Elektra

[Thiago Vale]

Salve.

Essa conversa parece estar sendo levada em pátio de manicômio.

 

Não importa se acionada por alavanca, por botão, por corda ou por varinha de condão.

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.

 

Acionada por varinha de condão! Aí sim seria hi-tech!

[Gilberto]

Você responde sim ou responde não sempre o Rodrigo vai interpela-lo com outra questáo, coisas de advogado.

[Carneiro]

O Rodrigo questionou a visão estanque de não precisar evoluir.

 

Comparar com o lápis ou com o mercado de carros é injusto. São bastante diferentes, principalmente o público alvo.

 

Talvez, se falarmos só de café espresso na tradição italiana, como o Alexandre considera o espresso, talvez não precisaríamos de evolução (e talvez esse seja o motivo de só recentemente o mercado ter se mexido). No sul da Itália o uso de máquinas de alavanca é muito comum ainda. Ainda assim, as empresas italianas gigantes, como La Cimbali e CMA, têm investido em caldeiras separadas, até mesmo grupo separado (Astoria, modelo Plus4You), e logicamente eletrônica melhorada, revestimento nos metais, ou seja, inovações e evolução, mesmo que não sejam radicais.

 

Citando menores, e certamente de domínio em mercados além da Itália, a Dalla Corte modificou o moinho da Ditting/Mahlkonig para se comunicar com a máquina e ajustar moagem, bem como usa um módulo de gerenciamento por GSM. A Nuova Simonelli batalhou para trazer estabilidade entre as extrações sem expurgo na Aurelia (termo-sifão), e com isso conseguiu patrocinar o WBC. Depois evoluiu para caldeiras separadas na Aurelia II. A Marzocco há muito tempo seguiu o caminho de caldeiras e grupo em inox, vapor separado, controle com PID. Recentemente a onda é perfil de pressão, bem como perfil de temperatura (Rancilio tem a XCelsius).

 

Mesmo nos moinhos, a evolução para os moedores sem dosador pode interessar em algum momento aos italianos. Li um pouco de um fórum italiano pequeno, e um site de uma dupla que faz avaliações de cafeterias e cafés, e já se tem reclamado da queda na qualidade tanto do café (outro problema) quanto da mão de obra. A evolução das máquinas e moinhos pode cair bem mesmo nos casos de cafés espresso tradicionais e de volume. No mundo comercial, essa necessidade aconteceu com a Starbucks, e a Thermoplan cresceu por isso. Claro que a máquina não é barata, mas o custo adicional de aquisição e manutenção deve valer a pena frente aos outros custos que a Starbucks tinha. Pena que o café é sempre ruim.

 

Ainda acho que há pouca evolução recente, mas também é um mercado que absorve lentamente, afinal as cafeterias não querem trocar de máquina toda hora nem os torrefadores que fornecem equipamento. Mesmo considerando que a qualidade da bebida seja satisfatória, as máquinas de expresso ainda usam uma quantidade de metal e água estúpida, tecnologia da época em que mais massa térmica oferecia estabilidade e disponibilidade. Mas hoje já não poderíamos ter máquinas de mesma eficiência, mas usando menos material, materiais mais baratos e adequados e mais eletrônica para garantir o serviço? Por isso citei a Breville como exemplo das domésticas de alto nível, a Dual Boiler foi umas das que foram além da tradição, e aí sim conseguiu reduzir custos.

 

E, novamente, não estou criticando uso de boa e velha tecnologia. Só falei que existe um vácuo no mercado, tanto comercial, quanto doméstico/pro.

 

Márcio.

[Alexandre Velloso]

Salve.

E também eu não condeno ou rejeito a evolução, mas ressalto que tecnologia antiga é capaz de proporcionar excelente resultado, assim como escrever com lápis.

[Billy Puppet]

o que o Victor fez foi como trocar um Porsche por um um Cadillac...

[Bernardo B]

O inverso, ele ficou com o Porsche (exige mais do barista mas é mais "emocionante") e vendeu o Cadillac (que faz "sempre" muito bom café).

[Rodrigoks]

Mesmo considerando que a qualidade da bebida seja satisfatória, as máquinas de expresso ainda usam uma quantidade de metal e água estúpida, tecnologia da época em que mais massa térmica oferecia estabilidade e disponibilidade. Mas hoje já não poderíamos ter máquinas de mesma eficiência, mas usando menos material, materiais mais baratos e adequados e mais eletrônica para garantir o serviço? Por isso citei a Breville como exemplo das domésticas de alto nível, a Dual Boiler foi umas das que foram além da tradição, e aí sim conseguiu reduzir custos.

 

Isto é precisa e cirurgicamente do que eu estava falando.

[Rodrigoks]

o que o Victor fez foi como trocar um Porsche por um um Cadillac...

 

Não. O Victor tinha uma Ducati e um Maserati na garagem. Vendeu o Maserati e quem sabe não vai ocupar a vaga da garagem com algo ainda melhor?

[Rodrigoks]

Apesar de eu achar tanto a Elektra quanto o HG One ótimas peças de design, acho que eles não combinam muito juntos. Por isso, posso arranjar um espaço pra esse HG One aqui em casa, na faixa.

[Pedro Freire]

Instalei um capacitor de fluxo na tomada da cozinha e agora meu cantinho do café voltou ao passado.

 

Boa Noite Victor,

 

Parabéns! Linda maquina! Gostaria de tirar um duvida: Na hora da extração essa alavanca tem de ser baixada levando-se de 25 a 30 seg?

É assim que funciona?

 

Abraço,

[Victor D.]

Na hora da extração baixa-se a alavanca e faz-se a pré-infusão por até uns 10 segundos, depois soltamos a alavanca a contamos o restante. A Elektra não é que nem as máquinas à bomba, que necessita exatamente de 25 a 30s, ela funciona bem com extrações mais longas como 35/40s, acredito que pela pressão mais suave e decrescente.

[leonardopm]

Discussões filosóficas à parte a Elektra me parece mesmo uma brilhante peça de engenharia.

 

Concordo com a visão do Victor sobre o conceito de tecnologia. É algo mais amplo e não necessariamente ligado à idéia de algo moderno, vanguardista ou sofisticado. Está ligado à inteligência que se coloca em um produto e à qualidade geral das ideias que o compuseram.

 

Nesse sentido ouso citar um equipamento de alta tecnologia para extração de cafés: Aeropress. É um tubo de plástico fumê? Sim. Mas sob a minha visão de tecnologia é uma idéia genial...

[Rodrigoks]

A aeropress é uma idéia engenhosa, sim. Mas alta tecnologia? Uma seringa? Ai,ai.

[RogerioD]

Parabéns Victor, set super tradicional e lindo

[noisevoisbr]

Valeria a pena pagar até uns R$ 2.800 por uma dessas semi nova (2008)? Seria um valor justo? Realmente nao tenho nenhuma ideia. :-\

[Bernardo B]

Acho um pouco cara, esse é o preço dela nova, la fora ...

As La Pavoni, que foram vendidas ultimamente por aqui, custaram de R$1.000 a R$1.500 ...

[Carneiro]

Não é bem assim, Bernardo. Valor da Elektra seminova é mais alto mesmo. Nova custa 1000 euros, difícil gastar menos de 3 mil reais trazendo, ainda mais se for fazer o correto é pagar imposto.

 

Eu pagaria, me passa o contato da venda... :-)

[noisevoisbr]

Acho um pouco cara, esse é o preço dela nova, la fora ...

As La Pavoni, que foram vendidas ultimamente por aqui, custaram de R$1.000 a R$1.500 ...

 

Bernardo, realmente estou achando um pouco salgada. 

 

 

Não é bem assim, Bernardo. Valor da Elektra seminova é mais alto mesmo. Nova custa 1000 euros, difícil gastar menos de 3 mil reais trazendo, ainda mais se for fazer o correto é pagar imposto.

 

Eu pagaria, me passa o contato da venda... :-)

 

 

Carneiro, na verdade a máquina não está no Brasil, é um amigo que se propôs a trazer uma usada de fora, ele achou ela  por US$700. Aí contabilizando os 60% de imposto, acho aproximadamente os R$2.800,00.

[Carneiro]

Usada tem que verificar bem. As que tem partes latonadas e cobreadas são bem delicadas, pois acima desse revestimento tem um verniz, que infelizmente não é tão resistente quanto um cromado. Se ele for trazer na bagagem até se paga menos imposto, são 50% do que passar de 500 dólares.

 

Último detalhe, importantíssimo, é a embalagem - tem que proteger bem o braço de vapor (preferenciamente remover também) para não ser forçado e entortar a solda da conexão dessa válvula de vapor. 

[noisevoisbr]

Boa Carneiro,

 

Obrigado pelas valiosas dicas.