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Mortari

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Posts postados por Mortari

  1. É isso Sérgio. Só acrescentaria que a temperatura de extração na HX, apesar de manual, é definida com bastante precisão se o operador tiver o mínimo de experiência com o equipamento. 

     

    É bem notável o momento em que a água para de sair "fervendo" do grupo. Você percebe facilmente quando o flush passa de um fluxo agitado, com bolhas e som de fervura para um fluxo mais "contido" e sem bolhas ou som de fervura e creio que essa transição (que é bem instantânea) seja um ponto de referência bastante preciso. Qualquer dia faço um teste com o termômetro (certamente muitos já fizeram), mas eu diria que, usando esse ponto como referência, é possível sempre iniciar a extração na mesma temperatura. Talvez não com a precisão digital do PID, mas acho que com precisão suficiente pra variação ser imperceptível na xícara.

  2. Acho que o Cabral já disse praticamente tudo.

     

    Não sei se é o caso do mericlis, mas vejo que o pessoal costuma comparar muito o flush de uma HX com o surf de uma SB e, exceto pelo fato de que em ambos a bomba liga e sai água pelo grupo, são coisas bastantes diferentes. Numa SB sem PID, mesmo já previamente aquecida, a temperatura da caldeira tem bastante variação com a máquina em stand by e, se simplesmente fizer a extração direto, a temperatura inicial será completamente aleatória dentro dessa faixa de variação. O procedimento de surf nessas máquinas serve primeiro pra levar a temperatura até um ponto repetível e, depois, trazê-la até o ponto desejado para iniciar a extração. É algo bem mais metódico/chato, demorado e impreciso que o flush de uma HX.

     

    Numa HX, depois de aquecida e estabilizada, a caldeira costuma ter excelente estabilidade térmica. Isso significa que, antes de dar qualquer flush, a máquina já estará sempre na mesma temperatura (ou com variação bem pequena, dependendo de alguns fatores) que provavelmente será sempre superior à desejada na extração, já que a caldeira da HX trabalha mais quente. O flush, nesse caso, não serve pra tirar a temperatura inicial de uma zona desconhecida/aleatória e levá-la para algo repetível como no surf, ele serve apenas para trazer a temperatura de um ponto muito quente "conhecido" (você pode até não conhecer o valor absoluto da temperatura, mas com um pouco de experiência saberá o quão mais quente ela estará em relação à temperatura que deseja extrair, já que esse gap será praticamente sempre o mesmo) para o ponto desejado na extração. É algo bem mais simples e intuitivo que o surf de uma SB e ainda traz a vantagem de conseguir fazer correções/alterações de temperatura "on the go", apenas variando o tempo do flush.

     

    Nesse ponto eu estou com o Cabral, apesar de achar espetacular a precisão digital do PID, eu gosto bastante da forma de operar uma HX, que alia a estabilidade térmica da máquina a um fator analógico/humano pessoal na extração. Como o "fazer café" pra mim é hobby, eu costumo sentir mais prazer quando participo de forma mais determinante do resultado (acho que uma máquina com PID talvez minimize um pouco disso frente a uma HX), mas conduzindo o processo de maneira mais controlável e repetível (o que costuma ser mais complicado em maquinas SB ou DB sem PID).

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  3. Depende muito do perfil do usuário. De forma geral, pra quem está começando, eu indicaria a opção 2 pois terá equipamentos adequados, novos e com a possibilidade de upgrades independentes no futuro.

     

    Pra quem já tem um pouco mais de experiência e/ou gosta de se aventurar eu acho que a opção 3 é melhor. Com um pouco de paciência e dedicação na busca, é possível adquirir uma Italian Coffee/VFA + moedor decente por menos de 3k (o meu set de Torino + Rocky ficou abaixo disso e ambos estavam em excelente estado, principalmente a máquina). Mas precisa de um mínimo de experiência pra conseguir, ao menos, avaliar os equipamentos usados antes de comprar, senão vira loteria.

  4. De que cidade você é Gi?

     

    Gaggia pode ser uma boa opção já que a Imeltron, que é representante oficial, fica aqui em Campinas, no Tecnopark (Rod. Anhanguera). O problema é que não sei se vai achar nova, pois parece que a Imeltron não está importando mais as semi-automáticas domésticas.

     

    Porém, acho que o maior problema nesse caso é usar máquinas domésticas de entrada em ambiente comercial. Mesmo vendendo poucos cafés, imagino que você deixe a máquina ligada o dia todo, todo dia, não? Não sei se essas máquinas são bem projetadas pra esse tipo de uso, acho que elas vão acabar abrindo o bico logo mesmo. Nem imagino quanto tempo duraram as máquinas anteriores, mas penso que se você juntasse o que gastou nas 3 + os 500 que pretende gastar na próxima, já conseguiria partir de algo um pouco melhor, que não apenas duraria mais como poderia oferecer resultados melhores.

     

    Só uma dúvida: você está usando moedor e café em grãos, certo?

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  5. Bruno, o meu termopar atualmente está exatamente na mesma posição do seu (no lugar do termostato original) mas o crack costuma vir em torno de 180~190°C. Curioso o seu estar lendo temperaturas baixas assim.

     

    Acho que nessa posição ele deve apresentar uma leitura intermediária entre o que se esperaria de ET e de BT. Por exemplo, se os grãos estiverem frios, mesmo que você coloque as resistências no máximo, situação em que o esperado seria um ET subindo rapidamente, a leitura vai subindo devagar pois, enquanto os grãos não começarem a ganhar calor de fato, eles ficarão "protegendo" o sensor do calor das resistências. Da mesma forma, quando os grãos estiverem bem quentes (no início do crack, por exemplo), você pode desligar as resistências e, mesmo o forninho não tendo muita inércia térmica, a leitura vai demorar um pouco pra começar a cair, imagino que pelo sensor ainda estar recebendo bastante calor dos grãos.

     

    O maior problema dessa configuração, na minha opinião, é que há um certo lag de leitura, por isso as curvas acabam ficando sempre bem suaves. O sensor aí nunca vai mostrar o que está acontecendo lá nas resistências e nem lá nos grãos de forma muito instantânea, acredito que ele vai apresentar meio que uma "média" de temperatura do forno

     

    Penso que essa não é a posição ideal mas, tendo apenas um sensor fora dor grãos pra acompanhar, acho que talvez seja melhor aí pra saber o que está acontecendo com a torra de fato do que lá na frente, junto às resistências, onde a temperatura sempre tenderá a estar bastante alta, independente de como os grãos estejam ganhando calor. O maior problema dessa configuração, na minha opinião, é que há um certo lag de leitura, por isso as curvas acabam ficando bastante "suaves". O sensor ali nunca vai mostrar o que está acontecendo lá nas resistências e nem lá nos grãos de forma muito instantânea, acredito que ele vai apresentar uma espécie de "média" de temperatura do forno.

     

    Acho que o ideal é colocar o sensor BT mesmo e aí sim levar o ET lá pra frente, entre as resistências e os grãos.

  6. Não sei como é a C08, mas o que você pode fazer pra quebrar o galho, enquanto não descobre um "modus operandi" que produza resultados aceitáveis (se é que existe), é continuar tentando vaporizar na máquina e, quando o resultado ficar desastroso, jogar esse mesmo leite (já aquecido e "pré-vaporizado") na prensa e dar uma homogeneizada, sem bater demais.

     

    Não deve ficar perfeito, mas pelo menos você já consegue um resultado mais próximo do desejado e continua treinando com a máquina.

  7. A dica é boa, mas acho que isso deve ser mais crítico nos tambores de metal perfurado (ou não), como nos torradores comerciais e de prova, que possuem bastante massa metálica e grande área de contato com os grãos.

     

    Nesses tambores de tela/malha, como é o do Philco e Behmor, imagino que a transferência por contato seja bem pequena já que a área de contato é mínima e o próprio tambor não tem massa metálica pra armazenar tanto calor assim.

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  8. O calor mais intenso do lado esquerdo é próximo à parte traseira do torrador. Talvez se deixar o corpo do termômetro um pouco mais na parte frontal, com o espeto inclinado pra trás ele não receba tanto calor direto. Só tem que ver se o espeto não vai pegar mas aletas do tambor.

  9. Eu usava desse na pipoqueira sem problemas.

     

    Só tome cuidado onde e como irá instalá-lo porque no lado esquerdo do forno o calor é bem intenso, principalmente onde há os furos de saída de ar na tampa plástica. Acho que se deixar o corpo do termômetro ali, recebendo aquele calor direto, é capaz de estragar.

  10. Não que tenha sido o seu caso, mas cada filtro tem uma dose nominal com a qual costuma trabalhar melhor. Em alguns casos, extrair com uma dose muito diferente da nominal do filtro pode dificultar bastante (ou até impossibilitar) alcançar bons resultados na xícara.

     

    Extrações dos mesmos grãos, com os mesmos tempos e massas na xícara podem ter sabores bastante diferentes quando se varia a relação dose X moagem e, consequentemente o BR. Dois filtros diferentes não terão necessariamente seus sweet spots no mesmo ponto dessa relação.

  11. Valeu pessoal, to curioso pra ver os cantinhos do resto da turma.

    Gil, na verdade não resfrio na gaveta, o resfriador fica no chão mesmo ou em cima de qualquer coisa atrás de mim, junto ao aspirador de pó. Coloquei ali na gaveta só pra sair na foto. E não tem nenhum motivo específico pra ser tão profundo, a caixa que usei era dessa altura e não quis diminuir por 2 razões: (1) preguiça, já que não iria melhorar em nada a função dele e (2) achei bom deixar o espaço caso no futuro resolva adaptar algum sistema de ventoinha(s) ali ou algo do tipo pra eliminar o aspirador. Outra vantagem de ser alto assim é que consigo colocar sacos de café verde dentro dele e, assim, acaba ocupando menos espaço no armário.

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