamente o campeão do Coffee of the Year, que estava no nome da mãe do Paulo, a Sandra. Que cafezão!! Botamos as duas sacas do lote 3 no porta-mala, nos despedimos, e partimos rumo a Santa Margarida, sem saber os desafios que nos aguardavam na estrada. O caminho que fizemos passa por cima da Serra do Brigadeiro, e os cenários que apreciamos chegando na serra é dos mais bonitos que já vimos nessas nossas aventuras cefeinadas! Bate de frente com os vales do Caparaó! A foto aí não faz jus ao que a gente viu, quase não deu pra sair do carro por conta da chuva… mas é o que tem: Cenário próximo à Serra do Brigadeiro Depois de apreciar as paisagens tivemos que encarar já no escuro uns trechos beeem complicados de estrada de terra. Pra minha sorte o Igor tem experiência em trilhas um tanto mais difíceis, hehe. O registro na manhã seguinte mostra o estado que ficou o carro, causando essa cara de desgosto do gato Resultado do rally para Santa Margarida Chegamos bem tarde em Santa Margarida, e por mais inconvenientes que nos sentíssemos, fomos super bem recebidos pelo casal de produtores Rosângela e Eliéser! Nos hospedaram no improviso mas com um conforto pra ninguém botar defeito! Eu e o Igor com a Rosângela e Eliéser em sua propriedade em Santa Margarida Na manhã seguinte conhecemos rapidamente a propriedade, e foi muito legal ver o esforço que eles têm feito nas últimas safras pra produzirem cafés de qualidade. Terreiro suspenso na propriedade da Rosângela e Eliéser: uma das ferramentas usadas na busca por qualidade Como era uma quantidade maior de sacas que o casal iria nos fornecer, não teria como levar no nosso carro. Então combinamos a forma de entrega das sacas e partimos para Venda Nova do Imigrante, para participarmos de mais uma edição do Coletivo de Portas Abertas, no Coletivo Café, espaço super legal do pessoal do Have a Coffee. Este ano o evento foi bem mais completo, contando com vários cursos e palestras, rodadas de negociações, barracas com comidas variadas, etc. Encontramos com vários conhecidos, experimentamos cervejas artesanais da região, assistimos uma palestra da Raposeiras sobre torra de prova… Palestra da Isabela Raposeiras no Coletivo Café sobre torras de prova … e participamos das mesas de cupping para negociação: Uma das rodadas de prova e negociação no evento do Coletivo Café Os microlotes dos cafés provados (entre 15kg e 2 sacas) estavam sendo arrematados por valores pré-definidos pelos produtores, com um pequeno acréscimo a ser revertido para os custos do evento. Arrematamos uma saca de um pequeno produtor de Pedra Menina para a Roast. Já de noite, saímos numa chuva leve rumo a Guaçuí, pra encontrar com nosso amigo @dessidepaula. Mais uma vez lidando com estradas não muito favoráveis, chegamos bem tarde. Mas de qualquer forma, fomos recebidos de braços abertos pelo Leandro. Acordamos com uma mesa de café da manhã cinco estrelas nos esperando. Em seguida, fomos dar uma volta pelo cafezal pra ver como estava. Propriedade do Leandro Ficamos surpresos ao ver pés de Obatã Vermelho com os frutos ainda acabando de amadurecer em dezembro! E também foi curioso ver no mesmo pé cereja, flor, e frutinhos verdes. Na nossa última conversa com o Leandro, que ocorreu agora logo depois do Natal, ele comentou que esse Obatã V. já foi colhido e está seco. Ficou de nos mandar uma amostras desse café e com toda certeza tem potencial para aparecer por aqui novamente em futuro não tão distante. Cerejas do obatã vermelho, em alguns ramos se misturando com a florada da safra seguinte Voltamos da caminhada e fomo nos divertir no Probatino novinho em folha do Leandro. Fizemos vários batches, a maioria de cafés dele mesmo, e alguns de amostras que tínhamos ganhado na viagem. Torrando alguns batches no Probatino Logo em seguida já fizemos um cupping de alguns batches, e mesmo recém-torrados deu pra ver o potencial dos cafés do Leandro, e como o esforço em produzir melhores cafés está dando resultado, mesmo com tão pouco tempo. Após o almoço, o Leandro nos honrou com um convite: nessa nova fase que ele, a família e a fazenda estão vivendo no ramo de cafés especiais, ele está plantando árvores no pomar da casa como símbolos dos novos vínculos que ele está formando com pessoas do ramo. Então fomos convidados para plantar duas mudas que vão representar esse nosso laço de amizade, o trabalho que estamos realizando conjuntamente, e os projetos futuros que vamos construir. Igor e Leandro plantando uma muda como símbolo do vínculo que o café especial criou entre nós Três gerações de produtores: duas de fato, e uma estamos na torcida pra assumir o legado do pai Nos despedimos, pra seguir até Pedra Menina. Foi este o trecho mais complicado da viagem, pois saindo de Guaçuí tivemos que passar em algumas estradas bem complicadas por conta do grande volume de chuva durante a noite anterior. Em uma subida mais difícil eu tive que descer do carro pra empurrar, com lama até a canela, kkkk. Em alguns trechos, mesmo asfaltados, a estrada estava bem obstruída: Um dos muitos deslizamentos na estrada Finalmente chegamos em Pedra Menina e fomos direto pra Cafeteria Onofre, da família Abreu de Lacerda. Encontramos com o Afonso, já nos aguardando, além de muitas outras pessoas entre parentes e visitantes, já que a cafeteria sempre anda muito movimentada. Entre os visitantes com quem conversamos estava a Georgia do Lucca Cafés de Curitiba, o professor João Batista Pavesi (orientador da Caparaó Jr., empresa júnior do curso de Tecnologia em Cafeicultura, do IFES, que está fazendo um trabalho super legal com os produtores na região), e um grupo de jovens amigos moradores da região pra quem demos umas dicas sobre cafés especiais e torrefação doméstica. Mais uma grata visita ao Afonso e à família Abreu de Lacerda Depois de bater muito papo, sempre acompanhado de um cafezinho, e quando vimos que não ia demorar pra escurecer, carregamos o carro com as 3 sacas do lote do Afonso da CC e partimos para Alto Caparaó. Desta vez o Igor tinha um novo copiloto: Novo copiloto do Igor. Não gostou muito não… diz que ele era um saco! Isso já era no final da tarde de domingo. Não tínhamos mais cafés para pegar, mas queríamos muito passar em Alto Caparaó, e queríamos evitar fazer a viagem toda de volta pra BH de noite com chuva. Resolvemos então que iríamos dormir numa pousada em Alto Caparaó e voltar pra BH no final da manhã de segunda. Ao chegar em Alto Caparaó, deixamos nossas coisas na pousada e fomos encontrar com a produtora Carlizany. Fomos super bem recebidos por ela e sua família, apesar de já ser tarde. Fomos servidos com um cafezinho excelente, e a conversa estava boa e se estendeu até quase meia noite. Ouvimos os relatos sobre os esforços recentes da família para produzir cafés de qualidade, as participações nos concursos, e as dificuldades que eles enfrentam. O Tino apareceu por lá também, ele é da família do marido da Carlizany, e nos oferecemos para preparar o café dele que tínhamos levado. Foi unanimidade, todos reconheceram o potencial do café. Eles nos contaram como nos últimos anos o Tino tem alternado como campeão do concurso do Alto Caparaó com outro produtor da região, o Zé do Alexandre. Quando perguntamos pro Tino sobre possível fermentação do lote que compramos, ele confirmou o fato e nos explicou sobre o processo: os cerejas da colheita seletiva ficavam armazenados em sacos fechados no cafezal ao longo da semana à medida em que eram colhidos, e somente no sábado eles desciam o morro com os sacos para despejar tudo no terreiro. É um procedimento arriscado, mas que no caso dele acabou dando um ótimo resultado, provavelmente por conta da alta altitude dos talhões e do clima ameno da região. Nos despedimos e ficou combinado que encontraríamos com o Marcos, marido da Carlizany, na manhã seguinte bem cedo. Como combinado, o Marcos nos pegou na pousada segunda cedo e fomos fazer uma visita na propriedade do Zé do Alexandre, já que a Roast garantiu algumas sacas de seu lote campeão do município e gostaríamos de conhecê-lo. Ele nos recebeu de braços abertos, mesmo que não tivéssemos marcado a visita, e o papo foi bem interessante. Visita à propriedade do simpático Zé do Alexandre Fomos depois nos encontrar novamente com o Tino pra pegar umas amostras de outros lotes interessantes que ele colheu nesta safra. Aproveitamos para registrar o momento nessa foto que merece até ser emoldurada Expressão da felicidade que lidar diretamente com o produtor nos traz Voltamos pra pousada para tomar um café da manhã rápido, juntar nossas coisa, e partir pra BH. Depois de tantos momentos gratificantes, novos vínculos com produtores, e aprendizado, tivemos que encarar 11h na estrada por conta de desvios e retornos que tivemos que fazer pra evitar alagamentos e acidentes. Sim, aquela volta gigante no mapa passando por Ipatinga é o que realmente fizemos, pra fugir de Rio Casca que estava inundada. Chegamos em BH umas 22h bem cansados, mas com a imensa satisfação pela missão cumprida.
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  2. Salve amigos, passamos para a segunda etapa então, onde vamos compartilhar os logs e estratégias que utilizamos para torar esses cafés. São 6 cafés o todo, pra não nos sobrecarregar vamos tentar postar sobre um café a cada dois dias. Tentaremos seguir sempre o mesmo padrão nas postagens. Começaremos falando das curiosidades e peculiaridades de cada grão. Em seguida já passamos para a parte da torra e vamos apresentar como vemos cada um dos cafés. O próximo passo é compartilhar com vocês o formato de curva que escolhemos para o grão, explicando a razão de ter feito isso. Por último vamos tentar narrar um pouco sobre a torra que fizemos, explicando como foi feita a passagem do campo teórico, onde tínhamos um formato da curva já preestabelecido, para o campo prático, onde temos um torrador com uma série de recursos que reagem de formas diferentes a pequenas alterações. Qualquer dúvida que tiverem ou se algo não estiver claro, não hesitem em perguntar. Se soubermos vamos responder na hora. 1- GKV - Café do Leandro - IAPAR CD Curiosidades e peculiaridades do grão: Este café tem uma história legal que queremos contar para vocês antes de falar sobre como torrá-lo. Como vocês já observaram, ele é um CD, ou seja, passou por um processo para se retirar a casca antes de ir para a secagem. O curioso sobre esse café é exatamente a forma como a casca foi removida. Em geral, os produtores utilizam uma máquina grande e robusta para descascar o café. Essa máquina é super prática, ela é toda elétrica, basta jogar o café que acabou de ser colhido (e que nem precisa ter sido com uma colheita seletiva) e ela já separa os grãos em três grupos: boia, cereja e verde. O que é descascado é somente o cereja, que corresponde ao grãos mais maduro e os outros dois grupos caem em duas bicas separadas. Acontece que essa máquina gasta muita água para operar e a água que é liberada após o uso precisa de um tratamento especial. Já o Leandro utilizou um método mais raiz para descascar o café e que é ecologicamente correto!!! Ele utilizou uma máquina manual da marca Pinhalense para fazer isso e fez 3 sacas de café assim, no muque!!!!! Vocês não tem noção do trabalho que dá pra fazer isso. Passar manualmente, balde a balde, somente o cereja pela máquina e ir girando uma manivela para descascar! Este deveria ser o café mais caro da Compra Coletiva sem sombra de dúvidas!!! É algo realmente trabalhoso. Vou compartilhar com vocês um vídeo que o Lisboa fez quando esteve lá na região em maio para competir no Brasileiro de Aeropress. Outra peculiaridade sobre esse café é o tamanho da peneira dele. Ficou 95% acima da peneira 18, o que significa que é um grão gigante. Observem isso aí. O mais legal sobre a peneira, além do tamanho é claro, é que a incidência de defeito em grãos de peneira grande é sempre menor. Ou seja, o resultado é um café mais limpo!! Modelando um perfil de torra: Como esse é o primeiro café que faremos a descrição da forma como modelamos o perfil de torra, vamos seguir o roteiro que passamos no primeiro post para ficar claro como funciona a nossa rotina. Já para os próximos cafés faremos isso de forma mais simplificada. Primeiro provamos o café e identificamos as suas principais características e traços sensoriais. Já havíamos planejamos uma torra para espresso para esse café. Fizemos isso, pois acreditamos que ele possui uma série de características que fazem dele um bom café para espresso: doçura muito alta, corpo alto, acidez presente (mas não marcante) e notas de chocolate. Apesar dessas características não serem unanimidade quando se fala de espresso, entendemos que isso é o que caracteriza um espresso clássico. Queríamos então desenvolver um perfil para espresso que destacasse essas notas. Na nossa concepção, o que é mais propício para isso é um perfil com o RoR (taxa de variação de temperatura) decrescente, algo muito próximo de uma curva clássica (ou ainda das curvas que o Scott Rao recomenda). Esse tipo de curva privilegia um tempo maior na fase intermediaria (também conhecida como fase palha, ou química 1 ou Maillard etc) o que para o nosso objetivo é importante. Além disso, o café chega não chega com muita energia durante o crack, uma vez que a taxa de variação de temperatura vai caindo ao longo da torra e isso ajuda a controlar melhor o tempo que queremos deixar o café após o crack. Para essa torra buscamos uma taxa %RAO próxima de 20%. Ao mesmo tempo, o café também não pode entrar no crack com pouca energia, pois isso significaria um crack mais brando e uma menor expansão do grão, o que resultaria em um café com menor solubilidade (e isso e ruim para um torra para espresso). Bem, uma vez que decidimos qual caminho seguir, passamos para o passo onde identificamos a temperatura final. Assim, fizemos a torra da forma como descrevemos acima e tiramos as amostras para provar as temperaturas finais. Abrimos o café em 8 xícaras, com temperaturas finais de 202 a 209ºC. Nosso objetivo era buscar o ponto onde houvesse o pico da combinação corpo e doçura. Aqui vamos abrir um parênteses para comentar sobre as temperaturas finais. Como já havíamos falado anteriormente, essa experiência de provar o mesmo café com temperaturas finais diferentes é incrível. É possível notar, por exemplo, que o corpo do café vai aumentando gradativamente xícara a xícara até atingir seu pico, após isso o corpo começa a decair. Para ilustrar melhor essa ideia e o que notamos nessa rodada, vou passar temperatura por temperatura com vocês descrevendo nossas percepções: A xícara com finalização em 202ºC era a xícara com menos corpo, tinha notas de cereais e leve vegetal. Já apresenta doçura e acidez, mas são pouco complexas. A xícara com finalização em 203º C já ganhou doçura, acidez e um pouco de corpo, ainda apresenta nota de cereal. A xícara com finalização em 204ºC mudou drasticamente, a acidez e a doçura já possuem uma estrutura diferente e são mais complexas. Nesta xícara notamos o pico de acidez e já não há mais notas de vegetal. A xícara com finalização em 205º era a mais doce e com uma acidez bem marcante e bastante estrutura (seria a temperatura final que escolheríamos para um perfil de torra para café coado), mas ela ainda não tinha tanto corpo; A xícara com finalização em 206ºC ganhava corpo, continuava com uma boa doçura, mas perdia acidez. A xícara com finalização em 207º era bem doce, com ótimo corpo e menos acidez. Aqui não notamos ainda notas de queimado aparecendo no sabor A xícara com finalização em 208ºC foi onde achamos o pico de corpo, ainda tem boa doçura e quase nenhuma acidez. Nesta temperatura já aparecem notas de queimado e a finalização começa a incomodar. A xícara com finalização em 209ºC estava morta, já não tem mais corpo, a doçura tem pouca estrutura e não está mais tão complexa, não tem nenhuma acidez e já apresenta uma finalização com textura de giz e cinzas. Para esse café decidimos que a temperatura final seria entre 207 e 208ºC. Agora vem a parte final, que é torrar o café. Ou seja, é a parte onde aplicamos tudo o que já havíamos planejado, com a carga que gostaríamos e no torrador que temos a disposição. Para conseguir esse efeito onde a taxa de variação de temperatura fica decrescente no Atílla, temos três possibilidades: Abaixamos a pressão do gás, reduzindo assim a chama e carga térmica do sistema; Aumentamos a exaustão do sistema, funciona desde que o pico de eficiência de transferência de calor chama->ar->grão seja excedido. Diminuímos a rotação do tambor. Cada uma dessas possibilidades tem alguns efeitos que vão além de produzir o RoR descrescente, mas não vamos entrar nesses detalhes por enquanto. Sabendo então dessas possibilidades fizemos o seguinte, entramos com uma temperatura bem alta (210ºC), com exaustão baixa (900rpm e 50% aberta) e rotação do tambor alta (70rpm). Fizemos isso, pois queríamos que a RoR depois do ponto de viragem fosse bem alta. Logo no primeiro minuto fazemos a primeira mudança na torra, aumentamos o fluxo de ar para 1800rpm e aumentamos a vazão para 75%. A partir desse ponto e até a secagem completa do café, vamos abaixando somente a pressão do gás. Já da secagem até o fim utilizamos outra estratégia, começamos a baixar também a rotação do tambor. Fizemos isso, pois conseguimos reduzir a RoR sem tirar a carga térmica do sistema. Se simplesmente continuássemos abaixando a pressão do gás, é possível que no fim da torra faltasse carga térmica para ela finalizar na temperatura desejada, acontecendo assim um fenômeno chamado Stall e produzindo o sabor de baked no café. A torra finalizou com 12min e 14s e o tempo após o crack foi de 19,1% do total da torra. O log com todas esses informações está aqui: https://drive.google.com/file/d/1uuxa8R1nrAvUXv1UEs5cNWW3jf3JR0EB/view?usp=sharing Depois disso repetimos essa torra várias vezes e, como os resultados foram muito próximos, blendamos tudo no final. Segue foto com todos os logs juntos: Por enquanto é isso galera. Depois voltamos para dar mais informações sobre os outros cafés.
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  3. Fiz hoje varias torras, principalmente de grão antigo, para testar algumas ideias/dicas do curso de torra do Eystein Veflingstad, p.ex. descobrir em qual potência o ciclone do STC está no equilíbrio, e em qual resfria a resistência, em combinação com a exaustão etc.. Depois torrei um Amaro Gayo da Etiópia e um Hawaii Paradise Meadows. A torra do Paradise Meadows ficou excepcionalmente bonita e cheirosa (com 13% de perda de massa): Torrar no novo STC é realmente show!
    5 points
  4. Bastante tempo sem escrever, ainda que de longe, periodicamente dando uma espiada no forum. Desta perspectiva (mais afastada), observei uma tendência a postagem de afirmações e opiniões muito subjetivas e de “verdades absolutas”, “indiscutíveis”, frequentemente equivocadas e que, além de nada acrescentar confundem e levam pelo caminho equivocado aos menos experientes, dificultando e atrasando o aprendizado. Acredito que a maior parte destas “fake news” é involuntária, fruto do desconhecimento ou do deslumbramento das primeiras descobertas, achando ter encontrado o Santo Graal do café perfeito. Outros posts des-informativos, afortunadamente menos numerosos, são por conta de agendas próprias, que tentam vender “seu peixe”. O problema é que todos os posts tem um mesmo peso, o iniciante não consegue distinguir o joio do trigo, e desde que os pontos básicos dos principais assuntos concernentes a este forum foram descritos faz tempo, e “arquivados” como informações básicas, acontece que os posts que mais aparecem são os dos novos participantes (que muitas vezes não leram, não testaram ou simplesmente não entenderam o recado) e que colocam, frequentemente, com muita (falsa) “segurança” “verdades” subjetivas que assim são aprendidas pelos recém chegados. Muitos dos participantes que mais tem contribuído, são profissionais habituados ao método científico, que corretamente colocam suas experiências e observações dentro dos seus limites experimentais , explicando que o resultado descrito é valido somente nestas condições (estes grãos, moedor, método de preparo, temperatura, grau de torra, etc.), enquanto outros, sem estes conhecimentos, tendem a fazer afirmações gerais, que não se cumprem em condições diferentes. Eu sei o mal que estas “fake news” podem provocar. Já quebrei uma máquina por conta de informações equivocadas, quando iniciei a participar em fora de café, e levei bastante tempo para aprender a distinguir os participantes que sabiam do que falavam e os que não. Vejo com pesar, que diversos participantes que muito contribuíram para estes fora, deixaram de postar ativamente, imagino que muitos por ter esgotado o tema, porém outros possivelmente cansados de ter de corrigir conceitos equivocados e participar de discussões improdutivas. Fico feliz também de ver que vários valiosos colegas perseveram no “apostolado” continuando a desenvolver, aprimorar e divulgar os conhecimentos sobre este tema. Em síntese, um conselho aos recém chegados ou menos experientes: antes de adotar uma informação verifiquem que esta é realmente confiável, e seja modesto e objetivo ao postar sua experiencia, ninguém é dono da verdade.
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  5. Difícil começar a ler e não ir até o fim do seu relato! Parabéns aos dois pela busca de cafés tão bons, aos produtores que se dedicam em busca da excelência também. Achei demais a ideia de plantar um novo pé de café para simbolizar o vínculo criado entre o produtor e vocês, Igor e Luís. Esse relato só enriquece a Compra Coletiva.
    2 points
  6. La Spaziale Professionale + Mitsuo Nakao Bourbon vermelho... Single porque ainda não achei filtro duplo pra ela.
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  7. Depois que o @TAMORIM saiu o @Vitor Costa que chegou cedo para a reunião de Janeiro, preparou 2 expressos na kompresso , um com o blend @Jano e outro com o Sendas , gostei muito , expresso honesto , de família , sem essas safadezas de acidez e complexidade. Quem gosta de complexidade é terapeuta eu gosto é de doçura De repente em janeiro a gente podia torrar o Sendas vc consegue 5kg ?
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  8. Salve amigos amantes da torra doméstica, neste tópico vamos compartilhar com vocês tudo do processo de torra dos cafés da Compra Coletiva e aproveitamos também para abrir um espaço exclusivo para que as discussões sobre como torrar esses cafés ocorram. Pra começar, temos muita coisa pra compartilhar, o processo para o café chegar torrado na casa de vocês foi muuuito longo. Para não nos perdermos nessa discussão e para tornar o texto mais organizado, vamos deixar cada assunto bem separadinho. Nossa ideia é a seguinte. Neste post vamos escrever sobre o processo para desenvolver os perfis de torra e sobre as dificuldades que enfrentamos e como conseguimos superá-las. Vamos falar ainda sobre como foi torrar esses cafés e passar algumas orientações para ler os logs que vamos compartilhar. Somente em um segundo momento é que vamos compartilhar os perfis que escolhemos para cada café e comentar sobre a razão das escolhas que fizemos. Além, é claro, de contar um pouco sobre algumas peculiaridades de cada grão. Modelando os Perfis de Torra: A rotina para desenvolver os perfis que utilizamos para cada um dos cafés foi a seguinte: 1- Fazer uma torra de prova: Utilizamos o Ikawa para fazer as torras de prova. Como o Ikawa é super ágil para torrar, conseguimos desenvolver mais de uma curva de torra com ele para cada café, o que acabou ajudando bastante. Mas caso não tivéssemos um Ikawa em mão, uma torra de prova neste momento já seria o suficiente, uma vez que nosso objetivo é conhecer o café. 2- Provar os cafés: Em um segundo momento montamos uma mesa de prova com todos os cafés torrados e fazemos uma rodada de cupping. Neste momento nosso objetivo é observar quais são os traços sensoriais de cada café. Mesmo já conhecendo os cafés, pois já havíamos provado todos, gostaríamos de saber se os cafés que chegaram correspondem realmente às amostras que provamos anteriormente. 3- Modelar a torra: Aqui é parte mais complicada e que exige mais experiência do mestre de torras. Vamos dar uma pincelada somente e depois podemos voltar nesse assunto caso vocês queiram. Bem, uma vez que já conhecemos os cafés e já sabemos o que queremos destacar de cada um, precisamos tomar decisões sobre como vamos modelar as torras. Essas decisões são orientadas basicamente por dois fatores: pelo sensorial que já foi analisado pela torra de prova (e por outras torras quando necessário) e pelas características do grão (umidade e densidade). Em geral, quando um café é muito complexo, com boa densidade e sem defeitos, o caminho que escolhemos é de fazer uma curva muito parecida com uma curva de prova, pois ela tende a destacar tudo o que o grão tem para oferecer, sem “esconder nada”. Quando temos um café menos complexo, com baixa densidade, o caminho geralmente é outro, partimos para uma curva com taxa de variação de temperatura (ou RoR - Rate of Rise) decrescente. Independente do caminho que tomamos, as escolhas que fazemos para modelar nossos perfis de torra são sempre guiadas pela taxa de variação de temperatura (RoR). Isso vai ficar bem mais claro quando começarmos a explicar os caminhos que tomamos na hora de torrar os cafés desta Compra Coletiva. 4- Escolher a temperatura final: Uma vez que já modelamos nosso perfil de torra, ou seja, já sabemos exatamente a forma como vamos torra cada café, daí partimos para a escolha da temperatura final. Neste momento fazemos a torra exatamente do jeito que estabelecemos e tiramos amostras para analisar qual a melhor temperatura final para determinado café. Novamente abrimos o café em diversas xícaras para realizar mais uma rodada de cupping e determinar a temperatura final que queremos para cada café. É incŕivel a diferença que alguns graus trazem na xícara, é possível encontrar dois perfis sensoriais bem diferentes para o mesmo café, com a mesma abordagem, variando somente 1 ou 2ºC na temperatura final. 5- Torrar os cafés: Tudo converge para este momento, onde realizamos a torra planejada. Aqui fazemos a torra da forma como modelamos e finalizamos sempre na temperatura final previamente estabelecida para cada café! A temperatura final é super importante, mesmo que por algum motivo a torra ocorra um pouco diferente do que foi planejado, finalizamos sempre na temperatura final que escolhemos para o café. Dificuldades encontradas: Tivemos uma série de dificuldades, mas todas decorreram de um pequeno detalhe, precisávamos torrar 240kg de café em 3 dias!!!! O torrador que tínhamos a disposição era um Atilla com capacidade máxima para 15kg, mas para utilizar todo seu potencial tomamos a decisão de torrar com 8kg somente, que representa 53% da carga máxima recomendada pelo fabricante. Entretanto, nunca tínhamos torrado com essa capacidade, geralmente fazemos batches de 5 ou de 3kg nesse torrador. Acontece que quando colocamos 8kg no torrador, descobrimos que ele não conseguiria executar, com essa carga, o perfil que havíamos planejado para os cafés anteriormente. Tivemos então que reajustar os perfis e alterar a carga. Isso complicou bastante o nosso trabalho! No fim conseguimos executar os perfis planejados com pequenas alterações, mas tivemos que levar o torrador ao seu limite com as cargas que utilizamos, que variou de 5 a 6kg. Vocês poderão observar nos logs que vamos compartilhar que utilizamos todos os recursos que o torrador oferece. No final desta postagem explico sobre esses recursos passando algumas orientações para leitura dos logs. Além dos recursos do torrador, tivemos que utilizar duas estratégias chaves para atingir nosso objetivo (só lembrando, torrar 240kg de café em três dias): primeiro, utilizamos a temperatura inicial mais alta e bem próxima da temperatura de saída dos grãos, pois assim o tempo de espera entre as torras é menor, otimizando nosso tempo. Segundo, o tempo total das torras não poderia ser muito grande, pois a diferença de uma torra de 10min para um torra de 15min seria realmente um limitante para nosso objetivo. Foi uma experiência extraordinária torrar esses cafés para vocês, mas realmente não sabemos se é algo que pretendemos repetir futuramente. Foi bastante estressante ter que tomar decisões rápidas por conta do curto período de tempo que tínhamos para torrar e o trabalho para realizar as torras foi gigantesco, muito maior do que havíamos pensado. Para que tenham uma noção, contando as torras que fizemos para desenvolver os perfis, foram 48 batches no total! Na terça feira, dia 12/12, passamos 11hrs seguidas torrando. Além disso, fazendo um balanço pessoal das torras, não ficamos 100% satisfeitos com os resultados. Gostaríamos realmente de ter mais tempo para modelar melhor os perfis e principalmente ter mais tempo para realizar as torras com calma. No fim, ficamos ao menos com a satisfação e a sensação que fizemos o melhor que foi possível fazer dentro de todas limitações que encontramos e realmente esperamos que esteja a altura de vocês. Orientações para leitura dos logs. Os eventos que irão aparecer nos logs são os seguintes: Rotação do tambor: toda vez que tem um comentário seguido de “rpm” isso significa o giro do tambor. Exemplo: 65rpm. Controle elétrico do exaustor: é o controle do giro do ciclone, aparece em comentários de alteração do fluxo de ar o intervalo de variação é de 900~2700. Controle mecânico do fluxo de ar: é, em porcentagem, o quanto aberto ou fechado está a válvula borboleta que fica presente na tubulação que liga o tambor ao ciclone que controla o fluxo de ar. Aparece também em comentários de alteração do fluxo de ar, entretanto o intervalo de variação é menor, geralmente de 50 a 100. Chama: é a pressão de gás que está indo para os queimadores. Aparecem nos comentários como GAS e são números que variam de 0 a 33, sendo 33 o limite da máquina, ou seja, 100% de toda carga térmica proveniente dessa fonte. Combinações no início da torra: O primeiro comentário de cada torra contém as informações de entrada, por exemplo, 900/70/50. Isso significa que o giro do ciclone estava em 900, a rotação do tambor em 70rpm e a válvula borboleta estava 50% aberta. Logo em seguida há sempre um comentário sobre a chama de entrada. Por enquanto é isso aí galera. Vamos deixar vocês com algumas fotos agora e daqui a pouco voltamos para contar dos cafés. Ikawa mandando ver nas torras Xícaras sem fim... Provando e provando os cafés. O segredo de uma boa torra está aí. Testando as temperaturas finais. Com o café do paulo avaliamos as temperaturas de 201ºC até 206ºC. Um pouco da nossa rotina de torra, foto sem glamour mesmo para mostra o trabalho. Enquanto um café é torrado, o batch que já esfriou vai sendo embalado. Jogo rápido pra preservar o máximo possível de cada café!!
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  10. Parabéns, Igor e Luiz. Ficou muito bacana! Além dos cafés, até a pra frente da minha cachorra ( Molly) apareceu nas fotos, kkkkk.
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  11. Excelente, Luiz. Parabens pela dedicacao e pelas escolhas dos cafes. Os que peguei estao espetaculares. Sucesso a voce e ao Igor.
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  12. Obrigado pelas amistosas palavras dos queridos colegas !!! Espero encontrarmos logo para degustar um bom café em boa companhia Um Feliz 2018 a todos e suas respectivas famílias !!!
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  13. Eu também evolui bem depois que comecei a praticar diariamente na Breville, apesar que não estou numa fase muito boa no momento rs. há alguns meses: Duas fotos de novembro:
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  14. @Igor, relendo o Post vi que a imagem do Roastlog nao tinha aparecido na sua publicacao no meu tapatalk, agora carregou. Valeu!
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  15. Meus amigos, que jornada e que aventura. Quanta história por trás de cada grão torrado (e verde) em cima de minha mesa agora. Que paixão empolgante com os cafés vocês nos transmitem ao compartilhar esses relatos. Tudo isso para nos trazer uma compra coletiva e começar a materializar o início de um negócio que promete bastante, que é a Roast. Meus sinceros parabéns por tudo que fizeram para nos trazer excelentes cafés e já adianto que quero ser cliente da Roast. Apoiar um negócio assim, com proprietários tão entusiastas e entendedores do assunto, passa bastante confiança. Sei que posso comprar de olhos fechados.
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  16. Hahaha...ri alto com a foto do saco!! Ótima legenda.. Que aventura hem galera...muito legal a jornada de vcs... Valeu por compartilhar história..eu, particularmente, que moro no interior do PR, vejo muito pé de café aqui...mas 100 % que eu vejo é para os café de mercados... Como é diferente/bonito o cuidado, trabalho e dedicação que se deve ter para um café especial.. E claro...toda a dedicação e "caçada" que vcs fizeram para encontrá-los.. Parabéns mais uma vez @Luis Paulo e @Igor Abraço.
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  17. Kkkk o café dele é uma criança ignorante kkkkk Enviado de meu SM-J510MN usando Tapatalk
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  18. Nos últimos séculos a ciência tem evoluído para a gente usar. No meu caso quando apareceu a cochonilha eu parti para a ignorância no passado quando usei métodos "naturebas" morreu tudo. Dessa vez não, no dia seguinte usei inseticida para plantas : https://www.leroymerlin.com.br/inseticida-dimethyson-500ce-500ml-dimy_88466364 No dia seguinte estava tudo normal , estão crescendo que é uma beleza. Ferrugem é fungo , nesse caso eu usaria um fungicida , que o Alex me desculpe mas desumidificador funciona para criança com asma. https://www.leroymerlin.com.br/fungicida-cupro-60ml-dimy_88466294
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  19. Descrevi o processo de importação da Classika, junto com os impostos, no tópico da importação do Mericlis
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  20. Como mencionei outro topico, importei uma ECM Classika PID. Há tempos que eu queria uma maquina melhor. Quando vi que queria viajar exclusivamente para isso, considerei comprar aqui. O Alexandre, da Expresso Brasil, tinha uma maquina pronta-entrega. Eu tinha marcado de ir vê-la, mas foi vendida antes. Pedi orçamento de uma nova por encomenda, que devido ao novo modo de entrega/logística da ECM/Alemanha para o Alexandre, o preço ficou mais caro e não pude fechar. Segue um resumo das considerações para importar. Opções da Europa. Na Bella Barista, máquina 922 e frete 201 libras. Na Elektros, 998 e frete 295 euros. As máquinas só em 220V. As lojas enviam diretamente para courier e são experientes em enviar para fora, testando e embalando com esse fim. Nos meus cálculos, o preço poderia variar de R$ 9000 até uns R$ 9500. A Eketros ainda me deu um desconto de 7%. Como não queria usar transformador e instalar tomada de 220V não foi uma possibilidade, essas opções foram descartadas. Opções dos Estados Unidos. Todas em 110v, mas as lojas raramente mandam via courier, ou seja precisa de um redirecionador (package forwarding). Whole Latte Love. Classika U$ 1299 + PF Naked U$ 54, o que daria R$ 10.200-10.600. Infelizmente, descobri que só aceita agora cartão de crédito com billing address nos EUA ou conta Paypal americana (mesmo caso de outras lojas, como 1st line coffee). Poderia ser via transferência bancária, mas há imposto. Pensei em TransferWise, com câmbio menor que cartão de crédito. Se o fiscal da receita pedisse documentos comprovando os gastos, não sei como seria. Poderia comprar pela WLL via Amazon, mas aumentaria o preço da Classika U$ 1369. Curioso é que nem o vendedor da WLL me indicou comprar via Amazon. Italian Beam Delight. O vendedor, no início se mostrou atencioso, mas era doido e queria me vender a Bezzera PID, dizendo que a ECM é copy cat com 95% da qualidade da Bezzera. Perdi a confiança quando ele me disse que a Classika tinha acabado sem estar em trânsito e que só vendia ECM quando não tinha Bezzera disponível. Ficou me oferecendo várias outras maquinas (Lelit PID, Elektra Art Leva/Sx). Mas no dia seguinte ele achou uma Classika no estoque. Clive Coffee. Ultima opção, porque era a mais cara: U$ 1495, com acessórios adicionais: válvula joystick, PF Naked, tamper da ECM (além dos paineis laterais em branco ou preto). Bem menos importante, vem um kit da Clive com Café, 2 shots de espresso e toalha microfibra. Teve uma nova promoção fim de ano, mandando sem custo adicional um kit com pitcher, tamper mat, knockbox, balança bonavita. Redirecionador: Cotei preço em vários: Usabox, Shipito, MyUs, Planet Express, Skybox e outros. Daquelas que tentei contato, a única que teve atendimento de primeira, desde do primeiro e-mail, foi a Planet Express, que também tem bom preço do frete. Comprei numa segunda na Clive, sexta chegou depósito da Planet, que enviou para a FedEx na segunda. Chegou em campinas na quinta. Devido a um erro da FedEx - minha remessa não foi incluída no manifesto do voo - voltou para os EUA. Para a minha angústia, ficou 1 semana parada em Memphis. No final, recebi com 1 semana e 4 dias depois de sair da Planet, 4 dias após o prazo inicial da FedEx. Imposto Para os cálculos dos impostos, usei a conta que o @Cabral já tinha colocado nesse tópico e me passou. Fiz um arquivo no excel, com uma planilha para cada uma das opções de lojas. Verifiquei também o cálculo do site http://tributado.net/ Um das questões era declarar ou não frete no commercial invoice. O imposto sobre o frete aumentaria em torno de R$ 1000 reais na conta final. Mas se o fiscal da receita encrencar por não estar declarado, poderia multar. O invoice gerado pelo site da Planet tinha o frete declarado, mas o valor total constava só o valor da mercadoria, e não o somatório. Devido esse atraso da FedEx, falei diariamente com o SAC deles. Em uma das vezes, me explicaram que há uma nova resolução publicada em Outubro. Na nova resolução, o frete é incluído no cálculo de imposto só quando a compra é pela internet com valor do frete maior ou igual o valor do item. Não sei se isso procede mesmo; não achei nada na Internet para confirmar isso. O mais próximo que achei disso foi o link, que não corrobora o que o representante falou. Ouvi informações conflitantes de outros representantes da FedEx. Quem for importar algo via courier, dependendo do valor do frete/item, vale a pena procurar mais a respeito da nova resolução. O frete via FedEx International Economy foi U$ 293. Paguei ao todo $314 para Planet, o resto foi pelos serviços, plano de consolidação, etc. O atendimento foi de primeira, assim como a consolidação. A caixa veio bem embalada com os itens super protegidos. Cálculo dos impostos: Bom, baratooo não deu, principalmente comparando com opções da Europa, mas para mim a Clive foi a única opção. Era isso ou esperar a viagem algum dia. Agora, é curtir a máquina, que já está fazendo espressos excelentes. Curti a válvula joystick e os acessórios que vieram. Com o atraso, existe a possibilidade da FedEx estornar o valor do frete para a Planet. Se isso vai ocorrer, e se eu serei estornado em alguma parte, eu já não sei. Mas o supervirsor da Planet me enviou um email esponanteamente avisando que eles estão verificando. Muito obrigado aos amigos @Cabral e @carlos eduardo por toda a ajuda durante o processo!!!
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  21. Eu também... Enviado de meu SM-A520F usando Tapatalk
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  22. Galera Fiquei até desmotivado agora Achei que essa Aram era um tanque de guerra Mas só leio defeitos de projeto.... Limalha, borrachas dilatadas, acúmulo de sujeira, falta de manual e por aí vai Dá até desânimo
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  23. Bruno, essa questão dos O-rings é prova cabal que ela PRECISA receber manutenção, portanto precisará ser desmontada cedo ou tarde. Como é muito simples, qualquer um pode fazer (só se precisa de duas chaves Allen se for desmontar a válvula, o que é mais difícil de ser necessário), e esses O-rings são peças com vida útil (bastante) limitada. Como perguntei quando recebi a minha, qual o custo de incluir instruções com a máquina ? Em uma (01) folha impressa se explicaria como operar e como desmontar. Mas se me permitir um conselho, deixa a sua quieta. Quando acontecer dos O-rings estragarem, vc abre e mexe. Digo isso porque muito provavelmente irá acontecer como a minha, e há chance de na hora de remover os O-rings para limpeza, vc estraga-los de vez. Contudo, acho que seria prudente já ter à mão pelo menos um jogo sobressalente - quando estragar, é serviço de menos de 5 minutos para trocar. E agora vamos começar o (dramático?) processo de se conseguir os tais O-rings .
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  24. Ótimo Franck, está excelente amigo. Só agora não irei comprar, pois está chegando 5 kg pra mim da Compra Coletiva, e eu torro em media umas 200gr por semana. Ou seja, tenho café pra torrar por uns 5 meses rsrsrs Na verdade comprei essa quantidade pela dificuldade em achar bons grãos a qualquer momento, se uns 2 meses antes vc tivesse aparecido com essa proposta, com certeza iria comprar. Um abraço amigo , e algum dia lhe visito
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  25. Depois de muitas considerações, eu importei uma ECM Classika PID. Vou fazer um post em outro tópico, explicando o processo de forma mais detalhada, mas de forma resumida foi o seguinte. Comprei na Clive Coffee junto com um kit gratuito numa promoção de Thanksgiving. Mandei entregar na Planet Express, que mandou para cá via FedEx International Economy. Gostaria de agradecer e muito ao @Cabral, sem a ajuda dele, essa importação certamente não teria saído do papel. Foram muitas considerações e dúvidas, e ele passou todo o conhecimento dele, não só sobre máquinas, mas como de importação. Essa foi a primeira importação que fiz e tudo deu certo. Agradeço também ao @carlos eduardo, foi ele que me "apresentou" a Classika e também me aturou nas reuniões do CdC durante essas considerações. A Classika da Clive já vem com a válvula joystick, PF naked e um tamper da ECM. O kit essencial da Clive. Pela promoção, veio incluído sem custo adicional.
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  26. Olá colegas, boas festas. Acabou de chegar o café da Rosângela, bourbon vermelho da fazenda Carmelito. Vou caprichar na torra. Abraços.
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  27. Não sei se aqui é o local correto mas aproveitando para informar que a partir de Janeiro teremos uma loja física com 3 tipos de método de espresso (Simonelli, ROK e ARAM) além dos coados todos e cafés especiais com e sem maturação em barril além de todo mês chegando cafés frescos do Moka Clube, DROP Coffee Roaster, The Coffee Collective e Tim Wendleboe. (teremos também uma janela com Bunn To Go) Os horários de seg a sex das 11h as 19h e fim de semana atendendo de portas fechadas com horário marcado pra quem tiver visitando de fora da cidade (se não tivermos cursos no dia) Endereço vai ser na Av Anita Garibaldi 775 - Ahu, pertinho da Justiça Federal em Curitiba. Abraços
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  28. Fala pessoal! Estive de passagem em Curitiba e passei pelo Lucca, Supernova e O Barista. No Barista experimentei o Redfoot e gostei bastante, excelente custo benefício! Não gostei foi da tapioca que pedi, veio fria . No Supernova um excelente café do Norte Pioneiro, Tomazina - PR, um CD com doçura muito acentuada mesmo. Sou suspeito pra falar do Lucca, porque é a cafeteria que mais gosto. Nesta última vez tive a alegria de assistir de camarote a Georgia torrar! Aroma de café e de pão de levain assando, muito bom! Com relação aos cafés, excelentes opções, tomei uns 4 coados e saí meio doido . Levei pra casa um fermentado da Fazenda Santa Clara do Edmar Zuccon, nosso conhecido das compras coletivas; também levei o café do Norte Pioneiro, que não tinha pra vender no Supernova, mas no Lucca sim. Antes da viagem de volta passei lá de novo e levei duas baguetes de fermentação natural pra casa, curti muito, até animou reativar a panificação aqui. Fui até o Moka Clube antes de ter visto que só abre aos sábados, uma pena!
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  29. Bom passei em algumas cafeterias em cwb que ainda não conhecia e outras eu levei a namo para conhecer, fui no Barista pegar grão e também o ice coffee deles, o Barista já conhecia e fui várias vezes desde a cafeteria antiga deles, voltei no Lucca para comprar pães fermentados que agora eles estão fazendo, o espaço no fundo que era para venda de acessórios para cafés agora fica o forno e os apetrechos para pães, cheguei lá tinha acabado de sair uma fornada, ótimos pães, o cheiro do pão e café é demais, a Georgia ainda continua com grande variedades de grãos e agora as embalagens para venda estão melhores, lacradas e ninguém mais fica abrindo para cheirar como antigamente que era com ziplock, melhorou bastante neste aspecto, pedimos dois cafés um na aero e outro na chemex, estração boa. Fomos na Supernova também, lá não vende grãos, somente o café extraído na hora, a namo tomou um da Etiópia no v60 achei a extração bem ruim e eu tomei no espresso essa já estava bem melhor, sem muitas frescuras ali é para tomar café, conversei um pouco com o barista. Também fomos na 4Beans, ali tinha uma moça torrando os cafés e também nos serviu, lugar também bem hypster, com som de k7 antigo como ambiente, ali também é para comprar grãos e tomar um café rápido, essa barista não foi muito receptiva não, comprei uns grãos do 4beans, mas provavelmente não volte mais lá. Agora para finalizar o Moka Clube cheguei lá e meio que já reconheci o @Hugo Rocco pela barba hehehehehe, esses caras da Moka são demais, extremamente receptivos, mostraram o ambiente deles que é bem legal, divididos em local para torra, venda de cafés, lab etc, no fundo um galpão com um jardim que por estes dias o Hugo que terá de cuidar hehehehe e também um fliperama e bastante apetrechos e mesa para tomar café, chegando lá experimentamos o café do mês, um café que é colocado verde em um barril de bourbon que tem um cheiro e um sabor bem exótico e realmente remete ao álcool, já vi alguns vendedores aqui no Brasil vendendo este tipo de processo, não tinha comprado ainda devido a ter cafés em casa e não saber se realmente iria gostar, mas tinha curiosidade de experimentar, gostei pela exoticidade do café em seguida o sócio do Hugo que por um lapso de memória não recordo o nome, mas também super gente boa, fez um chá com a casca do café, que já foi bastante comentado aqui no forum e ainda não tinha provado, infelizmente não sou fã de chás, mas este tem uma acidez incrível e um grande potencial para vários tipos de bebidas, eu gostei mas não é muito minha praia, mas penso que isso ainda possa ser bem difundido principalmente aos apreciadores de chás. Agradeço ao pessoal da Moka, é um local que sempre que possível estiver em ctba em um sábado vou tentar dar uma passada lá para tomar café e comprar os grãos, eles também tem uma boa variedade com torras frescas, o que me faz gostar de uma cafeteria fora os bons cafés é justamente a empolgação e a paixão pelo dono do negócio, ali realmente é um clube de amigos que se reunem no fds para tomar café, estão de parabéns, foi o local que mais gostei em curitiba e o coado também estava muito bem extraído. Segue algumas fotos que tirei de ctba, o resto foi mais para o lado gastronômico mesmo e passeios em shoppings. Os pães e cafés da Lucca: Do Moço: 4Beans: Moka Clube: Putz só fui ver as dicas hoje, foi bem corrido e não entrei no forum durante a viagem... mas logo logo eu volto a ctba e aí visitarei os locais que me recomendaram, obrigado pessoal
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  30. Tem café novo em Curitiba, recém aberto o Bunker Motor Coffee, eles trabalham com cafés da 4Beans. Na mesma rua do Bunker tem o Argenta Cafés, que vale muito conhecer O Bocca Lupo da Rua Comendador Araujo deixou de trabalhar com cafés da Illy, e esta trabalhando com cafés especiais, então também recomendo dar uma passada la pelo cafe e pela foccacia
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